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VIAS AÉREAS

ARTIFICIAIS

P R O F. M E . A N A C A R O L I N E Q . T R I G U E I R O
INTRODUÇÃO
❑ As vias aéreas artificiais serão necessárias quando, por alguma razão, há
comprometimento funcional pulmonar, gerando incapacidade de realizar as
trocas gasosas ou a ventilação de forma eficaz.

A VMI, com pressão (+), poderá


ser uma opção de tratamento

❑ Para isso, é necessário a implantação de uma VA artificial, para que o


ventilador mecânico passa assistir a ventilação do paciente.
INTUBAÇÃO DAS VA
❑ Tem como objetivo possibilitar a adaptação da VM e, consequentemente,
favorecer a ventilação pulmonar e as trocas gasosas.

❑ Indicações:
• IRa
• Comprometimento das VA
• Necessidade de estabilização, proteção e facilitação da higiene brônquica
das VA.

❑ Antes da intubação, é necessário tentar uma abordagem não invasiva, a fim


de evitar os efeitos adversos da VMI.
INTUBAÇÃO DAS VA
❑ É executada por médico intensivista e pode ser um procedimento de
emergência ou eletiva.
❑ Durante a intubação, o fisioterapeuta é responsável:

• Monitorizar SSVV
• Aspirar as VA superiores de
forma a facilitar a intubação
• Promover aporte de O2, com FiO2
de 100%, associado a utilização
do ambu.
• Inflar Cuff
• Modo e parâmetro ventilatório
INTUBAÇÃO DAS VA
❑ Possíveis complicações:
o Estimulação simpática (vasoconstricção e taquicardia)
o Traumatismos odontológicos
o Broncoaspiração • Sangramento
• Lesão das pregas vocais
o Lesão da mucosa traqueal, faríngea ou laríngea • Laringoespasmo
• Reflexo de fechamento
da glote

Impossibilidade da
passagem do tubo
TIPOS DE VAA

❑ Tubo orotraqueal (TOT)

❑ Traqueostomia (TQT)
TOT
❑ Utilizado na traqueostomia

❑ Entre 7 e 8 (M)

❑ Entre 8 e 9 (H)

❑ Deve-se optar pelo maior


número possível, a fim de
reduzir a resistência das VA
(traquéia tem diâmetro
maior que o TOT)
TOT
❑ Balonete: Funções
• Ocluir as VA de forma que os gases
não escapem durante a insuflação
realizada pelo VM
• Evitar broncoaspirações
• Evitar que o TOT lesione as cordas
vocais
❑ Cuff: Funções
• Afere pressão do balonete
• Insuflação ou desinsuflação
TOT
❑ Pressão do balonete: 20 a 25mmHg
• ↓ 20mmHg – Baixa pressão do Cuff –
Fuga aérea
• ↑ 25mmHg – Alta pressão do Cuff –
Precipitação de lesões traqueais
(estenose traqueal e
traqueomalacia)
• A pressão do Cuff precisa ser
realizada a cada 12 horas
TQT
❑ Objetivos:
• Possibilitar ventilação em pacientes com
obstrução alta (VA)
• Reduzir o espaço morto anatômico
• Facilitar ventilação pulmonar
• Reduzir a resistência das VA
• Reduzir trabalho ventilatório
• Facilitar remoção de secreções brônquicas
• Isolar VA da via digestiva
• Facilitar na VM prolongada
TQT
❑ Indicações

• Distúrbios neuromusculares associado a


IR e ao ↑ do volume de secreção

• A partir de 3 ou 4 semanas de VM
TIPOS DE TQT
❑ Cânulas com balonete:
o Possibilitam a aplicação de pressão (+) – VMI e
VNI
o Indicada para pacientes com risco de:
• Broncoaspiração
• Obstrução alta em VA
• Instabilidade clínica
OBS: Contraindicada em crianças com menos de
12 anos e pacientes com risco eminente de dano
tecidual
TIPOS DE TQT
❑ Cânulas sem balonete:
o Indicada para pacientes sem risco eminente
de broncoaspiração
o Para pacientes sem indicação de pressão (+)
o Pacientes que necessitem de HB
o Serve também para ultrapassar uma lesão nas
VA
TIPOS DE TQT
❑ Cânulas metálicas:
o Não possibilitam a utilização de pressão (+),
pois não possuem balonete
o Pacientes com TQT metálico, possuem
fonação, que é a fuga aérea pelas VA
superiores

➢ Cânula do tipo fenestrada, que possui um


orifício que possibilita maior passagem de ar
em direção as VA, facilitando a fonação.
COMPLICAÇÕES DA TQT
❑ Iniciais:
o Hemorragia
o Lesão de tireoide
o Estímulo vagal
o Broncoaspiração
o Broncoespasmo
o Falso trajeto
o Pneumomediastino
o Enfisema subcutâneo
COMPLICAÇÕES DA TQT
❑ Tardias:
o Traqueomalacia
o Estenose traqueal
o Pluggs de secreção
o Hemorragias
o Broncoespasmo
o Paralisia das cordas vocais
o Infecções pulmonares
DECANULAÇÃO
❑ É a retirada da cânula de TQT
❑ De forma gradual (com balonete –
sem balonete)
❑ Aguarda-se o paciente conseguir
manter 12 horas com a cânula
desinsuflada para trocar as cânulas
❑ O paciente tem que estar com suas
funções ventilatórias adequadas, sua
deglutição normal e tosse eficaz
Bibliografia:
PRESTO, B.; PRESTO, L. D. de N. Fisioterapia na UTI. 2. ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2009.

ana.trigueiro@unp.br

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