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INALOTERAPIA E ASPIRAÇÃO

NEBULIZAÇÃO: hidratar a parede das vias aéreas ou secreções, reduzindo a viscosidade


- Indicações: presença de secreções espessas e em vias mais proximais (presença de roncos),
associação com técnicas de higiene brônquica, finalização com tosse ou aspiração das vias
- Soluções:
Hipotônica: água destilada. Redução da viscosidade, mas há risco de provocar edema das vvaa
Isotônica: soro fisiológico 0,9% - maior efetividade e segurança na redução da viscosidade
Hipertônica: >0,9% - estimula a tosse e produção de secreção. Pode provocar broncoespasmo
- Técnica: 3-5ml da solução para criança, 5-10ml para adulto; sentado, padrão diafragmático;
inspiração oral profunda, e expiração com freno labial; apneia inspiratória de 2-3 segundos

INALOTERAPIA: pequenas partículas em forma de névoa (medicamentos)


- Uma das mais eficazes para tratamento de doenças respiratórias
- Vantagens: efeito quase imediato, ação tópica (crises, agudização), redução dos efeitos
colaterais, disposição direta no local de ação, reduz a quantidade de drogas ministradas
- Utilização alternativa: diagnóstico e pesquisa, administração de analgésicos, vacinas,
hormônios, imunoglobulinas, anestésicos, etc
- Indicações: melhora dos sintomas nas doenças obstrutivas (asma, DPOC, fibrose),
broncoespasmo e inflamação da mucosa brônquica, avaliação da responsividade brônquica (uso
de broncodilatadores na prova de função muscular), melhora da condição da secreção para
higiene brônquica, doenças de repouso prolongado acumulando secreção
- As respostas à imunoterapia dependem das características do aerossol, técnica, de cada
paciente
- Características da partícula do aerosol:
→ >5 µm: depositados na naso e orofaringe
→ 0,5 a 5 µm: vias inferiores e parênquima pulmonar (mais adequado)
→ <0,5 µm: inadequados por serem inalados e em seguida exalados
- Fatores físicos: impactação de partículas >5µm (não conseguem seguir para o parênquima
pulmonar), sedimentação 0,5-5µm (separação das partículas por ação da gravidade), movimento
browniano (difusão de partículas menores que 3µm – atingem alvéolos)
Obs: o freno labial gera um fluxo laminar e evita impactação
- Anatomia das vias e mecânica respiratória: as vias aéreas tem ramificações de diferentes
calibres, gerando vários tipos de fluxo (turbulento, transicional e laminar). O aerosol se deposita
nas vias onde o fluxo inspiratório gera menor resistência, há influencias em caso de obstrução ou
alteração no parênquima e mecânica respiratória
- Padrão respiratório: pausa inspiratória (favorece a deposição das partículas por efeito
gravitacional – 10 segundos), inspiração nasal reduz em até 50% da deposição pulmonar do
aerosol, pressão na fase expiratória aumenta a deposição das partículas
- Equipamentos:
Nebulizadores a jato: gás comprimido, converte líquido em partículas voláteis, o fluxo de ar
mistura-se à solução - 5µm de diâmetro, melhor custo benefício
Nebulizador ultra-sônico: maior alcance, vibração de cristal quebra progressivamente a solução
(1µm)
Aerosóis dosimetrados (MDI) – “bombinha”: expiração total, inspiração+apneia de 10 segundos
Nebulímetros liofilizados/inaladores de pó: medicação em cápsula ou no próprio aparelho. A
dispersão do pó depende do esforço do paciente
Espaçador: reduz a disposição orofaríngea, reduz o refeito do sabor, e a probabilidade de
coordenação entre o disparo e a respiração
- Erros: esquecer de agitar, não realizar expiração inicial, inspiração rápida e superficial,
descoordenação, dose além da prescrita, preparação inadequada das cápsulas, má adaptação do
espaçador
- Na VM o nebulizador posiciona-se no ramo inspiratório, possui válvula unidirecional e a pausa
inspiratória pode ser ajustada

ASPIRAÇÃO
- Remoção eficaz de secreções endotraqueais de forma asséptica por meio do sistema de sucção
- Secreções retidas aumentam resistência da via aérea e o trabalho respiratório, podendo levar a
hipoxemia, hipercapnia, atelectasia
- Aspiração traqueal: paciente com via aérea artificial TOT ou TQT
- Aspiração nasotraqueal: Sonda introduzida na narina, cavidade nasal, coanas, orofaringe,
traqueia
Indicações: evidências audíveis de secreções de vias aéreas que persistem apesar do melhor
esforço de tosse do paciente
Contraindicações: sangramento nasal, obstrução nasal, lesão aguda da cabeça
Cuidados: o2, esterilidade, posicionamento, tempo de 15 segundos, pressão de sucção, sonda
nasogástrica (conteúdo pode voltar), xilocaína (para reduzir desconforto), posição de
hiperextensão cervical ajuda a facilitar a entrada na traqueia
- Aspiração orotraqueal: aspiração da orofaringe e laringofarinte. Pode-se usar a cânula de
Gludil
TÉCNICA:
1. Avaliar o paciente quanto às indicações: ruídos pulmonares, aumento do trabalho respiratório,
dessaturação, sem tosse eficaz, alteração dos valores de gasometria
2. Reunir e verificar materiais e equipamentos: vácuo funcionando, soro fisiológico, sonda, ambú,
luva
3. Pré oxigenar o paciente: ofertar 100% da fração inspiratória de O2; aspiração dos gases da
árvore brônquica pode levar a hipoxemia e parada cardíaca/ arritmia
4. Inserir o cateter: até a carina e retornar 2 cm
5. Iniciar aspiração
6. Reoxigenar
7. Monitorar resultados: FR, ruídos, saturação, secreção, parâmetros do ventilador mecânico,
esforço da tosse
- Sistema aberto: maior risco de infecção, necessária a desconexão do paciente da VM
- Sistema fechado: continuidade VM, dispensa luvas estéreis

Hiperinsuflação manual com vibração e compressão torácica “Bag Squeezing” – necessita de


TOT ou TQT

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