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EXAMES COMPLEMENTARES

RADIOGRAFIA DE TÓRAX
- Formação de imagem: 4 diferentes densidades: osso – água (partes moles) – gordura – ar
- Hipotransparência (alta densidade = branco) x Hipertransparência (baixa densidade = preto)
- Póstero – anterior: incidência mais utilizada. Escápulas fora do campo pulmonar, distância da
máquina de 150 a 180cm – menor distorção das estruturas; inspiração+apneia
- Perfil: complementar à incidência PA, identificar lesões que são visíveis em PA, geralmente
perfil esquerdo – menor distorção da imagem cardíaca (diafragma D é mais elevado)
- Antero – posterior: pacientes que não podem realizar ortostatismo. Imagem cardíaca
aumentada, escápulas mantidas no campo pulmonar. Pior visualização
- Decúbito lateral: identificação de derrame pleural (livre – escorre = incidência de Laurell, ou
septado), diferencia o derrame pleural da atelectasia ou tumor. Pulmão acometido para baixo

Análise radiológica do tórax: critérios técnicos


1. Dose de radiação adequado: visualização da coluna nas porções superiores (muito penetrado,
visualiza vertebras inferiores)
2. Centralização: extremidades proximais da clavícula equidistantes da coluna. Campos
pulmonares completamente visíveis (desde ápice até ângulo costofrênicos) – clavículas na altura
do 4º arco costal, equidistante da coluna vertebral.
3. Inspirado: ideal – apneia inspiratória máxima. Diafragma entre 8-10ª costela posterior ou entre
5ª e 6ª anterior
- Índice cardiotorácico: diâmetro transversal do coração ÷ diâmetro transversal do tórax.
ICT≥0,5 = cardiomegalia
- Hilos pulmonares: Brônquios, estruturas vasculares, nervosas e linfáticas

Estudo sequencial: observar de fora para dentro:


- Partes moles: mama, tecido subcutâneo, cervical e supraescapular
- Ossos: costelas, clavículas, ombros, coluna, esterno
- Diafragma: altura (direito maior que esquerdo), morfologia, estudo comparativo
- Seios costofrênicos: livres (borrado/manchado – derrame pleural)
- Pleura: espessamento, pneumotórax, derrame pleural
- Campos pulmonares: nódulos, cavitações, consolidação, transparência
- Hilo: forma, tamanho (maior tamanho maior congestão) posição, calcificação
- Coração: dimensão e morfologia
- Mediastino: alargamento, massa

HIPOTRANSPARÊNCIA

DERRAME PLEURAL: hipotransparente


- Apagamento do seio costofrênico
- “sinal de menisco” – hipotransparente e forma concavidade
- Pode haver desvio contralateral do mediastino
ATELECTASIA: hipotransparente
- Pode ocorrer desvio homolateral do mediastino
- Elevação da cúpula diafragmática
- Hiperinsuflação compensatória (hipertransparência contralateral)

PNEUMONIA:
- Broncograma aéreo (ventilação em região hipotransparente)
- Consolidação
- Infiltrado em padrão alveolar

DISTRIBUIÇÃO EM ASA DE BORBOLETA: condensação alveolar de


líquido de origem cardiogênica = edema pulmonar (coração não
bombeia sangue adequadamente, levando ao acúmulo)

FIBROSE PULMONAR: esbranquiçada, favo de mel


NÓDULOS E MASSAS: até 10mm = nódulo, acima de 10mm = massa;
pode ser sinal de neoplasia
CAVIDADES: ar, líquido ou ambos. Delimitado e foco preto
ABCESSO PULMONAR: líquido + ar; formação de concavidade para cima;
nível hidroaéreo

HIPERTRANSPARÊNCIA
HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR:
- Hipertransparência no campo pulmonar
- Trama vascular (não está próximo das costelas) menos evidente
- Retificação do diafragma
- DPOC, fibrose cística, asma (crise)
- Pode haver aumento do espaço intercostal
- Coração em gota/comprimido
PNEUMOTÓRAX: totalmente hipertransparente
- Ausência de trama vascular na região do pneumotórax
- Pode ocorrer desvio contralateral do mediastino, rebaixamento
do diafragma
Artefatos: marcapasso, eletrodo, dreno torácico
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE TÓRAX
- Indicações: avaliação de mediastino, estadiamento de carcinoma broncogênico, avaliação ......
- Contraindicações: claustrofobia, obesidade, gestação, alergia contras
iodado
- Bolhas enfisematosas: Bolhas enfisematosas são definidas como
vesículas maiores que 1 cm, cheias de ar e funcionalmente inertes,
revestidas por uma parede externa fina, translúcida ou opalescente, com
espessura menor que 1 mm, e constituída principalmente pela pleura
visceral.(1) Sob condições de baixa pressão, as bolhas pulmonares
podem sofrer expansão, levando à compressão mediastinal, ou mesmo se romper e causar
pneumotórax hipertensivo, hemorragia maciça ou embolia gasosa,
caracterizando um tipo pouco comum de barotrauma.(2)
- Pneumotórax: É o acúmulo anormal de ar entre o pulmão e uma
membrana (pleura) que reveste internamente a parede do tórax. Este
espaço, que normalmente é virtual, se chama espaço pleural.
O pneumotórax é definido como a presença de ar na cavidade pleural,
que se torna real, com consequente colapso do pulmão. O ar tem
acesso à cavidade pleural através de lesões no parênquima pulmonar,
das vias aéreas ou da parede torácica.
- Nódulo pulmonar: seta
- Massa pulmonar: *
- Fibrose pulmonar: traves fibróticas mais grossas (favo de mel)
Doença respiratória crônica e progressiva caracterizada pela
formação de excessivo tecido conectivo (fibrose), engrossando as
paredes dos tecidos pulmonares. Ocorre quando o tecido pulmonar
é danificado e forma cicatrizes, endurecendo e prejudicando a
elasticidade e troca gasosa.

ESCARRO INDUZIDO:
- Técnica para coletar amostras de secreção de vvaa inferiores em paciente que não produz
espontaneamente. Por meio da inalação de solução salina hipertônica, gerando irritação das vias
e broncoconstrição
- Indicações: tuberculose, pneumonia, câncer de pulmão, avaliação da inflamação das vvaa,
resposta ao tratamento com corticoesteroides (asma, DPOC)
- Contraindicações: broncoespasmo, hemoptise, insuficiência cardíaca grave, gravidez, síndrome
consumptiva, redução do reflexo de tosse, insuficiência respiratória
- Materiais para coleta: água destilada, NaCl 20%, potes estéreis para coleta, nebulizador, luvas,
peak flow
- Realização: jejum 1h antes, higiene bucal, tentativa de inalação + manobras desobstrutivas
- Monitorização: peak flow
- Indução: nebulizar 3%, aumentar a cada 6 minutos, tosse a cada 5 minutos
- Tempo total: máximo 20 minutos
- Se houver redução do VEF1/PFE parar o procedimento
- Realizar no máximo 2x com intervalo de 30 minutos.

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