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Causas metabólicas
• Uremia:
Uremia é a síndrome tóxica polissistêmica que resulta de uma função renal anormal em animais
com azotemia, e ocorre simultaneamente com uma quantidade aumentada de constituintes
urinários no sangue. A uremia inclui as manifestações extra-renais da insuficiência renal. O
histórico do paciente e achados do exame físico incluem perda de peso, caquexia, inapetência
ou anorexia, redução da atividade, depressão, fadiga, fraqueza, vômito, diarréia, halitose,
respiração urêmica, constipação, pelame opaco e descuidado, desidratação, palidez, petéquias e
equimoses, estomatite urêmica, congestão escleral e conjuntival. As úlceras orais ocorrem
devido a transformação da uréia presente na saliva em amônia, por bactérias orais. O odor
amoniacal (respiração urêmica) é causado pela presença de diletilamina e triletilamina.
• Doença hepática:
O fígado é o maior órgão do corpo e é responsável por muitas e complexas funções. Devido
ao seu papel chave em muitos processos metabólicos, o fígado está sujeito a muitas
alterações através de variadas doenças e processos degenerativos.
Existem muitas causas possíveis de doença hepática. Por vezes um diagnóstico definitivo não
pode ser realizado. Algumas das causas incluem:
As doenças do fígado causam alterações e destruição das células hepáticas. Quanto maior for
a destruição das células, maior será a diminuição da função hepática que poderá causar uma
insuficiência hepática. Felizmente o fígado possui uma grande capacidade de reserva e, ao
contrário de outros orgãos no corpo, tem a habilidade de regenerar.
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• Cetoacidose diabética
A cetoacidose diabética é a emergência médica mais frequente em cães e gatos diabéticos. Os sinais clínicos
inicialmente observados são decorrentes da deficiência absoluta ou relativa de insulina que ocorre no
paciente com diabetes melito, como poliúria e polidipsia compensatória, polifagia e perda de peso. Com a
evolução do diabetes melito, sem tratamento e/ ou associado à condições de desenvolvimento de resistência à
insulina e secreção de hormônios contra-reguladores (glucagon, cortisol, hormônio do crescimento), ocorre o
estímulo à cetogênese hepática e produção excessiva de corpos cetônicos. A confirmação de hiperglicemia,
glicosúria, cetonemia e cetonúria caracteriza a cetoacidose diabética, ocorrendo acidose metabólica,
desidratação e desequilíbrio de eletrólitos.
Hipoadrenocorticismo:
O hipoadrenocorticismo é uma doença endócrina pouco comum em cães, resultado da produção
adrenal deficiente de mineralocorticóide e/ou glicocorticóide. A destruição do córtex adrenal
caracteriza o hipoadrenocorticismo primário (doença de Addison), que é a causa mais comum da
doença em cães. Esta destruição pode resultar de várias causas; entretanto, um distúrbio auto-
imune ou idiopático parece ser o principal fator.
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• Hipopotassemia:
A hipopotassemia geralmente é multifatorial, ou seja, diversos fatores contribuem para sua
ocorrência. Dentre eles:
- Redução na entrada de potássio: nutrição deficiente, anorexia, reposição de fluidos sem
potássio ou que não supre a necessidade diária, ingestão de bentonita (substrato de argila em
caixas higiênicas);
- Perda de potássio: diarreia, vômito, excreção urinária (doenças renal e hepática crônicas,
medicamentos que aumentam a produção de urina, acidificantes urinários, produção de urina
após desobstrução uretral, antibióticos -anfotericina B, aminoglicosídeos,
penicilinas), hipomagnesemia, acidose
metabólica, hipertireoidismo, hiperadrenocorticismo, hiperaldosteronismo, terapia com
bicarbonato de sódio.
- Entrada do potássio na célula: situações estressantes com liberação de adrenalina endógena ou
com uso de medicamento similares exógenos/ externos ao organismo (noradrenalina e
adrenalina), fármacos inibidores da enzima conversora de angiotensina (Enalapril e
Benazepril), heparina, fluido rico em glicose, hipotermia (redução da temperatura corporal),
hiperinsulinemia (aumento da insulina sanguínea), alcalose respiratória e metabólica e nutrição
parenteral (alimentação por via sanguínea com aporte de macro e micronutrientes), miopatia
hipopotassêmica (gatos da raça Burmês).
Geralmente não apresenta sintomatologia clínica, porém gatos são mais sensíveis a
hipocalemia.
Tratamento
Inicialmente deve-se controlar o fator que está levando o desequilíbrio para em seguida realizar a
reposição e manutenção dos níveis de potássio sanguíneo por meio da administração de fluidos
ricos em potássio.
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• Hipertiroidismo(gatos):
O hipertireoidismo felino é a doença endocrinológica mais comum em gatos mais velhos e de meia idade. Ela
ocorre em cerca de 10% dos pacientes felinos com mais de 10 anos. O hipertireoidismo é uma doença causada por
uma glândula de tireoide muito ativa que libera o hormônio de tireoide em excesso. Os gatos normalmente têm
duas glândulas de tireoide, uma em cada lado do pescoço. Uma ou ambas as glândulas podem estar afetadas. O
excesso do hormônio de tireoide causa um metabolismo hiperativo que força o coração, o trato digestivo e muitos
outros sistemas dos órgãos.
SINAIS CLÍNICOS
• vômito
• diarreia
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Tratamento
Causas químicas
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Piretróides
Inseticidas, e muito utilizados no controle de pulgas e carrapatos.
Alcaloides
Presente em alimentos humanos (chocolate, cafeína), entre outros.
• Medicamentos:
Uma das principais causas de intoxicação nos pets é pela ingestão acidental de medicamentos
humanos. Embora boa parte dos princípios ativos utilizados na medicina humana faça parte
também da rotina veterinária, a dosagem comercializada ou a quantidade que o animal possa vir
a ingerir são fatores que influenciam no grau de toxicidade. Portanto, mantenha qualquer
medicamento fora do alcance dos animais.
Os felinos possuem uma metabolização diferente dos cães, sendo mais sensíveis à alguns
medicamentos. É importante saber que princípios ativos como ácido acetilsalicílico (Aspirina) e
paracetamol (Tylenol) são altamente tóxicos para gatos.