talita.vaz@prof.una.br Endocrinologia clínica • Estuda as manifestações clínicas resultantes das endocrinopatias: patologias dos órgãos com função endócrina (liberam hormônios).
• A função dos hormônios atinge:
reprodução, crescimento e o desenvolvimento corporal, manutenção adequada do meio interno, produção, utilização e armazenamento de energia Principais glândulas endócrinas e seus produtos HIPOTÁLAMO: HIPÓFISE: peptídios estimulantes ou inibitórios dos hormônios hormônio de crescimento (GH), hipofisários hormônio tireoestimulante (TSH), hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), TIREOIDE: hormônio luteinizante (LH), tri-iodotironina (T3), tiroxina (T4) e calcitonina hormônio foliculoestimulante (FSH), prolactina (PRL), PARATIREOIDES: hormônio antidiurético (ADH) hormônio paratireóideo (PTH); ocitocina; ADRENAIS: GÔNADAS SEXUAIS (testículos e ovários): corticosteroides e as catecolaminas esteroides sexuais, progestágenos, andrógenos e estrógenos PÂNCREAS ENDÓCRINO: insulina, glucagon, somatostatina e polipeptídio pancreático Doenças endócrinas Surgem quando ocorre uma desproporção entre as concentrações hormonais X necessidades fisiológicas do animal, ou quando o órgão não responde bem a um determinado hormônio.
• Hiperfunção: neoplasias que aumentam a secreção hormonal.
• Hipofunção: processos destrutivos e progressivos, geralmente autoimune ou genéticos, levam a diminuição da produção hormonal. • Insuficiência de resposta do órgão alvo: problemas de ligação dos hormônios com receptores nas células, levam aos quadros de resistência hormonal. Principais endocrinopatias • Diabetes insípido • Diabetes mellitus. • Hipotiroidismo e Hipertirteoidismo. • Hiperadrenocorticismo, hipoadrenocorticismo. Diabetes insípido • Hormônio antidiurético (ADH), ou vasopressina, é um hormônio secretado no hipotálamo e liberado na neuro-hipófise. • As células-alvo do ADH são os túbulos coletores e ductos coletores. Hormônio antidiurético A permeabilidade das células epiteliais dos túbulos e ductos coletores a água é influenciada pelo ADH.
ADH aumenta a permeabilidade a água – água é reabsorvida dos túbulos e ductos
coletores.
Necessidade de conservação da água – maior secreção de ADH
A secreção de ADH é compatível com a necessidade de conservação de água
Detecção de osmoconcentração aumentada do LEC
DESIDRATAÇÃO > ADH pelos osmorreceptores no hipotálamo. Hormônio antidiurético Osmorreceptores hipotalâmicos: • Localizados no órgão vascular da lâmina terminal (OVLT) • Estimulam a secreção do ADH ao detectarem uma osmoconcentração Hormônio antidiurético Diabetes insípido Incapacidade de concentração da urina
1. Baixa ou nenhuma produção de ADH
Diabetes insípido central
2. Túbulos renais irresponsivos à ação do ADH
Diabetes insípido nefrogênico primário Diabetes insípido nefrogênico secundário Diabetes insípido 1. Baixa ou nenhuma produção de ADH
Diabetes insípido central
• perda ou destruição dos neurônios produtores de ADH no hipotálamo, • causa idiopática ou neoplasias (menos comum), • diagnóstico: concentração da urina normaliza após terapia de reposição do ADH. Diabetes insípido 2. Túbulos renais irresponsivos à ação do ADH
Diabetes insípido nefrogênico primário
• defeito congênito raro estrutural ou funcional dos rins,
• não há resposta à administração exógena de ADH Diabetes insípido 2. Túbulos renais irresponsivos à ação do ADH
Diabetes insípido nefrogênico secundário
• causa mais comum de poliúria e polidipsia em cães e gatos • causado por uma série de doenças que levam a: alteração na ligação do hormônio com o receptor (piometra, pielonefrite: endotoxinas bacterianas diminuem a sensibilidade ao ADH). diminuição das células do túbulo renal (doença renal crônica) perda do gradiente osmótico entre a medula renal e os túbulos renais (glicosúria) Diabetes insípido • Sinais clínicos: Poliúria: produção urinária superior a 50 mℓ/kg/dia Polidipsia: consumo de água superior a 100 mℓ/kg/dia
• Diferenciar poliúria de incontinência urinária.
• Avaliar a dieta, rica em sódio leva a maior ingestão de água. • Ingestão normal de água: 20 a 90 mℓ/kg/dia de água. • Débito urinário normal: 20 e 45 mℓ/kg/dia. Diabetes insípido – DIAGNÓSTICO • Urinálise: avaliar se a densidade está normal. cães < 1,030 e gatos < 1,025 = BAIXA CONCENTRAÇÃO!
• Concentração sérica de ADH: alto custo, manipulação da amostra.
Diabetes insípido – DIAGNÓSTICO • Tratamento experimental com Desmopressina (ADH):
Medir a quantidade de água ingerida pelo animal por 2 a 3 dias.
Tratamento com desmopressina de 5 a 7 dias (solução nasal 100mcg/ml) 1 a 4 gotas/animal BID ou SID, no saco conjuntival tutor continua medindo a água ingerida Redução da ingestão de água > 50% = diabetes insípido central! Realizar tratamento contínuo. Se animal não responder e excluir diagnósticos diferenciais: diabetes insípido nefrogênico.