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ESCOLA TÉCNICA DE ENFERMAGEM RAIMUNDA NONATA

CNPJ/MF: 10.684.024/0001-60 - INSCRIÇÃO MUNICIPAL: 00441335


DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM ENFERMAGEM

Doenças do Sistema Endócrino

Docente: Histerlainy Tavares de Araújo


Graduada em enfermagem UNP
Graduada em filosofia UERN
Anatomia e fisiologia do sistema endócrino

• O sistema nervoso autônomo (SNA) e o sistema endócrino atuam


juntos no controle das atividades metabólicas do organismo.
• Este trabalho em conjunto permite a manutenção da homeostase do
corpo humano.
• O SNA realiza suas funções por meio dos impulsos nervosos, os quais
liberam as substâncias denominadas neurotransmissores, garantindo
uma resposta rápida, direta e localizada.
Anatomia e fisiologia do sistema endócrino

• Já o sistema endócrino apresenta uma resposta mais lenta, com


resultado duradouro, e isto acontece por meio da liberação de
substâncias denominadas hormônios, os quais agem sobre o órgão-
alvo.
• O sistema endócrino é formado por tecidos e glândulas que secretam
produtos químicos responsáveis por controlar grande parte das funções
biológicas, denominados hormônios, os quais agem em receptores
específicos em tecidos-alvo.
Anatomia e fisiologia do sistema endócrino

• As glândulas endócrinas secretam esses hormônios, que são


conduzidos pela corrente sanguínea.
• Desta forma, essas glândulas, por meio de seus hormônios, são
responsáveis pelo crescimento, pelo funcionamento e pela regulação
de vários órgãos, por exemplo as características morfológicas
masculinas e femininas, e também podem influenciar no
comportamento das pessoas.
• Portanto, os hormônios atuam na manutenção da homeostasia do
organismo, proporcionando excelente funcionamento.
Anatomia e fisiologia do sistema endócrino

• Também existem as glândulas exócrinas, que são aquelas que secretam


e liberam suas substâncias a partir de um ducto que se abre
diretamente no órgão alvo, por exemplo as glândulas salivares.
Existem dois tipos de hormônios!

• Hormônios locais: têm efeitos locais específicos e atuam em locais


restritos, como: secretina, que é liberada pelo duodeno e causa a
secreção do pâncreas, e colecistocinina, liberada no intestino delgado e
atua na vesícula biliar. Ambos os hormônios atuam somente no
sistema digestório.
Existem dois tipos de hormônios!

• Hormônios gerais: a maioria destes hormônios é secretada por


glândulas específicas.
• Eles são transportados no sangue para todo o corpo, causando reações
diferentes, como a epinefrina (adrenalina), secretada pela suprarrenal
em resposta à estimulação simpática, e a insulina, secretada pelo
pâncreas, onde atuam em praticamente todas as células do organismo.
• Os hormônios gerais têm ação endócrina, caem na corrente sanguínea
e atuam longe do local de produção (TORTORA; DERRICKSON,
2016).
Anatomia e fisiologia do sistema endócrino

• Embora a maioria dos órgãos possa exibir atividade endócrina, os


órgãos endócrinos mais estudados são: hipotálamo; hipófise; tireoide;
paratireoides; glândulas suprarrenais ou adrenais; gônadas (testículos e
ovários); Ilhotas de Langerhans pancreáticas e glândulas mamárias.
Anatomia e fisiologia do sistema endócrino

Hipotálamo Tireoide
Hipófise
Anatomia e fisiologia do sistema endócrino

Paratireoides Glândulas suprarrenais Gônadas


Outros órgãos que também apresentam
atividade endócrina são:

• Coração: produz o peptídeo atrial natriurético, que tem como função


normalizar a volemia sanguínea e a pressão arterial.
• Rins: produzem o calcitriol (vitamina D) e aumentam a absorção de
cálcio pela via intestinal, inibindo a excreção desse mineral pelos rins
(urina).
• Fígado: produz a somatomedina (fator de crescimento tipo insulina) e
estimula o crescimento em inúmeros tecidos.
Outros órgãos que também apresentam
atividade endócrina são:

• Glândula pineal: produz melatonina, a qual tem como principal função


regular o sono, ou seja, em um ambiente escuro e calmo, os níveis de
melatonina do organismo aumentam, resultando em sono.
Outros órgãos que também apresentam
atividade endócrina são:

• Pele: produz calciferol (vitamina D) e atua na absorção e deposição de


cálcio no organismo, prevenindo a osteoporose, raquitismo e
osteomalácia.
• Ainda, auxilia a secreção de insulina pelo pâncreas, modula as células
de defesa e controla as contrações do músculo cardíaco e a pressão
arterial.
Outros órgãos que também apresentam
atividade endócrina são:

• Trato gastrintestinal: produz gastrina, colecistocinina, secretina, entre


outros hormônios que auxiliam no processo digestivo (TORTORA;
DERRICKSON, 2016).
Principais glândulas do corpo
Doenças do Sistema Endócrino
Doenças do Sistema Endócrino

As doenças endócrinas incluem:


•Hipertireoidismo,
•Hipotireoidismo,
•Diabetes,
•Distúrbios da puberdade e da função
reprodutiva.
Hipertireoidismo

•O hipertireoidismo é a hiperatividade
da tireoide que resulta em níveis
elevados de hormônios tireoidianos e
aceleração das funções vitais do corpo.
Hipertireoidismo
• A tireoide secreta hormônios tireoidianos, que controlam a velocidade com
que as funções químicas do corpo progridem (taxa metabólica).
• Os hormônios tireoidianos afetam muitas funções vitais do corpo, como a
frequência cardíaca, o ritmo a que as calorias são queimadas, a manutenção
da pele, o crescimento, a produção de calor, a fertilidade e a digestão.
Existem dois hormônios tireoidianos:
• T4: Tiroxina (também denominada tetraiodotironina)
• T3: Triiodotironina
Hipertireoidismo
• A hipófise produz o hormônio estimulante da tireoide (TSH), que estimula
a tireoide a produzir os hormônios tireoidianos.
• A hipófise reduz ou aumenta a liberação de TSH, dependendo do fato de
os níveis de hormônios tireoidianos que circulam no sangue estarem
muito altos ou muito baixos.
• O hipertireoidismo pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum
em mulheres durante a menopausa e após o parto.
Causas do hipertireoidismo
• As causas mais comuns são:
• Doença de Graves
• Bócio multinodular tóxico
• Tireoidite
• Nódulo tóxico individual
Doença de Graves
• Distúrbio do sistema imunológico na glândula em forma de borboleta
localizada na garganta (tireoide).
• Produção excessiva de hormônios pela tireoide. O problema é mais comum
em mulheres com menos de 40 anos.
• Os sintomas incluem ansiedade, tremor das mãos, sensibilidade ao calor,
perda de peso, olhos inchados e tireoide aumentada.
• O tratamento inclui medicamentos. Às vezes, a tireoide é removida.
Doença de Graves
• Distúrbio do sistema imunológico na glândula em forma de borboleta
localizada na garganta (tireoide).
• Produção excessiva de hormônios pela tireoide. O problema é mais comum
em mulheres com menos de 40 anos.
• Os sintomas incluem ansiedade, tremor das mãos, sensibilidade ao calor,
perda de peso, olhos inchados e tireoide aumentada.
• O tratamento inclui medicamentos. Às vezes, a tireoide é removida.
bócio multinodular tóxico
• O bócio multinodular tóxico (doença de Plummer), na qual muitos
nódulos (pequenos caroços) estão presentes, sendo que um ou mais podem
começar a produzir e a secretar hormônio tireoidiano em excesso.
• Esse distúrbio ocorre com mais frequência com o avanço da idade, mas
não ocorre com frequência em adolescentes e jovens adultos.
Nódulo tóxico (hiperativo) da tireoide

• Um nódulo tóxico (hiperativo) da tireoide (um tumor benigno ou


adenoma) é uma região onde ocorre um crescimento anômalo de tecido
local na tireoide.
• Esse tecido anômalo produz hormônios tireoidianos mesmo sem
estimulação pelo hormônio estimulante da tireoide (TSH, um hormônio
produzido pela hipófise que estimula a tireoide a produzir hormônios
tireoidianos).
• Deste modo, o nódulo desvia dos mecanismos que normalmente
controlam a tireoide e produz hormônios tireoidianos em grandes
quantidades.
Outras causas de hipertireoidismo incluem

• Alguns medicamentos, incluindo uma quantidade excessiva de hormônio


tireoidiano tomado por via oral
• Em casos raros, superestimulação devido a uma hipófise hiperativa
• Medicamentos e iodo podem causar hipertireoidismo
Outras causas de hipertireoidismo incluem

• Tomar uma quantidade excessiva de hormônio tireoidiano por via


oral também pode causar hipertireoidismo.
• Uma hipófise hiperativa pode produzir hormônio estimulante da
tireoide em excesso o que, por sua vez, dá origem à produção
excessiva de hormônios tireoidianos.
• No entanto, essa é uma causa extremamente rara de
hipertireoidismo.
Sintomas do hipertireoidismo

• A maioria das pessoas com hipertireoidismo tem tireoide aumentada


(bócio).
• Pode haver um aumento geral da glândula ou é possível que nódulos
surjam em determinadas áreas.
• Caso a pessoa tenha tireoidite subaguda, a glândula pode estar sensível e
dolorida.
Sintomas do hipertireoidismo
• Os sintomas do hipertireoidismo, independentemente da causa, refletem a
aceleração das funções orgânicas:
• Aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial
• Palpitações devido a ritmos cardíacos anormais (arritmias)
• Sudorese excessiva e sensação de calor
• Tremores nas mãos (tremor)
• Nervosismo e ansiedade
• Dificuldade para dormir (insônia)
• Perda de peso, apesar do aumento do apetite
• Aumento do nível de atividade apesar da fadiga e fraqueza
• Evacuações frequentes, ocasionalmente com diarreia
• Alterações na menstruação
Hipotireoidismo

• O hipotireoidismo é uma hipoatividade da tireoide que resulta na produção


inadequada dos hormônios tireoidianos e na redução das funções vitais do
corpo.
Hipotireoidismo

• A face fica edemaciada, a voz rouca e a dicção lenta, as pálpebras caem e


os olhos e face ficam inchados.
• Normalmente, apenas um exame de sangue é necessário para confirmar o
diagnóstico.
• A maioria das pessoas com hipotireoidismo precisa ingerir hormônio
tireoidiano pelo resto da vida.
• A tireoide secreta hormônios tireoidianos, que controlam a velocidade com
que as funções químicas do corpo progridem (taxa metabólica).
Hipotireoidismo

• O hipotireoidismo pode ser


• Primário
• Secundário
Hipotireoidismo

O hipotireoidismo primário resulta de um distúrbio da própria


tireoide. A causa mais comum é:
• Tireoidite de Hashimoto : O hipotireoidismo vai surgindo conforme a
tireoide é gradativamente destruída.
• Outras causas de hipotireoidismo primário incluem
• Inflamação da tireoide (tireoidite)
Hipotireoidismo

• Tratamento de hipertireoidismo ou câncer da tireoide Falta de iodo


• Aplicação de radiação à cabeça e pescoço
• Distúrbios hereditários que impedem que a tireoide produza ou secrete uma
quantidade suficiente de hormônios
Hipotireoidismo

• O hipotireoidismo secundário ocorre quando a hipófise falha em


secretar hormônio estimulante da tireoide (TSH) suficiente, que é
necessário para a estimulação normal da tireoide.
• O hipotireoidismo secundário é muito mais raro que o primário.
Sintomas do hipotireoidismo

• A insuficiência de hormônios tireoidianos provoca a desaceleração


das funções do corpo.
• Os sintomas são sutis e progridem gradualmente.
• Eles podem ser confundidos com depressão, sobretudo em idosos.
• As expressões faciais se tornam aborrecidas.
• A voz fica rouca e a fala lenta.
Sintomas do hipotireoidismo

• As pálpebras ficam caídas.


• Os olhos e a face ficam inchados.
• O cabelo fica escasso, com aspecto grosseiro e seco.
• A pele fica áspera, seca, com escamas e grossa.
Diabetes mellitus (DM)

• O diabetes mellitus é uma doença na qual o organismo não


produz uma quantidade suficiente de insulina ou não responde
normalmente à insulina, fazendo com que o nível de açúcar
(glicose) no sangue fique excepcionalmente elevado.
Diabetes mellitus (DM)

• A micção e a sede aumentam e, às vezes, a pessoa pode perder


peso mesmo que não esteja tentando.
• O diabetes danifica os nervos e causa problemas com as
sensações.
• O diabetes danifica os vasos sanguíneos e aumenta o risco de
ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, doença renal crônica e
perda de visão.
Diabetes mellitus (DM)

• O médico diagnostica o diabetes por meio da dosagem da glicose no


sangue.
• A pessoa com diabetes precisa seguir uma dieta saudável, com baixo teor
de carboidratos refinados (incluindo açúcar), gorduras saturadas e
alimentos processados.
• Ela também precisa fazer atividade física e, geralmente, deve tomar
medicamentos para reduzir os níveis de glicose no sangue.
Glicose no sangue

• Os três principais nutrientes que formam a maioria dos alimentos


são os carboidratos, proteínas e gorduras.
• Os açúcares representam um dos três tipos de carboidratos,
juntamente com amido e fibras.
Glicose no sangue

• Há vários tipos de açúcar. Alguns tipos de açúcar são simples e


outros são complexos.
• O açúcar de mesa (sacarose) é formado por dois tipos de açúcar mais
simples denominados glicose e frutose.
• O açúcar do leite (lactose) é formado por glicose e um açúcar
simples denominado galactose.
Glicose no sangue

• Os carboidratos em amidos, como pão, massa, arroz e alimentos


similares, são cadeias longas de moléculas diferentes de açúcares
simples.
• Sacarose, lactose, carboidratos e outros açúcares complexos precisam
ser decompostos e transformados em açúcares simples por enzimas
no trato digestivo antes de o organismo conseguir absorvê-los.
Glicose no sangue

• Depois que o organismo absorve os açúcares simples, ele geralmente os


converte em glicose, que é uma fonte importante de energia para o
corpo.
• A glicose é o açúcar que é transportado pela corrente sanguínea e
absorvido pelas células.
• O organismo também consegue fabricar glicose a partir de gorduras e
proteínas. O “açúcar” no sangue significa, na realidade, glicose no
sangue.
Insulina

• A insulina, um hormônio secretado pelo pâncreas (um órgão que fica


atrás do estômago que também produz enzimas digestivas), controla a
quantidade de glicose no sangue.
• A glicose na corrente sanguínea estimula o pâncreas a
produzir insulina.
Insulina

• A insulina ajuda a transportar a glicose do sangue para dentro das


células.
• Assim que entra nas células, a glicose é convertida em energia, que é
imediatamente utilizada, ou ela é armazenada na forma de gordura ou
do amido glicogênio até que seja necessária.
Insulina
• As concentrações de glicose no sangue normalmente variam
durante o dia.
• Eles aumentam depois de cada refeição e retornam aos níveis
anteriores à refeição aproximadamente duas horas depois.
• Uma vez que os níveis de glicose no sangue retornam aos valores
pré-refeição, a produção de insulina diminui.
Insulina

• Caso o organismo não produza uma quantidade suficiente


de insulina para transportar a glicose para dentro das células ou se as
células deixarem de responder normalmente à insulina (denominada
resistência à insulina), a elevação dos níveis de glicose no sangue
resultante combinada com uma quantidade inadequada de glicose nas
células causam os sintomas e as complicações.
Tipos de diabetes

Pré-diabetes
• Pré-diabetes é um quadro clínico no qual o valor da glicose está
demasiadamente elevado para ser considerado normal, mas não alto
o suficiente para ser identificados como diabetes.
• A pessoa tem pré-diabetes caso a glicemia em jejum fique entre 100
mg/dl 125 mg/dl ou se a glicemia duas horas após o teste oral de
tolerância à glicose fique entre 140 mg/dl e 199 mg/dl .
Tipos de diabetes

Pré-diabetes
• Ter pré-diabetes representa um risco mais elevado de ter tanto
diabetes como doença cardíaca no futuro.
• A diminuição do peso corporal em 5% a 10% por meio de dieta e
atividade física pode reduzir significativamente o risco de ter
diabetes no futuro.
Tipos de diabetes
Diabetes tipo 1
• No diabetes tipo 1 (antigamente denominado diabetes dependente
de insulina ou diabetes de início juvenil), o sistema imunológico do
organismo ataca as células do pâncreas que produzem insulina e mais de 90%
delas são destruídas permanentemente.
• O pâncreas, portanto, produz pouca ou nenhuma insulina.
• Apenas entre 5 e 10% de todas as pessoas com diabetes têm a doença tipo 1.
• A maioria das pessoas que tem diabetes tipo 1 manifesta a doença antes dos
30 anos de idade, embora ela possa se manifestar depois disso.
Tipos de diabetes

Diabetes tipo 1
• Os cientistas acreditam que um fator ambiental, possivelmente uma infecção
viral ou um fator nutricional na infância ou na adolescência, faz com que o
sistema imunológico destrua as células do pâncreas que produzem insulina.
• Uma predisposição genética faz com que algumas pessoas sejam mais
suscetíveis a um fator ambiental.
Tipos de diabetes
Diabetes tipo 2
• No diabetes tipo 2 (antigamente denominado diabetes não dependente
de insulina ou diabetes de início adulto), o pâncreas costuma continuar a
produzir insulina, às vezes até mesmo uma quantidade maior que a normal,
especialmente no início da doença.
• No entanto, o organismo cria resistência aos efeitos da insulina e, assim,
a insulina existente não é suficiente para atender às necessidades do
organismo.
• Conforme o diabetes tipo 2 avança, ocorre uma diminuição da capacidade de
produção de insulina pelo pâncreas.
Tipos de diabetes

Diabetes tipo 2
• Antigamente, o diabetes tipo 2 era raro em crianças e adolescentes,
mas vem se tornando mais comum.
• Porém, ele geralmente começa em pessoas com idade acima de 30
anos e se torna progressivamente mais comum com o avanço da idade.
• Aproximadamente 26% das pessoas com mais de 65 anos têm
diabetes tipo 2.
Tipos de diabetes
Diabetes tipo 2
• Pessoas com determinadas características raciais e étnicas têm mais
risco de ter diabetes tipo 2: pessoas de raça negra, américo-asiática,
indígena americana e pessoas com ascendência espanhola ou latino-
americana que vivem nos Estados Unidos têm um risco duas a três
vezes maior em comparação ao de pessoas de raça branca.
• O diabetes tipo 2 também tende a ser um mal de família.
Tipos de diabetes
Diabetes tipo 2
• A obesidade é o principal fator de risco para o desenvolvimento do diabetes
tipo 2 e 80% a 90% das pessoas com este distúrbio estão acima do peso ou são
obesas.
• Uma vez que a obesidade causa resistência à insulina, as pessoas obesas
precisam de uma grande quantidade de insulina para manter valores de
glicemia normais.
• Certos distúrbios e medicamentos podem afetar a forma pela qual o
organismo utiliza a insulina e podem dar origem ao diabetes tipo 2.
Sintomas do diabetes mellitus

• Os dois tipos de diabetes podem ter sintomas muito semelhantes se houver um


aumento significativo da glicemia.
• Os sintomas de uma glicemia elevada incluem
• Aumento da sede
• Aumento da micção
• Aumento da fome
Sintomas do diabetes mellitus

• Quando a glicemia for superior a 160 a 180 mg/dl, a glicose aparece na


urina.
• Quando o nível de glicose na urina aumentar ainda mais, os rins excretam
mais água para diluir a grande quantidade de glicose.
• Uma vez que os rins produzem urina em excesso, as pessoas com diabetes
urinam em grande volume e com frequência (poliúria).
Sintomas do diabetes mellitus

• A micção excessiva cria sede anormal (polidipsia).


• Uma vez que um excesso de calorias é perdido na urina, a pessoa
pode perder peso.
• Para compensar, a pessoa frequentemente sente fome exagerada.
Sintomas do diabetes mellitus

• Outros sintomas do diabetes incluem


• Visão embaçada
• Sonolência
• Náusea
• Diminuição da resistência durante a atividade física
Sintomas do diabetes mellitus

• Nas pessoas com o diabetes tipo 1, os sintomas começam de forma


brusca e drástica.
• Um quadro clínico grave denominado cetoacidose diabética , uma
complicação em que o organismo produz ácido em excesso, pode surgir
rapidamente.
• Além dos sintomas habituais do diabetes de sede e micção excessivas,
os sintomas iniciais da cetoacidose diabética também incluem náuseas,
vômitos, fadiga e dor abdominal, sobretudo em crianças.
Sintomas do diabetes mellitus

• A respiração tende a se tornar profunda e rápida à medida que o


organismo tenta corrigir a acidez do sangue (consulte Acidose ) e o
hálito tem odor frutado e parecido com acetona.
• Sem tratamento, a cetoacidose diabética pode evoluir para coma e
morte, algumas vezes rapidamente.
Sintomas do diabetes mellitus

• Após o diabetes tipo 1 ter iniciado, algumas pessoas apresentam


uma fase longa, mas temporária, nos quais os valores da glicemia
ficam quase normais (fase de lua de mel) devido à recuperação
parcial da secreção de insulina.
Sintomas do diabetes mellitus

• É possível que as pessoas com diabetes tipo 2 não apresentem nenhum


sintoma durante anos ou décadas antes de serem diagnosticadas.
• Os sintomas podem ser sutis.
• O aumento da micção e da sede no início é moderado, embora piore
gradativamente após várias semanas ou meses.
• A pessoa acaba se sentindo extremamente cansada, fica mais propensa a ter
visão turva e pode ficar desidratada.
• Nos estágios iniciais do diabetes, às vezes, a glicemia fica excepcionalmente
baixa, um quadro clínico denominado hipoglicemia .
Sintomas do diabetes mellitus

• Uma vez que as pessoas com diabetes tipo 2 produzem um pouco de insulina,
elas geralmente não apresentam cetoacidose mesmo quando o diabetes tipo 2
fica sem tratamento por bastante tempo.
• Em casos raros, os valores da glicemia ficam extremamente elevados
(podendo até mesmo ultrapassar 1.000 mg/dl).
• Esse aumento frequentemente ocorre devido a mais algum outro estresse,
como infecção ou uso de medicamento.
Sintomas do diabetes mellitus

• Quando a glicemia fica muito elevada, a pessoa pode


apresentar desidratação grave, que pode dar origem à confusão mental,
sonolência e convulsões.
• Muitas pessoas com diabetes tipo 2 são diagnosticadas por meio de
exames de glicemia rotineiros antes de apresentarem tais valores de
glicemia extremamente elevados.
Sintomas do diabetes mellitus

•Complicações do diabetes?
•Tipos de insulina ?

https://www.youtube.com/watch?v=KzaEnIrMmWY
• Distúrbios da puberdade e da função reprodutiva.
Puberdade precoce

• Puberdade precoce é o início da maturação sexual antes dos 8 anos de


idade nas meninas ou 9 anos nos meninos.
• O diagnóstico é feito em comparação com os padrões populacionais,
radiografia das mãos e do punho esquerdos para avaliar a idade óssea e
conferir possível avanço do desenvolvimento ósseo e avaliação dos
níveis séricos das gonadotrofinas e esteroides gonadais e das
suprarrenais.
• O tratamento depende da causa.
Puberdade precoce

• Nas meninas, o primeiro evento puberal é tipicamente o


desenvolvimento mamário (telarca), logo depois seguido do
aparecimento dos pelos pubianos (pubarca) e axilares e, mais tarde, do
primeiro período menstrual (menarca), que tradicionalmente ocorre 2 a
3 anos após a telarca.
Puberdade precoce

• Nos meninos, o primeiro marco puberal é tipicamente o aumento do


volume testicular, seguido do aumento peniano e do aparecimento de
pelos pubianos e axilares.
• Em ambos os sexos, o aparecimento dos pelos pubianos e axilares é
denominado adrenarca.
• A adrenarca pode ocorrer antes da gonadarca em cerca de 10% das
crianças (adrenarca precoce).
• Embora a gonadarca e adrenarca possam ter sinais que se sobrepõem,
elas são reguladas de maneira independente.
Puberdade precoce

• A definição de puberdade precoce depende de padrões populacionais


confiáveis para o início da puberdade (quando ocorrem as
manifestações da puberdade); como o início parece ocorrer mais cedo
nos EUA, especialmente em mulheres, esses padrões tradicionais estão
sendo reavaliados.
• O desenvolvimento das mamas ocorre progressivamente em idades
mais precoces e essa tendência reflete a epidemia de obesidade, com
um índice de massa corporal mais alto (> 85º percentil) associado à
telarca precoce.
Puberdade precoce
Puberdade precoce

• Quase 8 a 10% das meninas brancas, 20 a 30% das meninas negras e


uma porcentagem intermediária de meninas hispânicas alcançam a
puberdade aos 8 anos.
• O limite inferior de normalidade puberal para as meninas brancas pode
ser 7 anos e 6 anos para as meninas negras.
Puberdade precoce

• A média para o desenvolvimento mamário é cerca de 9,5 a 10 anos


para as meninas brancas e 8,5 a 9 para as meninas negras (intervalo de
8 a 13 anos).
• Entretanto, a idade da menarca não caiu tão drasticamente, com uma
redução média de apenas 3 meses nos últimos 30 anos (idade média de
11,5 anos em meninas negras e 12,5 anos em meninas brancas).
Puberdade precoce

• A média para o aparecimento dos pelos pubianos é de 9 a 10,5 anos


para ambos os grupos.
• Esses achados significam que as diretrizes para avaliação de
disfunções que levam à puberdade precoce podem ser interpretadas
com maior tolerância se as crianças são saudáveis e projetadas para
alcançar a altura potencial completa de adulto.
A puberdade precoce pode ser classificada em 2
tipos

• Dependente do GnRH (puberdade precoce central)


• Puberdade precoce independente do GnRH (efeitos periféricos do
hormônio sexual)
A puberdade precoce pode ser classificada em 2
tipos

• Em geral, a puberdade precoce dependente de GnRH é mais comum


de modo geral e 5 a 10 vezes mais frequente em meninas.
• Na puberdade precoce dependente de GnRH, o eixo hipotálamo-
hipofisário é ativado, resultando em aumento e maturação das
gônadas, desenvolvimento das características sexuais secundárias e
espermatogênese ou oogênese.
A puberdade precoce pode ser classificada em 2
tipos

• A puberdade precoce independente do GnRH é muito menos comum.


• As características sexuais secundárias são o resultado de níveis
circulantes elevados de andrógenos ou estrogênios, sem ativação do
eixo hipotálamo-hipofisário.
• A puberdade precoce também pode ser classificada de acordo com a
ocorrência da gonadarca ou da adrenarca.
A puberdade precoce pode ser classificada em 2
tipos

• Nas meninas, a gonadarca inclui desenvolvimento mamário, alteração


corpórea, crescimento uterino e, eventualmente, menarca.
• Nos meninos, a gonadarca inclui aumento do volume testicular,
crescimento fálico, aparecimento de pelos pubianos, faciais e axilares,
odor adulto do corpo, pele facial oleosa ou acne.
• A adrenarca, tanto na menina como no menino, envolve o
aparecimento de pelos e odor no corpo e acne.
A puberdade precoce pode ser classificada em 2
tipos

• O desenvolvimento puberal incompleto ou não sustentado é comum, na


maioria das vezes na foma de telarca ou adrenarca prematura isolada.
• Meninas com telarca precoce geralmente exibem desenvolvimento das
mamas durante os primeiros 2 anos de vida, mas essa mudança não é
acompanhada por níveis hormonais puberais, menarca, idade óssea
avançada nas radiografias, efeitos androgênicos nem aceleração do
crescimento.
• Da mesma maneira, a adrenarca precoce isolada também não está associada
ao desenvolvimento puberalprogressivo.
A puberdade precoce pode ser classificada em 2
tipos

• Crianças com adrenarca precoce podem ter sinais de produção adrenal


de androgênios (p. ex., pelos pubianos, acne, odor corporal), que
progridem lentamente sem aceleração do crescimento linear.
• A adrenarca prematura pode estar associada ao desenvolvimento
posterior da síndrome do ovário policístico na adolescência.
Pontos-chave

• A puberdade precoce é o início da maturação sexual antes dos 8 anos em


meninas ou 9 anos em meninos; mas, nos últimos anos, a puberdade começa
mais cedo, e os padrões tradicionais estão sendo reavaliados.
• Mais comumente, as características sexuais secundárias se desenvolvem
prematuramente porque o eixo hipotalâmico-hipofisário é ativado
(puberdade precoce dependente do GnRH); muitas vezes a causa é
idiopática, mas algumas crianças têm tumor do sistema nervoso central.
• Menos comumente, a causa são os altos níveis circulantes de estrogênios ou
androgênios (puberdade precoce independente de GnRH) provocada por
hiperplasia adrenal congênita ou diversos tumores gonadais.
A puberdade precoce pode ser classificada em 2
tipos

• O diagnóstico é feito por meio de radiografias ósseas e medição dos níveis


hormonais.
• Tratar a puberdade precoce dependente de GnRH com leuprolida ou
histrelina, agonistas do GnRH.
• Tratar a puberdade precoce independente de GnRH com base na causa,
incluindo a administração de antagonistas de androgênio ou estrogênio e a
remoção de tumores.
REFERÊNCIA

• TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e


Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
• Anatomia e fisiologia humana / Isabel Cristina Chagas Barbin. –
Londrina : Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. p.184.

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