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Em geral, a prevalência de DA em áreas rurais e de países de baixa Exposição maternas durante a gestação
renda é significativamente menor do que em suas contrapartes
urbanas e de alta renda, o que ilustra a importância do estilo de vida Apesar de vários questionamentos, documentou se relação direta
e do meio ambiente na patogênese da doença atópica. Esta entre estresse materno e o possível desenvolvimento e/ou
observação suporta a hipótese controversa da higiene, que postula evolução para DA na infância, possivelmente por interferência no
que a menor exposição a agentes infecciosos no início da infância desenvolvimento do sistema imunológico do feto (ANTUNES et al.,
aumenta a suscetibilidade a doenças alérgicas. (AZULAY, 2017) 2017)
Embora possa se manifestar em qualquer período etário, 60% dos Irritantes e agentes que causam prurido
casos de DA ocorrem no primeiro ano de vida. A DA assume forma
leve em 80% das crianças acometidas, e em 70% dos casos há Alguns agentes ambientais, como sabões e detergentes, agridem a
melhora gradual até o final da infância (ANTUNES et al., 2017) pele, interferem com a barreira cutânea e facilitam a interação entre
irritantes e alérgenos e o sistema imunológico, promovendo
A prevalência da dermatite atópica entre crianças brasileiras – inflamação. Destaca-se lauril sulfato de sódio e hidróxido de sódio
demonstram que, no Brasil, a prevalência da dermatite atópica é (ANTUNES et al., 2017)
similar à de outras partes do mundo, estando em torno de 10 a 15%.
(BOLOGNIA, 2015) Radiação ultravioleta
Os fungos também atuam como fatores desencadeantes de DA, Os surtos do eczema podem ser desencadeados por infecções
principalmente os do gênero Malassezia (ANTUNES et al, 2017) respiratórias, alterações climáticas, fatores emocionais e alimentos.
(ANTUNES et al, 2017)
Estudos recentes tentam explicar essa relação com a Malassezia
spp., e alguns demonstraram que este agente pode produzir Entre os 8 e 10 meses de idade as lesões acometem as regiões
proteínas que são imunogênicas, o que desencadeia a produção de extensoras dos membros, provavelmente pela fricção ocasionada
IgE e podem, até mesmo, induzir a liberação de citocinas inflamatória pelo ato de engatinhar ou mesmo se arrastar no chão. Os pacientes
(ANTUNES et al, 2017) que nesta fase apresentam eczema generalizado podem melhorar;
entretanto, o desaparecimento total da doença é pouco provável.
Influência psicossomática (ANTUNES et al, 2017)
A DA piora com alguns fatores externos tais como: estímulos Não é incomum a presença de dermatite seborreica, sobretudo nos
emocionais, físicos, químicos e biológicos, que provocam uma primeiros meses de vida, a associação de prurido e escamas típicas
resposta mais acentuada nestes pacientes (ANTUNES et al, 2017) de dermatite seborreica no couro cabeludo são sugestivas da
combinação das duas doenças (ANTUNES et al, 2017)
Demonstrou-se que o sistema neuroendócrino se apresenta
aumentado na pele dos pacientes com DA, onde a ligação das células Fase pré-puberal
endócrinas com a inervação da pele está mais desenvolvida e
apresenta maior penetração na epiderme. Esta inervação na DA,
pode desregular a produção de citocinas e outros fatores que
resultam na redução da defesa do hospedeiro. (ANTUNES et al, 2017)
Manifestações clínicas
Sinal de Hertoghe
Hiperlinearidade palmo-plantar
Escurecimento periorbital
Presença de acentuação das linhas palmares e plantares com menos
descamação (ANTUNES et al, 2017) Decorre do atrito pela coçadura; muitos pacientes apresentam
aumento da pigmentação periorbital, que é considerado sinal menor
da DA (ANTUNES et al, 2017)
Eczema de mamilos
Palidez facial
Ictiose vulgar
Outros: Outros marcadores sorológicos vêm sendo ANTUNES, Adriana A. et al. Guia prático de atualização em dermatite atópica-
estudados no sentido de permitirem a confirmação do Parte I: etiopatogenia, clínica e diagnóstico. Posicionamento conjunto da
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e da Sociedade Brasileira de
diagnóstico de alergia alimentar em pacientes com DA ou
Pediatria. Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia, 2017.
do seu acompanhamento, entretanto, poucos estão
disponíveis na prática clínica. Entre eles, destacamos: a Azulay, Rubem D. Dermatologia, 7ª edição. Disponível em: Minha Biblioteca,
quantificação de histamina liberada por basófilos, a Grupo GEN, 2017.
determinação dos níveis de anticorpos séricos IgG e IgG4 Bolognia, Jean. Dermatologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (3rd edição).
específicos, a pesquisa e a quantificação de complexos Grupo GEN, 2015.
antígeno-anticorpo, a determinação da expressão de
Soutor, Carol, e Maria Hordinsky. Dermatologia Clínica. Disponível em:
CD63 em basófilos, a determinação dos níveis de Minha Biblioteca, Grupo A, 2014.
anticorpos IgA anti-gliadina, antitransglutaminase e anti-
endomísio
Diagnósticos diferenciais