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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE


ANATOMIA SONDA
NASOGÁSTRICA

DANIELLE NAZARÉ PEREIRA – UP21102723

TURMA: C301/ N3

Professora: MÔNICA SILVA LIRA DE OLIVEIRA

MANAUS – AM

LABORATÓRIO DA UNIVERSIDADE
PAULISTA

2022
1. INTRODUÇÃO

A sonda nasogástrica é um tubo de polivinil que quando prescrito deve ser


tecnicamente introduzido das narinas até o estômago. Tem como objetivo proporcionar a
nutrição do paciente quando ele está com dificuldades para deglutir; aplicar medicação
diretamente no trato gastrointestinal; realizar aspiração do local com hemorragia e
também realizar lavagem. Antes de realizar o procedimento administra-se a xilocaína,
medicamento anestésico administrado para aliviar a passagem da sonda. O paciente
deverá estar em posição de Fowler e se possível pede-se sua colaboração, lembrando de
prezar sempre pela privacidade do mesmo.

2. OBJETIVOS

Descrever como inserir uma sonda nasogástrica; analisar os cuidados principais


no procedimento e classificar, identificar e analisar o modo de uso assim como a troca da
sonda durante o tratamento do paciente.

3. MATERIAIS

 Carrinho previamente desinfectado com álcool a 70%;

 Bandeja previamente desinfectada conforme técnica asséptica;


 Lixo;
 Toalha para colocar no tronco do paciente caso ele regurgite;
 Xilocaína para aplicar na extremidade da sonda (aproximadamente 10 cm);
 Sonda (calibre menor para nutrição e calibre maior para aspiração);
 Fita micropore para fixar a sonda;

 Estetoscópio para auscultar região epigástrica no teste da sonda;

 Seringa de 20ml para injetar o ar na sonda e auscultar com


 estetoscópio;
 Luva de procedimento (pois o TGI não é estéril, é limpo);
 Gaze
 Soro fisiológico
 Copo com água para o paciente tomar e ajudar na inserção da sonda;
 EPI’s: máscara e óculos
 Abaixador de língua para verificar se a sonda está no caminho certo, ou seja,
se está no esôfago ou erroneamente na traqueia;
 Fitas de medir o pH do estômago;
 Por fim, coloca-se todos os materiais na bandeja.

4. PROCEDIMENTOS
➔ Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira
inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada;
➔ Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
➔ Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da
pele;
➔ Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do
apêndice (acrescentar mais 10 cm);
➔ Marcar com adesivo;
➔ Calçar luvas;
➔ Injetar água dentro da sonda (com mandril);
➔ Mergulhar a ponta da sonda em copo com água para lubrificar;
➔ Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta
introduzir até a marca do adesivo;
➔ Aguardar a migração da sonda para duodeno, encaminhar ao Raio-X para
confirmação do local da sonda;
➔ Retirar o fio-guia após a passagem correta;
➔ Observar sinais de cianose, dispnéia e tosse;
➔ Para verificar se a sonda está no local
➔ Injetar 20ml de ar na sonda e auscultar com esteto, na base do apêndice
xifóide, para ouvir ruídos hidroaéreos;
➔ Colocar a ponta da sonda no copo com água se tiver borbulhamento está
na traqueia, deve ser retirada;
➔ Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para
evitar a entrada de ar;
➔ Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
➔ Fixar a sonda não tracionando a narina;
➔ Colocar o paciente em decúbito lateral direito para que a passagem da sonda
até o duodeno seja facilitada pela peristalce gástrica.
5. CONCLUSÃO

Por ser muito fina a sonda pode obstruir facilmente, impossibilitando a


administração da dieta enteral. Para evitar este problema é necessário injetar com uma
seringa 20ml de água filtrada ou fervida (já em temperatura ambiente) na sonda,
antes e após a administração da dieta ou de medicamento, realizando a lavagem da sonda.
Manter o paciente sentado ou com travesseiros nas costas para receber a dieta (sempre cm
cabeceira elevada a no mínimo 45°). Nunca administre a dieta com o paciente deitado
para evitar vômitos e o risco de pneumonia. O paciente deverá estar em postura mais
elevada durante toda a infusão da dieta e 30 minutos após termino.
A dieta enteral é comumente administrada em unidades hospitalares por bomba de
Infusão. Em domicílio quando paciente tem histórico de diarreia, distensão abdominal,
vômitos e má absorção da dieta a administração é realizada por gotejamento (por meio de
frasco acoplado ao equipo), gota a gota; quando paciente não tem histórico destas alterações
clínicas a administração é realizada diretamente com seringa se 60 ml, sendo comum
administrações desta forma em âmbito domiciliar.

6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOWDEN, Vicky R., Greenberg, Cindy Smith. Procedimentosde


Enfermagem Pediátrica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2005.
NATIONAL NURSE NUTRITION GROUP. Good Practice Guideline – Safe
Insertion and Ongoing Care of Nasogastric (NG) Feeding Tubes in Adults. 2019.
Disponível em: <https://nnng.org.uk/wp-content/uploads/2016/06/NNNG-
Nasogastric-tube- Insertion-and-Ongoing-Care-Practice-Final-Aprill-2016.pdf>. Acesso em 17 de
novembro de 2022.
MANUAL, MSD. Como inserir uma sonda nasogástrica. Disponível em:
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%Barbios- gastrointestinais/ doe%C3%A7a-
inflamat%C3%B3ria-intestinal/vis%C3%A3o- geral-da-doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-
intestinal. Acesso em 17 de novembro de 2022.
STROUD, M.; et al. Guidelines for enteral feeding in adult hospital patients. Gut.
52. Suppl VII; vii1–vii12, 2003

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