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Introdução à

Enfermagem II

Técnico em Enfermagem

Cataguases-2022
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OXIGENOTERAPIA

Consiste na administração de oxigênio numa concentração de


pressão superior a encontrada na atmosfera ambiental, para corrigir e
atenuar deficiência de Oxigênio ou hipóxia.
Métodos de Administração de Oxigênio:
a) Cânula nasal - é empregado quando o paciente requer uma
concentração média ou baixa de O2. É relativamente simples e permite
que o paciente converse e alimente-se, sem interrupção de O2.
1- Vantagens:
- Conforto maior que no uso do cateter;
- Economia, não necessita ser removida;
- Convivência - pode comer, falar, sem obstáculos;
- Facilidade de manter em posição.
2- Desvantagens:
- Não pode ser usada por pacientes com problemas nos condutos
nasais;
- Concentração de O2 inspirada desconhecida;
- De pouca aceitação por crianças pequenas;
- Não permite nebulização

b) Cateter Nasal - Visa administrar concentrações baixas a


moderadas de O2. É de fácil aplicação, mas nem sempre é bem
tolerada, principalmente por crianças.
1- Vantagens:
- Método econômico e que utiliza dispositivos simples;
- Facilidade de aplicação.
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2- Desvantagens:
- Nem sempre é bem tolerado em função do desconforto produzido;
- A respiração bucal diminui a fração inspirada de O2;
- Irritabilidade tecidual da nasofaringe;
- Facilidade no deslocamento do cateter;
- Não permite nebulização;
- Necessidade de revezamento das narinas a cada 8 horas.
c) Máscara de Venturi - Constitui o método mais seguro e exato
para liberar a concentração necessária de oxigênio, sem considerar a
profundidade ou frequência da respiração.

d) Máscara de Aerosol, Tendas Faciais - São utilizadas com


dispositivo de aerosol, que podem ser ajustadas para concentrações
que variam de 27% a 100%.

Cânula nasal (óculos)


Material:
• Cânula nasal dupla estéril;
• Umidificador de bolhas estéril;
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• Extensão de borracha;
• Fluxômetro calibrado por rede de oxigênio;
• 50 ml de AD esterilizada.
Procedimento:
1. Instalar o fluxômetro e testá-lo;
2. Colocar água no copo do umidificador, fechá-lo e conectá-lo ao
fluxômetro;
3. Conectar a extensão ao umidificador;
4. Identificar o umidificador com etiqueta (data, horário e volume de
água);
5. Instalar a cânula nasal do paciente e ajustá-la, sem tracionar as
narinas;
6. Conectar a cânula à extensão, abrir e regular o fluxômetro
(conforme prescrição).
Observações:
• Trocar a cânula nasal diariamente;
• Trocar o umidificador e extensão plástica a cada 48 horas.

Nebulização
Material:
• Fluxômetro;
• Máscara simples, ou “Venturi”, de formato adequado esterilizada;
• Frasco nebulizador;
• Extensão plástica corrugada (traquéia);
• 250 ml de água destilada esterilizada;
• Etiqueta e folha de anotações de enfermagem.

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Procedimento:
1. Instalar o fluxômetro e testá-lo;
2. Colocar a água no copo do nebulizador, fechar e conectar ao
fluxômetro;
3. Conectar a máscara ao tubo corrugado, e este ao nebulizador;
4. Colocar a máscara no rosto do paciente e ajustá-la, evitando
compressões;
5. Regular o fluxo de oxigênio, de acordo com a prescrição;
6. Identificar o nebulizador com adesivo (data, hora e volume).
Observações:
• Trocar a água do nebulizador de 6/6hs, desprezando toda a água
do copo e colocando nova etiqueta;
• Trocar o conjunto a cada 48 horas.

Inalação
Material:
• Fluxômetro;
• Micronebulizador, com máscara e extensão;
• 10 ml de SF ou água destilada esterilizada;
• Medicamento;
• Etiqueta;
• Gaze esterilizada;
• Folha de anotações.
Procedimento:
1. Instalar o fluxômetro na rede de oxigênio ou ar comprimido, e
testá-lo;
2. Abrir a embalagem do macronebulizador e reservá-lo;
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3. Colocar o SF ou AD no copinho, acrescentar o medicamento,
fechar e conectar ao fluxômetro;
4. Conectar a máscara ao macronebulizador;
5. Regular o fluxo de gás (produzir névoa 5L/min);
6. Aproximar a máscara do rosto do paciente e ajustá-la, entre o
nariz e a boca, solicitando que respire com os lábios entreabertos;
7. Manter o micronebulizador junto ao rosto do paciente, por 5
minutos, ou até terminar a solução (quando possível orientá-lo a fazê-lo
sozinho);
8. Identificar com etiqueta (data, horário de instalação);
9. Fechar o fluxômetro e retirar o micronebulizador;
10. Secar com gaze, recolocá-lo na embalagem e mantê-lo na
cabeceira do paciente.
Observação:
• Trocar o nebulizador a cada 48 horas.
SONDA NASOGÁSTRICA

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A passagem de sonda nasogástrica é a inserção de uma sonda
plástica ou de borracha, flexível, podendo ser curta ou longa, pela boca
ou nariz, para: descomprimir o estômago e remover gás e líquidos;
diagnosticar a motilidade intestinal; administrar medicamentos e
alimentos; tratar uma obstrução ou um local com sangramento; obter
conteúdo gástrico para análise.

Condições ou necessidades que requerem utilização de sonda:


- Preparação pré-operatória com dieta elementar;
- Problemas gastrintestinais com dieta elementar;
- Terapia para o câncer;
- Cuidado na convalescença;
- Coma;
- Condições hiper metabólicas;
- Cirurgia maxilofacial ou cervical.
Tipos de Sonda Nasogástrica
A sonda nasogástrica é introduzida através do nariz ou boca até o
estômago. As mais comumente usadas são: sonda de Levine, gástrica
simples, Nutriflex, a Moss e a Sengstaken-Blakemore (S-B).
• Sonda de Levine: é uma das mais usadas, existindo no mercado
tanto tubos de plástico como de borracha, com orifícios laterais próximos
à ponta; são passadas normalmente pelas narinas. Apresenta uma única
luz (números 14 a 18).
A sonda é usada para remover líquidos e gases do trato
gastrintestinal superior em adultos, obter uma amostra do conteúdo
gástrico para estudos laboratoriais e administrar alimentos e
medicamentos diretamente no trato gastrintestinal.
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A colocação da sonda pode ser checada depois de colocada
aspirando-se o conteúdo gástrico e checando-se o ph do material retirado.
O ph do aspirado gástrico é ácido (± 3); o ph do aspirado intestinal (± 6,5),
e o ph do aspirado respiratório é mais alcalino (7 ou mais). Uma
radiografia é o único meio seguro de se verificar a posição da sonda;
• Sonda gástrica simples (“Salem-VENTROL”): é uma sonda
radiopaca, de plástico claro, dotada de duas luzes. É usada para
descomprimir o estômago e mantê-lo vazio;
• Sonda Nutriflex: é uma sonda usada para nutrição. Possui 76 cm
de comprimento e uma ponta pesada de mercúrio para facilitar sua
inserção. É protegida por um lubrificante que é ativado quando é
umidificado
• Sonda de MOSS: é uma sonda de descompressão gástrica de 90
cm de comprimento, três luzes e somente um balão que serve para fixar
a sonda ao estômago quando inflado. O cateter de descompressão serve
para aspiração gástrica e esofagiana, como também para lavagem. A
terceira luz é uma via para alimentação duodenal;
• Sonda S-B: é usada para tratar sangramento de varizes
esofagianas. Tem 3 luzes e 2 balões; duas das luzes são utilizadas para
inflar os balões, enquanto a terceira é usada para lavagem gástrica e para
monitorizar o sangramento.
Técnica de Sondagem com Sonda Levine
Material:
• Sonda gástrica LEVINE (mulher 14 a 16, homem 16 a 18);
• Seringa de 20 ml;
• Copo com água;
• Gaze,
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• Benzina;
• Toalha de rosto;
• Xilocaína gel;
• Fita adesiva;
• Estetoscópio;
• Biombo s/n;
• Luvas de procedimento;
• Sacos para lixo.
Procedimento:
1. Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a
cabeceira inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça
lateralizada;
2. Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
3. Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a
oleosidade da pele;
4. Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a
base do apêndice;

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5. Marcar com adesivo;
6. Calçar luvas;
7. Lubrificar a sonda com xilocaína;
8. Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que
degluta;
9. Introduzir até a marca do adesivo;
10. Observar sinais de cianose, dispneia e tosse;
11. Para verificar se a sonda está no local:
12. Injetar 20 ml de ar na sonda e auscultar com estetoscópio, na
base do apêndice xifoide, para ouvir ruídos hidroaéreos;
13. Ver fluxo de suco gástrico aspirando com a seringa de 20 ml;
14. Colocar a ponta da sonda no copo com água - se tiver
borbulhamento está na traqueia. Deve ser retirada;
15. Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento,
dobrá-la para evitar a entrada de ar;
16. Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
17. Fixar a sonda não tracionando a narina.

Lavagem gástrica
É a introdução através da SNG, de líquido na cavidade gástrica,
seguida de sua remoção. Tem como objetivo remover do estômago
substâncias tóxicas ou irritantes, preparar para cirurgias do aparelho

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digestivo. Deve-se evitar a lavagem gástrica em casos de
envenenamento por substâncias causticas, para não provocar perfuração
do esôfago ou estômago, pela sonda.
Material:
• Bandeja;
• Material para sondagem nasogástrica – sonda calibrosa;
• Balde;
• Folhas de papel toalha;
• Soro fisiológico com equipo;
• Biombo;
• Luvas de procedimento.

Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
2. Lavar as mãos;
3. Reunir o material na bandeja, levar a unidade do paciente, colocá-
lo sobre a mesa de cabeceira;
4. Colocar a balde sobre a cadeia, forrada com papel toalha;
5. Cercar a cama com biombo;
6. Colocar o soro no suporte;
7. Calçar as luvas de procedimentos;
8. Proceder à técnica de sondagem nasogástrica;
9. Conectar o equipo na sonda e deixar fluir aproximadamente 250
a 500 ml de soro;
10. Fechar o soro, desconectar o equipo, colocar a extremidade
aberta da sonda no balde, deixando o líquido refluir por sifonagem.

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Aspirar com seringa. Se necessário pode-se também usar frasco de soro
com pressão negativa;
11. Repetir o processo até que o retorno seja límpido;
12. Proceder a retirada da sonda, conforme técnica descrita;
13. Retirar luvas;
14. Deixar o paciente confortável;
15. Medir o retorno, desprezar e anotar.

Drenagem por sonda nasogástrica


Material:
• Bandeja;
• Sonda nasogástrica;
• Xilocaína gel;
• Frasco esterilizado;
• Tampa plástica;
• Seringa de 20 ml;
• Luvas de procedimento;
• Gazes;
• Esparadrapo;
• Estetoscópio;
• Frasco graduado para medir secreção drenada;
• Prolongamento esterilizado.

Procedimentos:
1. Lavar as mãos;
2. Preparar o material e levá-lo à unidade do paciente;
3. Cercar a cama com biombo, se necessário;
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4. Colocar o paciente em posição Fowler;
5. Proteger o tórax do paciente;
6. Calçar luvas;
7. Proceder a sondagem nasogástrica conforme descrito;
8. Deixar a sonda aberta e conectar a extremidade no
prolongamento de látex e deixar a outra ponta no frasco de soro vazio;
9. Retirar as luvas; Anotar no prontuário a quantidade e aspecto do
líquido drenado.

Retirada da sonda nasogástrica


Materiais:
• Bandeja;
• Gazes;
• Luvas de procedimento;
• Recipiente com algodão embebido na benzina;
• Cuba rim;
• Papel toalha.

Procedimentos:
1. Lavar as mãos;
2. Preparar o material e levá-lo à unidade do paciente;
3. Cercar a cama com biombo, se necessário;
4. Colocar papel toalha sobre o tórax do paciente;
5. Forrar a cuba rim com papel toalha e colocá-la ao lado do
paciente;
6. Calçar luvas;
7. Desprender o esparadrapo com algodão embebido na benzina;
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8. Pegar a sonda com aze e comprimi-la firmemente;
9. Retirar a sonda com movimentos suaves e colocá-la na cuba rim
envolvendo-a com o papel toalha;
10. Anotar no prontuário procedimento realizado.

SONDA NASOENTERAL
A sonda nasoenteral tem comprimento variável de 50 a 150 cm, e
diâmetro médio interno de 1,6mm e externo de 4 mm, com marcas
numéricas ao longo de sua extensão, facilitando posicionamentos,
maleáveis, com fio-guia metálico e flexível, radiopaca. A sonda
nasoenteral é passada da narina até o intestino. Difere da sonda
nasogástrica, por ter o calibre mais fino, causando assim, menos trauma
ao esôfago, e por alojar-se diretamente no intestino, necessitando de
controle por Raios-X para verificação do local da sonda.
Tem como função apenas a alimentação do paciente, sendo de
escolha no caso de pacientes que receberam alimentação via sonda por
tempo indeterminado e prolongado. Por isso, esta sonda só permanece
aberta durante o tempo de infusão da alimentação.
A técnica de sondagem se assemelha com a técnica de sondagem
nasogástrica.

Material:
• Sonda enteral com fio guia (mandril);
• Seringa de 20 ml;
• Copo com água;
• Gaze;
• Benzina;
14
• Toalha de rosto;
• Xilocaína gel;
• Fita adesiva;
• Estetoscópio;
• Biombo s/n;
• Luvas de procedimento;
• Sacos para lixo.

Procedimento:
1. Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a
cabeceira inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça
lateralizada;
2. Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
3. Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a
oleosidade da pele;
4. Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a
base do apêndice (acrescentar mais 10 cm);
5. Marcar com adesivo;
6. Calçar luvas;
7. Injetar água dentro da sonda (com mandril);
8. Mergulhar a ponta da sonda em copo com água para lubrificar;
9. Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que
degluta – introduzir até a marca do adesivo;
10. Aguardar a migração da sonda para duodeno, encaminhar ao
Raio-X para confirmação do local da sonda;
11. Retirar o fio-guia após a passagem correta;
12. Observar sinais de cianose, dispneia e tosse;
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Para verificar se a sonda está no local:
13. Injetar 20 ml de ar na sonda e auscultar com esteto, na base do
apêndice xifoide, para ouvir ruídos hidroaéreos;
14. Colocar a ponta da sonda no copo com água - se tiver
borbulhamento está na traqueia. Deve ser retirada;
15. Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento,
dobrá-la para evitar a entrada de ar;
16. Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
17. Fixar a sonda não tracionando a narina;
18. Colocar o paciente em decúbito lateral direito para que a
passagem da sonda até o duodeno seja facilitada pelo peristaltismo
gástrico.

ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE
Administração de alimentos ao paciente acamado
Dependendo do grau de dependência, o paciente necessitará de
auxílio e/ou estímulo para se alimentar, uma vez que a nutrição do
paciente está diretamente relacionada a sua recuperação.

Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
2. Orientar o paciente;
3. Colocar o paciente em posição confortável e a toalha de rosto
sobre o seu tórax;
4. Aproximar a mesa de refeições com a bandeja;
5. Oferecer a dieta, e auxiliar no que for preciso;
6. Observar a aceitação alimentar;
16
7. Retirar a bandeja;
8. Realizar higiene oral;
9. Realizar anotações no plano assistencial.

Administração de alimentos por Sonda Nasogástrica e


Enteral/Gavagem
Gavagem é a introdução de alimentos através de uma sonda
nasogástrica ou enteral.
Tem por objetivo repor líquidos, hidratar ou alimentar o paciente
impossibilitado de deglutir em pós-operatório de cirurgia de região oral,
vias aéreas superiores e pacientes inconscientes.

Orientações:
• Testar posicionamento da sonda antes de cada administração de
dieta;
• Manter a sonda sempre fechada;
• O alimento deve ser introduzido lentamente, gota a gota, evitando
regurgitação, diarreia;
• Evitar entrada de ar na sonda;
• A dieta deve ser introduzida na temperatura ambiente;
• Após introdução da dieta, injetar 50 a 100 ml de água, com o
objetivo de manter a sonda limpa;
• A alimentação deve ser oferecida com o paciente sentado, em
posição confortável;
• Proceder a higiene oral e das narinas a cada período. Trocar a
fixação da sonda diariamente;

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• Observar estase gástrica - se houver distensão abdominal ou
refluxo de dieta anterior de 100 ml, não administrar e comunicar o chefe.
Abrir a sonda por 10 minutos antes de administrar a dieta para observar
se há estase gástrica.
Procedimentos:
1. Lavar as mãos;
2. Reunir material e dieta (ou medicamento) prescrita pelo médico
ou nutricionista;
3. Proteger o tórax do doente com uma toalha;
4. Elevar a cabeceira do leito para posição sentado ou semi-sentado;
5. Verificar temperatura (no caso de dieta);
6. Utilizar pinça para abrir e fechar sonda;
7. Proteger com gaze a conexão seringa-sonda;
8. Aspirar na seringa o material a ser injetado na sonda e injetar
lentamente na sonda (despinçada) com seringa em posição vertical e
mais alta que a cabeça do paciente;
9. Injetar tantas vezes quanto necessário para infundir o volume
prescrito;
10. Lavar a sonda ao término da infusão, com água destilada ou soro
fisiológico para evitar entupimentos;
11. Higienizar boca e narinas.

Alimentação por gastrostomia


Consiste na administração de alimentos líquidos no estômago, por
meio de um tubo de borracha inserido pela parede abdominal, através de
procedimento cirúrgico. A administração pela gastrostomia é indicada
quando o paciente possui lesão de boca, faringe e esôfago, irreversível
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ou que requerem tratamento prolongado, como o caso de tumores e
estenose de esôfago.

Orientações gerais e procedimentos:

Idêntico a sonda nasogástrica. Apenas não é necessário testar o


posicionamento da sonda. Deve-se trocar o curativo ao redor da
gastrostomia no mínimo uma vez ao dia e quando necessário, com
técnica asséptica. Em caso de sondas de gastrostomia calibrosa, em que
não há possibilidade de conectar o equipo, utilizar um funil (pinçar a sonda
para evitar a entrada de ar antes de conectar o funil).

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TRAQUEOSTOMIA

A traqueostomia é uma comunicação que é feita entre a traqueia e a


parte externa do pescoço, de tal forma que o ar respirado chega aos
pulmões sem passar pela boca, nariz ou laringe. Esta comunicação é feita
por meio de um orifício na pele e é mantida através de um tubo metálico
(ou de plástico) curvo, denominado cânula de traqueostomia.
A traqueostomia é utilizada para:
• Estabelecer e manter uma via respiratória;
• Impedir a aspiração de vômito de alimentos, vedando a traqueia e
separando-a do tubo digestivo na pessoa inconsciente ou paralisada;
• Tratar o doente que necessita de ventilação com pressão positiva
e não pode ser dada eficazmente por meio de máscara.

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Indicações:
- Paralisia da laringe bilateral, em que a passagem do ar è
inadequada, o que leva a dispneia incapacitante e estridor com esforço;
- Edema agudo da laringe que faz com que a via aérea se estreite
ou feche, e exige a restauração da passagem do ar. O edema agudo da
laringe pode resultar de choque anafilático, urticária, laringite aguda,
grave doença inflamatória da garganta ou edema após intubação. Se este
for crônico, devido a tratamento da laringe por radiações ou tumores do
pescoço, exige uma traqueostomia;
- Se for necessário manter uma via respiratória durante um período
prolongado ou se houver traumatismo das vias aéreas, que impeçam o
emprego de um tubo endotraqueal, como por exemplo: queimaduras
graves, obstrução da laringe causada por tumores, infecções ou paralisia
das cordas vocais.
A traqueostomia pode ser temporária ou definitiva. É definitiva no
caso de tumores da laringe (laringectomia). Estes doentes necessitam
sempre da traqueostomia para evitar a aspiração de alimentos e de
líquido para dentro do trato respiratório inferior, porque a laringe que
fornece o esfíncter protetor não está presente. É temporária no caso de
laringectomia parcial, no caso de doentes que precisam de apoio
ventilatório prolongado, sendo removida a cânula de traqueostomia logo
que o doente deixe de precisar de apoio ventilatório.
CUIDADOS ESPECÍFICOS
• Trocar o curativo conforme técnica, sempre que estiver úmido ou
sujo;
• O cadarço deve ser trocado diariamente e sempre que necessário;

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• Manter o paciente com vias aéreas permeáveis e livres de
secreção, aspirando quando necessário;
• Manter umidificação e oxigenação adequada do ar inspirado;
• Sempre que possível manter a cabeceira elevada, principalmente
durante administração de dieta;
• Em caso de cânula portex, insulflar o balão antes de administrar a
dieta;
• Observar e comunicar imediatamente a chefe, ou responsável,
ocorrência de alterações respiratórias, sangramento, enfisema, cianose e
sudorese generalizada.
O doente com traqueostomia é um doente que depende muito da
equipe de enfermagem. Após ter-lhe sido efetuada uma traqueostomia
ele pode ficar apreensivo devido à sua incapacidade de comunicar-se
com os outros e com o medo de asfixiar-se.
A traqueostomia constitui uma porta aberta à entrada de
microrganismos patogênicos para vias respiratórias inferiores,
aumentando o risco de infecção. É essencial que sejam implementadas
intervenções preventivas de enfermagem.

1. Reduzir ao mínimo o risco de infecção: Qualquer tubo


inserido no interior da traqueia provoca irritação da mucosa e em
consequência há maior produção de muco.
• Observar o doente regularmente quanto ao excesso de secreções
e fazer aspiração segundo norma do serviço e com a frequência
necessária;

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• Substituir traqueias, peça em T ou máscara de O2, sempre que
estas caiam ao chão e protegê-las quando não estão sendo usadas pelo
doente;
• Remover a água que condensa na traqueia e não a introduzir
novamente no nebulizador;
• Despejar a água destilada restante do nebulizador cada vez que
estiver cheio de novo, ou pelo menos em intervalos de 24 horas.

2. Assegurar adequada ventilação e oxigenação.


• Vigilância das saturações de O2;
• Vigiar frequências respiratórias e expansão torácica que deverá
ser simétrica;
• Proporcionar segurança e conforto.

3. Proporcionar frequentes cuidados à boca: As secreções têm


tendência a acumular-se na boca e na faringe.
• Fazer cuidadosa aspiração da orofaringe quando necessário;
• Inspecionar os lábios, a língua e a cavidade oral regularmente;
• Limpar a cavidade oral com espátulas embebidas em antisséptico
oral;
• Aplicar vaselina ou qualquer outro lubrificante nos lábios.
Curativo
Material:
• Bandeja;
• Pacote de curativo;
• Luvas estéreis;
• 1 tesoura ponto;
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• 80 cm de cadarço (não necessita ser estéril);
• Frasco com antisséptico;
• Gazes;
• Cuba rim;
• Máscara;
• Material para aspiração, se necessário.

Procedimentos:
1. Aspirar o paciente, se necessário;
2. Fazer planejamento;
3. Lavar as mãos;
4. Preparar o material e levá-lo à unidade do paciente;
5. Informar ao paciente o que vai ser feito;
6. Fechar janelas;
7. Cercar a cama com biombos;
8. Dispor convenientemente o material sobre a mesa de cabeceira;
9. Expor a área e colocar a cuba rim próximo ao local do curativo;
10. Abrir cuidadosamente o pacote de curativos sobre a bandeja;
11. Pegar a primeira pinça, de preferência Dente de Rato, com a
mão esquerda sob o campo. Com a mão direita segurar a pinça pelo
cabo;
12. Dispor das demais pinças sobre o campo com auxílio da
primeira, de modo que seus cabos fiquem voltados para fora;
13. Abrir os pacotes de gaze, colocando-as sobre o campo com
auxílio da pinça Anatômica;
14. Forrar a cuba rim com papel que envolvia as gazes;
15. Colocar máscara;
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16. Retirar gazes do curativo;
17. Colocar a pinças, kocher e Dente de Rato, abertas na cuba rim;
18. Proceder a limpeza do ponto de inserção da traqueostomia com
antisséptico;
19. Retirar o cadarço, firmando a traqueostomia com uma das
mãos.
Desprezá-lo na cuba rim;
20. Colocar cadarço limpo;
21. Retirar as luvas, colocando-as na cuba rim;
22. Colocar gaze dobrada ao meio sob as laterais da cânula,
usando a pinça Kelly e
Anatômica, sem forçar a cânula;
23. Colocar as pinças abertas na cuba rim;
24. Retirar a máscara;
25. Juntar o material na bandeja;
26. Colocar o paciente confortável;
27. Proceder as anotações de enfermagem.
Observação:
• A cânula deve ficar bem adaptada, porém ser apertar.

Aspiração de secreção traqueal


Quando o tubo de traqueostomia está presente é necessário aspirar
as secreções do doente, porque a eficácia do seu mecanismo de tosse
está diminuída. A aspiração traqueal é realizada com base na avaliação
dos ruídos adventícios ou sempre que as secreções estiverem
nitidamente presentes. A aspiração desnecessária pode iniciar o
broncospasmo e provocar um trauma mecânico na mucosa traqueal.
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Todo o equipamento, que entra em contacto direto, com as vias aéreas
inferiores do doente, deve ser esterilizado de modo a prevenir infecções
sistêmicas e pulmonares.
A aspiração de secreções é efetuada para:
• Prevenir infecções;
• Manter as vias aéreas permeáveis.
Material:
• Cateteres de aspiração (com 1/3 do lúmen do traqueostomia);
• Luvas esterilizadas;
• Soro fisiológico de 10 ml;
• Frascos de SF de 100 ml;
• Máscara de proteção;
• Fonte de O2 com peça em T;
• Aspirador.
Procedimentos:
1. Explicar ao doente todos os procedimentos. Posicioná-lo em
semifowler com
hiperextensão do pescoço;
2. Lavar as mãos;
3. Ligar a fonte de aspiração com pressão inferior ou igual a 120
mm/Hg;
4. Verificar fonte de O2;
5. Abrir o invólucro da sonda de aspiração e conectar ao aspirador;
6. Pegar na sonda de aspiração com luva esterilizada;
7. Introduzir algumas gotas de SF, se secreções espessas;
8. Inserir cateter aspirando e rodando-o suavemente com
movimentos de 360º (não mais do que 10 a 15 Seg.);
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9. Ventilar o doente com O2 nos intervalos das aspirações, pedindo
ao doente que faça várias respirações profundas;
10. Nos intervalos deve-se introduzir a sonda no frasco de SF
estéril e aspirar;
11. Aspirar cavidade orofaríngea após aspiração traqueal;
12. Lavar sonda de aspiração e rejeite-a assim como o SF restante;
13. Registrar procedimento e características das secreções.

Retirada de pontos
Material:
• 1 pinça Kocker, 1 pinça Kelly, 1 pinça Dente de Rato e 1 Anatômica;
• Gazes esterilizadas;
• Soro fisiológico;
• Tesoura de Iris ou lâmina de bisturi, ou gilete esterilizada;
• Fita adesiva;
• Saco plástico.
Procedimento:
1. Faz-se a limpeza da incisão cirúrgica, obedecendo a técnica do
curativo;
2. Umedeça os pontos com soro fisiológico, secar;
3. Com a pinça Anatômica, se segura a extremidade do fio e com a
tesoura corta-se a parte inferior do nó;
4. Coloca-se uma gaze próxima à incisão, para depositar os pontos
retirados; após o procedimento, fazer a limpeza local com técnica
asséptica.

27
ASPIRAÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO
A aspiração é a aplicação de sucção ao trato respiratório do paciente
para ajudá-lo a remover secreções líquidas ou espessas das vias aéreas
superiores e inferiores, quando o paciente não tem condições de removê-
las sozinho.
A aspiração das vias aéreas superiores pode envolver o nariz, boca
e orofaringe.
A aspiração das vias aéreas inferiores envolve basicamente a
traqueia e, ocasionalmente, a aspiração profunda envolve os brônquios
direito e esquerdo.
A aspiração também possui seus riscos, compreendem:
• Infecção das vias aéreas superiores;
• Traumatismos de tecidos por sucção excessiva da camada de
revestimento do trato respiratório;
• Hipoxemia, devido à remoção de ar com secreções durante a
aspiração;
• A remoção de oxigenioterapia durante a execução da aspiração;
• Bronco espasmo, estimulação vagal, que causam diminuição da
frequência cardíaca e possíveis arritmias;
• Ansiedade e desconforto. Pode-se efetuar a aspiração através das
narinas, da boca, cânula de traqueostomia e tudo endotraqueal.

Objetivos:
• Manutenção de uma via aérea permeável;
• Promover conforto;
• Prevenir infecções do trato respiratório;
• Melhorar oxigenação.
28
Orientações gerais:
• A aspiração de secreção não pode ultrapassar 15 segundos em
cada sucção e 15 vezes no total;
• Monitorização contínua aos sinais vitais do paciente;
• Realizar drenagem postural ou tapotagem nos pacientes em que
não há contraindicação, antes da aspiração;
• Pacientes com tubo endotraqueal ou traqueostomia que contenha
cuff, insuflar antes de aspirar;
• Aspirar o paciente 1 hora após administração de dieta;
• A extensão de borracha deve ser trocada a cada 6 horas;
• Desprezar a secreção do frasco de aspiração após cada aspiração
e lavá-lo com água e sabão;
• A avaliação do estado do paciente, inclusive dos sons pulmonares,
fornece dados referentes à presença de secreções no inferior das vias
aéreas;
• Manter SNG aberta durante aspiração.

Material:
• Bandeja;
• Frasco de vidro para aspiração com válvula;
• Extensão de borracha esterilizada;
• Campo para aspiração;
• Sonda para aspiração (8,10,12 ou 14);
• Luva estéril e Pacote de gazes;
• Cuba rim;
• 1 frasco de água destilada;
• Máscara.
29
Sonda de aspiração

Frasco de aspiração

Aspirador portátil

Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
2. Lavar as mãos;
30
3. Reunir o material na bandeja, levar a unidade do paciente, colocá-
lo sobre a mesa de cabeceira;
4. Cercar a cama com biombo;
5. Conectar o frasco de aspiração na rede de vácuo;
6. Testar o funcionamento do aspirador;
7. Elevar a cabeceira da cama 30º;
8. Colocar água destilada na cuba, e colocá-la na mesa de cabeceira
ao lado;
9. Abrir o pacote de extensão de borracha e uma das pontas e
conectar ao aspirador;
10. Colocar máscara;
11. Abrir o campo de aspiração sobre o tórax do paciente sem
contaminar. Abrir o pacote de gaze e colocar sobre o campo;
12. Abrir o pacote da sonda e colocar sobre o campo;
13. Abrir a válvula de aspiração;
14. Calçar luvas;
15. Pegar no dispositivo da sonda e adaptar a ponta da extensão de
borracha;
16. Pegar na sonda, introduzir na narina do paciente com
movimentos delicados até a traqueia;
17. Realizar a sucção intermitente;
18. Após a aspiração da traqueia, lavar a sonda de aspiração com
água destilada da cuba rim;
19. Aspirar orofaringe do paciente;
20. Lavar a sonda de aspiração com água destilada da cuba rim;
21. Desligar o aspirador. Desconectar a extensão de borracha do
dispositivo da sonda;
31
22. Retirar luva segurando a sonda e colocar na bandeja;
23. Retirar o campo do tórax do paciente, o frasco de aspiração e
colocar na bandeja;
24. Reunir o material e levá-lo à sala de utilidades;
25. Anotar no prontuário: quantidade e aspecto da secreção.

32
DRENO DE TÓRAX

A drenagem de tórax consiste na introdução de um dreno no espaço


pleural ou o espaço mediastinal, com o objetivo de remover líquidos e
gases, facilitando a reexpansão do pulmão e restabelecendo a função
cardiorrespiratória normal.
Troca do Curativo
Material:
• Um par de luvas estéreis;
• Um par de luvas de procedimento;
• Esparadrapo ou micropore;
• Pacotes de gazes;
• Frasco contendo solução antisséptica (solução de polvidine ou
clorexidina alcoólica/tópica/degermante).

33
Procedimentos:
1. Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente e/ou ao
acompanhante;
2. Reunir o material;
3. Lavar as mãos;
4. Posicionar o paciente lateralmente, sobre o lado onde não se
encontra o dreno;
5. Calçar as luvas de procedimento;
6. Manter, com uma das mãos, o dreno fixado ao local;
7. Remover com a outra mão, cuidadosamente, o curativo;
8. Observar se há presença de secreção nas gazes, para posterior
anotação (pequena quantidade de secreção sero-sanguinolento no local
de inserção do dreno é comum);
9. Observar a pele no local de inserção do dreno, para identificar se
há presença de hiperemia e/ou edema, para posterior anotação;
10. Apalpar, delicadamente, ao redor do local de inserção do dreno,
para identificar se há presença de crepitações;
11. Retirar as luvas de procedimento;
12. Calçar luvas estéreis;
13. Limpar o local com solução, utilizando gaze embebida em
solução antisséptica;
14. Envolver com gaze a parte do dreno próximo à pele;
15. Colocar gazes entre o dreno e a pele e sobre o dreno;
16. Colocar tiras largas de esparadrapo ou micropore para vedar
completamente o curativo;
17. Observar o posicionamento correto do dreno, evitando dobras e
voltas que possam prejudicar a drenagem;
34
18. Deixar o paciente confortável;
20. Registrar no prontuário: a troca do curativo, aspecto do local de
inserção do dreno e as queixas do paciente.
Troca do selo d`água
Material:
• Um par de luvas de procedimento;
• Frasco de solução estéril (solução fisiológica ou água bidestilada);
• Recipiente para colocar a solução drenada;
• Pinça;
• Fita adesiva.
Procedimentos:
1. Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente e/ou ao
acompanhante;
2. Reunir o material;
3. Lavar as mãos;
4. Calçar as luvas de procedimento;
5. Pinçar a extensão do dreno;
6. Observar o aspecto da solução drenada e seu volume, para
posterior anotação;
7. Abrir o frasco de drenagem;
8. Desprezar o conteúdo do frasco de drenagem no recipiente;
9. Lavar o frasco de drenagem, com solução esterilizada, e
desprezar seu conteúdo no recipiente;
10. Preencher o frasco com nova solução esterilizada, até o nível
especificado pelo fabricante ou até que o tubo do frasco de drenagem
fique submerso na solução esterilizada;
11. Despinçar a extensão do dreno;
35
12. Marcar o nível original da nova solução em uma fita adesiva
aderida verticalmente ao lado externo do frasco de drenagem;
13. Anotar em uma fita adesiva o volume da nova solução que foi
colocada no frasco de drenagem, contendo: data, hora e nome do
profissional que realizou o procedimento – e fixar ao frasco;
14. Registrar no prontuário do paciente o volume proveniente da
drenagem, observada anteriormente, descontado o volume de solução
esterilizada que foi colocada anteriormente no frasco, assim como o seu
aspecto.
Observações:
• Manter o frasco de drenagem sempre abaixo do nível do tórax do
paciente;
• Manter o frasco de drenagem protegido contra acidentes;
• Certificar se a extensão do dreno não está dobrada ou tracionada;
• Ao transportar o paciente, o dreno dever ser pinçado.

DRENO DE PENROSE
O dreno de penrose é um dreno de borracha, tipo látex, utilizado em
cirurgias que implicam em possível acúmulo local pós-operatório, de
líquidos infectados ou não. O orifício de passagem do dreno deve ser
amplo, e o mesmo deve ser posicionado à menor distância da loja a ser
drenada, não utilizando o dreno através da incisão cirúrgica e, sim,
através de uma contra incisão.
A fim de evitar depósitos de fibrina que possam vir a ocluir seu
lúmen, o dreno de penrose deve ser observado e mobilizado em
intervalos de 12 horas, ou seja, tracionado em cada curativo (exceto
quando contraindicado), cortado seu excesso e recolocado o alfinete de
36
segurança estéril, usando luva esterilizada. Seu orifício de saída deve ser
ocluído com gaze estéril, devendo este curativo ser substituído sempre
que necessário.
Material:
• Bandeja;
• Pacote de curativo completo;
• Pacote de tesoura de pontos;
• Pacote de gazes;
• 1 alfinete estéril;
• Frasco com antisséptico;
• Esparadrapo ou micropore;
• Frasco de benzina;
• Cuba rim;
• SF 0,9%.

Procedimentos:
1. Explicar ao paciente sobre o cuidado a ser feito;
2. Preparar o ambiente, como descrito anteriormente;
3. Lavar as mãos;
4. Separar e organizar o material de acordo com o tipo de curativo
a ser executado;
5. Levar a bandeja com o material e colocar sobre a mesa de
cabeceira;
6. Descobrir a área tratada e proteger a cama com forro de papel,
pano ou impermeável;
7. Colocar o paciente em posição apropriada e prender o saco
plástico para lixo em local acessível;
37
8. Abrir o pacote de curativo e dispor as pinças com os cabos
voltados para o executante, em ordem de uso – pinça Kocher e Dente de
Rato na extremidade do campo, próximo ao paciente e pinça Kelly e
Anatômica na extremidade oposta;
9. Abrir o pacote de gaze e colocá-lo no campo. Se necessário
colocar também chumaços de algodão;
10. Abrir o pacote de alfinete, colocando-o sobre o campo com
auxílio da pinça Anatômica;
11. Abrir a tesoura e colocá-la ao lado da pinça Kelly;
12. Proceder a retirada do curativo conforme descrito
anteriormente;
13. Limpar o dreno e a pele ao redor, com soro fisiológico;
14. Colocar uma gaze na região inferior do dreno, isolando-o da pele;
15. O dreno de Penrose deve ser tracionado em cada curativo
(exceto quando contraindicado). Cortar o excesso e colocar alfinete de
segurança estéril, usando pinças Kelly e Anatômica; 15. Colocar outra
gaze sobre o dreno, protegendo-o;
16. Fixar as gazes com adesivo;
17. Juntar o material e colocá-lo na bandeja;
18. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem;
19. Lavar as mãos;
20. Providenciar a limpeza e a ordem do material;
21. Checar o horário e fazer as anotações de enfermagem,
especialmente quanto à evolução da lesão e queixas do paciente.

38
TIPOS DE COLOSTOMIA

39
ELIMINAÇÃO URINÁRIA
Cateterismo Vesical
Quando a urina não pode ser eliminada naturalmente, deve ser
drenada artificialmente através de sondas ou cateteres, que podem ser
introduzidos diretamente na bexiga, ureter ou pelve renal.
A sondagem vesical é a introdução de uma sonda ou cateter na
bexiga, que pode ser realizada através da uretra ou por via supra púbica,
e tem por finalidade a remoção da urina.
Suas principais indicações são: obtenção de urina asséptica para
exame, esvaziar bexiga em pacientes com retenção urinária, em preparo
cirúrgico e mesmo no pós-operatório, para monitorizar o débito urinário
horário e, em pacientes inconscientes, para a determinação da urina
residual ou com bexiga neurogênica que não possuam um controle
esfincteriano adequado.
A sondagem vesical pode ser dita de alívio, quando há a retirada da
sonda após o esvaziamento vesical, ou de demora, quando há a
necessidade de permanência do mesmo.
Nestas sondagens de demora, a bexiga não se enche nem se contrai
para o seu esvaziamento, perdendo, com o tempo, um pouco de sua
tonicidade e levando à incapacidade de contração do músculo detrursor;
portanto antes da remoção de sonda vesical de demora, o treinamento
com fechamento e abertura da sonda de maneira intermitente, deve ser
realizado para a prevenção da retenção urinária.
Observações:
• Fazer higiene íntima antes de executar a técnica do cateterismo
vesical;
• Observar conscienciosamente os princípios de assepsia e de ética;
40
• A sonda utilizada para o cateterismo de demora e é a sonda Foley,
que é mantida no lugar através de balão inflado com água destilada;
• A sonda utilizada para o cateterismo de alívio é a sonda uretral
descartável. Desprezá-la após o uso.
CATETERISMO VESICAL DE DEMORA
Objetivos:
• Prevenir distensão da bexiga nas cirurgias pélvicas e
prolongadas;
• Proporcionar conforto ao paciente com incontinência urinária;
• Controle de diurese em casos específicos.
CATETERISMO VESICAL FEMININO DE DEMORA
Material:
Pacote de cateterismo vesical contendo: cuba rim, cúpula, campo
fenestrado, pinça, gazes;
• Sonda Vesical de Foley, números 10-14;
• Coletor de urina para sistema fechado;
• Uma seringa descartável de 20 ml;
• Duas agulhas calibrosas;
• Uma ampola de água destilada de 10 ml;
• Esparadrapo ou micropore;
•Um par de luvas estéreis e 1 par de luvas de procedimento;
• Pacotes de gazes estéreis;
• Uma almotolia com solução antisséptica estéril
• Lubrificante (Xilocaína geleia estéril);
• Material para higiene íntima;
• Biombo.

41
Sonda Foley

COLETOR DE URINA PARA SISTEMA FECHADO


Procedimentos:
1. Explicar o procedimento e sua finalidade à paciente e/ou ao
acompanhante;
2. Reunir o material;
3. Colocar biombos em volta do leito;
4. Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento;
5. Colocar a paciente em posição ginecológica;
6. Realizar a higiene íntima;
42
7. Lavar as mãos;
8. Abrir o pacote de cateterismo sobre a cama, entre as pernas da
paciente, usando técnica asséptica;
9. Colocar a solução antisséptica estéril na cúpula;
10. Colocar dentro da cuba rim: seringa, Sonda Vesical de Foley,
gazes e no campo de cateterismo o coletor de urina para sistema fechado;
11. Abrir a ampola de água destilada e colocar fora do campo;
12. Desinfetar com álcool a 70% o lacre do tubo de xilocaína.
Perfurá-lo com agulha calibrosa e colocar pequena quantidade de
xilocaína numa gaze;
13. Calçar somente a luva estéril direita. Com a mão esquerda não
enluvada, aspirar ao conteúdo da água destilada;
14. Calçar a luva estéril esquerda;
15. Testar o Cuff da sonda, em seguida conectá-la ao sistema
coletor;
16. Lubrificar a sonda com xilocaína;
17. Pegar, com o auxílio da pinça, gaze embebida em solução
antisséptica;
18. Limpar primeiramente o monte pubiano, no sentido transversal,
com um movimento único e firme, utilizando sempre uma gaze para cada
movimento;
19. Limpar com um movimento único e firme os grandes lábios do
lado mais distante para o mais próximo, de cima para baixo, desprezando
a gaze para cada movimento;
20. Colocar o campo fenestrado sobre o períneo;

43
21. Afastar os grandes lábios para expor o meato uretral e com a
mão não dominante limpar os pequenos lábios da mesma forma. A mão
não-dominante será agora considerada contaminada;
22. Limpar o meato uretral com movimento uniforme, obedecendo a
direção meato uretral-ânus, sem tirar a mão não-dominante do local. Se
os lábios forem soltos acidentalmente, repetir o processo de limpeza;

23. Introduzir delicadamente o cateter lubrificado no interior do


meato uretral e observar se há uma boa drenagem urinária. Avançar a
sonda até a bifurcação, para assegurar que o balão fique posicionado
inteiramente no interior da bexiga;
24. Injetar 10 ml de água destilada para preencher o Cuff da sonda,
em seguida, tracioná-la;
25. Fixar a sonda com esparadrapo ou micropore na face interna da
coxa para evitar a tração da sonda;
44
26. Manter o coletor de urina abaixo do nível da bexiga, para evitar
o refluxo. Fixá-lo ao leito sem que toque no chão, evitando dobras;
27. Posicionar a paciente confortavelmente;
28. Colocar etiqueta no coletor com: data, volume de água
bidestilada colocada no Cuff e nome do profissional que realizou o
procedimento;
29. Recolher o material do cateterismo;
30. Deixar a unidade em ordem;
31. Lavar as mãos;
32. Registrar o procedimento. Medir e anotar a quantidade, a
coloração e as demais características da urina.

45
CATETERISMO VESICAL MASCULINO DE DEMORA
Material:
Pacote de cateterismo vesical contendo: Cuba rim, cúpula, campo
fenestrado, pinça, gazes;
• Sonda Vesical de Foley, números 10-16;
• Coletor de urina para sistema fechado;
• Duas seringas descartáveis de 20 ml;
• Duas agulhas calibrosas;
• Uma ampola de água destilada de 10 ml;
• Esparadrapo ou micropore;
• Um par de luvas estéreis e 1 par de luvas de procedimento;
• Pacotes de gazes estéreis;
• Uma almotolia com solução antisséptica estéril;
• Lubrificante (Xilocaína geleia estéril);
• Material para higiene íntima;
• Biombo.

Procedimentos:
1. Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente e/ou ao
acompanhante;
2. Reunir o material;
3. Colocar biombos em volta do leito;
4. Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento;
5. Colocar o paciente em posição dorsal com as pernas estendidas;
6. Realizar a higiene íntima;
7. Lavar as mãos;

46
8. Abrir o pacote de cateterismo sobre a cama, usando técnica
asséptica;
9. Colocar a solução antisséptica estéril na cúpula;
10. Colocar dentro da cuba rim: seringa, Sonda Vesical de Foley,
gazes e no campo do cateterismo colocar o coletor de urina para sistema
fechado;
11. Abrir a ampola de água destilada e colocar fora do campo;
12. Desinfetar com álcool a 70% o lacre do tubo de xilocaína.
Perfurá-lo com agulha calibrosa;
13. Calçar somente a luva estéril direita;
14. Com a mão esquerda não enluvada, aspirar o conteúdo da água
destilada;
15. Calçar a luva estéril esquerda;
16. Testar o Cuff da sonda e, em seguida, conectá-la ao sistema
coletor;
17. Solicitar auxílio para preencher a seringa com 10 ml de xilocaína;
18. Pegar, com o auxílio da pinça, gaze embebida em solução
antisséptica;
19. Limpar primeiramente a região púbica, no sentido transversal,
com movimento único e firme, desprezando a gaze para cada movimento.
Usar gazes para segurar o pênis, perpendicular ao corpo, e limpar, no
sentido longitudinal, de cima para baixo, do lado mais distante ao mais
próximo, sempre utilizando uma gaze para cada movimento;
20. Limpar o corpo do pênis;
21. Colocar o campo fenestrado. Deixar o pênis em repouso sobre
o campo;

47
22. Segurar o pênis do paciente, perpendicular ao corpo, puxar o
prepúcio para baixo, de modo a expor a glande. Limpar a glande com
movimentos circulares, começando a partir do meato;

23. Limpar o orifício da uretra;


24. Injetar 10 ml de xilocaína no meato

48
25. Introduzir delicadamente o cateter no interior do meato uretral e
observar se há uma boa drenagem urinária. Avançar a sonda até a
bifurcação, para assegurar que o balão fique posicionado inteiramente no
interior da bexiga;

26. Injetar 10 ml de água destilada para preencher o Cuff da sonda


e, em seguida, tracioná-la;
27. Fixar a sonda com esparadrapo ou micropore na região
hipogástrica para reduzir a curva uretral e a pressão no ângulo peniano-
escrotal, prevenindo a formação de fístula;
28. Após a sondagem vesical, o prepúcio deve ser recolocado sobre
a glande, pois sua posição retraída pode vir a causar edema;
29. Manter o coletor de urina abaixo do nível da bexiga, para evitar
o refluxo. Fixá-lo ao leito sem que toque no chão, evitando dobras;
30. Posicionar o paciente confortavelmente;

49
31. Colocar etiqueta no coletor com: data, volume de água
bidestilada colocada no Cuff e nome do profissional que realizou o
procedimento;
32. Recolher o material do cateterismo;
33. Deixar a unidade em ordem;
34. Lavar as mãos;
35.Registrar o procedimento. Medir e anotar a quantidade, a
coloração e as demais características da urina.

CATETERISMO VESICAL DE ALÍVIO


Cateterismo vesical feminino de alívio
Material:
• Pacote de cateterismo vesical contendo: cuba rim; cúpula; campo
fenestrado; pinça; gazes;
• Sonda vesical para cateterismo de alívio: números 10-14 Fr;
• Uma agulha calibrosa;
•Um par de luvas estéreis e um par de luvas de procedimento;
• Pacotes de gazes estéreis;
• Uma almotolia com solução antisséptica estéril;
• Uma máscara descartável;
• Um frasco graduado;
• Bolas de algodão com álcool a 70%;
• Lubrificante (Xilocaína geleia estéril);
• Material para higiene íntima;
• Biombo.

50
SONDA VESICAL DE ALÍVIO
Procedimentos:
1. Explicar o procedimento e sua finalidade à paciente e/ou ao
acompanhante;
2. Reunir o material;
3. Colocar biombos em volta do leito;
4. Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento;
5. Colocar a paciente em posição ginecológica;
6. Realizar a higiene íntima;
7. Lavar as mãos;
8. Abrir o pacote de cateterismo sobre a cama, entre as pernas da
paciente, usando técnica asséptica;
9. Colocar a solução antisséptica estéril na cúpula;
10. Colocar dentro do campo do cateterismo: sonda vesical de alívio
e gazes;
11. Desinfetar com álcool a 70% o lacre do tubo de xilocaína.
Perfurá-lo com agulha calibrosa e colocar pequena quantidade de
xilocaína numa gaze;
12. Calçar luvas estéreis;
13. Lubrificar a sonda com xilocaína;
14. Pegar, com o auxílio da pinça, gaze embebida em solução
antisséptica;
51
15. Limpar primeiramente o monte pubiano, no sentido transversal,
com um movimento único e firme, utilizando sempre uma gaze para cada
movimento;
16. Limpar com um movimento único e firme os grandes lábios do
lado mais distante para o mais próximo, de cima para baixo, desprezando
a gaze para cada movimento;
17. Colocar o campo fenestrado sobre o períneo;
18. Afastar os grandes lábios para expor o meato uretral e com a
mão não dominante limpar os pequenos lábios da mesma forma. A mão
não-dominante será agora considerada contaminada;
19. Limpar o meato uretral com movimento uniforme, obedecendo a
direção meato uretral-ânus, sem tirar a mão não-dominante do local. Se
os lábios forem soltos acidentalmente, repetir o processo de limpeza.
20. Introduzir delicadamente o cateter lubrificado no interior do
meato uretral e observar se há uma boa drenagem urinária;
21. Depois de esvaziar a bexiga, pressionar o cateter entre o polegar
e o dedo indicador para evitar que a urina permaneça na uretra. Remover
delicadamente o cateter;
22. Posicionar a paciente confortavelmente;
23. Recolher o material do cateterismo;
24. Deixar a unidade em ordem;
25. Lavar as mãos;
26.Registrar o procedimento. Medir e anotar a quantidade, a
coloração e as demais características da urina.

52
Cateterismo vesical masculino de alívio
Material:
• Pacote de cateterismo vesical contendo: cuba rim; cúpula; campo
fenestrado; pinça;
gazes;
• Sonda vesical para cateterismo de alívio: números 10-18 Fr;
• Uma agulha calibrosa;
•Um par de luvas estéreis e um par de luvas de procedimento;
• Uma seringa descartável de 20 ml;
• Pacotes de gazes estéreis;
• Uma almotolia com solução antisséptica estéril;
• Uma máscara descartável;
• Um frasco graduado;
• Bolas de algodão com álcool a 70%;
• Lubrificante (Xilocaína geleia estéril);
• Material para higiene íntima;
• Biombo.

Procedimentos:
1. Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente e/ou ao
acompanhante;
2. Reunir o material;
3. Colocar biombos em volta do leito;
4. Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento;
5. Colocar o paciente em posição dorsal com as pernas estendidas;
6. Realizar a higiene íntima;
7. Lavar as mãos;
53
8. Abrir o pacote de cateterismo sobre a cama, usando técnica
asséptica;
9. Colocar a solução antisséptica estéril na cúpula;
10. Colocar dentro do campo do cateterismo: sonda vesical de alívio,
gazes e seringa;
11. Desinfetar com álcool a 70% o lacre do tubo de xilocaína.
Perfurá-lo com agulha calibrosa;
12. Calçar luvas estéreis;
13. Solicitar auxílio para preencher a seringa com 10 ml de xilocaína;
14. Pegar, com o auxílio da pinça, gaze embebida em solução
antisséptica;
15. Limpar primeiramente a região púbica, no sentido transversal,
com movimento único e firme, desprezando a gaze para cada movimento.
Usar gazes para segurar o pênis, perpendicular ao corpo, e limpar, no
sentido longitudinal, de cima para baixo, do lado mais distante ao mais
próximo, sempre utilizando uma gaze para cada movimento;
16. Limpar o corpo do pênis;
17. Colocar o campo fenestrado. Deixar o pênis em repouso sobre
o campo;
18. Segurar o pênis do paciente, perpendicular ao corpo, puxar o
prepúcio para baixo, de modo a expor a glande. Limpar a glande com
movimentos circulares, começando a partir do meato;
19. Limpar o orifício da uretra;
20. Injetar 10 ml de xilocaína no meato;
21. Introduzir delicadamente o cateter no interior do meato uretral e
observar se há uma boa drenagem urinária;

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22. Depois de esvaziar a bexiga, pressionar o cateter entre o
polegar e o dedo indicador para evitar que a urina permaneça na uretra.
Remover delicadamente o cateter;
23. Após a sondagem vesical, o prepúcio deve ser recolocado sobre
a glande, pois sua posição retraída pode vir a causar edema;
24. Posicionar o paciente confortavelmente;
25. Recolher o material do cateterismo;
26. Deixar a unidade em ordem;
27. Lavar as mãos;
28. Registrar o procedimento. Medir e anotar a quantidade, a
coloração e as demais características da urina.

IRRIGAÇÃO VESICAL
Irrigação vesical é a lavagem da mucosa que reveste a bexiga, com
o objetivo de remover sedimentos, coágulos, urina em decomposição ou
fins terapêuticos.

Material:
• Bandeja;
• Frasco graduado;
• Folha de papel;
• 1 par de luvas estéreis;
• Recipiente para lixo;
• Bolas de algodão embebidas em álcool 70%;
• Seringa de 20 ml;
• Soro fisiológico de 250 ml ou conforme prescrição;
• Pacote de irrigação (cuba rim e cúpula).
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Procedimentos:
01. Fazer planejamento;
02. Lavar as mãos;
03. Reunir o material na bandeja, levar à unidade do paciente,
colocá-lo sobre a mesa de cabeceira;
04. Colocar o frasco graduado e a comadre sobre o papel, na
cadeira;
05. Expor a conexão da sonda com o prolongamento;
06. Colocar o pacote de irrigação sobre a cama, próximo a conexão;
07. Proceder a desinfecção da extremidade distal da sonda vesical
até a conexão com a primeira bola do algodão com álcool 70% e a
proximal do prolongamento, usando a outra bola de algodão com álcool
70%;
08. Abrir o pacote de irrigação com uma mão, colocando a sonda
vesical e parte do prolongamento sobre a extremidade do campo estéril;
09. Colocar a solução fisiológica na cúpula;
10. Abrir o pacote da seringa, colocando-a no campo;
11. Calçar as luvas;
12. Retirar a cúpula de dentro da cuba rim;
13. Montar a seringa;
14. Desconectar a sonda, colocando sua extremidade distal dentro
da cuba rim e a extremidade do prolongamento sobre o campo estéril,
atrás da cuba rim;
15. Aspirar com a seringa a solução fisiológica e proceder a lavagem
da sonda, injetando o soro e aspirando em seguida;
16. Repetir a operação quantas vezes forem necessárias;
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17. Conectar cuidadosamente a sonda ao prolongamento;
18. Transferir o líquido da cuba rim para a comadre;
19. Retirar as luvas;
20. Reunir o material e levá-lo coberto ao expurgo;
21. Proceder as anotações de enfermagem.

RETIRADA DE SONDA VESICAL


Materiais:
• Um saco de lixo;
• Um par de luvas de procedimento;
• Uma seringa descartável de 20 ml;
• Bolas de algodão embebidas em solução antisséptica (álcool a
70%);
• Biombo.

Procedimentos:
1. Explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente e/ou ao
acompanhante;
2. Reunir o material;
3. Colocar biombos em volta do leito;
4. Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento;
5. Verificar a bolsa coletora (quantidade, coloração e demais
características da urina);
6. Retirar o esparadrapo ou micropore de fixação da coxa;
7. Limpar a via do Cuff com algodão embebido em solução
antisséptica;

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8. Adaptar uma seringa estéril na via do Cuff para aspirar a água
destilada (o mesmo volume que foi introduzido);
9. Remover a sonda delicadamente, pressionando-a entre o
polegar e o dedo indicador para evitar que a urina permaneça na uretra;
10. Recolher o material do cateterismo e desprezar no lixo
apropriado;
11. Providenciar a higiene íntima;
12. Deixar o paciente confortável;
13. Deixar a unidade em ordem;
14. Lavar as mãos;
15. Registrar o procedimento

CONTROLE DE DIURESE
É o controle do volume urinário num determinado período de tempo.
Objetivos:
• Auxiliar no diagnóstico, na evolução e no tratamento do paciente;
• Coletar amostra para análise laboratorial;
• Balanço hídrico.
Orientações gerais:
•Controlar a diurese a cada período de trabalho ou conforme
solicitação médica;
• Iniciar o controle de diurese, independentemente de solicitação
médica, dos pacientes com:
✓ Cardiopatias;
✓ Doenças renais;
✓ Diabetes;
✓ Nutrição parenteral prolongada;
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✓ Pós-operatório de grandes cirurgias;
✓ Ascite;
✓ Pacientes graves.
• Medir o volume urinário no frasco graduado após cada micção,
desprezando a urina em seguida. Observar suas características: odor, cor
e aspecto. Anotar no prontuário do paciente. A diurese não deve ficar
guardada no banheiro durante o período;
• O frasco graduado deve ser enxaguado após cada medida;
• O controle de diurese em pacientes com sonda vesical é feito ao
final de cada período de trabalho ou quando o coletor estiver cheio, medir
no frasco e em seguida desprezar a diurese no vaso sanitário.
Material:
• Bandeja;
• Folha de papel;
• Frasco graduado;
• Comadre ou papagaio;
• Funil.
Procedimentos:
01. Fazer planejamento;
02. Orientar os pacientes com controle de diurese para que façam
uso de comadre ou papagaio;
03. Preparar material;
04. Levar o material ao banheiro colocando o frasco graduado sobre
o papel no chão;
05. Levar a comadre ou papagaio ao banheiro, procedendo a
mensuração;

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06. Enxaguar a comadre ou papagaio, colocando-a em seu lugar.
Enxaguar o frasco graduado;
07. Proceder a anotações.
Glicosúria
Destacar mais ou menos 4 cm de glicofita e umedecer uma
extremidade em urina recém eliminada. Manter a fita horizontalmente
durante um minuto e proceder a leitura, conforme instruções da
embalagem.
Em pacientes com sonda Foley, colher uma amostra de urina
conforme técnicas de coleta. Pacientes que não possuem sonda, fornecer
comadre para coletar urina. Após utilização da glicofita, guardá-la na sua
embalagem de alumínio, pois a fita se altera com a luz.
Observações:
• A urina armazenada na bolsa coletora não pode ser utilizada para
verificar glicofita;
• Antes de oferecer a comadre para o paciente, lavá-la com água.
Coletor de urina para incontinência urinária – “Jontex”
Material:
• Bandeja;
• “Jontex”;
• 3 fitas de micropore;
• Luva de procedimentos;
• Frasco de soro de 1000 ml vazio;
• Suporte para frasco de soro;
• Cuba rim;
• Material para tricotomia se necessário;
• Biombo.
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Procedimentos:
01. Fazer planejamento;
02. Lavar as mãos;
03. Reunir o material na bandeja, levar à unidade do paciente,
colocá-lo sobre a mesa de cabeceira;
04. Cercar a cama com biombos;
05. Dispor convenientemente o material sobre a mesa de cabeceira;
06. Colocar as 3 fitas de micropore na lateral proximal da bandeja;
07. Colocar o frasco de soro, seguro pelo suporte, ao lado da cama;
08. Orientar e auxiliar o paciente a posicionar-se em decúbito dorsal,
com os membros inferiores afastados;
09. Colocar a cuba rim para lixo aos pés da cama;
10. Descobrir somente a região genital;
11. Fazer a tricotomia pubiana genital;
12. Abrir a embalagem do jontex mantendo-o dentro da mesma;
13. Calçar a luva na mão esquerda;
14. Pegar a 1ª fita de micropore com a mão direita;
15. Com a mão esquerda posicionar o pênis deixando-o em posição
vertical. Segurar a glande e o prepúcio juntos;
16. Com a mão direita voltear o terço inferior do pênis com a primeira
fita de micropore;
17. Vestir o “jontex” no pênis deixando seu bico justo;
18. Com a mão esquerda segurar o “jontex” sobre o pênis mantendo
seu bico justo à glande;
19. Com a mão direita pegar a 2ª fita de micropore e voltear o pênis,
já vestido com o “jontex”;
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20. Subir o jontex deixando exposta a outra metade da 1ª fita;
21. Pegar a 3ª fita de micropore com a mão direita e voltear o pênis
passando-a sobre junção do “jontex” com a 1ª fita de micropore;
22. Baixar o “jontex” cobrindo a 3ª fita de micropore;
23. Pegar o prolongamento do jontex e tracioná-lo levemente
certificando-se de sua segurança;
24. Colocar a ponta do prolongamento no frasco de soro;
25. Retirar a luva da mão esquerda desprezando na cuba rim;
26. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem;
27. Levar o material ao expurgo. Desprezar o lixo. Lavar a bandeja
e cuba rim, secá-las e guardá-las.

ELIMINAÇÃO INTESTINAL
Enemas
É a introdução de líquido no intestino através de sonda retal no ânus
ou da colostomia. Pode ser dividida em 3 grupos com seu modo de
reação:
• Evacuadores: estimulam a evacuação com seu modo de ação;
• Carminativos: auxiliam na expulsão de gazes do cólon;
• Sedativos: acalmam espasmos.
Cabe ao médico prescrever o tipo de enema e a solução a ser
administrada.
Objetivos:
• Aliviar distensão e flatulência;
• Auxiliar eliminação de fezes;
• Preparar o paciente para exames e cirurgias.

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Enteroclisma ou Lavagem intestinal
Material:
• Bandeja;
• Frasco com solução glicerinada, conforme prescrição médica;
• Sonda retal (mulher: 22 ou 24 e homem: 24 ou 26);
• Gazes;
• Vaselina ou xilocaína;
• Cuba rim;
• Papel higiênico;
• Luvas de procedimento;
• Suporte de soro;
• Comadre;
• Biombo s/n;
• Impermeável;
• Lençol móvel;
• Saco para lixo.

Sonda Retal
Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
2. Lavar as mãos;
3. Retirar o frasco de solução, prescrita, do invólucro e colocá-lo na
jarra com água quente. Deixar a sonda dentro do invólucro;
4. Reunir o material na bandeja;
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5. Cortar a ponta do frasco e conectar a sonda retal, mantendo-a
protegida em seu invólucro;
6. Orientar o paciente sobre o que vai ser feito;
7. Levar o material à unidade do paciente, colocar na mesa de
cabeceira;
8. Cercar a cama com biombo;
9. Proteger a cama com impermeável e lençol móvel;
10. Colocar a comadre sobre os pés da cama;
11. Colocar o paciente em posição de Sims;
12. Tirar ar da sonda sobre a cuba rim;
13. Lubrificar a sonda retal com xilocaína;
14. Calçar luvas;
15. Entreabrir as nádegas com papel higiênico;
16. Introduzir a sonda de 5 a 10 cm, usando uma gaze, pedir ao
paciente que inspire profundamente;
17. Comprimir com as mãos o frasco com a solução glicerinada, até
o término da solução;
18. Retirar a sonda retal;
19. Pedir para o paciente ficar em decúbito dorsal, retendo o líquido
o máximo de tempo possível;
20. Colocar a comadre e o papel ao alcance do paciente, ou
acompanhá-lo ao banheiro, para se deambular;
21. Proceder as anotações de enfermagem.
Fleet enema
O material e a técnica são idênticos ao descrito anteriormente, a
única diferença consiste no volume e no frasco, que contém um

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dispositivo próprio para ser introduzido no reto do paciente, não sendo
necessária a sonda retal.

PROTÓCLISE OU GOTA A GOTA


Material:
• Bandeja;
• Frasco de solução glicerinada prescrita;
• Água morna;
• Sonda retal (mulher: 22 ou 24 e homem: 24 ou 26);
• Equipo para soro;
• Esparadrapo;
• Gazes;
• Vaselina ou xilocaína;
• Cuba rim;
• Papel higiênico;
• Luvas de procedimento;
• Suporte de soro;
• Comadre;
• Biombo s/n;
• Impermeável;
• Lençol móvel;
• Saco para lixo.

Procedimento:
1. Fazer planejamento;
2. Lavar as mãos;

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3. Retirar o frasco de solução, prescrita, do invólucro e colocá-lo na
jarra com água quente;
4. Retirar o equipo do invólucro e conectá-lo à solução glicerinada;
5. Retirar a sonda do invólucro e conectá-la ao equipo, mantendo-a
protegida em seu invólucro;
6. Reunir o material na bandeja;
7. Orientar o paciente sobre o que vai ser feito;
8. Levar o material à unidade do paciente, colocar na mesa de
cabeceira;
9. Cercar a cama com biombos;
10. Proteger a cama com impermeável e lençol móvel;
11. Dependurar a solução glicerinada no suporte de soro;
12. Colocar a comadre sobre os pés da cama;
13. Colocar o paciente em posição de Sims;
14. Tirar ar do equipo sobre a cuba rim;
15. Clampar o equipo;
16. Lubrificar a sonda retal com xilocaína;
17. Calçar luvas;
18. Entreabrir as nádegas com papel higiênico;
19. Introduzir a sonda de 5 a 10 cm, usando uma gaze, pedir ao
paciente que inspire profundamente;
20. Firmar a sonda com uma mão e com a outra desclampar a
extensão;
21. Deixar ecoar gota a gota o líquido, até restar pequena
quantidade;
22. Retirar a sonda retal;

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23. Pedir para o paciente ficar em decúbito dorsal, retendo o líquido
o máximo de tempo possível;
24. Colocar a comadre e o papel ao alcance do paciente, ou
acompanhá-lo ao banheiro, para se deambular;
25. Proceder às anotações de enfermagem.

COLETA DE AMOSTRA PARA ANÁLISE LABORATORIAL

As provas laboratoriais compreendem os exames feitos em


amostras ou espécimes de excreções e secreções orgânicas. A coleta de
material e o preparo do paciente variam de acordo com a natureza do
exame.
O preparo inadequado do paciente e a não observância de normas
técnicas corretas na coleta do material conduzem a erros, mesmo que a
metodologia posterior seja corretamente aplicada.
Objetivo:
Fornecer dados para auxiliar a determinação de diagnósticos.

Urina
Exame clínico (Urina tipo I)
Material:
• Bandeja;
• 1 vidro esterilizado pequeno com tampa (próprio para urina);
• Cuba rim limpa;
• Tira de fita adesiva com identificação do paciente (nome, registro,
leito, data e tipo de material coletado);
• Material para higiene íntima, se o paciente não deambula;
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• Comadre, se necessário;
• Luvas de procedimentos.

Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
2. Informar ao paciente o que vai ser feito, solicitando que chame
quando sentir necessidade de urinar;
3. Lavar as mãos;
4. Preparar o material e levá-lo à unidade;
5. Colocar biombo;
6. Encaminhar o paciente ao banheiro para proceder a higiene
íntima, se o paciente deambula, ou auxiliá-lo no leito;
7. Calçar luvas;
8. Pegar cuba rim;
9. Orientar o paciente que colha o jato médio de urina na cuba rim,
com cuidado para não contaminar a parte interna da mesma;
10. Transferir cuidadosamente a amostra de urina para o frasco
estéril;
11. Enxaguar a cuba rim;
12. Lacrar a tampa do frasco e identificar.

Urucultura
Proceder de maneira idêntica ao descrito anteriormente, apenas
substituir a cuba rim por uma cúpula esterilizada.
Urina de 24hs
Material:
• 2 ou 3 frascos de 1000ml, fornecidos pelo laboratório;
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• 1 caixa de isopor com gelo.
Identificação da caixa:
Nome;
Quarto/Leito;
Início do controle;
Término do controle;
Data.
Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
2. Lavar as mãos;
3. Preparar o material e levá-lo à unidade. Colocar o isopor com gelo
no banheiro. Colocar os frascos dentro do isopor. Colar a identificação na
tampa da caixa de isopor;
4. Orientar o paciente a respeito da coleta de exame;
5. Pedir ao paciente para que esvazie completamente a bexiga,
desprezando esta diurese no vaso sanitário;
6. Anotar o horário desta micção na identificação da caixa;
7. A partir desse horário, toda diurese deverá ser coletada no
frasco, e mantida no gelo;
8. Anotar no plano de enfermagem o início do controle;
9. Acrescentar gelo sempre que necessário;
10. No dia seguinte, 24 h depois, solicitar ao paciente que esvazie
completamente a bexiga. Guardar esta diurese no frasco;
11. Levar a caixa de isopor à sala de utilidades;
12. Lacrar os frascos e identificá-los;
13. Proceder as anotações de enfermagem;
14. Encaminhar a diurese ao laboratório.
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Parasitológico de fezes
Material:
• Bandeja;
• Latinha;
• Espátula;
• Tira de fita adesiva para lacrar a latinha e identificar o paciente;
• Papel higiênico;
• Comadre.

Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
2. Lavar mãos;
3.Verificar no impresso de análise laboratorial a identificação do
paciente e o tipo de exame solicitado;
4. Preparar o material e levá-lo à unidade do paciente;
5. Orientar sobre a solicitação do exame e pedir que chame quando
sentir necessidade de evacuar;
6. Oferecer-lhe a comadre e aguardar;
7. Retirar as fezes da comadre com espátula, colocar na latinha e
fechá-la;
8. Lavar a comadre;
9. Lavar as mãos;
10. Lacrar a latinha com fita adesiva e identificá-la corretamente;
11. Encaminhá-la ao laboratório.

Coprocultura

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A coprocultura deve ser encaminhada imediatamente ao laboratório
ou guardar em geladeira.
Para a coleta, seguir os mesmos procedimentos descritos
anteriormente.

Escarro
Material:
• Bandeja;
• Latinha;
• Fita adesiva para lacrar e identificar.
Procedimentos:
1. Fazer planejamento;
2. Lavar as mãos;
3. Preparar o material e levá-lo à unidade do paciente;
4. Orientar o paciente sobre a maneira de colher o escarro: ao
acordar, lavar a boca, respirar amplamente 8 a 10 vezes e tossir
profundamente;
5. Repetir, quantas vezes forem necessárias;
6. Lacrar a tampa da latinha;
7. Identificar a lata;
8. Encaminhar ao laboratório.

Assim como um artista se dedica para a sua obra, um enfermeiro se


entrega para salvar uma vida!
-Marianna Moreno-
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