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5.1.

Função Respiratória: Procedimentos Técnicos

Aerossolterapia (Inaloterapia ou Nebulização) – consiste em administrar medicamentos/vapor de


água sob a forma de aerossol. Tendo como veículo o O2 ou ar comprimido;

Finalidades: Equipamento:
• Humidificar o ar inspirado; • Ar comprimido;
• Facilitar a limpeza das vias aéreas; • Fonte de O2;
• Administrar medicação em aerossol; • Aparelho ultrassónico;
• Tubo de conexão;
• Nebulizador;
• Mascara facial ou peça bucal;
• TerapêuVca prescrita;
• Recipiente para sujos;

Þ Explicar o procedimento e a necessidade de cooperar com uma respiração profunda durante cerca
de 15 minutos (tempo médio para que a medicação seja inalada);
Þ Posicionar em semi-fowler ou sentado;
Þ Preparar o nebulizador com a medicação prescrita. Conectar o tubo, graduar o debito de 6-8 l/m
e aplicar a máscara ou bucal;
Þ Instruir o individuo a respirar profundamente (observar a expansão torácica);
Þ EsVmular a tossir no final do tratamento, após várias inspirações profundas;
Þ Monitorizar o efeito do tratamento;

Oxigenoterapia – administração de O2 em concentrações superiores a 21%, ou seja, em


concentrações maiores às encontradas no O2 atmosférico;

Finalidades:
• Prevenir a hipoxia dos tecidos;
• Corrigir as alterações moVvadas pela hipoxia;
• Promover uma boa oxigenação;

Obje9vo:
• Construir uma tensão arterial de O2 óVma, administrando a dose de O2 + baixa possível,
evitando os seus efeitos tóxicos;

Hipoxia – redução da tensão de O2 celular;


• Cianose;
• Taquicardia;
• Vasoconstrição periférica;
• Sons respiratórios diminuídos;
• Tonturas;
• Confusão mental;

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Toxicidade pelo O2:
• Desconforto subesternal que aumenta com a respiração profunda;
• Parestesias;
• Dispneias;
• Inquietação;
• Fadiga;
• Indisposição;

Equipamento:
• Fonte de O2;
• Debitómetro;
• Humidificador;
• Cânula nasal (óculos nasais);
• Máscara simples;
• Máscara de Venturi (VenVmask);

Cânula nasal
• Vantagens: equipamento simples, leve, confortável, que permite que o doente se movimente
na cama, converse, tussa e se alimente sem interromper o fluxo de O2;
• Desvantagens: debito superior a 6 l/m e por períodos prolongados

Máscara simples – consiste na aplicação de uma máscara com origcios laterais por onde sai o ar
expirado;
• Vantagens: simples de usar, usada também quando há obstrução nasal;
• Desvantagens: tem que ser reVrada aquando das refeições e para tomar medicamentos;

Máscara de Venturi
• Vantagens: permite que uma concentração constante de O2, seja inspirada,
independentemente da profundidade e da frequência da respiração;
• Desvantagens: tem que ser reVrada aquando das refeições e para tomar medicamentos;

Intervenções de enfermagem (NIC)


Oxigenoterapia – administração de O2 e monitorização da sua eficácia;

Máscara ou Cânula nasal (ações de enfermagem)


• Conectar o tubo de ligação ao humidificador e à máscara ou cânula nasal;
• Testar o equipamento;
• Posicionar de acordo com a situação clínica;
• Providenciar limpeza do nariz;
• Ajustar o debito e a % de O2;
• Aplicar a máscara ou cânula nasal;

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Aspiração das vias aéreas – remoção de secreções das vias aéreas por meio de inserção de cateter
de aspiração na via oral aérea e/ou traqueal (intervenções de enfermagem – NIC);

• Solução de recurso: provoca desconforto, dor e pode causar lesões da mucosa;


• Orofaringe e tranquia são consideradas estéreis: técnica asséVca

Obje9vos: Riscos:
• Manter as vias aéreas permeáveis; • TraumaVsmo dos tecidos;
• Prevenir estase de secreções; • Hipoxemia;
• Promover venVlação adequada; • Broncospasmo;
• Alterações cardíacas;
Equipamento:
• Aspirador ligado a fonte de vácuo;
• Sondas de aspiração (estéreis);
• Soro fisiológico;
• Luvas esterilizadas;
• Máscaras, viseira ou óculos;
• Estetoscópio;

Þ Montar o equipamento e verificar o seu funcionamento;


Þ Posicionar em semi-fowler;
Þ Auscultar os sons pulmonares;
Þ Abrir o frasco de soro fisiológico;
Þ Abrir o lado distal do invólucro da sonda de aspiração e conectar a sua extremidade à tubuladura
do aspirador, mantendo-a protegida com o invólucro;
Þ Calçar luvas esterilizadas;
Þ ReVrar a sonda do invólucro com a mão dominante;
Þ Ligar com a mão não dominante o sistema de vácuo;
Þ Introduzir a sonda no soro fisiológico e aspirar pequena quanVdade de solução, fazendo sucção
com o polegar da mão que não tem a sonda;
Þ Inserir a sonda no ponto máximo da inspiração, sem ligar a sucção, através do nariz, boca, tubo
oro ou naso-traqueal ou traqueostomia até à profundidade desejada, dependendo do nível de
secreções que precisam de ser removidas;
Þ Aspirar de forma intermitente, interrompendo a sucção durante a reVrada da sonda 2-3 vezes
(sucção liga-desliga);
Þ Aspirar a orofaringe;
Þ Lavar o tubo de conexão com soro fisiológico e proteger a sua extremidade;
Þ Desligar o aspirador;
Þ Remover as luvas;
Þ Avaliar a situação respiratória;
Þ Reposicionar;

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