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Universidade Estadual do Paraná

Centro de Ciências da Saúde


Departamento de Enfermagem
Disciplina: Semiotécnica

Profª. Esp. Kely Paviani Stevanato


Paranavaí,PR / 2018
Oxigenioterapia
Oxigenioterapia

Consiste em administrar oxigênio acima da concentração


encontrada no ar ambiente (21%), com o objetivo de
corrigir a hipóxia, mantendo uma oxigenação tecidual
adequada, com consequente diminuição da carga de
trabalho cardiopulmonar.
OXIGENIOTERAPIA
OXIGENIOTERAPIA

Classificação:

1. - Dispositivo de baixo fluxo;


2. - Com reservatório;
3. - Alto fluxo;
4. - Sistema cercado.
1.
1. SISTEMA
SISTEMADE
DEBAIXO
BAIXO FLUXO
FLUXO

• Fornece oxigênio suplementar até 8L/min.


• Há mistura do O2 fornecido com o ar ambiente.

Exemplos deste sistema:


 Cânula nasal/cateter tipo óculos;
Cateter nasal;
Máscara facial.
1.
1. SISTEMA
SISTEMADE
DEBAIXO
BAIXO FLUXO
FLUXO

1.1 Cânula nasal/cateter tipo óculos:

Consiste em um cateter de material flexível de cerca


de 2cm que é colocado nas narinas do paciente e
colocado atrás da orelha como um óculos.

Desvantagens:
- Quando não utilizado com umidificação pode
provocar ressecamento na mucosa nasal.
- Desconhecimento da fração exata de O2 inalado.

- Contraindicado nos casos de lesão do conduto nasal;


- Para fluxo > 3L/min recomenda-se umidificação.
1.
1. SISTEMA
SISTEMADE
DEBAIXO
BAIXO FLUXO
FLUXO

1.2 Cateter Nasal:

- Deve ser introduzido em uma das narinas até a úvula,


sendo que a medida adequada é a distância entre a
base do nariz e o lóbulo da orelha.
- Permite falar e comer, reduz a perda de oxigênio
inalado.

Desvantagens:
- Afeta a produção de secreção pela mucosa;
- Deve ser removido a cada 24 horas e reintroduzido
na narina contralateral;
- Pode causar reflexo de vômito e desconforto ao
paciente.
1.
1. SISTEMA
SISTEMADE
DEBAIXO
BAIXO FLUXO
FLUXO

1.3 Máscara facial simples:

- Deve cobrir a boca e o nariz do paciente;


- O corpo da máscara coleta e armazena oxigênio
entre as inspirações e na expiração, o ar sai por
orifícios laterais ou pela própria borda da máscara.
- Variação da entrada de ar de 5 a 12L/min. e fornece
de 35 a 60% de concentração de oxigênio.
- Com fluxos inferiores a 5L/min., a máscara atua como
espaço morto e provoca a reinalação do CO2.
2.
2. SISTEMAS
SISTEMASCOM
COMRESERVATÓRIO
RESERVATÓRIO

2.1 Máscara de reinalação parcial:

- Possui uma bolsa com reservatório flexível com


capacidade de 1L e não contém válvula.
- Deve ser utilizado de 6 a 15 L/min e fornece de 70 a
90% de concentração de oxigênio.
- Para um bom funcionamento adequado, dois terços
do reservatório devem estar cheios durante a
inspiração.
.
2.
2. SISTEMAS
SISTEMASCOM
COMRESERVATÓRIO
RESERVATÓRIO

2.2 Máscara de não reinalação:

- Possui reservatório e válvulas unidirecionais na saída


do reservatório de ar – válvula inspiratória, e no corpo
da máscara – válvulas expiratórias.

- A válvula inspiratória impede a entrada de ar


ambiente e a expiratória impede a entrada do gás
expirado na bolsa.

- Utiliza de 6 a 15 L/min. e fornece de 60 a 100% de


concentração de oxigênio.
3.
3. SISTEMAS
SISTEMASDE
DEALTO
ALTO FLUXO
FLUXO

3.1 Máscara de Venturi:

- Método muito utilizado atualmente devido sua eficácia


e resolutividade rápida.

- Confiável, permite fluxo constante.


4.
4. SISTEMAS
SISTEMASCERCADOS
CERCADOS

- O paciente é adaptado para um ambiente fechado


com oxigênio controlado.

- Muito utilizado em crianças e lactentes como: tendas


de oxigênio, capacetes e incubadoras.

- No adulto é comum a máscara tipo tenda facial.


PROCEDIMENTO
PROCEDIMENTO

MATERIAIS NECESSÁRIOS:

-Fonte de oxigênio – rede de gases hospitalar ou


torpedo de oxigênio.
-Dispositivo para oxigenoterapia – cânula nasal, cateter
nasal, máscara facial ou máscara de Venturi.
-Frasco para umidificação do oxigênio.
-Água destilada estéril.
PROCEDIMENTO
PROCEDIMENTO

TÉCNICA DE EXECUÇÃO:
1. Higienizar as mãos.
2. Conferir a prescrição médica e o tipo de dispositivo a
ser utilizado.
3. Separar o material.
4. Higienizar as mãos.
5. Entrar no quarto do paciente e conferir o mesmo.
6. Explicar o procedimento ao paciente.
7. Conectar o dispositivo à fonte de oxigênio e testar
seu funcionamento.
8. Ajustar a taxa (fluxo) de oxigênio do paciente
conforme prescrição médica.
PROCEDIMENTO
PROCEDIMENTO

TÉCNICA DE EXECUÇÃO: (continuação)


9. Instalar o dispositivo na face do paciente e deixa-lo
confortável.
10. Orientar o paciente que respire pelo nariz,
mantendo a boca fechada.
11. Avaliar a condição respiratória do paciente.
12. Higienizar as mãos.
13. Checar prescrição médica e realizar as anotações
de enfermagem.
CUIDADOS
CUIDADOSDE
DEENFERMAGEM
ENFERMAGEM

ENFERMEIRO:
-Realizar avaliações periódicas do paciente com o intuito
de acompanhar a efetividade do tratamento.
-Observar estado geral:
 Coloração da pele e mucosas;
 Nível neurológico e conforto;
 Expansibilidade torácica;
 Padrão respiratório, se torácico ou abdominal;
 Sinais de insuficiência respiratória, como o uso de
musculatura acessória, tiragem de fúrcula ou de
musculatura intercostal, batimento de asa de nariz;
 Ritmo e frequência das ventilações;
 Valores de oximetria de pulso.
 Se possível avaliar resultados de gasometria arterial.
CUIDADOS
CUIDADOSDE
DEENFERMAGEM
ENFERMAGEM

ENFERMEIRO:
-Avaliar os equipamentos verificando seu funcionamento;
-Realizar a troca dos dispositivos periodicamente
conforme protocolo do Serviço de Controle de Infecção
Hospitalar Institucional (SCIH);
-Para os dispositivos que necessitam de umidificação, é
importante a reposição de água estéril no recipiente
próprio.
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

- Consiste uma técnica invasiva para remover secreções,


permitindo uma melhor ventilação e oxigenação.

- Pode ser executada por via nasotraqueal, orotraqueal,


cânula de traqueostomia ou cânula de intubação traqueal.
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

INDICAÇÕES:
-Quando o paciente apresentar acúmulo de secreção nas
vias aéreas por dificuldade de deglutição, tosse ou
hipersecreção pulmonar.
-Casos de próteses respiratórias.
-Pacientes intubados (quando necessário).
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

CONTRAINDICAÇÕES:

-Nasotraqueal em casos de cirurgia por via


transesfenoidal, fístula liquóricas e trauma em face ou
base do crânio.
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

PROCEDIMENTO - MATERIAIS NECESSÁRIOS:


-EPI (óculos, máscara e avental, se necessário).
-Fluxômetro de ar comprimido.
-Frasco de aspiração com extensão.
-Estetoscópio.
-Toalha de papel.
-Luva estéril para o sistema aberto.
-Luvas de procedimento para sistema fechado.
-Sonda de aspiração estéril (sistema aberto ou fechado).
-Flaconete de 10 ml de SF 0,9%, se necessário.
-Seringa de 10 ml, se necessário.
-Gaze estéril, S/N.
-Copo com água filtrada.
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

PROCEDIMENTO – Técnica de Execução:


Aspiração nasotraqueal e oral em pacientes em ventilação
espontânea e sem prótese respiratória .
1.Higienizar as mãos, separar os materiais;
2.Conferir a prescrição de enfermagem e a identidade do paciente;
3.Orientar o paciente sobre as etapas do procedimento quanto à
possibilidade de sangramento, desconforto, tosse e/ou dor.
4.Higienizar as mãos;
5.Posicionar o paciente em posição de Fowler;
6.Realizar ausculta pulmonar (se profissional enfermeiro);
7.Proteger o tórax do paciente com uma toalha;
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

PROCEDIMENTO – Técnica de Execução: (continuação)


Aspiração nasotraqueal e oral em pacientes em ventilação
espontânea e sem prótese respiratória.
8. Colocar EPI´s;
9. Abrir o sistema de vácuo do aspirador entre 80 e 120
mmHg;
10. Conectar sonda na extensão do vácuo sem contaminá-
la;
11. Higienizar as mãos;
12. Calçar luva estéril na mão dominante;
13. Retirar a sonda da embalagem, com técnica asséptica;
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

PROCEDIMENTO – Técnica de Execução: (continuação)


Aspiração nasotraqueal e oral em pacientes em ventilação
espontânea e sem prótese respiratória.
14. Oxigenar o paciente antes e/ou durante o procedimento;
15. Introduzir a sonda pela narina cerca de 10cm com o orifício
da válvula aberto;
16. Realizar a retirada da sonda da via aérea em movimentos
circulares, fazendo a sucção mediante o fechamento da
válvula;
17. Repetir o procedimento quantas vezes forem necessárias;
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

PROCEDIMENTO – Técnica de Execução: (continuação)


Aspiração nasotraqueal e oral em pacientes em ventilação
espontânea e sem prótese respiratória.
18. Após a aspiração da nasofaringe, realizar a hiperextensão
da cabeça do paciente e introduzir a sonda pela narina, cerca de
15 a 20cm para aspiração nasotraqueal, retirando a sonda em
movimentos circulares, fechando a válvula;
19. Repetir o procedimento quantas vezes forem necessárias;
20. Caso a quantidade de secreção seja muito grande, pode
haver a necessidade de limpar a sonda de aspiração
externamente com gaze estéril;
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

PROCEDIMENTO – Técnica de Execução: (continuação)


Aspiração nasotraqueal e oral em pacientes em ventilação
espontânea e sem prótese respiratória.
21. Ao final da aspiração, desprezar a sonda juntamente com
luva estéril no lixo infectante;
22. Higienizar as mãos;
23. S/N trocar a sonda e realizar a aspiração oral.
24. Lavar a extensão do vácuo com água filtrada em copo
descartável e tampar sua extremidade.
25. Retirar os EPI´s
26. Higienizar as mãos;
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

PROCEDIMENTO – Técnica de Execução:


(continuação)
Aspiração nasotraqueal e oral em pacientes em ventilação
espontânea e sem prótese respiratória.

27. Realizar a ausculta pulmonar novamente (se


enfermeiro);
28. Checar a prescrição médica/enfermagem e realizar a
anotação de enfermagem.
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

PROCEDIMENTO – Técnica de Execução:


Aspiração de Cânula Traqueal ou Traqueostomia.

Repetir os mesmos 12 passos iniciais na descrição da


técnica anterior e:
13. Solicitar para o auxiliar desconectar a extensão do
ventilador da traqueostomia/tubo orotraqueal.
14. Introduzir a sonda com válvula aberta, cerca de 20 cm
até sentir resistência devido o contato com a carina.
15. Retirar a sonda em movimentos circulares, fazendo a
sucção (mantendo a válvula fechada).
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

PROCEDIMENTO – Técnica de Execução: continuação


Aspiração de Cânula Traqueal ou Traqueostomia.

16. Instilar 2 ml de SF na traqueostomia/tubo orotraqueal


para fluidificação da secreção s/n.
17. Solicitar ao auxiliar para oxigenar o paciente usando a
bolsa-valva-máscara, s/n.
18. Repetir o procedimento quantas vezes forem
necessárias.
19. Após a aspiração da traqueostomia ou tubo, realizar o
procedimento na nasofaringe e na boca, s/n.
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

PROCEDIMENTO – Técnica de Execução: continuação


Aspiração de Cânula Traqueal ou Traqueostomia .

20. S/N, trocar a sonda para realizar a aspiração oral.


21. Ao final da aspiração, desprezar a sonda juntamente com a luva
estéril no lixo infectante.
22. Higienizar as mãos.
23. Lavar a extensão do vácuo com água filtrada em copo descartável e
tampar sua extremidade.
24. Retirar os EPI´s.
25. Higienizar as mãos.
26. Realizar ausculta pulmonar novamente e checar prescrição
médica/enfermagem, realizando a anotação.
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

PROCEDIMENTO – Técnica de Execução:


Aspiração com Sistema Fechado.

1.Higienizar as mãos, separar os materiais.


2.Conferir a prescrição de enfermagem e a identidade do paciente.
3.Posicionar o paciente em posição de Fowler.
4.Realizar a ausculta pulmonar.
5.Conectar a sonda na extensão do vácuo.
6.Higienizar as mãos.
7.Calçar luvas de procedimento.
8.Adaptar a seringa de 10ml com SF no sistema.
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

PROCEDIMENTO – Técnica de Execução: continuação


Aspiração com Sistema Fechado.

9. Abrir a válvula de controle do sistema de aspiração.


10. Caso necessário, instilar 2 ml de SF na cânula.
11. Introduzir a cânula de aspiração no tubo orotraqueal.
12. Quando o paciente tossir, realizar a sucção apertando a
válvula controle.
13. Apertar de forma contínua e retirar a sonda lentamente.
14. Repetir o procedimento quantas vezes forem necessárias.
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

PROCEDIMENTO – Técnica de Execução: continuação


Aspiração com Sistema Fechado.

15. Girar a válvula de controle da sonda de aspiração até que ela


trave.
16. Desconectar a extensão do vácuo do sistema.
17. Lavar a extensão do vácuo do sistema.
18. Ocluir a extensão do vácuo.
19. Retirar as luvas, higienizar as mãos.
20. Realizar a ausculta pulmonar novamente.
21. Checar a prescrição médica/enfermagem e realizar a anotação
de enfermagem.
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

Estimativa de Tempo

Cada aspiração não pode exceder 15 segundos.


Repetir o procedimento de aspiração quantas vezes
forem necessárias.
É importante oferecer oxigênio ao paciente e/ou deixa-lo
descansar a cada aspiração durante 30 a 60 segundos.
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

Estimativa de Tempo

Cada aspiração não pode exceder 15 segundos.


Repetir o procedimento de aspiração quantas vezes
forem necessárias.
É importante oferecer oxigênio ao paciente e/ou deixa-lo
descansar a cada aspiração durante 30 a 60 segundos.
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

Cuidados

Não realizar a aspiração enquanto o paciente estiver


recebendo dieta por sonda enteral ou gástrica.
Em pacientes adultos, recomenda-se a utilização do cateter
de aspiração de 14 Fr. Caso esteja intubado ou utilizando
traqueostomia, o calibre da sonda não deve ultrapassar um
terço do diâmetro interno.
A ordem correta para a aspiração é: tubo
orotraqueal/traqueostomia, nariz e boca.
A pressão de sucção deve ser de 120 mmhg em 16 litros por
minuto, no máximo.
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

Diagnósticos de Enfermagem:

•Desobstrução ineficaz de vias aéreas.


•Ventilação espontânea prejudicada.
•Troca de gases prejudicada.
•Padrão respiratório ineficaz.
•Resposta disfuncional ao desmame ventilatório.
•Risco de infecção.
•Risco de aspiração.
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Traqueostomias:

•É a abertura cirúrgica na traqueia, na qual uma cânula de


traqueostomia ou laringectomia é inserida. Pode ser
temporária ou permanente.

Indicações:
•Necessidade prolongada de ventilação mecânica
•Obstrução de vias aéreas
•Proteção contra broncoaspiração
•Aspiração do trato respiratório inferior.
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Traqueostomias:
•Procedimento médico.

1. Cuidados de enfermagem prévio:


•Manter o paciente em jejum
•Preparar o material para a realização do procedimento:
barreira estéril máxima (máscara, gorro, luva, campos e
aventais), cânula de traqueostomia, material para aspiração
endotraqueal, seringa, agulhas, fio cirúrgico, bisturi, ampola
de lidocaína a 2% e gel, iodopovidona degermante, gazes,
caixa de traqueostomia, medicamentos para sedação.
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Traqueostomias: Procedimento de colocação


(continuação)

•Manter FiO2 em 100% durante o procedimento


•Monitoração hemodinâmica
•Manter materiais para atendimento de emergência
disponíveis
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

2. Cuidados de enfermagem imediatos:

•Observar a presença de sangramento


•Fixar a cânula de modo a evitar colapso do estoma
•Atentar para os sinais de desconforto respiratório.
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

3. Cuidados de enfermagem diários:

•Manter decúbito em elevação igual ou maior de 30°.


•Realização de curativo com técnica asséptica com SF 3 x ao
dia ou de acordo com a necessidade.
•Realização da ausculta pulmonar em busca de
anormalidades.
•Verificar a pressão do cuff a cada 6 horas, mantendo em
30mmHg.
•Realizar a higiene oral com antisséptico bucal a cada 6 horas.
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

3. Cuidados de enfermagem diários:

•Realização de aspiração endotraqueal sempre que


necessário – em caso de PEEP elevado utilizar sistema
fechado.
•Manter extensão de ventilador e nebulização alinhadas de
forma a evitar não tracionar a cânula.
•Observar sinais flogísticos.
•Observar queixas de dor.
•Observar presenças de anormalidades.
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Materiais necessários para a troca de cânula de traqueostomia:

•Cânula de traqueostomia conforme prescrição médica;


•Cloridrato de lidocaína geleia a 2%;
•Curativo específico;
•EPI´s: óculos, máscara e luvas estéreis;
•Agulha para aspiração (agulha 40x12 ou agulha de ponta romba);
•Algodão umedecido em álcool a 70%;
•Compressa de gaze esterilizada;
•Uma ampola de SF a 0,9%.
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Materiais necessários para a limpeza da cânula interna


da traqueostomia:

•EPI´s: óculos, máscara e luva estéril;


•SF a 0,9% (frasco de 250ml);
•Gaze estéril;
•Cuba-rim estéril;
•Cotonete estéril S/N.
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Materiais necessários para o curativo e troca de fixação


de traqueostomia:

•Cadarço ou fixador específico para traqueostomia;


•Curativo específico ou gaze estéril;
•EPI´s: óculos, máscara e luva estéril;
•Uma ampola de SF a 0,9% e um pacote de gaze estéril.
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Troca de cânula de traqueostomia:


1. Higienizar as mãos;
2. Reunir o material de levar para junto do paciente. Identifique o
paciente. Higienizar as mãos.
3. Explicar o procedimento ao paciente e solicitar cooperação.
4. Colocar o paciente em decúbito dorsal horizontal com leve
extensão do pescoço.
5. Abrir o pacote de gaze.
6. Fazer desinfecção do lacre do tubo de lidocaína com álcool a
70%;
7. Despejar a lidocaína gel sobre a gaze após ter sido perfurado
o tubo com agulha estéril;
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Troca de cânula de traqueostomia: (continuação)


8. Abrir o novo conjunto de traqueostomia;
9. Desatar o cadarço da traqueostomia do paciente;
10. Colocar EPI´s: óculos, máscara e luva.
11. Deixar o novo conjunto de traqueostomia preparado com o
mandril inserido na cânula externa, lubrificado com lidocaína;
12. Retirar o conjunto antigo com a mão esquerda (não
dominante);
13. Limpar ao redor do estoma com SF com a mão não dominante;
14. Colocar delicadamente o conjunto limpo no estoma na posição
horizontal com movimento de rotação para baixo com a mão
dominante.
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Troca de cânula de traqueostomia: (continuação)


15. Retirar o mandril;
16. Colocar o curativo específico;
17. Fixar o conjunto com cadarço;
18. Retirar os EPI´s e higienizar as mãos;
19. Manter o paciente em decúbito elevado;
20. Recolher o material;
21. Higienizar as mãos;
22. Checar e anotar intercorrências.
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Limpeza da Cânula Interna da Traqueostomia


1.Higienizar as mãos;
2.Reunir o material e levar junto do paciente. Identificar o
paciente. Higienizar as mãos;
3.Explicar o procedimento e solicitar cooperação;
4.Colocar o paciente em decúbito dorsal horizontal com leve
extensão do pescoço;
5.Abrir o pacote de gaze, a cuba e o SF;
6.Colocar o SF na cuba – rim, com volume suficiente para a
imersão da cânula;
7.Colocar EPI´s: óculos, máscara e luva;
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Limpeza da Cânula Interna da Traqueostomia:


(continuação)
8. Destravar a cânula interna; observando a ranhura na
cânula e girando-a no sentido anti-horário;
9. Retirar a cânula interna;
10. Colocar a cânula interna na cuba – rim com SF a 0,9%;
11. Lavar a cânula com auxílio de gaze, externa e
internamente;
12. Enxaguar a cânula com o restante do volume do frasco
de SF estéril;
13. Secar com gaze;
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Limpeza da Cânula Interna da Traqueostomia:


(continuação)
14. Recolocar a cânula, observando a posição da ranhura
e girar no sentido horário para fixa-la;
15. Retirar os EPI´s e higienizar as mãos;
16. Manter o paciente em decúbito elevado;
17. Recolher o material;
18. Higienizar as mãos;
19. Checar e anotar o procedimento.
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Curativo e Troca de Fixação com Luvas Estéreis


1.Higienizar as mãos;
2.Reunir os materiais e levar para junto do paciente. Identificar o
paciente. Higienizar as mãos;
3.Explicar o procedimento e solicitar cooperação;
4.Colocar o paciente em decúbito dorsal horizontal com leve
extensão do pescoço;
5.Abrir o pacote de gaze e o SF – lembrando-se de fazer a
antissepsia do local de abertura do frasco;
6.Colocar EPI´s: óculos, máscara e luvas de procedimento;
7.Retirar o curativo sujo com cuidado para não tracionar a
cânula;
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Curativo e Troca de Fixação com Luvas Estéreis; continuação


8. Desprezar o curativo sujo e as luvas de procedimento no saco
de resíduos. Avalie a quantidade e o aspecto do exsudato na gaze;
9. Higienizar novamente as mãos;
10. Calçar luvas estéreis;
11. Utilizar gazes e SF para limpar ao redor do estoma, com a
mãos dominante, sob as abas da cânula de traqueostomia e as
tiras de fixação;
12. Secar com gaze;
13. Desatar e retirar as tiras de fixação;
14. Fixar o conjunto com as tiras de fixação, passando-as pelas
fendas nas abas da cânula de traqueostomia;
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Curativo e Troca de Fixação com Luvas Estéreis:


(continuação)
15. Colocar o curativo específico, na região periestomal;
16. Ajustar as tiras de fixação, S/N;
17. Manter o paciente em decúbito elevado;
18. Recolher o material;
19. Retirar os EPI´s e higienizar as mãos;
20. Checar e anotar o procedimento – as trocas de fixação
e do curativo de traqueostomia deverão ser realizadas
pelo menos 1 x ao dia.
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Cuidados na manutenção da traqueostomia:


Realizar a troca da cânula se apresentar obstrução e/ou
defeito.
Realizar a troca da cânula conforme a prescrição médica.
Realizar a troca programada a cada 4 – 6 meses para
pacientes de uso prolongado.
Trocar o cadarço e as gazes laterais (curativo específico)
diariamente ou sempre que estiverem molhados ou sujos.
O cuff (balonete) deve estar sempre preenchido com ar.
Em cânula com cuff (balonete), as pressões até 20cm de água
são bem toleradas. Não esquecer de retirar a pressão do cuff
ao realizar a troca por cânula nova.
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Cuidados na manutenção da traqueostomia: (continuação)


Colocar pressão do cuff utilizando uma seringa de 5ml; fixar a
cânula; colocar curativo específico ou gaze.
A troca da cânula de traqueostomia é atividade compartilhada
entre os profissionais enfermeiros, médicos e fisioterapeutas. Ao
enfermeiro cabe a avaliação de sua competência técnica para
realizar o procedimento sem risco para si e para o paciente.
Realizar a aspiração traqueal, conforme procedimento específico,
antes da troca.
Após a limpeza da cânula interna, realizar o curativo, conforme o
procedimento.
Se necessário, utilizar um cotonete estéril, para auxiliar na limpeza
interna da cânula.
CUIDADOS
CUIDADOSCOM
COMTRAQUEOSTOMIAS
TRAQUEOSTOMIAS

Cuidados na manutenção da traqueostomia: (continuação)


Trocar o curativo e a fixação conforme a prescrição de
enfermagem;
Fixar as extremidades das tiras de fixação de maneira
confortável, mas não apertada, nas laterais do pescoço.
Realizar o procedimento em duas pessoas, se o paciente
estiver agitado.
ASPIRAÇÃO
ASPIRAÇÃO DE
DEVIAS
VIASAÉREAS
AÉREAS

Diagnósticos de Enfermagem:

•Risco de aspiração.
•Risco para infecção.
•Controle ineficaz da saúde.
•Integridade da pele prejudicada.
•Dor aguda.
•Conforto prejudicado.
•Desobstrução ineficaz de vias aéreas.

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