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CUIDADOS DE ENFERMAGEM

VIAS AÉREAS
INSTRUTORA: Mª MORGANA LIMA SILVA
CURSO: ESP. TÉC. DE ENFERMAGEM EM UTI
HORÁRIO: 18 ÀS 22H

ARACAJU/SE
2023
 Didaticamente, dividimos a oxigenoterapia entre os dispositivos entre os de
oxigenação, utilizados para aumentar a FiO2 em pacientes em ventilação
espontânea:
 Máscara de oxigênio simples;
 Máscara de venturi;
 Catéter nasal;
 Máscara não-reinalante.

 e os de ventilação, para aqueles em que a ventilação está ausente ou insuficiente.


VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI)

 A Ventilação Não Invasiva (VNI) consiste em um suporte ventilatório com


utilização de pressão positiva empregado em pacientes que não estejam fazendo uso
de qualquer tipo de via aérea artificiais (tubo endotraqueal ou cânula de
traqueostomia).
 A conexão entre o dispositivo ventilatório e o paciente é realizada através de uma
máscara nasal ou facial;
 Modos ventilatórios – CPAP, Pressão Positiva Bifásica, Pressão de Suporte,
Ventilação Proporcional Assistida;
 Escolhas de interfaces.
OXIGENOTERAPIA

 Consiste na administração de oxigênio acima da concentração do gás ambiental


normal (21%), com o objetivo de manter a oxigenação tecidual adequada,
corrigindo a hipoxemia e consequentemente, promover a diminuição da carga de
trabalho cardiopulmonar através da elevação dos níveis alveolar e sanguíneo de
oxigênio.
OXIGENOTERAPIA
 Os materiais de oxigenoterapia são indicados normalmente para os pacientes que estão
com o parâmetro de saturação abaixo do indicado;
 Saturação de O2: 94% - 100%;
 Abaixo de 94% o paciente já está dessaturando, e para tratar essa condição clínica
existem alguns dispositivos;
 Necessitando de suporte de O2, já que o oferecido pelo ar 21% não está suprindo suas
necessidades fisiológicas;
 E para tanto existem os sistemas de oxigenoterapia.
OXIGENOTERAPIA

ALTO FLUXO
• É possível controlar a FiO2 ofertada ao paciente.
Não é o fluxo de O2 ofertado que
determina o sistema de Alto e Baixo
BAIXO FLUXO Fluxo e sim a possibilidade de O2
constante.
• Esse sistema não permite mensurar de forma constante a FiO2 (fração
inspirada de O2) do paciente, tendo a mesma variável.
OXIGENOTERAPIA

Cateter Tipo Óculos: Cateter Nasal:


- Vazão no fluxômetro de 1-6l/min até 8l/min; - Introduzido na cavidade nasal, medindo do lóbulo da orelha
- FiO2 – quanto maior a oferta de O2, maior a FiO2 do até a ponta do nariz;
paciente; - Pode ofertar até 6l/min;
- O uso prolongado pode causar ressecamento das vias áreas, - Deve ser trocado a cada 08 horas;
por isso de usa o Umidificador com água.

Máscara Facial Simples:


- Oferta acima de 5l/min;
FIO2
OXIGENOTERAPIA

Máscara Reinalante:
• Possui reservatório;
• Permite a troca de ar com o ambiente;
• De 6-10l/min;

Máscara Não Reinalante:


• Fecha-se o sistema de troca de ar com o ambiente com
um diafragma, não se misturando o ar atmosférico com o
O2 ofertado pelo sistema, permite apenas a saída de CO2
pelo diafragma;
• Fluxo de 10-15lmin – Fio2 60 a 100%;
OXIGENOTERAPIA

 Máscara de Venturi:
 Sistema de oxigenoterapia de ALTO FLUXO;
 Traqueia;
 Acoplador de nebulização;
 Diluidores/Dosadores específicos;
 Cada dosador vai ofertar uma quantidade de O2
ao paciente;
 Quantidade de fluxo de O2 e de FiO2 que vai
ofertar para o paciente;
 3l/min – 15l/min;
 Muito utilizada para o desmame da
Oxigenoterapia.
OXIGENOTERAPIA
 Umidificação:
 Fossa nasal – concha do nariz, umidifica e aquece o ar;
 Menos de 4l/min não precisa umidificar;
 Paciente com baixo fluxo porém com queixa de ressecamento de vias
áreas;
 Sistema de alto fluxo por mais de 24h deve-se umidificar;
 Paciente com traqueostomia - TQT que fazem uso de Máscara de
Venturi sempre deve umidificar;
 No transporte do paciente sempre retirar o umidificador;
 Deve ser preenchido com Água destilada, obtendo volume máximo;
 Após 24h a água deve ser desprezada e trocada para não se tornar
fonte de infecção.
TÉCNICAS DE ASPIRAÇÃO
 A aspiração é necessária quando os pacientes são incapazes de limpar as secreções respiratórias das vias
aéreas por tosse ou outros procedimentos menos invasivos;
 As técnicas de aspiração incluem aspiração orofaríngea e nasofaríngea, aspiração orotraqueal e
nasotraqueal, além de aspiração de uma via aérea artificial;
 Na maioria dos casos, use a técnica estéril para aspiração;
 A boca é considerada limpa; portanto você aspira as secreções orais após aspirar a orofaringe e a traqueia;
 No ambiente domiciliar, use uma técnica “limpa” em vez da “estéril” porque o paciente não está exposto a
patógenos comuns aos ambientes de cuidados de saúde.
TÉCNICAS DE ASPIRAÇÃO
 Cada tipo de aspiração requer o uso de um cateter flexível com ponta arredondada com orifícios nas laterais e
na extremidade do cateter. Durante a aspiração, você aplica pressões negativas (100-150 mmHg para adultos)
na retirada do cateter, nunca na inserção;
 Uma avaliação do paciente determina a frequência de aspiração. É indicado quando roncos, sons respiratórios
borbulhantes e sons respiratórios diminuídos são audíveis na ausculta ou secreções visíveis estão presentes
após outros métodos para remover as secreções das vias aéreas terem falhado.
TÉCNICAS DE ASPIRAÇÃO
 A aspiração muito frequente coloca pacientes em risco de desenvolver hipoxemia, hipotensão, arritmias e possível
trauma na mucosa dos pulmões;

Aspiração orofaríngea ou nasofaríngea:


• Usada quando um paciente é capaz de tossir efetivamente, mas incapaz de limpar as secreções por
expectoração;
• Uma vez que as secreções pulmonares diminuírem e o paciente estiver menos fatigado, ele poderá tossir
ou engolir o muco, e a aspiração não será mais necessária.

Aspiração orotraqueal ou nasotraqueal:


• Necessária quando um paciente com secreções pulmonares é incapaz de tratar as secreções através da
tosse e não tem uma via aérea artificial presente;
• Passe um cateter estéril pela boca ou nariz para a traqueia. O nariz é a rota preferencial porque o estímulo
do reflexo de vômito é mínimo;
• Todo o procedimento de passagem de cateter para sua remoção é feito rapidamente, com duração de no
máximo 10 segundos. Deixe o paciente descansar entre as passagens do cateter.
TÉCNICAS DE ASPIRAÇÃO
Aspiração Traqueal:
• Através de uma via aérea artificial, com a traqueostomia;
• Nunca aplique a pressão de aspiração ao introduzir o cateter para evitar traumatizar a mucosa do pulmão. Assim
que você inserir um cateter pela distância necessária, mantenha a pressão de aspiração entre 120 e 150 mmHg
até a retirada;
• Girar o cateter aumenta a remoção das secreções que aderiram às laterais da via aérea;
• A prática da instilação de soro fisiológico nas vias aéreas artificiais para melhorar a remoção de secreção
pode ser prejudicial e não é recomendada.

Aspiração Aberta:
• Envolve o uso de um novo cateter estéril para cada sessão de aspiração.

Aspiração Fechada:
• Envolve o uso de um cateter de aspiração estéril reutilizável que é envolto em uma bainha de plástico para
protegê-lo entre sessões de aspiração
VIAS AÉREAS ARTIFICIAIS
 Uma via aérea artificial é para um paciente com um nível reduzido de consciência ou obstrução das vias
aéreas e auxilia na remoção das secreções traqueobrônquicas;

Via Aérea Oral:

• A via aérea oral, o tipo mais simples de via aérea artificial, impede a obstrução da traqueia por deslocamento da
língua para a orofaringe;
• A via aérea oral estende-se dos dentes para a orofaringe, mantendo a língua na posição normal;
• Determine o tamanho adequado da via aérea oral medindo a distância entre o canto da boca e o ângulo da
mandíbula logo abaixo da orelha.
VIAS AÉREAS ARTIFICIAIS

 Uma sonda endotraqueal (ET) é uma via aérea


artificial a curto prazo para administrar a ventilação
mecânica invasiva, aliviar a obstrução das vias aéreas
superiores, proteger contra a aspiração ou limpar as
secreções;
 A sonda é passada pela boca do paciente, além da
faringe e para a traqueia;
 Se um paciente necessita de assistência a longo prazo
com uma via aérea artificial, uma traqueostomia é
considerada. Uma incisão cirúrgica é feita na borda
inferior da cartilagem cricoide da traqueia e uma sonda
de traqueostomia curta é inserida.
VIAS AÉREAS ARTIFICIAIS
 A complicação mais comum de uma sonda de traqueostomia é a obstrução parcial ou total da via aérea causada pelo
acúmulo de secreções respiratórias;
 A aspiração da traqueostomia deve ser feita com a frequência necessária para limpar as secreções;
 A maioria dos pacientes com uma sonda de traqueostomia não podem falar porque a sonda é inserida abaixo das cordas
vocais.
VIAS AÉREAS ARTIFICIAIS

 A ventilação mecânica invasiva, também conhecida como ventilação de pressão positiva, é uma técnica que salva
vidas usada com vias aéreas artificiais (ET ou traqueostomia) para várias indicações clínicas e fisiológicas.
 As indicações fisiológicas incluem troca gasosa cardiopulmonar de suporte (ventilação alveolar e oxigenação
arterial), aumento do volume pulmonar e redução do trabalho respiratório;
 As indicações clínicas incluem reversão da hipóxia e da acidose respiratória aguda, alívio do desconforto
respiratório, prevenção ou reversão de atelectasia e fadiga muscular respiratória, permitir a sedação e/ou outro
bloqueio neuromuscular, diminuição do consumo de oxigênio, redução da pressão intracraniana e estabilização da
parede torácica.
 Pode ser usada para substituir total ou parcialmente a respiração espontânea dependendo da necessidade do
paciente;
 Há uma variedade de modos de ventilação; a escolha depende da situação do paciente e dos objetivos do tratamento.
Muitos dos modos são usados em conjunto uns com os outros;
 Os modos mais utilizados incluem ventilação assistida/controlada (AC), ventilação mandatória intermitente
SONDAS TORÁCICAS

 A sonda torácica é um cateter inserido através do tórax para


remover o ar e os líquidos do espaço pleural, para evitar que
ar ou o líquido entrem novamente no espaço pleural ou para
restabelecer as pressões intrapleural normal e intrapulmonar;
 As sondas torácicas são comuns após cirurgia torácica e o
trauma torácico e são utilizadas para tratamento de
pneumotórax (acúmulo de ar no espaço pleural) ou hemotórax
(acúmulo de sangue e líquido na cavidade pleural entre a
pleura parietal e visceral), geralmente como resultado de um
trauma, para promover a reexpansão pulmonar;
DRENO DE TÓRAX

 Uma variedade de sondas torácicas está disponível para drenar ar ou excesso de líquido do espaço pleural para
aliviar o desconforto respiratório;
 Uma sonda torácica de pequeno calibre (12 a 20 Fr) é usada para remover uma pequena quantidade de ar e uma
sonda torácica de calibre maior é usada para remover grandes quantidades de líquido ou sangue e grandes
quantidades de ar;
 Após uma sonda torácica ser inserida, ela é ligada a um sistema de drenagem;
 O sistema de drenagem fechada mais simples é a unidade de câmara única. A câmara serve como um coletor de
líquidos e uma vedação hidráulica. Durante a respiração normal, o líquido na câmara sobe com a inspiração e desce
com a expiração. Uma única câmara é usada para pequenas quantidades de drenagem, como um empiema (p. ex.,
uma coleta de líquido ou pus infectado no espaço pleural);
DRENO DE TÓRAX

 Mantenha um sistema de sonda torácica fechado e abaixo do tórax;


 A sonda deve ser presa na parede torácica;
 Uma formação de bolhas constante ou intermitente na câmara de vedação hidráulica indica um vazamento no
sistema de drenagem, devendo o médico ser notificado imediatamente;
 Marque o nível do lado de fora das câmaras de coleta a cada turno;
 Não deixe a sonda dobrar ou curvar; o ideal é deixá-la horizontalmente na cama ou cadeira antes de descer
verticalmente para o dispositivo de drenagem;
 Incentive o paciente a tossir, respirar profundamente;
 Certifique-se de que ele seja frequentemente reposicionado e que deambule caso não seja contraindicado;
 Avalie rotineiramente a frequência respiratória, os sons respiratórios, os níveis SpO2 e o local de inserção para o
enfisema subcutâneo.
DRENO DE TÓRAX

 Grampear uma sonda torácica é contraindicado durante a deambulação ou transporte de um paciente. O


grampeamento pode resultar em um pneumotórax de tensão. A pressão de ar acumulasse no espaço pleural,
comprometendo o pulmão e criando um evento potencialmente fatal;
 Manuseie a unidade de drenagem torácica cuidadosamente e mantenha o dispositivo de drenagem abaixo do tórax
do paciente. Se a sonda se desconectar a unidade de drenagem, instrua o paciente a expirar o máximo possível e a
tossir; Esta manobra livra o espaço pleural do máximo de ar possível;
 Observe o tipo e a quantidade de drenagem de líquido: observe a cor da drenagem e a cor da pele. Observe o
líquido na sonda de drenagem e não apenas na câmara de coleta.

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