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Oxigenoterapia

Prof.Ms Renata Tomazelli Ferreira


Oxigenoterapia

• A oxigenoerapia está amplamente disponível e


é usada em uma variedade de ambientes para
aliviar ou prevenir a hipóxia tecidual.

• O objetivo da oxigenoterapia é prevenir ou


aliviar a hipóxia distribuindo oxigênio em
concentrações maiores do que o ar ambiente
(21%).

• O oxigênio tem efeitos colaterais perigosos,


como a própria toxicidade.
Oxigenoterapia
• A oxigenoterapia consiste na administração de oxigênio acima da
concentração do gás ambiental normal (21%), com o objetivo de
manter a oxigenação tecidual adequada, corrigindo a hipoxemia e
conseqüentemente, promover a diminuição da carga de trabalho
cardiopulmonar através da elevação dos níveis alveolar e sanguíneo
de oxigênio.
Hipoxemia
• A falta de oxigenação no sangue, ou hipoxemia, é a condição em que
se tem uma baixa concentração de oxigênio no sangue.

• Esse é um fenômeno grave, que pode ocorrer tanto em emergências


médicas quanto em situações pulmonares crônicas e/ou avançadas.
Sinais e
sintomas de
hipoxemia
Como solucionar as condições de
Hipoxemia?

Administrando
OXIGÊNIO
Administração de Oxigênio
• No que concerne à variação de administração de oxigênio, podemos
classificar os sistemas de liberação do gás em sistemas destinados a
liberar concentrações
• baixas (60%)
• moderadas (35 a 60%)
• altas (>60%)
No entanto, estas concentrações dependerão da profundidade inspiratória de
cada paciente. Quanto maior for uma inspiração, maior a diluição do oxigênio
fornecido e menor a fração inspiratória de oxigenio(FiO2).
• Neste sentido, um sistema que forneça somente uma parte do gás
inspirado sempre irá produzir uma FiO2 variável.

• Podemos obter uma FiO2 fixa se utilizarmos um sistema de alto fluxo


ou um sistema com reservatório, daí a necessidade de se eleger um
sistema adequado.

• Os sistemas de oxigenoterapia classificam-se em: sistema de baixo e


alto fluxo.
Sistemas de Baixo Fluxo
Fornecem oxigênio suplementar às vias aéreas diretamente
com fluxos de 8 l/min ou menos. Como o fluxo inspiratório de
um indivíduo adulto é superior a este valor, o oxigênio
fornecido por este dispositivo de baixo fluxo será diluído com o
ar, resultando numa FiO2 baixa e variável.
Geralmente, utilizam-
se fluxos superiores a
8l/min, mas podem
causar desconforto e
Cânula nasal ou óculos ressecamento nasal,
mesmo com
dispositivos de
umidificação
acoplados. As cânulas
podem ter
reservatórios
Sistemas de
Baixo Fluxo
A máscara de reinalação parcial não contém válvulas. Durante
a inspiração, o oxigênio flui para o interior da máscara e passa
diretamente ao paciente e durante a expiração parte do ar é
armazenado na bolsa. Como não existe válvula separando a
máscara da bolsa, parte do gás expirado pelo paciente também
entra nesta, o que não acontece com as máscaras que possuem
válvulas
A máscara de não-reinalação: impede a
reinalação através de válvulas
unidirecionais. Uma válvula inspiratória se
encontra no topo da bolsa, enquanto as
válvulas expiratórias cobrem as portas de
expiração sobre o corpo da máscara.
Durante a inspiração, uma leve pressão
negativa fecha as válvulas expiratórias,
impedindo a diluição aérea;
Máscara de Venturi
O ar é arrastado pela força de
Sistemas de cisalhamento nos limites do fluxo
Alto Fluxo de jato de oxigênio que passa
através de um orifício. Quanto
menor for o diâmetro deste, maior
a velocidade do fluxo e maior
quantidade de ar arrastado.
Cuidados de enfermagem na administração de
oxigênio por cateter nasal ou máscara facial.
• O procedimento de aplicação (não de ajuste do fluxo de oxigênio) de uma cânula nasal ou máscara de oxigênio pode
ser delegado ao pessoal de nível técnico de enfermagem.

• É necessário avaliar o sistema respiratório do paciente; a resposta à oxigenoterapia; e a configuração da


oxigenoterapia, incluindo o ajuste da taxa de fluxo de oxigênio.

• Posicione e ajuste o dispositivo com segurança (p. ex., afrouxando a tira da máscara de oxigênio) e esclarecer seu
posicionamento e posicionamento corretos.

• Informar o enfermeiro imediatamente sobre quaisquer alterações de sinais vitais; irritação cutânea pela cânula,
máscara ou tiras; se o paciente relata dor ou falta de ar; ou se o paciente apresenta diminuição do nível de
consciência ou aumento de confusão.

• Fornecer cuidados com a pele ao redor do nariz e orelhas do paciente.


Cuidados de enfermagem na
administração de oxigênio por cateter
nasal ou máscara facial.
• Avaliar o estado respiratório do paciente, incluindo a simetria da expansão da parede torácica, anormalidades
da parede torácica (p. ex., cifose), condições temporárias (p. ex., gravidez, trauma) que afetam a ventilação,
frequência e profundidade respiratória.

• Obtenha a SpO2 mais recentes do paciente, se disponível. Analise o prontuário médico do paciente quanto à
ordem médica para o oxigênio, observando o método de distribuição, a taxa de fluxo e a duração da
oxigenoterapia.

• Explique ao paciente e à família o que acontece durante o procedimento e a finalidade da oxigenoterapia.

• Higienize as mãos.
Cuidados de enfermagem na
administração de oxigênio por cateter
nasal ou máscara facial.
•Conecte o dispositivo de distribuição de
oxigênio (p. ex., cânula nasal ou máscara) à
sonda de oxigênio e conecte à fonte de oxigênio
umidificado ajustada à taxa de fluxo prescrita
(consulte a ilustração).
Cuidados de enfermagem na
administração de oxigênio por cateter
nasal ou máscara facial.
Posicione as pontas da cânula nasal
corretamente nas narinas do paciente e ajuste
a fita elástica ou a corrediça plástica na
cânula para que fique cômodo e confortável
(consulte a
ilustração).
Cuidados de enfermagem na
administração de oxigênio
por cateter nasal ou máscara
facial.

•Se estiver usando uma máscara de


oxigênio, ajuste a fita elástica sobre as
orelhas até que a máscara se encaixe
•confortavelmente sobre o rosto e a boca
do paciente.
Cuidados de enfermagem na
administração de oxigênio por cateter
nasal ou máscara facial.
Observe o funcionamento adequado do dispositivo de
distribuição de oxigênio.

Cânula nasal: A cânula está posicionada corretamente nas


narinas com a umidificação funcionando.

Máscara de não reinalação: Aplique a máscara sobre o nariz e


a boca do paciente para formar uma vedação eficaz.

Máscara de reinalação parcial: Aplique a máscara sobre o


nariz e a boca do paciente para formar uma vedação eficaz.
Certifique-se de que a bolsa permaneça parcialmente
inflada.
Cuidados de enfermagem na
administração de oxigênio por cateter
nasal ou máscara facial.
Máscara de Venturi: Aplique a máscara sobre a boca e o
nariz do paciente para formar uma vedação eficaz.
Selecione a taxa de fluxo apropriada
Após a administração de Oxigênio avalie...
• Observe a diminuição da ansiedade, nível melhorado das habilidades cognitivas e de consciência, diminuição
da fadiga, ausência de vertigem, diminuição da frequência respiratória, melhora da cor, melhora da saturação
de oxigênio e volta dos sinais vitais básicos do paciente.

• Verifique a adequação do fluxo de oxigênio a cada turno.

• Observe os ouvidos externos do paciente, a ponte do nariz, as narinas e as mucosas nasais quanto a
evidências de ruptura da pele.
Precauções de
Segurança

• Oxigênio é um gás altamente inflamável.


Apesar de não queimar ou causar uma
explosão espontaneamente, pode
facilmente causar um incêndio no quarto
de um doente se entrar em contato com
uma fagulha de uma chama aberta ou
equipamento elétrico.
Ventilação mecânica invasiva
• A ventilação mecânica invasiva, também conhecida como ventilação de pressão positiva, é uma técnica que
salva vidas usada com vias aéreas artificiais (ET ou traqueostomia) para várias indicações clínicas e
fisiológicas.

• As indicações clínicas para ventilação mecânica invasiva incluem reversão da hipóxia e da acidose
respiratória aguda, alívio do desconforto respiratório, permitir a sedação e/ou outro bloqueio neuromuscular,
diminuição do consumo de oxigênio, redução da pressão intracraniana e estabilização da parede torácica.

• Pode ser usada para substituir total ou parcialmente a respiração espontânea dependendo da necessidade do
paciente.
Ventilador
Mecânico
Tubo endotraqueal
Ventilação mecânica invasiva
• Na sequência de um gatilho inspiratório, a ventilação mecânica invasiva força uma mistura predefinida de ar
(oxigênio e outros gases) para vias aéreas centrais e então flui para os alvéolos pulmonares, fazendo a pressão
intra-alveolar aumentar à medida que os pulmões inflam.

• Há uma variedade de modos de ventilação; a escolha depende da situação do paciente e dos objetivos do
tratamento. Muitos dos modos são usados em conjunto uns com os outros. Existem inúmeras marcas de
ventiladores e eles variam na sua capacidade de desempenhar determinadas funções;

• Os modos mais utilizados incluem ventilação assistida/controlada (AC), ventilação mandatória intermitente
sincronizada (SIMV) e ventilação com pressão de suporte (PSV). A ventilação assistida/controlada oferece
um conjunto de volume corrente (VC) com cada respiração, independente de a respiração ter sido
desencadeada pelo paciente ou pelo ventilador.

• Ocorre ventilações sincronizadas entre ventilação mecânica e o esforço respiratório do paciente.


Cuidados de enfermagem em Ventilação
mecânica
• Monitorização dos parâmetros ventilatórios.
• Controle das condições gerais do paciente.
• Umidificação e o aquecimento dos gases inalados.
• Mobilização e a remoção de secreções.
• Troca rotineira do circuito, apenas quando sujo ou danificado.
• Monitorar e verificar o acionamento dos alarmes do ventilador 
• Manter a angulação da cabeceira do leito entre 30º e 45o,salvo na
existência de contraindicação.
Cuidados de enfermagem em Ventilação
mecânica
• Higiene oral com clorexidine 0,12%
• A higiene da língua, muitas vezes negligenciada pelos
profissionais, também deve ser realizada.
Referências Bibliográficas
• SANTOS, Cleverson dos et al. Boas práticas de enfermagem a
pacientes em ventilação mecânica invasiva na emergência
hospitalar a. Escola Anna Nery, v. 24, 2020.

• Potter, P; Perry, A.G. Fundamentos de enfermagem. 7 ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2017.

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