Pequena parcela dos casos agudos necessita de antibiótico, maioria pode ser tratado com lavagem Rinossinusite: salina e uso de corticoides. Sem sinais de melhora é A maioria das infecções de via aérea superior são indicado o uso dos antibióticos, em primeira linha usa- virais, de modo geral apresentam grande prevalência e se amoxicilina (5 a 10 dias). Em sinusites crônicas, relevância clínica. Estudos mostram que seja o terceiro pode ser usado as cefalosporinas como clindamicina e motivo mais frequente por procura de atendimento em o metronidazol associado à cefalosporina de primeira APS. geração -cefalexina- .
O termo denomina processos infecciosos que Otite média:
acometem os seios paranasais, geralmente a sinusite e Infecção da orelha média, tuba auditiva e celas da a rinite são doenças contíguas. A rinite pode ser mastoide. Parecida as IVAS, comum em crianças, e isoladamente alérgica ou infeciosa. Os seios geralmente, precedida de infecção viral em trato frontais, etmoidal, esfeoidal e maxilar são os locais respiratório. do processo infecioso, geralmente, ocorrido por processo viral. Com o processo inflamatório e o Sinais e sintomas incluem: edema local, acarreta-se à obstrução dos óstios de Otalgia drenagem, com menor oxigenação do seio, movimento Febre dos cílios e menor clearance mucociliar, bem como Irritabilidade estase de secreção. Choro Um quadro viral pode desencadear um quadro Inapetência bacteriano secundário, ainda mais, quando os sintomas Na otoscopia é identificado abaulamento, perda da persistem e a gravidade apresenta-se ampliada. De transparência e alteração na cor. Como pode ser tanto modo geral, a infecção apenas viral apresenta melhora de causa viral como bactéria, destaca-se entre os vírus: em torno de 5° dia de instalação, o quadro de vírus sincicial respiratório, adenovírus e influenza A e rinossinusite pós viral pode ser utilizado com a B. Os vírus alteram a mucosa da tuba auditiva e presença ou não de um quadro bacteriano secundário, diminuem a função dos leucócitos polimorfonucleares, podendo ser apenas o quadro inflamatório sinusal. No predispondo, dessa maneira, à infecção bacteriana. entanto, tais sintomas podem ser indícios de infecção secundária: sintomas mais sugestivos de uma infecção Enquanto as bactérias: Streptococcus pneumoniae, bacteriana incluem febre alta (38°C), unilateralidade, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis. dor intensa, além do aumento do VHS e da proteína C reativa (PCR). Tratamento quando viral consiste em medidas sintomáticas com o uso de analgésicos e antipiréticos. Em exame otorrinolaringológico em quadro de Se houver etiologia bacteriana, o uso de antibióticos rinossinusite bacteriana aguda é perceptível observar deve ser considerado, os mais recomendados: rinorreia mucopurulenta anterior ou posterior, edema e amoxicilina associada ao ácido clavulânico, , hiperemia de mucosa nasal. A orofaringe pode estar cefalosporinas de segunda geração e cefalosporinas de hiperemiada com aumento dos folículos linfoides. terceira geração, como a ceftriaxona parenteral. Em alguns casos, é associado miringotomia, sobretudo, Agentes mais comuns: Streptococcus pneumoniae e quando refratária, comprometimento mastoide, Haemophilus influenzae. Em menor frequência complicação em SNC, comprometimento de NC VII Moraxella catarrhalis, Staphylococcus aureus e (paralisia facial) e em pacientes imunodeprimidos. estreptococo beta-hemolítico. A cronificação discorre de um processo agudo que se Quanto aos exames de imagem, geralmente, se solicita perpetua. Alguns fatores que podem se a causa da a radiografia simples. Muito embora seja um tanto cronificação: perfuração da membrana timpânica e ineficaz para a avaliação dos seios etmoidais. A TC infecções supurativas. apresenta melhor resolução, mas é apenas empregada na suspeita de complicações da sinusite. Já a RM Laringites: utilizada apenas em situações mais específicas, como Infecção de etiologia viral que acompanha os em infecções por fungos. processos infecciosos das vias superiores, o agente etiológico mais comum é o vírus da parainfluenza I. Entretanto, outros vírus podem estar implicados como: Streptococcus pneumoniae, EBHGA, de Lancefield, e parainfluenza 3, influenza A, rinovírus, sincicial Staphylococcus aureus a ser administrado no respiratório e, mais raramente, Mycoplasma atendimento hospitalar.84 Assim, é necessário pronto- pneumoniae. reconhecimento e referenciamento à emergência hospitalar, pois pode ser necessária intubação O quadro clínico é caracterizado por tosse rouca, febre orotraqueal ou até mesmo cricotirotomia, se intubação baixa, disfonia, dor, irritação na garganta e menos ou uso de máscara laríngea for inviável. comumente, dispneia e estridor inspiratório. Para a resolução do quadro é indicado medidas de apoio Obs. O tratamento é semelhante ao quadro de resfriado como hidratação, umidificação das vias respiratórias, comum, quando em casos de crupo recomenda-se co repouso vocal e afastamento de fatores irritantes. uso de corticoides e se necessário o uso de nebulizadores adrenérgicos. A epiglote ou laringite suporaglótica é uma infecção bacteriana da laringe supraglótica causada pelo Faringoamigdalite: Haemophilus influenzae tipo b (Hib), acomete crianças A maior parte é viral, sendo os adenovírus os entre 2 e 6 anos. Manifesta-se com febre alta, dor de principais agentes, outros agentes, como a influenza A garganta e sialorreia, que progride para dispneia a e B, parainfluenza 1,2 e 3, Epstein-Barr, enterovírus e estridor, altamente fatal. A imunização é um papel herpes simples. profilático de suma importância, o tratamento envolve intubação orotraqueal durante 48-72 horas, O quadro clínico é caracterizado por: odinofagia, febre corticoterapia sistêmica em doses anti-inflamatórias, alta, calafrios, comprometimento do estado geral, hidratação IV, nebulização e etc. astenia, mialgia, cefaleia e artralgia. Pode haver o aumento de linfonodos cervicais. Nas amigdalites A laringite estridulosa, também conhecida como eritematosas, observa-se hiperemia difusa e aspecto de laringite sufocante da infância ou subglótica, congestão de toda a mucosa faríngea, principalmente caracteriza-se por episódio súbito de dispneia noturna, das tonsilas palatinas. O exsudato pode ser progressiva, acompanhada de tosse rouca, cornagem, esbranquiçado se não for de origem viral. estridor e retração intercostal. A tosse é seguida de vômitos, acomete crianças entre 1 a 4 anos. Os agentes bacterianos mais comuns, confirmado pelo exsudato esbranquiçado ou purulento, são: S. Laringotraqueíte aguda (crupe) é a inflamação na pyogenes, H. influenzae, S. aureus e M. catarrhalis. A mucosa laríngea e na traqueia que produz a “tosse de mononucleose, causada pelo vírus Epstein-Barr, pode cachorro”, estridor inspiratório e rouquidão, associado se manifestar como forma eritematosa ou a coriza, obstrução nasal e febre baixa (37,8°C) podem eritematopultácea, e às vezes também como estomatite estar presentes e persistir por 7 dias seguidos de e enantema no palato, acompanhada de adenomegalia redução gradual. Em geral, a tosse dura de 3-5 dias, cervical bilateral e hepatoesplenomegalia; as tonsilas sintomas como coriza, obstrução nasal e febre baixo palatinas podem aumentar extremamente de tamanho. (37,8°) podem estar presentes e persistir por 7 dias, seguidos de redução. A etiologia viral é a mais Nas amigdalites agudas há a formação de placas prevalente e inclui o vírus parainfluenzae o VSR. aderentes às tonsilas que invadem o palato mole e a Adenovírus, vírus da influenza A e B, sarampo e úvula. Diagnóstico diferencial para difteria e infecção micoplasma são menos prevalentes. por S. pyogenes, a linfadenite cervical é um sinal da infecção por difteria. Os sintomas da LTA podem ser leves e autolimitados, entretanto, podem ocorrer complicações, como As amigdalites agudas subdividem-se de acordo com a obstrução da via aérea, dificuldade respiratória ou estar profundidade da úlcera: superficiais, quando ocorre associada à inflamação nos brônquios erupção vesicular, ou profundas, quando há necrose do (laringotraqueobronquite) resultando em sibilância, tecido. crepitação e taquipneia. Cultura da orofaringe é indicada nos casos de Epiglotite aguda: é uma inflamação na mucosa da amigdalites que evoluam satisfatoriamente com o epiglote e estruturas adjacentes, apresentam com febre tratamento clínico. O tratamento, na maioria dos casos, alta ( entre 38,8° e 40°C), dificuldade respiratória, também é sintomático. Caso evolua para um quadro salivação, ansiedade, irritabilidade, voz abafada, bacteriano trata-se com antibióticos de acordo com odinogagia, estridor inspiratório e dor de garganta. indicação para agente etiológico envolvido, em sua grande maioria, usa-se as penicilinas. Manutenção da via aérea pérvia, oxigenoterapia a 100%, até a equipe de atendimento emergencial chegar Obs. Quando o quadro clínico apresenta abscesso é ao local, e antibioticoterapia empírica para Hib, necessário a punção e saída da secreção purulenta. Quadros infecciosos inicial comum. A obstrução nasal e a rinorreia Resfriado comum: desenvolvem-se rapidamente e, no segundo ou terceiro dia após o início da doença, constituem Síndrome clínica, caracterizada por rinorreia e frequentemente os sintomas mais incômodos, a tosse obstrução nasal, predominante entre o início do outono tende a aparecer depois. A tosse pós viral pode persistir até o final da primavera. Pode ser acompanhada de por semanas. faringite, tosse e MEG. Os agentes mias comuns: rinovírus (A, B ou C), coronavírus, vírus A mudança de cor ou na consistência das secreções parainfluenza, vírus sincicial respiratório, nasais podem ser evidentes, não é sinônimo de metapneumovírus, adenovírus, bocavírus e vírus da infecção bacteriana secundária. influenza. Diagnóstico diferencial para rinite alérgica – índico: Os patógenos bacterianos envolvem: Stretococcus prurido nasal-. Pode ocorrer o comprometimento dos pneumonie e Haemophilus influenzae. seios paranasais e acompanhados de dor sinusal maxilar unilateral, a secreção purulenta é sinal de Fisiopatologia: transmissão por contato direto com infecção bacteriana; pessoa infectada ou aerossóis. Inicia-se pela infecção viral nas células epiteliais do trato respiratório, com Quando os sintomas são mais graves – com início estimulo para resposta inflamatória inespecífica que rápido, febre e cefaleia ou dores musculares, procede os sintomas. Como mecanismo de escape os acompanhadas de faringite ou tosse – pode-se rinovírus apresnetam a capacidade de bloquear a estabelecer o diagnóstico de “doença semelhante à replicação dos corona vírus, via estimulo do interferon. influenza. A congestão nasal decorre do aumento do fluxo Exames laboratoriais e de imagem não são uteis. Se sanguíneo local e maior estagnação, as vias exsudato faríngeo e aumento de linfonodos cervicais - parassimpáticas e simpáticas apresentam-se > teste rápido para faringite estreptocócica. acometidas. Outro fator é aumento da secreção nasal, resultante do aumento da pearmibilidade vascular com Tratamento: sintomático, com o uso de agentes extravasamento do soro nas secreções nasais, adrenérgicos locais para congestão (xilometazolina ou produzindo tanto transudatos quanto exsudatos. oximetazolina), analgesia, antipiréticos, soluções nasais, anti-histamínicos para rinorreia e tosse. A tosse está envolvida no processo de infecção das vias aéreas inferiores, irritação dos receptores das vias Vírus sincial respiratório: aéreas superiores ou gotejamento pós nasal com È um vírus que provoca surtos anuais em climas irritação da faringe ou traqueia. temperados, causa mais importante de bronquiolite. È um vírus de RNA, apresnetam glicoproteínas A frequencia de infecção dos vírus mais comuns dos transmembrana apresentadoras de epítopo. E duas resfriados resulta da grande diversidade de sorotipos, proteínas não estruturais que bloqueiam a atividade dificultando o processo de aquisição da resposta dos antiviral do interferon tipo I, também possui atividade anticorpos e memória imunológica. A suscetibilidade imunomodulatória. Há dois grupos principais A e B. dos resfriados decorre de processos imunológicos e predisposição genética, exposição prévia aos antígenos Fisiopatologia: Adentra mais comumente pelo nariz ou e estado geral de saúde. Os polimorfismos de lectina olhos e se dissemina pela via respiratória, entre os de ligação à manose e vários receptores toll-like achados se observa: infiltração peribronquiolar podem conferir uma suscetibilidade ou proteção linfocítica com edema, obstrução e necrose. parcial. As citocinas inflamatórias associadas à Manifestações clínicas: hiperemia conjuntival, gravidade da doença incluem vários interferon, rinorreia purulenta, tosse e febre. Com frequencia é interleucinas e outros fatores, que aumentam observado um quadro de otite média, associada a acentuadamente nas secreções nasais, mas que, em infecção bacterina secundária. Sibilos, roncos e geral, não mudam muito no soro. Outros fatores como estertores finos podem estar presentes, pode evoluir microbioma, influencias epigenéticas, saúde mental, para apnéia súbita em lactantes e insuficiência estresse, isolamento social, estilo emocional negativo e respiratória em adultos. história de eventos da vida estressantes podem, também, estar associados. Diagnóstico é clinico mas pode ser associado ao teste RT-PCR (polimerase com trasncrição reversa). O Manifestação clínica: incubação entre 2-8 dias, tratamento é via hidratação, oxigênio suplementar e sintomas entre 5-10 dias. Com frequência, o primeiro antibióticos se necessário. sintoma relatado consiste em dor ou irritação de garganta. Os espirros também constituem um sintoma Doença por parainfluenza: Representa um amplo espectro das doenças respiratórias, prevalente em crianças, repercute nas IVAS e otite média, bronquiolite e pneumonia. Constituídos por RNA de fita simples e envelopados. Existem 4 tipos de sorotipos do hPIV, este que apresenta proteínas responsáveis por fixação e penetração, sobretudo as HN e as F. Tropismo para células epiteliais ciliadas que revestem o sistema respiratório em superfície luminal. A formação de sincícios, que é observada em culturas celulares do vírus e nos pulmões de pacientes imunocomprometidos com pneumonia grave, não é Acima a estrutura do vírus da gripe, com seu segmento considerada importante nas infecções típicas de de RNA viral contido em envelope lipídico e cápsula indivíduos anteriormente saudáveis. matriz. Apresenta quatro tipos (A,B,C e D), é coberto por dois tipos de espículas de glicoproteína de Manifestação clínica diversa a depender da idade e do superfície, a hemaglutinina trimérica (H ou HA) e a sorotipo. Pode ocorrer comprometimento neuraminidase tetramérica em forma de cogumelo (N cardiopulmonar e distúrbios imunológicos. Os sinais e ou NA). sintomas: respiratórios superiores, notavelmente coriza, rinorreia, faringite sem adenopatia cervical e Os tipos de maior infecção em humanos são o B e C, febre baixa. muito embora exista alguns tipos do grupo A como H1, H2 e H3. A infecção ocorre por meio de secreções O crupe caracteriza-se por tosse ladrante rouca, respiratórias contendo o vírus e aerossóis, além de com estridor inspiratório notável, dispneia e outras vias, como, incluindo a contaminação pelas desconforto respiratório, chamada de “tosse de mãos de fômites com secreções, seguida de cachorro”. Esses sintomas, que geralmente são autoinoculação nos olhos ou no nariz. Pode ocorrer espasmódicos, resultam de inflamação e edema infecção por vírus aviários após contato direto com subglóticos. Em certas ocasiões, pode haver aves infectadas ou seus excrementos, exposição a desenvolvimento de estridor grave, tornando difícil a ambientes contaminados e aerossóis infecciosos, diferenciação da epiglotite causada por Haemophilus ingestão de alimentos malcozidos e, algumas vezes, influenzae tipo b. Em adultos o crupe é raro, mais inoculação na conjuntiva. comum encontrar a epiglotite, podendo estar associada a infecção bacteriana. A transmissão viral depende da fixação e replicação, esta mediante a ligação se sialssacarídeos no trato Pode ocorrer reinfecção, embora menos grave. O respiratório. A virulência é uma característica diagnóstico pode ser por meio do RT-PCR, testes de multigênica, variável entre as cepas e não ligada à imunoflorescência ou PCR., exames radiológicos transmissibilidade. Incubação é em média de 2-4 dias. também são utilizados. Tratamento por corticoides e A replicação e quantidade viral relaciona-se com a nebulização. gravidade da doença, em média ocorre contínua por 3- 5 duas, as respostas inatas são induzidas por receptores Influenza: toll-like e RIG-I, levam a produçaõ de INF, TL6 e Doença viral respiratória febril aguda com surtos TNF-alfa. anuais de gravidade variável. Infecta o sistema respiratório, altamente contagioso e com sinais Pode haver desenvolviemnto de infecção bacteriana produzidos desde o início da doença. Pode acarretar: secundária vide alteração de microbioma, dado da resfriados, faringite, traquibronquite, pneumonia e uma depuração mucociliar e dimunuição das funções dos variedade de complicações não respiratórias. polimorfonucleares e macrófagos. A imunidade humoral é específica ao subgrupo e articulado por meio de IgA, enquanto as respostas celulares são via TCD4 e TCD8. Manifestações clínicas: febre abrupta, calafrios, tremores, cefaleia, mialgia e MEG. Podem ser observados sintomas oculares como fotofobia, lacrimejamento, ardência e dor ao mover os olhos. Sintomas como tosse seca, rinorreia, obstrução nasal, faringite, rouquidão são precoces na doença. Há relatos Quando acomete o trato respiratório os sintomas são de diarreia e alterações intestinais, pacientes típicos de IVAs, podendo simular infecções da hospitalizados apresentam exacerbação de qualquer coqueluche. Em aspecto sistêmico, febres, MEG, doença cardiopulmonar, além disso, é frequente em calafrios, mialgia, cefaleia e dor abdominal podem idosos o sintoma de confusão mental. Ademais, é estar presentes. Observa-se também a ocorrência de perceptível as complicações respiratórias em tonsilite exsudativa e adenopatia cervical. Se esses decorrencia da gripe, contudo, outros órgãos e tecidos sinais e sintomas forem acompanhados de conjuntivite, podem ser lesados, a exemplo pode haver: linfopenia, a doença é designada como febre faringoconjuntival. A trombocitopenia, síndrome de sepse, insuficiência otite média é uma apresentação comum, renal aguda, miosite, aborto... particularmente entre lactentes com menos de 1 ano. A pneumonia viral por influenza primária grave e a Ademais, pode vir de aparecer infecções oculares, do síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) sistema digestório, geniturinário entre outras são associados incomuns. Após um início típico de manifestações. Portanto, o diagnóstico depende do influenza, os pacientes frequentemente apresentam tecido lesado e sintomas clínico, amostras de PCR tosse progressiva, dispneia, algumas vezes hemoptise e podem ter rendimento diagnóstico. até mesmo cianose nos primeiros 3 a 7 dias. Os infiltrados pulmonares bilaterais e a hipoxemia, que Coranavírus: frequentemente indicam SDRA, podem evoluir Pré-covid 2019: relacionados aos sintomas de rapidamente. A coloração do escarro pelo método de resfriados comuns, e em certas ocasiões causadores de Gram pode revelar uma quantidade abundante de doenças de trato respiratório inferior, destaca-se a leucócitos polimorfonucleares, porém com flora SARS e MERS. bacteriana escassa. O escarro e o aspirado endotraqueal habitualmente fornecem títulos elevados de vírus São um grupo de vírus de RNA de fita simples e influenza, porém as amostras das vias respiratórias sentido positivo, apresentam 4-5 proteínas estruturais, superiores são algumas vezes negativas, mesmo com 1 do envelope,1 de membrana,1 de nucleocapsídeo e ensaios de detecção do RNA viral. algumas vezes hemaglutinina-esterase [HE]. Infectam o trato respiratório, a replicação é pelas células que Quando o quadro desenvolve uma infecção secundária, expressem os receptores necessários a depender do apesar da melhora branda. Pode-se evoluir para uma tipo de vírus. É provável que a doença associada às pneumonia fulminante com a necessidade da terapia infecções por coronavírus resulte dos efeitos antimicrobiana. citopáticos do vírus e da resposta imune e inflamatória Diagnóstico: não pode ser distinguida de outras do hospedeiro à infecção viral. infecções virias, quando em casos de surtos altamente A gravidade da doença varia de acordo com o tipo de provável que seja influenza. Laboratorialmente, a vírion, geralmente, são sintomas de IVAS, a detecção do RNA viral por meio do NAAT. confirmação pode ser via PCR. Quanto a tratamento, A prevenção ocorre por meio da vacinação sazonal, existe apenas para a MERS e a SARS embora ainda sua vacina é do perfil inativada cultivada em ovo com não haja consenso sobre este. administração IM. O tratamento além do sintomático, COVID-19: é inalado para nariz e garganta, onde ataca consiste em: osetamivir (2x dia 75mg), ou baloxavir as células epiteliais nasais e brônquicas e se liga à (dose única), ou zanamivir (inalado, 10mg 2x) entre enzima conversora da angiotensina 2 (ACE-2). Vale-se outras opções. dizer, que tal enzima provem um receptor de superfície e atua no controle de P.A, sendo mais frequente com mais idade, é bem expressa em pulmões, rins, sistema Adenovírus: digestório e células epiteliais vasculares e etc. Um Apresentam material em DNA, não envelopados e prerrequisito para a penetração do SARS-CoV-2 nas divididos em 7 espécies, suscetíveis pela boca, células é a clivagem da glicoproteína S (spike) em dois nasofaringe ou conjuntiva ocular. O dano celular é locais por proteases celulares, incluindo a perceptível em virtude do modo de invasão, o tropismo serinoprotease 2 transmembrana (TMPRSS2), é voltado para células epiteliais descamadas que atividade exacerbada por ação androgênica. Outros induzem a hipertrofia do tecido linfático regional e dos fatores como erros em interferon tipo I, mudanças centros germinativos proliferativos. Tanto aspectos da genéticas em 3p21 e TYK2 aumentam a imunidade inata quanto adaptativa são importantes suscetibilidade de infecção. para o aspecto patológico, dentre os quais, destaca-se: A resposta inflamatória é intensa e se propaga em IL1, IL6, IL8, IL12, TCD4, TCD8, TNF e INF-gama. direção ao pulmão, sendo associada a edema alveolar e síndrome de angústia respiratória aguda (SARA). A sempre há sinais de comprometimento pulmonar e inflamação se estende para outros tecidos com ACE2, febre, e alteração do estado mental pode ser sinal levando a um quadro generalizado. precoce da infecção. Se o paciente não for tratado, a doença, comprometendo um único lobo, pode Após um período de incubação médio de 5 dias, mas progredir para o comprometimento multilobar. Com ocasionalmente de até 14, surgem sinais e/ou sintomas frequência, pode ser obtida história de doença das vias que incluem febre, tosse, dispneia, alterações do respiratórias superiores ou de virose recente, que surge paladar e do olfato, fadiga, mialgias, queixas antes do aparecimento da pneumonia clínica, gastrintestinais, calafrios, cefaleia e dor de garganta. sobretudo durante os meses de inverno, quando a Alguns pacientes apresentam erupções cutâneas, influenza é comum. rinorreia e conjuntivite. De modo geral, portadores assintomáticos, que podem transmitir a infecção, Exame físico: taquipneia, uso de músculos acessórios desenvolvem posteriormente sintomas,13d mas 30 a para respiração, dor pelurática, febre e taquicardia. 40% das pessoas infectadas permanecem Pode haver hipotensão, com alterações em exame assintomáticas pulmonar. Manifestações extrapulmonares: infarto do Os agentes virais se destacam a gripe e o COVID- miocárdio, miocardite, arritmia, convulsões, 19, adenovírus, parainfluenza, varicela-zóster e mioclonia, encefalite, anosmia, diarreia, delirium, sarampo. Já as bactérias, estudos demonstraram que lesão renal... Streptococcus pneumoniae continua sendo o agente mais frequente das pneumonias comunitárias, tanto Diagnóstico: fundamenta-se no PCR, outros achados aquelas tratadas em regime domiciliar, como em também se mostram como linfocitopenia, leucopenia, pacientes que precisam ser internados. Por sua vez, trombocitopenia, níveis elevados de dímero D, Mycoplasma pneumoniae e Chlamydophila proteína C reativa, desidrogenase láctica (LDH) e pneumoniae são frequentes em adultos jovens. Em creatinoquinase; até 50% dos pacientes hospitalizados idosos, alta prevalência, infecções por H. influenzae, S. apresentam níveis anormais de enzimas hepática. aureus e K. pneumoniae devem ser lembradas. Radiografia com opacificação progressiva em vidro fosco. Além da detecção de anticorpos. Os fatores de risco são: imunocomprometimento, bronquite crônica, asma, cardiopatias, desnutrição, Tratamento: sintomático, anti-inflamatório. Ainda em infeção por H. influenzae e Moraxella catarrhalis. estudos outras vias medicamentosas, como prevenção medidas de higiene e vacinação. A decisão quanto ao tratamento depende do agente agressor, para o uso adequado dos antibióticos. Para Pneumonias avaliação usa-se o escroe CURN-65 que indica a Da comunidade: associadas a alta morbimoratalidade, gravidade do estado geral ( C = confusão mental; U = sobretudo, em idosos. Relaciona-se a 30% das causas dosagem de ureia acima de 50 mg/dℓ; R = frequência de morte em UTI, com 40 mil mortes no Brasil. respiratória ≥ 30 incursões por minuto; B = pressão Pneumonias podem ser de origem viral ou bactéria, a arterial sistólica < 90 mmHg, ou diastólica ≤ 60 segunda bem detectável em raios X de tórax. mmHg; e 65 = idade maior que 65 anos). Outros Geralmente, os acahados radiográficos: opacificação critérios como o Fine, também, estratificam o risco. em vidro fosco, consolidação, envolvimento bilateral e distribuição periférica e difusa. Exames complementares: hemograma, glicemia, ureia e creatinina, eletrólitos, proteínas totais, tempo de Quadro clínico: aparecimento de tosse, calafrios, febre tromboplastina parcial ativado e gasometria arterial. alta (até 40°C), mialgias, taquipneia, respiração Sempre que possível, deve-se realizar a oximetria de superficial, taquicardia, fraqueza e, com frequência, pulso nos pacientes atendidos com pneumonia. Esse calafrios. Inicialmente, a tosse pode ser pouco exame estima com segurança a oxigenação, servindo produtiva, com escarro escasso mucopurulento ou como triagem para se indicar ou não a realização da estrias de sangue; mais tarde (depois de 48 a 72 horas), gasometria arterial. Entre as provas inflamatórias, a o escarro pode se tornar espesso, purulento ou com proteína C reativa (PCR) e a procalcitonina são as que coloração ferruginosa. Dor pleurítica é evidência têm sido mais estudas em pacientes com PAC. clínica específica de que a pneumonia é provavelmente bacteriana e, na vigência da maioria dos achados Diagnóstico: anteriores, provavelmente pneumocócica ou Sintomas: expectoração, dispneia, dor torácica, estafilocócica. O paciente com pneumonia bacteriana achados em exame físico e manifestações pode estar desidratado e hipotenso. Em geral, queixa- sistêmicas se de anorexia, náuseas e vômito. No idoso, nem Radiografia de tórax Estudo do escarro As pneumonias hospitalares podem ser classificadas Pesquisa de antígenos urinários em: Biologia molecular •Pneumonia adquirida no hospital (HAP/PH): após 48 Tratamento: Em regime empírico se considera a horas de internação ou mais, sem que estivesse em infecção por Streptococcus pneumoniae (agente mais incubação no período da admissão frequente tanto de pneumonias leves como graves, que •Pneumonia associada à ventilação mecânica requerem internação), Haemophilus influenzae e (VAP/PAV): mais de 48 horas após entubação Moraxella catarrhalis. orotraqueal (IOT) Usando da associação de marolídeo ou amoxicilina •Pneumonia relacionada com a assistência à saúde para adultos jovens, cefalosporinas para idosos. Em (HCAP/PAAS): institucionalizados ou internação casos de internação, usa-se ceftriaxona + macrolídeo e prévia há 3 meses; curativos em ferida nos últimos 30 em caso aspirativo. Clindamicina associada a dias e aqueles em programas de hemodiálise. ceftriaxona. Existem outras especificidades em de acordo com o tipo de infecção. Geralmente, a etiologia é bacteriana, diverge-se um tanto quando os agentes da PAC. Outro ponto é a Infecções virais, sobretudo por influenza, devem ser existencia de agentes multirresistentes dificultando o avaliadas nas pneumonias graves e a instituição do tratamento que em sua grande é empírico. tratamento com antivirais, como oseltamivir, deve ser precoce. A hipótese de infecção por influenza deve ser analisada, principalmente, em portadores de enfermidades crônicas pulmonares, cardiovasculares, renais, hepáticas, hematológicas e metabólicas, adultos imunodeprimidos e gestantes. Diagnóstico diferencial de tuberculose ou pneumocistose a PAC. Usa-se da vacina antipneumocócica em pacientes com alto risco de adquirir a doença, além da vacinação contra os agentes virais.
Assistência à saúde: são as pneumonias hospitalares,
ocorre pela microaspiração de microrganismos que colonizem a orofaringe ou por inalação de aerossóis contendo vírus, bactérias, fungos e, menos Obs. Ao abordar sobre as PAV é necessário tem em frequentemente, pela disseminação hematogênica a mente as medidas de prevenção, vigilância e educação partir de foco infeccioso distante. A resposta da equipe de saúde. imunológia após contato é ineficaz, geralmente, ocorre em pacientes graves e com agentes virulentos ou oportunista.
O diagnóstico é dado por sians e sintomas, somados as
evidências radiológicas. Adicionalmente, para diagnósticos diferenciais pode ser utilizado métodos invasicos como biopisa e escovado de broncoalveolar, além dos testes laboratorias.