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Índice

Introdução............................................................................................................................ 2

1. Faringoamigdalite.......................................................................................................... 3

1.1. Epidemiologia da faringoamigdalite............................................................................3

1.2. Transmissão...............................................................................................................3

2. Etiologia......................................................................................................................... 3

3. Quadro clínico da faringoamigdalite..............................................................................3

3.1.1. Viral......................................................................................................................... 4

3.1.2. Mononucleose Infecciosa........................................................................................4

3.1.3. Estreptocócica.........................................................................................................4

3.1.4. Complicações..........................................................................................................5

3.1.5. Diagnóstico da faringoamigdalite............................................................................5

3.1.6. Tratamento da Faringoamigdalite...........................................................................5

4. Patogenia.......................................................................................................................5

Conclusão............................................................................................................................ 7

Referências bibliográficas.................................................................................................... 8
Introdução

A faringoamigdalite aguda é um dos diagnósticos mais frequentemente realizado pelos


pediatras. Esta entidade é na sua grande maioria de etiologia viral no entanto, 15 a 20% é
de etiologia bacteriana, sendo esta última a que mais preocupa os clínicos pelo seu risco
de complicações.

É importante salientar que de acordo com vários autores a distinção clínica da etiologia
viral ou bacteriana da faringoamigdalite é por vezes bastante difícil.

Objectivo geral: avaliar a presença de concordância entre os dados clínicos recolhidos


durante o estudo e os obtidos após a pesquisa bibliográfica.

Objectivos específicos:

 Conhecer a definição e o agente etiológico da faringoamigdalite;


 Saber a Virulência e epidemiologia da doença;
 Identificar os sinais, sintomas e transmissão da doença;

E nas duas últimas páginas serão apresentadas as conclusões e as respectivas


referências bibliográficas deste trabalho.

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1. Faringoamigdalite

As infecções das vias aéreas superiores (IVAS) são um dos agravos mais corriqueiros em
atendimento médico, principalmente no meio pediátrico, mas também com grande
importância na população adulta, tanto na atenção primária, como na emergência.

A faringotonsilite é um grupo de doenças inflamatórias e infecciosas que acometem a


faringe, as tonsilas palatinas e as tonsilas faríngeas, sendo um dos principais distúrbios
encontrados em ambulatórios de otorrinolaringologia, sendo popularmente conhecidas
como “amigdalites” ou “dor de garganta”.

1.1. Epidemiologia da faringoamigdalite

As faringotonsilites representam cerca de 15% de todas as consultas médicas de atenção


primária. Mais comuns na infância, têm seu pico de incidência no inverno e primavera,
podendo variar entre quadros leves e intensos.

1.2. Transmissão

A transmissão ocorre por gotículas de saliva e tem período de incubação de cerca de 1 a


4 dias.

2. Etiologia

A etiologia é bastante variada, podendo ser viral, bacteriana ou não infecciosa. As


infecções de etiologia viral (sobretudo o Rinovírus) representam cerca de 75% dos casos
em menores de 3 anos e diminuem após a puberdade. No Brasil, 20-30%% das
faringotonsilites em crianças entre 2 e 12 anos são causadas por estrectococo beta-
hemolítico do grupo A (EBHGA).

3. Quadro clínico da faringoamigdalite

As manifestações clínicas estão imitimamente relacionadas à etiologia: estreptocócica ou


não-estreptocócica.

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3.1.1.Viral

As faringotonsilites de etiologia viral apresentam um quadro clínico de leve intensidade


com dor faríngea, disfagia, tosse, febre baixa, coriza hialina, espirros e mialgia. Ao exame
físico se observa hiperemia e edema de faringe e tonsilas palatinas, podendo ter,
raramente, presença de exsudato. Linfadenomegalia cervical também é comum. Costuma
ser uma infecção autolimitada com resolução espontânea em após cerca de 7 dias.

3.1.2.Mononucleose Infecciosa

A mononucleose infecciosa é uma faringotonsilite causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV),


que tem potencial para evoluir para doença sistêmica. O EBV tem tropismo pelos
linfócitos B e pelas células epiteliais da faringe e glândulas salivares. Ocorre principal-
mente na faixa etária de pré-adolescentes até adultos jovens. Sua tríade clássica é
marcada por febre, faringite e poliadenopatia. A febre pode ser alta, persistente e
acompanhada de fadiga e astenia.

Ao exame físico se observa eritema e edema tonsilar com presença de exsudato e


presença de poliadenopatia dolorosa difusa. Geralmente, os sintomas duram poucas
semanas, sendo a adenomegalia e a fadiga os de maior duração, podendo durar por até 6
meses. Casos mais graves podem evoluir com hepatoesplenomegalia, edema
periórbitário e meningite.

3.1.3. Estreptocócica

A faringoamigdalite estreptocócica apresenta como principal sintomatologia a dor faríngea


de início súbito, odinofagia, e otalgia reflexa. O paciente apresenta febre de intensidade
variável que pode estar associada à queda do estado geral.

Ao exame físico é observado hiperemia e edema tonsilar, com exsudato purulento e


adenomegalia em cadeia jugulo-digástrica. Sinais que sugerem maior envolvimento das
vias aéreas superiores, como secreção nasal e espirros, não são comumente
encontrados.

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3.1.4.Complicações

A faringotonsilite estreptocócica pode trazer, além de complicações supurativas como


abscesso periamigdaliano e parafaríngeo, complicações não supurativas tardias como
febre reumática e glomerulonefrite difusa aguda.

3.1.5.Diagnóstico da faringoamigdalite

O diagnóstico da faringotonsilite é basicamente clínico, baseado na história clínica e nos


achados de exame físico. No entanto, os achados na doença estreptocócica e na não-
estreptocócica são parecidos, dificultando a identificação clara da etiologia. Quando de há
dúvida da etiologia, alguns testes podem ser realizados, como a cultura de orofaringe
(padrão-ouro) e o teste rápido através do método de ELISA.

3.1.6.Tratamento da Faringoamigdalite

Em infecções virais, o tratamento não é específico, sendo baseado em sintomáticos, para


alívio da dor. Utiliza-se, então, analgésicos simples e anti-inflamatórios.

Havendo diagnóstico de infecção por EBHGA faz-se necessário o uso de antimicrobiano


para encurtar a fase aguda e diminuir o risco de infecção. As drogas de primeira escolha
são penicilina V oral na dose de 250 mg, 4X/dia ou 500 mg, 2X/dia, por 10 dias em
adolescentes e adultos ou amoxicilina oral na dose de 50 mg/Kg/dia, 1X/dia (máximo de
1000 mg/dia) ou 25 mg/Kg/dose (máximo de 500 mg/dose), 2X/dia , por 10 dias. Existe
também a opção de penicilina G benzatina intramuscular na dose de 1.200.000 UI em
adultos, dose única.

A exérese cirúrgica da tonsila palatina pode ser indicada em algumas situações, como 7
ou mais episódios de faringotonsilite em 1 ano ou 5 ou mais episódios por ano em 2 anos
consecutivos.

4. Patogenia

O Streptococcus pyogenes é importante patogeneo extracelular gram positivo. Em 1930


Rebecca Lancefield correlacionou os diferentes quadros infecciosos com diferentes
serotipos em prol de um melhor entendimento da patogenicidade do Streptococcus
pyogenes, através de um sistema de identificação das diferenças imunológicas dos

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constituintes polissacarideos da parede celular. Esta descoberta levou a correlacionar-se
o serogrupo A como responsável pela faringite, pioderma e sequelas não supurativas.

Os grandes responsáveis pelos efeitos patogénicos denominados factores de virulência,


são divididos em dois grupos. O primeiro é composto pelos constituintes celulares, os
factores de virulência intrínsecos em que se destaca a proteína M, o acido hilauronico, o
acido lipoproteico, a proteína F, o factor de opacidade do soro e a proteína T. é importante
salientar a proteína M porque é o maior factor de virulência do Streptococcus pyogenes,
dependendo desta proteína para iniciar o processo de doença e sua capacidade invasiva.
Os diversos mecanismos moleculares pelos quais a proteína M promove a patogenese
são significativamente complexos, no entanto, em diversos estudos realizados em
indivíduos portadores crónicos na mucosa faríngea, os Streptococcus pyogenes isolados
continham pouca ou mesmo nenhuma quantidade de proteína M sendo que, após a
infecção, é adquirida imunidade específica a longo prazo. Assim esta proteína tem tido
bastante importância em estudos epidemologicos.

A transmissão deste patogeneo dá-se pelo contacto interpessoal através de grandes


gotículas respiratórias, sendo assim, em locais como escolas, infantários, lares e
dormitórios aumenta exponencialmente o risco de transmissão. Ainda assim esta não é a
única via de transmissão documentada, existindo casos de contágio através da comida e
da água. Os fomites e os animais domésticos não estão documentados como vectores de
transmissão.

O contágio ocorre durante a infeccao aguda, decrescendo gradualmente num período de


algumas semanas em doentes não tratados. No entanto, em doentes que foi administrado
terapia antimicrobiana adequada, o risco de contagio ocorre nas primeiras 24 horas de
antibioterapia.

O estado de portador nasofaringeo assintomático é bastante frequente, enccontrando-se


entre os 5 e os 21% em doentes com idades compreendidas entre os 3 e os 15 anos de
idade. A definição aceite para este termo relaciona-se com a observação de um indivíduo
assintomático com cultura agar-sangue positiva e nenhuma resposta serológica ou ainda
assintomático com cultura positiva após um curso apropriado de antibióticos.

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Conclusão

Perante as pesquisas concluímos o trabalho onde verificamos que a distinção clínica da


faringoamigdalite é bastante difícil sendo baseada unicamente pelo quadro clínico. É
necessária a utilização de exames auxiliares de diagnóstico bastante sensíveis e
específicos e que demorem tempo para darem o resultado.

Palavras-chaves: faringoamigdalite, clínica, exames auxiliares de diagnostico,


antibioterapia.

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Referências bibliográficas

Herendeen NE, Szilagy PG. Infections of the upper respiratory tract. In: Behrman RE,
Kliegman RM, Jenson HB, editores.

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2000.p.1261-66.

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Orientacoes técnicas da direcao de saúde. Urgências no ambulatório em idade pediátrica.


2005; 14(2).

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https://www.google.com/url?
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faringoamigdalite&usg=AOvVaw03VBQvODsdOvMMbrzRDf6o

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