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● CARACTERÍSTICAS DA ORIGEM BACTERIANA: início súbito, febre maior que 38ºC, dor de
garganta, hiperemia, hipertrofia e exsudato tonsilar, linfoadenopatia cervical anterior e subângulo
mandibular dolorosa.
● Obs.: em doença causada por estreptcoco não costumamos ter sinais nas vias aéreas superiores( coriza e
espirros)
● Diagnóstico:
● Tem uma sobreposição muito grande de sinais e sintomas entre faringotonsilites estreptocócicas e virais.
● Apenas pela observação clínica e epidemiológica, é mais difícil diagnosticar a bactéria EBHGA, já
infecçãoes causadas por vírus são um pouco mais fáceis pq elas são bem mais características (febre,
conjuntivite, tosse, rouquidão, coriza, exantema e diarreia sugere mais uma etiologia viral).
● Cultura da orofaringe: padrão ouro para infecção por EBHGA e tem sensibilidade de 90-97%. Cuidado
deve ser exercido para que o material seja obtido das duas tonsilas palatinas e da parede posterior da
faringe, sem tocar em outros locais da cavidade oral. A maior desvantagem do método reside no tempo
necessário (20-48 horas) para a obtenção do resultado.
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● Aqui ainda temos exantema escarlatiniforme
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● O teste rápido de detecção do antígeno estreptocócico é um método adequado com especificidade de
95% e sensibilidade entre 80-90%.
● Um resultado positivo de teste rápido não exige cultura e já nos permite iniciar um tratamento.
● Em jovens e adolescentes, mesmo que o resultado dê negativo NÓS PEDIMOS CULTURA e não
excluímos a possibilidade de ser uma bactéria estreptocócica !!
● Em adulto, como temos uma incidência baixa de faringotonsilite por EBHGA, se deu negativo, a gente
aceita.
● O teste é bom porque é rápido, mas é ruim porque é caro.
● As complicações de infecções por EBHGA são classificadas em supurativas e não supurativas.
● Complicações não supurativas: febre reumática (rara em adultos) e glomerulonefrite
● Complicações supurativas: abscesso peritonsilar, abscesso retrofaríngeo e adenite/abscesso cervical.
É autolimitada e não deixa sequelas. Manifestase na infância, entre 1 e 5 anos de idade, e seu quadro
clínico inclui febre, que se apresenta em intervalos de 2-8 semanas, com duração de 3-5 dias,
acompanhada de faringite, úlceras na mucosa oral e adenite cervical. Tosse e coriza não estão presentes
e sugerem outra patologia. O diagnóstico é clínico, após a exclusão de outras doenças, podendo ser
confirmado pelo desaparecimento rápido (em algumas horas) da febre após uma dose única de
prednisona ou prednisolona (1 mg/kg em dose única, no primeiro dia de febre).
● Tratamento Clínico
1) Faringotonsilites virais
Alívio dos sintomas com analgésicos/antitérmicos e hidratação. Paracetamol, ibuprofeno e dipirona são
opções de eficiência semelhante no combate à dor e à febre. Alguns autores sugerem que, em crianças maiores
de 5 anos de idade, uma dose única de corticosteroide oral é efetiva no combate à dor e superior a placebo, sem
apresentar uma incidência de efeitos adversos maior. Mas nem tem tanta comprovação de que o corticosteroide
é melhor do que os outros remédios. Orienta-se para uma reavaliação clínica em 48-72 horas nos casos em que
não houver remissão da febre.
2) Faringotonsilites bacterianas
O tratamento com antimicrobianos encurta a fase aguda da doença, diminui o potencial de transmissão e
reduz o risco de sequelas supurativas e não supurativas associadas às infecções por EBHGA. O emprego
correto de antibacterianos até 9 dias após o início do quadro infeccioso é capaz de impedir a febre reumática.
Dessa forma, na impossibilidade de efetuar exame cultural ou teste rápido de detecção do antígeno
estreptocócico (conduta ideal), recomenda-se reavaliar em 48-72 horas todo paciente com quadro clínico de
faringotonsilite aguda.
Os antibióticos de primeira escolha são a penicilina e a amoxicilina. Para prevenir a febre reumática, a
penicilina ou a amoxicilina devem ser administradas oralmente por 10 dias, inclusive quando o paciente ficar
assintomático após os primeiros dias de tratamento. A penicilina G benzatina por via intramuscular está
indicada para os que não aderem ao tratamento oral pelo prazo recomendado.
● Tratamento cirúrgico
● Já as adenoides (tonsilas faríngeas) têm seu grau de obstrução definido com o endoscópio flexível
ou pela radiografia de cavum, lembrando que a exposição ao raio x deve ser evitada tanto quanto
possível. A endoscopia também apresenta a vantagem de conferir um aspecto dinâmico ao exame, pois
auxilia na diferenciação entre uma hiperplasia significativa pura e aquela que é simplesmente
exacerbada por uma reação inflamatória aguda.
● São suficientes a história e o exame físico cuidadosos para definir a indicação cirúrgica, sem o
auxílio do padrão ouro para o diagnóstico de SAOS que é a polissonografia. Ronco noturno não
confirma nem exclui distúrbios respiratórios significativos durante o sono, e, em situações não bem
definidas, a polissonografia auxilia na graduação da gravidade da doença e na correlação entre os
sintomas e as alterações no sono, permitindo a indicação ou não do procedimento cirúrgico.
● Para faringotonsilites recorrentes: Diretrizes atualizadas recomendam o procedimento para crianças
que atendam aos critérios de Paradise, isto é: infecções recorrentes, caso elas se repitam mais que 7
vezes ao ano, ou 5 vezes por ano nos últimos 2 anos, ou 3 vezes anuais nos últimos 3 anos e que se
acompanharam de uma ou mais das seguintes manifestações ou testes: febre > 38º C, adenopatia
cervical dolorosa, exsudato tonsilar ou teste positivo para EBHGA, seja ele teste rápido ou exame
cultural.
● Contraindicações da cirurgia: Além dos riscos inerentes ao ato cirúrgico, provavelmente apenas
coagulopatias significativas representam uma contraindicação não absoluta à tonsilectomia, pela
possibilidade maior de hemorragia após o procedimento.