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CENTRO UNIVERSITARIO MAURICIO DE NASSAU

CURSO DE ENFERMAGEM

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CLIENTE COM INSUFICIÊNCIA


RESPIRATÓRIA E EDEMA AGUDO DE PULMÃO

Gabrielli Alves da Silva


João Victor Oliveira Sousa
Julianne do Nascimento Lima
Nayra Gabrielle de Oliveira Rocha
Yanka Brito Nery Cruz

TERESINA – PI
MAIO/2022
Gabrielli Alves da Silva
João Victor Oliveira Sousa
Julianne do Nascimento Lima
Nayra Gabrielle de Oliveira Rocha
Yanka Brito Nery Cruz

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CLIENTE COM INSUFICIÊNCIA


RESPIRATÓRIA E EDEMA AGUDO DE PULMÃO

Trabalho apresentado ao Centro Universitário Mauricio


de Nassau como requisito da disciplina Cuidado Integral
a Saúde do Adulto I, sob a orientação da Prof.ª MS
Andréia Karla de Carvalho Barbosa Cavalcante.

TERESINA – PI
MAIO/2022
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO………………………………………………………………………03
OBJETIVO…………………………………………………………………………...07
METODOLOGIA……………………………………………………………………07
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE……………………………………………......07
HISTÓRIA DO PACIENTE…………………………………………………….......07
EXAME MÉDICOS SOLICITADOS……………………………………………...09
PRESCRIÇÃO MÉDICA………………………………………………………...…10
FARMACOLÓGIA…………………………………………………………………13
PLANO DE CUIDADO DE ENFERMAGEM…………………………………....22
EVOLUÇÕES/PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM…………………………....25
PLANO DE ALTA……………………………………………………………....….27
AVALIAÇÃO DO PLANO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM…………….27
CONCLUSÃO……………………………………………………………………....27
REFERÊNCIAS………………………………………………………………….....28
INTRODUÇÃO
A insuficiência respiratória é um distúrbio no qual o nível de oxigênio no sangue fica
perigosamente baixo ou o nível de dióxido de carbono no sangue fica perigosamente alto,
obstruindo as vias aéreas, lesionando o tecido pulmonar, enfraquecendo os músculos que
controlam a respiração ou reduzem a força respiratória podendo causar a insuficiência
pulmonar.

CLASSIFICAÇÃO
Existem dois tipos principais de insuficiência respiratória:
Insuficiência Respiratória Aguda: surge repentinamente devido a obstrução das
vias respiratórias, acidentes de trânsito, abuso de drogas ou AVC, por exemplo;
Insuficiência Respiratória Crônica: surge ao longo do tempo devido a outras
doenças crônicas, como DPOC, impedindo a realização de atividades diárias, como subir
escadas, sem sentir falta de ar.
E está baseada nos mecanismos de hipoxemia e hipercapnia, a insuficiência
respiratória aguda pode ser classificada como tipo I e tipo II.

Tipo I (falência de oxigenação ou hipoxêmica) PaO2 < 60 mmHg


Condições onde a ventilação é normal, sendo a hipoxemia secundária a alteração
ventilação/perfusão (V/Q), shunt ou defeito de difusão. Gasometricamente há hipoxemia, sem
retenção de gás carbônico. A PaCO2 pode estar até mesmo baixa, pois há uma tentativa de
compensar a hipoxemia com hiperventilação.

Tipo II (falência de ventilação ou hipercápnica) PCO2 > 45 mmHg


Condições onde as alterações nas trocas gasosas decorrem de hiperventilação,
gasometricamente há hipoxemia e hipercapnia.
FISIOPATOLOGIA
Na insuficiência respiratória aguda os pulmões são incapazes de realizar as trocas
gasosas de forma adequada, e há vários mecanismos envolvidos nesse processo. A troca gasosa
adequada depende do funcionamento de diferentes etapas relacionadas a diferentes
componentes do sistema respiratório. Vejamos cada uma dessas etapas, a ventilação, a perfusão,
a relação ventilação/perfusão e a difusão a seguir.

Ventilação
É o processo responsável pela renovação do gás alveolar, resulta de um uma ação
integrada entre o centro respiratório, localizado no sistema nervoso central, vias nervosas que
inervam os músculos respiratórios, caixa torácica (estrutura osteomuscular) e os pulmões.
Alterações na ventilação levam ao prejuízo do aporte de oxigênio e eliminação de
CO2 e podem ocorrer em situações que provoquem alteração da elasticidade pulmonar (Ex:
enfisema), obstrução alveolar (Ex: asma), modificações na expansibilidade pulmonar (presença
de secreção, tumor ou fibrose na parede alveolar) ou ainda diminuição da frequência respiratória
(acometimento do sistema nervoso, deformidades da caixa torácica e/ou músculos
respiratórios).

Perfusão
Os pulmões são bastante irrigados pela corrente sanguínea, sendo que os pequenos
vasos são os responsáveis pela sua atividade funcional, ou seja, pelas trocas gasosas. A perfusão
pulmonar pode ser alterada por obstrução do vaso sanguíneo (doenças tromboembólicas, por
exemplo), redução dos capilares pulmonares (enfisema).

Relevação ventilação/perfusão (V/Q)


Para que as trocas gasosas se processem adequadamente, deve haver uma relação
adequada entre os alvéolos ventilados e a perfusão dos capilares correspondentes. Ou seja, os
valores finais da PaCO2 e da PaO2 resultam em interações entre a ventilação alveolar e o fluxo
sanguíneo, sendo que a relação V/Q é maior nos ápices pulmonares. O espaço morto pulmonar
é caracterizado por alvéolos ventilados, mas não perfundidos, já a situação oposta é chamada
de shunt, ou seja, quando há alvéolos não ventilados, mas perfundidos adequadamente.
As alterações na relação V/Q são as causas mais comuns de distúrbios das trocas
gasosas. Quadros graves de hipoxemia arterial, a qual é caracterizada pela baixa concentração
de oxigênio arterial, como ocorre em pneumonias extensas, é consequência da presença de áreas
de shunts.

Difusão
É a troca gasosa entre o ar no interior do alvéolo e o sangue no interior do capilar
pulmonar, por difusão passiva através da membrana alvéolo-capilar. A difusão ocorre pela
diferença de concentração do oxigênio, que é maior no alvéolo do que no capilar, e do gás
carbônico, maior no capilar do que no alvéolo. Diferentes fatores podem alterar a capacidade
de difusão pulmonar, tais como o espessamento e alteração da composição da membrana
alveolocapilar (ex: doença intersticial pulmonar) ou a redução da superfície da membrana
alveolocapilar (observado no enfisema).

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Independente da sua classificação ou tipo a Insuficiência Respiratória podem causar
sintomas bastantes semelhantes uns aos outros. Os baixos níveis de oxigênio no sangue podem
causar a falta de ar e resultar em uma coloração azulada da pele (cianose). Baixos níveis de
oxigênio, altos níveis de dióxido de carbono e um aumento da acidez no sangue causam
confusão e sonolência.
Se a respiração for normal, o corpo tenta se livrar do dióxido de carbono através de
uma respiração profunda e rápida. Entretanto, se os pulmões não funcionam normalmente, este
padrão respiratório pode não ajudar. Por fim, o cérebro e o coração apresentam mau
funcionamento, resultando em sonolência (levando, por vezes, à inconsciência) e ritmos
cardíacos anormais (arritmias), sendo que ambos os quadros clínicos podem levar à morte.
Os sintomas podem surgir lentamente ou de forma intensa, de uma hora para a outra.
Neste caso, a condição geralmente é provocada por acidentes de trânsitos, overdoses causadas
pelo uso de drogas ou derrames, por exemplo.
FATORES DE RISCO
Fatores que podem desencadear insuficiência respiratória são obesidade, apneia do
sono, doença pulmonar preexistentes seriam fatores independentes para insuficiência
respiratória com uma taxa de 9,3%.
Algumas séries demostraram que reconstruções da parede abdominal para correção
de hérnia ventral possui risco de 16 a 20% para insuficiência respiratória necessitando de
intubação e todos as comorbidades associadas como:
 Tabagismo
 Pouca idade
 Idade avançada
 Infecção pulmonar

COMPLICAÇÕES
As principais complicações da insuficiência respiratória incluem coma, parada
respiratória ou parada.

DIAGNÓSTICO
Diagnóstico de insuficiência respiratória geralmente é feita pelo clínico geral ou
pneumologista, mas também pode ser feito pelo cardiologista quando surge como consequência
de alguma alteração cardíaca. Na maior parte dos casos, esse diagnóstico pode ser feito apenas
com a avaliação dos sintomas, do histórico clínico da pessoa e monitorização dos seus sinais
vitais, mas também podem ser usados exames de sangue, como a gasometria, para avaliar as
quantidades de oxigênio e dióxido de carbono.
Um exame feito em uma amostra de sangue retirado de uma artéria confirma o
diagnóstico de insuficiência respiratória quando exibe níveis perigosamente baixos de oxigênio
e/ou níveis perigosamente altos de dióxido de carbono. Quando não existe uma causa aparente
para o surgimento da insuficiência, o médico pode ainda pedir um raio X do tórax para
identificar se existe algum problema pulmonar que possa estar causando a alteração.
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
O edema agudo de pulmão (EAP) é uma síndrome clínica que pode ser definida como
um acúmulo de líquido extravasado dos capilares para o interstício pulmonar, capaz de causar
dificuldade para o acontecimento das trocas gasosas entre o capilar e os alvéolos pulmonares.
Pode ser identificado no paciente quando este apresenta um aumento na pressão
capilar pulmonar e, consequentemente, aumento de líquido no espaço intersticial e alveolar do
pulmão. Esse quadro gera no paciente dispneia súbita e intensa ao repouso, com saturação de
O2 menor que 90% à respiração ambiente (hipoxemia), diminuição da complacência pulmonar,
trabalho respiratório aumentado e relação ventilação-perfusão anormal.

FISIOPATOLOGIA
O edema alveolar é decorrente do aumento agudo da pressão hidrostática no capilar
pulmonar e tem proteínas em menor concentração que o plasma. Sua resolução costuma ser
rápida, já que habitualmente não há dano na barreira epitélio-alveolar.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Os pacientes desenvolvem dispneia intensa, inquietação e ansiedade, além de
sensação de sufocação. São comuns tosse produtiva com expectoração sanguinolenta, palidez,
cianose, diaforese intensa; alguns pacientes espumam pela boca. A hemoptise evidente é
incomum. O pulso é rápido e de baixo volume e a pressão arterial é variável. A hipertensão
acentuada indica a existência de reserva cardíaca significativa e a hipotensão com pressão
arterial sistólica < 100 mg Hg é um mau sinal.
A dispersão dos estertores finos inspiratórios é ampla anterior e posteriormente em
ambos os campos pulmonares. Podem ocorrer sibilos intensos (asma cardíaca). Os esforços
respiratórios ruidosos geralmente dificultam a ausculta cardíaca, mas é possível auscultar
galope de soma, ou seja, a fusão de B3 e B4. Podem-se evidenciar sinais de insuficiência
ventrículo direito (p. ex., distensão das veias do pescoço e edema periférico).

FATORES DE RISCOS
Sair do nível do mar e atingir altitudes elevadas em pouco tempo. Praticar esforço
físico em altas altitudes sem se dar o devido tempo de aclimatação. Viajar para altitudes
elevadas já tendo histórico de problemas cardíacos, diabetes, DPOC, tuberculose, apneia do
sono, infecções virais, o uso de drogas, a inalação de fumaça e a exposição brusca a altitudes.
COMPLICAÇÕES
Hipóxia (baixa concentração dos níveis de oxigênio nos tecidos do corpo), síndrome
do desconforto respiratório agudo, hipertensão pulmonar secundária e derrame pleural são
complicações graves do edema pulmonar, que podem ser fatais.

DIAGNÓSTICO
Dado que o edema pulmonar requer tratamento imediato, será inicialmente
diagnosticado com base nos sintomas, num exame físico e num Raio X ao tórax. Poderá ser
realizada uma análise ao sangue – habitualmente a partir da artéria no pulso – para verificar o
nível de oxigênio e dióxido de carbono que contém (gasometria). Também serão verificados os
níveis de peptídeo natriurético tipo B (BNT) no sangue. Um aumento no nível de BNT pode
ser indicativo de que o edema pulmonar é causado por problemas cardíacos. Podem ser
realizados outros exames ao sangue, incluindo à função renal, hemograma, assim como exames
para excluir o ataque cardíaco como causa do edema pulmonar.
Os exames que podem diagnosticar o edema pulmonar ou determinar porque se
acumula líquido nos seus pulmões incluem:

Raio X: O raio X ao tórax será provavelmente o primeiro exame que fará para
confirmar o diagnóstico de edema pulmonar.

Eletrocardiograma (ECG): Este exame não invasivo pode revelar muitos dados
sobre o seu coração. Durante o ECG, colocam-se adesivos na pele que recebem impulsos
elétricos do coração. Os impulsos são registrados na forma de ondas ou em papel ou num
monitor. Os padrões das ondas indicam a frequência e o ritmo cardíacos e se existem áreas em
que o fluxo é reduzido.

Ecocardiografia ou ecocardiograma (ecografia ao coração): O ecocardiograma é


também um exame não invasivo que usa uma sonda, um transdutor, para gerar ondas de alta
frequência que refletem os tecidos do coração. Essas ondas são depois enviadas para um
aparelho que as compõe em imagens do seu coração e as exibe num monitor.
OBJETIVOS
Identificar quais as necessidades básicas afetadas em paciente com Insuficiência
Respiratória; Edema Agudo de pulmão; e rebaixamento do nível de consciência; aprofundar
conhecimentos teóricos, científicos e práticos nesta área para que se possa desenvolver um
planejamento de cuidados de forma mais humana individualizada de acordo com a
Sistematização de Assistência de Enfermagem (SAE).

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de caso, descritivo, utilizando o processo de enfermagem e a
teoria das Necessidades Humanas Básicas e o sistema de classificação NANDA ou taxonomia
II.
O estudo foi feito com uma paciente acometida por Insuficiência Respiratória, Edema
Agudo de Pulmão o qual se encontrava internada na clínica médica feminina, no período de
abril de 2011, no Hospital De Urgência de Teresina (HUT) sediado na cidade de Teresina-PI.
Por um estudante do 5º período do curso de Enfermagem de uma Universidade.
Os instrumentos para coleta foi a partir de informações contidas no
prontuário/evoluções, avaliação e diálogo com o paciente e sua acompanhante, anamnese e
observação contínua da paciente. Posteriormente, foram formulados os diagnósticos de
enfermagem com base no referencial teórico da NANDA e traçado um plano de assistência de
acordo com os diagnósticos.

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
F.M.C, do sexo feminino, parda, 69 anos, procedência de sua residência no de
município Água Branca estado do Piauí. Aposentada, solteira, ensino médio completo,
procedente do Hospital Municipal de Água Branca e admitida na Urgência do Hospital de
Urgência de Teresina (HUT), com diagnóstico de Insuficiência Respiratória e Edema Agudo
de Pulmão.

HISTÓRICO DO PACIENTE
Paciente deu entrada na Admissão do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) no
dia 21/04/2011 às 23:28. A acompanhante relata que a paciente veio encaminhada do Hospital
Municipal de Água Branca após confirma diagnóstico de Insuficiência Respiratória, Edema
Agudo de pulmão e rebaixamento do nível de consciência com déficit motor agudo.
Informa que há 4 anos faz consulta no Hospital de Aerolino de Abreu, devido seu
rebaixamento do nível de consciência e faz uso de Cloridrato de amitriptilina (Amytril ®).
Outro relato é que na família tem histórico familiar de problemas respiratórios, sua
irmã. Hábitos de vida: sedentária, nega tabagismo e etilismo. Mora em casa de tijolo de seis
cômodos. A residência possui água encanada e tratada, energia elétrica, fossa séptica e coleta
de lixo. Recebe visita da agente comunitária periodicamente, rua com calçamento. Nega alergia
medicamentosa, e não possui Hipertensão e Diabetes.
Consciente, desorientada alo e auto psiquicamente, fásica, acamada com déficit
motor agudo, hipocorada, afebril, taquisfigma, normopnéica, normotensa.

Face: simétrica sem lesões. Orelhas bem implantadas, simétrico, pavilhão auricular
integra e limpo, acuidade auditiva preservada. Pupilas isocóricas com mucosa ocular corada.
Nariz simétrico, apresenta sonda nasogástrica inserida na narina. E pele íntegra; lábios
normocorados, ausência de lesões. Mucosa oral hidratada, ausência de lesões, dentição
completa sem presença de caries, gengivas róseas, amígdalas normais. Pescoço simétrico e
íntegro, forma cilíndrica sem presenças de gânglios palpáveis e visíveis, mobilidade ativa,
mediana, tireoide volume normal, veias jugulares normais, não distendidas. Tórax: Normolíneo.
Membros superiores: Com acesso salinizado em MSD sem sinal de flebite, com movimentação
e força muscular normais, pele íntegra, pequena quantidade de pelos. Pulso Radial e Braquial
D e E palpáveis, com pouco fluxo sanguíneo. Com higienização satisfatória. Ausculta pulmonar
sem sons adventícios, AC=BNF 2TRR, Abdome: flácido, sem achados semiológicos RHA+.
Genitália: de característica do sexo feminino sem alterações. Funções fisiológicas: evacuações
presentes, diurese por sonda vesical de demora; Membros Inferiores: com tremores nas pernas
apresentando pele íntegra, sem presença de edema, pelos em pequena quantidade, boa
higienização, sono e repouso preservado
SSVV= PA:140x10mmHg, Tax: 37,2 C, P: 100 bpm, R: 16rpm.
QUADRO 01: ACHADOS NO EXAME FÍSICO

PROPEDÊUTICA ACHADOS NORMAIS ACHADOS NO CASO


INSPEÇÃO Alimentação, medicamentos A Paciente faz uso de
devem ser realizados por via oral. Sonda Nasogástrica para
receber alimentação e
medicamentos.
INSPEÇÃO Diurese deve ser realizada sem
A paciente faz uso de sonda
necessidade de dispositivo. vesical de demora para
eliminações da diurese.

EXAMES MÉDICOS SOLICITADOS


HEMOGRAMA
ERITROGRAMA

Hemoglobina (Hb):
 Valores de referência: Homem 13,5 – 18,0 g/dl; Mulher 11,5 – 16,4 g/dl.
 Valor referência:

Hematócrito (Ht): 36,0-47,0%


 Valores de referência: homem 40 – 54; mulher 36,0 – 47,0%
CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média): é a concentração da hemoglobina
dentro de uma hemácia.
 valores normais é de 32 – 36g/dl.

LEUCOGRAMA: o adulto normalmente apresenta de 5.000 – 10.000 leucócitos por 1mm³ de


sangue.

Leucócitos por mm3:


 Valores de referência: 4.000 – 10.000mm³
 a paciente apresentou 13.700 mm³, acima dos valores normais.
Neutrófilos:
 Valores de referência: neutrófilos 3.000 – 7.000/mm3
 a paciente em questão apresentou 10.001 mm³, acima dos valores normais.

Eosinófilos:
 Valores referência: 1 – 6
 a paciente apresenta 2%.

Basófilos:
 Valores normais 0 – 1
 A paciente apresentou 0%

Linfócitos:
 Valores de referências: 20 a 45
 A paciente apresentou 23% (dentro dos valores de referência)

Monócitos: paciente apresentou 2%

Sódio:
 Valor referência: 136 – 145 mmol/L
 Valor encontrado foi 138 mmol//L

Potássio:
 Valor referência: 3,5 – 5,2 mmol/L
 Valor encontrado foi 4,1 mmol/L

Cálcio: Valores de referência: 8,6 a 10,2 mg/dl

Magnésio: valores de referência 1,58 a 2,55 mg/dl

Uréia:
 Valores de referência: 15 – 40 mg/dl
 Valor encontrado foi 19 mg/ dl
Creatinina:
 Valor de referência: homens 0,5 a 1,2 mg/dl; mulheres: 0,4 a 0,9 mg/dl
 A paciente em questão apresentou 1,3 mg/dl

GASOMETRIA ARTERIAL
Valor de referência: ph arterial: 7,35 – 7,45 ph venoso: 7,31 – 7,41
Paciente apresentou ph: 7,181mmHg v.

PaO2:
 Valor de referência: 80 a 100 mmHg.
 Paciente apresentou: 45,5 mmHg.

PaCO2:
 Valor de referência: 35 a 45 mmHg.
 Paciente apresentou: 51,7

HCO3: a paciente apresentou 16,7 mmol.

CONCLUSÃO: EXAME NORMAL


O Raio X é mais sensível para o diagnóstico de Insuficiência Respiratória e, em
alguns centros de alta complexidade, vem se tornando o exame de escolha na fase aguda. É útil
para identificar lesões no território vértebra asilar e em alguns casos, tem papel fundamental no
diagnóstico, como nas dissecções arteriais
Exames laboratoriais devem ser realizados inicialmente nos pacientes com AVC isquêmico:

1. EMERGÊNCIA (até 15 minutos)


Hemoglobina, hematócrito, plaquetas. A coagulação é particularmente importante nos
pacientes que usam algum anticoagulante cronicamente.

2. URGÊNCIA (até 1 hora)


Sódio (Na) e Potássio (K) séricos, Ureia (U), Creatinina (Cr), Glicemia, fibrinogênio, tipagem
sanguínea. As avaliações hematológicas mais específicas devem ser realizadas após a fase
precoce emergencial. A Radiografia de tórax (RX tórax) e o eletrocardiograma (ECG) também
devem ser realizados durante a avaliação inicial do paciente no serviço de Pronto atendimento.
Entretanto, a realização destes exames não pode atrasar o tratamento trombolítico quando
indicado.

PRESCRIÇÃO MÉDICA
1° Prescrição no Dia 22/04/11
 EOT, TOT – N°7,5
 Ventilação Mecânica
 SF 0,9% - 100ml EV 4/4 hs
 Furosemida – 03 amp. EV
 Morfina + AD EV (lentamente)
 SNG/SVD – anotar débito/diurese
 Monitorização
 Solicitado: Bioquímica

Prescrição do dia 26/04/2011


 Dieta zero
 SF 0,9% 250ml EV
 Ranitidina + AD EV de 8/8 hs
 AAS 100mg 2 comp./dia
 Rocefim 1g + AD EV de 12/12 hs
 NaCl 10% 1amp no soro
 KCl 10% 1amp no soro
 CCGG + SSVV DE 6/6 hs
 Glicemia de 6/6 hs.
FARMACOLOGIA
 Soro fisiológico 0,9%
É uma solução isotônica em relação aos líquidos corporais que contém 0,9% em
massa, de cloreto de sódio em água destilada. Utilizado na reidratação, após vômito ou diarreia,
limpeza de ferimentos em nebulização e higienização nasal.
Apresentação: líquido
Efeitos Adversos: Pode surgir irritação venosa no local da injeção. Quando a
administração é excessiva ou inapropriada há o risco de acidose metabólica, por excesso de
cloro, e de hipernatremia.
Cuidados de Enfermagem: controlar o gotejamento e atentar quanto aos sinais de
flebite; monitorar quando acabar o soro para trocá-lo, conforme prescrição médica.

 Ácido acetilsalicílico
Como éster do ácido salicílico, o ácido acetilsalicílico é uma substância com
propriedades analgésicas, antipirética, anti-inflamatória e antitrombótica. Como mecanismo de
ação, promove a inibição da enzima cicloxigenase e, portanto, a inibição da produção de
prostaglandinas E2 e prostaciclina I2 e do tromboxano A2.
Nas plaquetas, o principal produto da cicloxigenase é o tromboxano A2, um indutor
da agregação plaquetária e potente vasoconstritor. O ácido acetilsalicílico bloqueia a produção
do tromboxano A2 a partir da inibição permanente da cicloxigenase plaquetária durante o tempo
de vida da plaqueta (7 a 10 dias). O benefício de longo prazo obtido com o ácido acetilsalicílico
tem sido atribuído também a outros efeitos, como o aumento da atividade fibrinolítica do
plasma e a redução de trombina. O efeito máximo antitrombótico ocorre quando usado
preferencialmente em doses baixas. Estudos referentes às doses de ácido acetilsalicílico e a
função plaquetária demonstraram que, para a prevenção de infarto do miocárdio, doses baixas
(100 mg ou menos) são suficientes. Foi publicada uma metanálise sobre prevenção primária,
demonstrando que o uso de ácido acetilsalicílico reduz significativamente o risco de eventos
coronarianos, suplantando o risco de efeitos adversos maiores (sangramentos gastrintestinais
ou acidente vascular cerebral). Um estudo referente aos procedimentos cirúrgicos coronarianos
demonstrou uma redução de aproximadamente 50% na oclusão de pontes após cirurgia de
revascularização do miocárdio e complicações oclusivas agudas após angioplastia. Um estudo
de metanálise, referente à prevenção secundária, demonstrou que o uso diário de 75 a 150 mg
de ácido acetilsalicílico reduziu a mortalidade naqueles indivíduos com infarto do miocárdio,
angina do peito, doença aterosclerótica cerebral e periférica. A análise de cinco estudos,
envolvendo o uso associado do ácido acetilsalicílico e uma estatina, demonstrou uma redução
adicional no risco de eventos cardiovasculares nos casos que receberam essa associação, em
relação ao uso isolado da estatina.
Apresentação: Caixas com 20, 200 ou 500 comprimidos de 500 mg; caixas com 30
ou 200 comprimidos de 100 mg.
Indicação: Para o alívio sintomático da cefaleia, odontalgia, dor de garganta,
dismenorreia, mialgia ou artralgia, lombalgia e dor artrítica de pequena intensidade. No
resfriado comum ou na gripe, para o alívio sintomático da dor e da febre.
Efeitos Adversos: O ácido acetilsalicílico pode provocar irritação da mucosa
gástrica e sangramento digestivo, sobretudo em dose alta e tratamento prolongado. Embora
pouco comuns, podem ocorrer casos de hipersensibilidade manifestada por broncoespasmo,
asma, rinite, urticária e outras manifestações cutâneas. O uso prolongado do ácido
acetilsalicílico em altas doses têm sido associado com diminuição da função renal.
Preparação da medicação: AAS adulto - 1 a 2 comprimidos, podendo repetir a dose
a cada 4 ou 6 horas até um máximo de 8 comprimidos ao dia.
AAS infantil - Crianças até 1 ano de idade, a critério médico; de 1 ano a 2 anos, 1/2
a 1 comprimido; de 3 a 5 anos, 1 a 2 comprimidos, de 6 a 9 anos, 2 a 3 comprimidos; de 10 a
12 anos, 4 a 5 comprimidos. Estas doses podem ser repetidas até 3 vezes ao dia, podendo variar
segundo orientação médica.
AAS deve ser ingerido de preferência após as refeições ou com um pouco de leite. O
comprimido INFANTIL (100 mg de ácido acetilsalicílico) deve ser colocado na boca e deixado
dissolver.
Cuidados de Enfermagem: descontinuar uso em caso de sangramento, recomendar
ao paciente o uso de escova de dentes de cedas macias e orientar ao paciente a usar a medicação
uma ou duas horas após às refeições.

 Ranitidina
A Ranitidina, é um antagonista de receptor histamínico H2, dotado de alta
seletividade e rápido início de ação. Inibe a secreção basal e estimulada de ácido, reduzindo
tanto o volume quanto o conteúdo de ácido e pepsina da secreção.
Apresentação: Comprimidos Revestidos de 150 mg e 300 mg de ranitidina (como
cloridrato). Embalagens com 10 ou 20 comprimidos revestidos.
Indicação: tratamento da úlcera duodenal, úlcera gástrica benigna, incluindo aquelas
associadas com agentes anti-inflamatórios não esteroidais. Prevenção de úlceras duodenais
associadas com agentes anti-inflamatórios não esteroidais, incluindo ácido acetilsalicílico,
especialmente em pacientes com história de doença ulcerosa péptica, úlcera pós-operatória,
esofagite de refluxo, síndrome de Zollinger-Ellison, na dispepsia episódica crônica
caracterizada por dor (epigástrica ou retroesternal) a qual é relacionada às refeições ou durante
o sono, mas não associada com as condições anteriores. E as seguintes condições onde são
desejáveis a redução gástrica e a produção de ácido: profilaxia da hemorragia gastrintestinal
consequente à úlcera de estresse em pacientes gravemente enfermos, profilaxia da hemorragia
recorrente em pacientes com úlceras pépticas e na prevenção da síndrome de aspiração ácida
(Síndrome de Mendelssohn).
Efeitos Adversos: Mal-estar, tontura, sonolência, insônia e vertigo; Raros relatos de
arritmias, tais como taquicardia, bradicardia, assístole, bloqueio atrioventricular e batimentos
ventriculares prematuros; prisão de ventre, diarreia, náusea/vômito, desconforto e dor
abdominal; raros casos de pancreatite; Hepatite reversível (hepatocelular, hepatocanalicular ou
mista), com ou sem icterícia; Raros casos de artralgia e mialgia; Alterações na contagem das
células sanguíneas (leucopenia, trombocitopenia, neutropenia, anemia aplástica e imuno
hemolítica, pancitopeina, agranulocitose); Casos ocasionais de ginecomastia, impotência e
diminuição da libido em homens; Raros casos de reações de hipersensibilidade, anafilaxia,
erupção cutânea, urticária, dermatite esfoliativa, eritema multiforme e alopecia.
Preparo da Medicação: O comprimido de cloridrato de ranitidina deve ser
administrado com um copo com água. Caso uma dose seja esquecida, tome-a o quanto antes, e
prossiga com o horário normal das demais doses. O regime recomendado é de 150 mg duas
vezes ao dia durante duas semanas. O tratamento pode ser continuado por mais duas semanas
adicionais nos pacientes que não respondem adequadamente a terapia inicia
Cuidados de Enfermagem: Administre as drogas às refeições e antes de dormir; A
medicação deve ser administrada exatamente conforme recomendado e o tratamento não deve
ser interrompido, sem o conhecimento do médico, ainda que alcance a melhora; Oriente ao
paciente para não ingerir bebidas alcoólicas, bebidas contendo cafeína; Oriente o paciente a não
fumar, pois interfere na cicatrização e diminui o efeito da droga; Hidrate adequadamente o
paciente; Durante a terapia, avalie: as reações adversas e, na presença de reações hepáticas ou
renais, considere a redução da dose.
 Furosemida
A Furosemida é um diurético de alça com início de ação rápido e de curta duração.
Ela bloqueia o sistema cotransportador de Na+K+2Cl– localizado na membrana celular luminal
do ramo ascendente da alça de Henle. A ação diurética resulta da inibição da reabsorção de
cloreto de sódio neste segmento da alça de Henle. Como resultado, a excreção fracionada de
sódio pode alcançar 35% da filtração glomerular de sódio. Os efeitos secundários do aumento
dessa excreção são aumento da diurese (devido ao gradiente osmótico) e aumento da secreção
tubular distal de potássio. A excreção de íons cálcio e magnésio também é aumentada.
A Furosemida causa estimulação dose-dependente do sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Apresentação: Comprimidos - 40 mg, Cápsula de liberação prolongada - 60mg,
Injetável - 10 e 20mg, Líquido (ampola – 2ml)
Indicação: O uso da Furosemida está indicado nas seguintes situações: edemas
devido a doenças cardíacas e renais, ascite, edema pulmonar, edemas cerebrais, edemas devido
a queimaduras, crises hipertensivas (em adição a outras medidas anti-hipertensivas), indução
de diurese forçada em envenenamentos.
Preparação da medicação: a furosemida deve ser diluída em cloreto de sódio a
0,9%, solução de ringer + lactato, ou soro glicosado, as quais resultam em solução com pH
adequado para a estabilidade do fármaco. A velocidade de administração da infusão IV deve
ser de até 4 mg por minuto (mg/min) (Klasco, 2012).
Efeitos Adversos: Desidratação, Hipotensão arterial, Tonturas, Fraqueza, Câimbras,
Agravamento da função renal, aumento do ácido úrico (a aumentar a absorção de ácido úrico),
Alcalose metabólica.
Cuidados de Enfermagem: A monitorização regular dos níveis de sódio, potássio e
creatinina séricos; passar sonda vesical de demora; atentar quanto alguma reação colateral;
verificar a pressão arterial do paciente durante o tratamento com furosemida pois a mesma pode
causar hipotensão; avaliar no exame físico: hidratação da pele, sinais de astenia e cãibras
musculares (hipocalemia).

 Morfina
A morfina é uma substância narcótica e sintética (produzida em laboratório),
derivada do ópio retirado do leite da papoula. Com uma grande utilidade na medicina, a morfina
é usada como analgésico em casos extremos, como nos casos de traumas, partos, dores pós-
operativas, graves queimaduras, etc.
Apresentação: Solução injetável com sulfato de morfina: 02 mg/ml em ampola de 1
ml; 1 mg/ml em ampolas de 2 ml e 10 ml; 10 mg/ml em ampola de 1 ml.
Indicação: para o alívio da dor intensa, seja aguda ou crônica, pois age no sistema
nervoso central e em outros órgãos do corpo com musculatura lisa, para o controle deste
sintoma.
Preparação da medicação: Para administração por injeção intravenosa lenta, diluir
com água destilada ou SF 0,9% a uma concentração final de 1-2mg/ml. EV: A morfina deve
ser administrada de forma lenta (ex: 15mg em 3 minutos). Pode ser administrado também por
via IM, IT e PERID.
Efeitos Adversos: Alguns dos efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer
durante o tratamento com a morfina incluem tontura, vertigem, sedação, náusea, vômito e
aumento da transpiração. Os maiores riscos com a morfina são depressão respiratória, depressão
circulatória, parada respiratória, choque e parada cardíaca. Os maiores riscos com a morfina
são depressão respiratória, depressão circulatória, parada respiratória, choque e parada cardíaca.
O uso de uma dose elevada deste medicamento pode causar sonolência e dificuldade
respiratória, o que deve ser tratado na emergência com cuidados médicos intensivos e o antídoto
específico, chamado Naloxona.
Cuidados de Enfermagem: Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a
via de administração prescritas pelo médico; diluir a morfina, nos casos de infusão endovenosa,
que deverá ser lenta, com controle rigoroso de gotejamento; atentar para sinais e sintomas dos
efeitos colaterais; orientar o paciente sobre os riscos de dirigir e operar máquinas, devido à
sonolência provocada pelo medicamento.

 Rocefim
A ceftriaxona é um antibiótico injetável de amplo espectro que é utilizado para
eliminar o excesso de bactérias no organismo, podendo, por isso, ser usado no tratamento de
vários tipos de infecção, desde infecções sexualmente transmissíveis, infecções na pele,
pneumonia ou, até meningite.
Apresentação: Via intramuscular (IM), pó para solução injetável intramuscular 500
mg. Caixa com 1 frasco-ampola que contém pó estéril equivalente a 500 mg de ceftriaxona
acompanhado de ampola de diluente com 2 ml (lidocaína a 1%) para aplicação intramuscular
(IM). Pó para solução injetável intramuscular 1g.
Caixa com 1 frasco-ampola que contém pó estéril equivalente a 1g de ceftriaxona
acompanhado de ampola de diluente com 3,5 ml (lidocaína a 1%) para aplicação intramuscular
(IM).
Via intravenosa (IV) Pó para solução injetável intravenosa 500 mg.
Caixa com 1 frasco-ampola que contém pó estéril equivalente a 500 mg de
ceftriaxona acompanhado de ampola de diluente com 5 ml (água para injetáveis) para aplicação
intravenosa (IV).
Pó para solução injetável intravenosa 1g.
Caixa com 1 frasco-ampola que contém pó estéril equivalente a 1g de ceftriaxona
acompanhado de ampola de diluente com 10 ml (água para injetáveis) para aplicação
intravenosa (IV).
Indicação: Este medicamento é indicado para o tratamento de infecções causadas
por microrganismos sensíveis à ceftriaxona, como por exemplo, Sepse; Meningite; Doença de
Lyme; infecções intra-abdominais; Infecções ósseas, articulares, tecidos moles, pele e feridas;
Infecções em pacientes imuno comprometidos; Infecções renais e do trato urinário; Infecções
do trato respiratório, particularmente pneumonia e infecções otorrinolaringológicas; Infecções
genitais, inclusive gonorreia; Profilaxia peri-operatória de infecções.
Preparação da medicação: O ceftriaxona venoso é um antibiótico em forma de pó
que se faz necessário um diluente para fazer a reconstituição do mesmo antes da administração.
Para o preparo e aplicação vamos precisar de 10 ml de água destilada, uma seringa de 20ml, e
1g de ceftriaxona.
Deve-se preparar o material, aspirar 10ml de água destilada na seringa de 20ml e
adicionar a AD no frasco de 1g de ceftriaxona para que o medicamento possa ser diluído.
Após a diluição, aspirar todo o medicamento de volta na seringa de 10 ml. Realizar
a punção venosa no paciente e injetar lentamente o medicamento. Realizar o mesmo
procedimento de 12/12hrs.
Efeitos adversos: Aumento da osmolaridade do plasma; Sede; Agitação;
Irritabilidade; Letargia e tremores, podendo levar a convulsões, além de processo inflamatório
da veia utilizada.
Cuidados de Enfermagem: Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a
via de administração prescritas pelo médico. A administração endovenosa deve seguir o
protocolo da instituição sobre diluição de antibióticos. Atentar para sinais e sintomas dos efeitos
colaterais.
 NACL 10%
Cloreto de sódio Hypofarma 10% - 20% é indicado como fonte de cloreto, sódio e água para
hidratação, nos casos de distúrbios de equilíbrio hidro-eletrolítico.
Apresentação: Solução injetável, estéril e apirogênica de:
- Cloreto de sódio 10%
-10 ml em embalagem com 200 ampolas plásticas de polietileno transparente;
- 20 ml em embalagem de 100 ampolas plásticas de polietileno transparente;
Indicação: Este medicamento é indicado como fonte de cloreto, sódio e água para
hidratação, nos casos de distúrbios do equilíbrio hidro-eletrolítico. É indicado no tratamento de
choque hipovolêmico e como base para preparações de soluções parenterais.
Preparação da medicação: Segure as ampolas, na posição vertical, com as duas
mãos e separe-as cuidadosamente a partir da parte superior da ampola. Após destacar a ampola,
mantenha-a na posição vertical e dê leves batidas na parte superior a fim de retirar uma pequena
quantidade de líquido que fica nesta região. Mantenha a ampola na posição vertical e dobre o
gargalo para frente e para trás, em movimento contínuo. Em seguida, segure firmemente o twist-
off e gire-o no sentido horário até abertura da ampola plástica.
Introduza a agulha da seringa a ser utilizada na abertura da ampola.
Inverta a ampola plástica e aspire o seu conteúdo, puxando o êmbolo da seringa adequadamente.
Remova a ampola da seringa e mantenha o seu êmbolo puxado.
Efeitos Adversos: As reações adversas gerais incluem náuseas, vômito, diarreia,
cólicas abdominais, redução da lacrimação, taquicardia, hipertensão, falência renal e edema
pulmonar.
Em pacientes com ingestão inadequada de água a hipernatremia pode causar sintomas
respiratórios como edema pulmonar, embolia ou pneumonia.
Cuidados de Enfermagem:
Administrar o cloreto de sódio venoso diluído
Atentar caso o paciente tenha alguma reação ao medicamento.

 KCL 10%
O cloreto de potássio é composto químico formado pelo potássio e o cloro. O cloro,
unido ao sódio e a potássio, mantém o controle osmótico regulando a quantidade de água no
organismo e atua nas funções do sistema nervoso e contração muscular. O potássio, junto com
o sódio, age na contração muscular, na condução nervosa e no equilíbrio de fluidos no
organismo.
É um medicamento do tipo eletrólito, que substitui o mineral potássio perdido por motivos
involuntários. Os eletrólitos tem por função, manter os níveis de hidratação orgânica e também
os múltiplos processos elétricos e químicas executados pelo seu corpo. O cloreto de potássio
elevará o nível de potássio no organismo para que haja o correto funcionamento dos músculos,
coração e de outros órgãos.
Apresentação: O Cloreto de potássio é encontrado em ampolas injetáveis, drágeas,
comprimidos efervescentes, xarope ou suplementos alimentares. O tratamento usual é realizado
da baixa de potássio no sangue e por reposição oral ou com a inserção, na dieta do paciente, de
alimentos rico em potássio. Em casos mais grave, uma suplementação venosa pode ser
necessária no sentido de se obter um resultado mais rápido eficaz.
Indicação: A solução injetável de Cloreto de Potássio é utilizada para o tratamento
e prevenção da hipocalemia (diminuição do potássio no sangue) e para a reposição de potássio
no organismo.
Preparação da medicação: Segure a ampola na posição vertical e de leves batidas
na parte superior da ampola. Dessa forma você irá remover a porção de líquido localizada em
seu colo. Caso fique retido uma pequena quantidade de líquido, isto não prejudicará o volume
a ser utilizado.
Com a ampola na posição vertical, dobre o gargalo para frente (45°) e para trás (45°).
Segure firmemente o Twist-off (aletas laterais) e gire-o no sentido anti-horário até abrir
completamente a ampola plástica.
Insira a seringa a ser utilizada na abertura da ampola plástica. Inverta a ampola
plástica e retire o seu conteúdo, puxando o êmbolo da seringa adequadamente. É comum
permanecer um discreto volume de líquido no interior da ampola.
Quando esvaziada, remova a ampola da seringa, mantendo seu êmbolo puxado.
O uso é através de infusão intravenosa lenta, mediante prévia diluição e conforme
orientação médica.
Efeitos Adversos: As reações adversas que podem ocorrer são diarreia, dor e
desconforto na barriga, aumento de cálcio no sangue, náusea, vômito, gases intestinais e reações
no local da injeção.
Cuidados de Enfermagem: Confirmar com o enfermeiro ou médico a velocidade
com que as drogas instituídas para o tratamento devem ser infundidas não coletando amostras
de sangue no mesmo membro em que estejam sendo administrados eletrólitos para reposição.
Realizar a dupla checagem para as drogas de alta alerta, avaliando evolução dos
sinais e sintomas. Analisar a necessidade de manter monitorização cardíaca continua
verificando o ritmo cardíaco.

PLANO DE CUIDADO DE ENFERMAGEM


O diagnóstico de enfermagem constitui a segunda etapa do processo de enfermagem.
Durante esta etapa, os dados coletados na investigação são analisados e interpretados
criteriosamente. A seguir, alguns dos diagnósticos que podem ser encontrados em pacientes
com AVCI, segundo critérios da Nanda.

QUADRO 02- ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CLIENTE COM INSUFICIÊNCIA


RESPIRATÓRIA E EDEMA AGUDO DE PULMÃO.

DIAGNÓSTICO PRESCRIÇÃO JUSTIFICATIVA DAS RESULTADOS


DE ENFERMAGEM DE ENFERMAGEM PRESCRIÇÕES ESPERADOS
DE
ENFERMAGEM

1 Padrão Respiratório 1.1 Controle das vias 1.1 Para que a paciente 1.1 Esperando uma
Ineficaz, caracterizado aéreas e assistência receba oxigenação melhora da função
por hipercapnia, ventilatória; adequada: pulmonar;
hiporventilação, 1.2 Promover 1.2 Para o paciente se 1.2 Melhoria a
relacionado ao posicionamento sentir confortável em qualidade do sono e
esforço físico adequado e confortável. relação a sua respiração; respiração;
aumentado, fadiga. 1.3 Monitorar a função 1.3 Para verificar se a 1.3 Apresentara
respiratória. paciente está recebendo melhora da respiração
. a devida demanda de de acordo com a
oxigênio de acordo com demanda de oxigênio.
sua situação.
2. Troca de Gases 2.1 Posicionar paciente 2.1 conforto da paciente 2.1 Melhora da
Prejudicada, para aliviar dispneia; qualidade do sono do
Caracterizado por facilitar a paciente.
Bradipneia, confusão, ventilação, conforme
Nível de dióxido de apropriado.
Carbono diminuído, 2.2 Monitorar os e 2.2 Para manter 2.2 Função pulmonar
pH arterial anormal, efeitos da mudança integridade da restaurada
ritmo respiratório de posição na função pulmonar;
alterado. oxigenação: gasometria
SaO2, SvO2, CO2.
2.3 Auscultar os sons 2.3 Para verificar se a
2.3 Restauração por
respiratórios, presença de sons completo da
paciente sem
observando áreas de adventícios, roncos ou
presença de nenhum
ventilação reduzida ou qualquer outro som ronco ou ruido
diferente.
ausente, e a presença de estranho presente.
sons adventícios.
2.4 Iniciar e manter o 2.4 Para manter a
uso de oxigênio integridade da função
suplementar conforme pulmonar e da respiração.
prescrito e monitorando
o estado respiratório.

3. Risco de aspiração 3.1 Lavar as mãos antes 3.1 Para evitar o risco de 3.1 A cliente não
devido a alimentação e depois dos Infecção cruzada; apresentará
por sonda, devido à procedimentos; recorrente infecção
redução do nível de hospitalar;
consciência. 3.2 Lavagem da sonda 3.2 Para evitar a 3.2 Apresentará uma
após a dieta. obstrução; nutrição adequada
a cada dia e assim
prevenir
aparecimento de
sinais de desnutrição;
3.3 Iniciar a alimentação 3.3 Para evitar 3.3 Mantendo a
em concentração plena Intolerância alimentar e Infusão da dieta a
e velocidades lentas de regurgitamento. paciente não
20 a 50ml/h. apresentará diarreia
ou refluxo.

4. Riscos de infecções 4.1 Deve-se realizar 4.1 Manter higiene íntima 4.1 Paciente
Urinárias e na lavagem diariamente e trocar a fralda do apresentará maior
genitália devido ao ao redor da uretra e paciente; conforto;
uso de sonda vesical meato uretral, para
de demora e fralda evitar infecções;
geriátrica.
4.2 Observar presença 4.2 Prevenir infecções, 4.2 Paciente não
de reações alérgicas ou lesões, traumas. apresentará infecções
lesões na região vaginal. urinárias.
5. Déficit no autocuidado 5.1 Necessário realizar a 5.1 Higiene satisfatória 5.1 Promoverá
em relação ao banho e higienização oral do para o paciente; melhor higienização
higiene, devido paciente; corporal e oral ao
incapacidade para paciente;
perceber a necessidade 5.2 Horário e as rotinas 5.2 Maior conforto ao 5.2 Influenciara em
de medidas de higiene. de banho mantidas Paciente; um sono de melhor
constantemente; qualidade;
5.3 Fazer a ventilação 5.3 Prevenir aparecimento 5.3 A paciente
completa da pele quanto de assaduras, lesões e manteve sua pele e
a vermelhidão nas ulceras por pressão. mucosas íntegras.
nádegas.
EVOLUÇÕES/PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM
DATA: 22/04/2011
15:30 hs segue no 5DIH por IRA e EAP e segue com SQE, não interage, intubada em
VM afebril, eupneico, taquisfigmo, hipertenso, acamada, hipocorada, AP com presença de
roncos AP com presença de bulhas normofoneticas, abdome plano flácido, alimentação por
SNG, déficit motor hemicorpo E, em HV subclávia D, realizado noradrenalina em BIC higiene
e repouso satisfatório. P=100 bat./min; T=37.2°C; R=16 mov./min; PA=140/10 mmHg.

ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM: Realizado banho de aspeção e orientações do exercício


vesical.

PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM:
 Monitorar ssvv de 6/6h.
 Supervisionar níveis de consciência e orientação.
 Supervisionar eliminações fisiológicas
 Orientar mudanças de decúbito para evitar úlceras por pressão.
 Administrar e checar as medicações prescritas
 Supervisionar a terapia de medicamentosa
 Avaliar o local de punção venosa quanto a flebite

ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM
Realizados orientações do exercício vesical.

PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
 Orientar o banho três vezes ao dia;
 Monitorar o nível de consciência e orientação
 Manter a cabeceira elevada a 45
 Monitorar padrão respiratório
 Supervisionar/Executar higiene oral e banho
 Supervisionar e incentivar aceitação da dieta
 Testar a localização da SNG antes de administrar a dieta
 Avaliar sinais de flebite e infiltração
 Observar e anotar a diurese (coloração, quantidade e odor)
EVOLUÇÃO/PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
DATA: 24/04/2011
08:00 - Segue no 10DIH por IRA e EAP consciente, atende parcialmente ao comando
verbal, fásica, deambulando com auxilio, chorosa sem déficit motor aparente. Ao exame físico:
hipocorada, normotermica, bradifigma, bradipneia, normotensa, couro cabeludo íntegro,
pupilas isocóricas, gânglios, palpáveis, tórax simétrico, ausculta pulmonar sem sons
adventícios, AC=BNF2TRR, abdômen flácido indolor a palpação. Boa aceitação da dieta,
higienizada, diurese por sonda vesical de demora 220 ml concentrada, evacuações presente por
fralda pastosas frequentes de odor fétido, sono e repouso preservado.
SSVV= PA:100x80mmHg, Tax:36,5°C P:40bpm R:12rpm.

ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM
08:50 – Retirada Sonda Vesical de demora; Paciente recebe alta hospitalar após consulta com
a psiquiatria; orientados cuidados.

PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM
• Observar padrão de repouso;
• Trocar fralda após evacuações
• Orientar o paciente a passar mais tempo sentado ou elevar a cabeceira da cama;
• Monitorar o nível de consciência e orientação
• Manter a cabeceira elevada a 45
• Monitorar padrão respiratório
• Verificar sinais vitais 6/6 hs 12 18 24 06
• Supervisionar/Executar higiene oral e banho
• Incentivar ingesta hídrica
• Supervisionar e incentivar aceitação da dieta
• Testar a localização da SNG antes de administrar a dieta
• Avaliar sinais de flebite e infiltração
• Observar e anotar a diurese (coloração, quantidade e odor)
PLANO DE ALTA
1. Ajudar na movimentação, quando necessário;
2. Ingerir bastante líquido e evitar alimentos gordurosos, salgados e doces;
3. Orientação ao banho três vezes por dia;
4. Aumentar a ingesta de água e de alimentos fibrosos como fatores de regulação intestinal;
5. Estimular a pequenas caminhadas diárias com acompanhamento
6. Orientar à família quanto à importância em se realizar adaptações no ambiente domiciliar
para a segurança do paciente idoso, reduzindo riscos de quedas e acidentes;
7. Ressaltar junto ao cliente e família a importância de não esquecer das doses diárias dos
remédios nos horários prescritos;
8. Observar a reserva de medicação para evitar a falta inesperada das doses prescritas;
9. Procurar modalidades de lazer apreciadas pelo cliente, ver TV, conversar nas praças, etc.
10. Explicar ao paciente a aos familiares quais são os fatores de risco para descompensação da
doença a fim de reduzir estes riscos;

AVALIAÇÃO DO PLANO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM


O cliente apresentou resultados dos cuidados prescritos satisfatórios.

CONCLUSÃO
Conforme proposto, a elaboração deste trabalho acadêmico alcançou as metas gerais
de relacionar a teoria abordada em sala de aula e prática exercida num ambiente hospitalar,
enriquecer os conhecimentos acerca dos fármacos e suas características, conhecer os obstáculos
emergentes de um cuidado holístico vinculados à deficiência de estrutura e disponibilidade de
meios adequados de um Hospital Público, promover um estudo mais abrangente sobre exames
e diagnósticos e, sobretudo, firmar a enfermagem como “ser humano cuidando de ser humano”.
Aprofundar os conhecimentos sobre a Insuficiência Respiratória e Edema Agudo de
Pulmão uma doença com complicações graves, mas que é passível de tratamento com vantagens
significativas quando implementadas as medidas de redução dos fatores de risco. As consultas
sobre os fármacos realizadas para implementação do trabalho, permitiu assimilar os sintomas
da doença, além de incrementar o corpo de informações sobre os medicamentos da vivência
clínica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Diagnóstico de Enfermagem da NANDA I: definições e classificação/2021 – 2023. Organizado


por North American Nursing Association; trad. Cristina Correia. 12. ed. Porto Alegre:
ARTMED, 2021. 238p.

BOOK, D. “Distúrbios da Função Cerebral”. IN: PORTH, M.C. Fisiopatologia. 6. Ed. Rio de
Janeiro:Guanabara,2004. Cap.50. p.1144

BRUNNER e SUDDARTH. “Cuidados aos Pacientes com Transtornos Vasculares Cerebrais”.


IN: BRUNNER e SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico- Cirúrgica.2. Ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan,2008. Cap. 62.p.1869-1874

FISCHBACH, F. Manual de Enfermagem: Exames Laboratoriais e Diagnósticos. ed.


11. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A, 2002.

INSEL, P.A. "Fármacos analgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios e medicamentos usados


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MACEDO, J.M.S.; OLIVEIRA.I.R. "Corticosteroides". IN: SILVA, P. Farmacologia, 7. ed.


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. Cap. 82. p.824-839.

Bulário Eletrônico. Disponível em: http://bulario.net/ Acesso em 20/11/2012.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/edema-agudo-de-pulmao

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