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RESPIRATÓRIA AGUDA (SARA)

Síndrome da angústia
respiratória aguda (SARA)
Por Bhakti K. Patel, MD, University of Chicago

Última revisão/alteração completa abr 2020| Última


modificação do conteúdo abr 2020

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FATOS RÁPIDOS

A síndrome da angústia respiratória


aguda é um tipo de insuficiência
respiratória (pulmonar) resultante de
diversas doenças que causam acúmulo
de líquidos nos pulmões e redução do
oxigênio no sangue a níveis
excessivamente baixos.

O indivíduo sente falta de ar, normalmente com a


respiração rápida e superficial, a pele pode ficar
manchada ou azulada (cianose), e outros órgãos,
como o coração e o cérebro, podem apresentar
mau funcionamento.
Utiliza-se um sensor, colocado na ponta do dedo
(oximetria de pulso), ou uma amostra de sangue
de uma artéria para determinar os níveis de
oxigênio no sangue, e também se faz uma
radiografia torácica.
Os indivíduos são tratados em uma unidade de
tratamento intensivo, pois podem precisar de
ventilação mecânica.
O oxigênio é fornecido e a causa da insuficiência
respiratória é tratada.
A síndrome da angústia respiratória aguda (SARA) é
uma emergência médica. Ela pode acontecer em
pessoas que já tiveram doença pulmonar ou em
pessoas com pulmões anteriormente saudáveis. Esta
doença era denominada síndrome da angústia
respiratória do adulto, mas também pode manifestar-se
em crianças.

A SARA é dividida em três categorias: leve, moderada e


grave. A categoria é determinada comparando-se o
nível de oxigênio no sangue com a quantidade de
oxigênio que precisa ser administrada nesse nível.

Causas de SARA

Qualquer doença ou quadro clínico que lesione os


pulmões pode causar SARA. Mais da metade dos
indivíduos com SARA a desenvolve como consequência
de uma infecção grave, generalizada (sepse) ou
pneumonia. Algumas outras causas incluem

Aspiração (inalação) de conteúdo estomacal ácido


para o interior dos pulmões
Queimaduras
Certas complicações gestacionais (como embolia
do líquido amniótico, pré-eclâmpsia, infecção de
tecidos no útero antes, durante ou após um
aborto [abortamento séptico] e outros)
Lesão do tórax (contusão pulmonar)
Cirurgia de derivação das artérias coronárias
Afogamento
Inflamação do pâncreas (pancreatite)
Inalação de grandes quantidades de fumaça
Inalação de outros gases tóxicos
Lesão pulmonar devido à inalação de altas
concentrações de oxigênio
Lesões graves ou potencialmente fatais
Superdosagem de certas drogas ou
medicamentos, como heroína, metadona,
propoxifeno ou aspirina
Pneumonia (incluindo pela COVID-19)
Pressão arterial baixa prolongada ou grave
(choque)
Embolia pulmonar
Infecção grave e generalizada (sepse)
Acidente vascular cerebral ou convulsão
Transfusões de mais de 15 unidades de sangue
em um curto período de tempo
Quando os pequenos sacos de ar (alvéolos) e os
pequenos vasos de sangue (capilares) do pulmão são
afetados, o sangue e os líquidos infiltram-se nos
espaços entre os alvéolos e, por fim, passam para o
interior destes. O colapso de muitos alvéolos (um
quadro clínico denominado atelectasia) também pode
ocorrer devido a uma redução de surfactante, um
líquido que cobre a superfície interna dos alvéolos e
ajuda a mantê-los abertos. O líquido nos alvéolos e o
colapso de muitos alvéolos interferem no movimento
do oxigênio do ar inspirado para o sangue. Portanto, o
nível de oxigênio no sangue pode cair bruscamente. A
saída do dióxido de carbono do sangue para o ar que é
expirado fica menos afetada, e o nível de dióxido de
carbono no sangue muda muito pouco. Como a
insuficiência respiratória na SARA resulta
principalmente de níveis baixos de oxigênio, ela é
considerada uma insuficiência respiratória hipoxêmica.

Os alvéolos

VÍDEO

A diminuição do nível de oxigênio no sangue causada


pela SARA e o vazamento para a corrente sanguínea de
certas proteínas (citocinas) produzidas pelas células
pulmonares lesionadas e por células brancas do sangue
podem causar inflamação e complicações em outros
órgãos. A falência de vários órgãos (um quadro clínico
denominado falência de múltiplos órgãos) também
pode ocorrer. A falência de órgãos pode começar logo
depois de instalada a SARA ou dias ou semanas depois.
Além disso, os indivíduos afetados pela SARA são
menos resistentes a infecções pulmonares e costumam
desenvolver pneumonias bacterianas.

Sintomas de SARA

A SARA normalmente se desenvolve de 24 a 48 horas


após lesão ou doença original, mas pode demorar 4 a 5
dias para ocorrer. A pessoa começa sentindo falta de
ar, geralmente com uma respiração rápida e superficial.

Utilizando um estetoscópio, o médico pode ouvir sons


crepitantes ou chiados nos pulmões. A pele pode ficar
mosqueada ou azul (cianose) por causa dos níveis
baixos de oxigênio no sangue. Outros órgãos, como o
coração e o cérebro, podem funcionar mal, resultando
em uma frequência cardíaca elevada, ritmos cardíacos
anormais (arritmias), confusão e sonolência.

Diagnóstico de SARA

Medição dos níveis de oxigênio no sangue


Radiografia do tórax
O nível de oxigênio no sangue pode ser monitorado,
sem coletar uma amostra de sangue, por meio de um
sensor colocado em um dedo ou no lobo de uma
orelha. Este procedimento é chamado oximetria de
pulso. O nível de oxigênio (juntamente com o dióxido
de carbono) no sangue também pode ser medido
através da análise de uma amostra de sangue colhida
de uma artéria.

Radiografias torácicas mostram líquido nos espaços


que deveriam estar preenchidos com ar. Outros
exames podem ser necessários para confirmar que a
insuficiência cardíaca não é a causa do problema.

Prognóstico de SARA

Sem o pronto tratamento, muitas pessoas com a SARA


não sobrevivem. No entanto, com um tratamento
adequado, cerca de 60% a 75% das pessoas com SARA
sobrevivem.

Em geral, os indivíduos que respondem com rapidez ao


tratamento restabelecem-se por completo, quase sem
alterações pulmonares de longo prazo. Os indivíduos
cujo tratamento envolve longos períodos no ventilador
(uma máquina que ajuda o ar a entrar e sair dos
pulmões) têm mais probabilidades de formar tecido
cicatricial (fibrose) nos pulmões. Essa fibrose pode
diminuir em poucos meses após a pessoa ser retirada
da ventilação. A fibrose pulmonar, se extensa, pode
afetar a função pulmonar permanentemente de forma
evidente durante certas atividades diárias. A fibrose
menos extensa pode prejudicar a função pulmonar
somente em momentos de estresse pulmonar, como
durante exercícios ou em doenças.

Muitos indivíduos perdem grandes quantidades de


peso e de músculo durante a doença. A reabilitação no
hospital pode ajudá-los a recuperar sua força e sua
independência.

Tratamento de SARA

Tratamento da causa
Oxigenoterapia
Frequentemente, ventilação mecânica
Os indivíduos com SARA recebem tratamento em uma
unidade de tratamento intensivo (UTI).

O sucesso do tratamento depende normalmente do


tratamento da doença subjacente (como a pneumonia,
por exemplo). Também é fornecida oxigenoterapia, o
que é vital para corrigir os níveis baixos de oxigênio.

Se o oxigênio administrado por máscara facial ou por


sondas nasais não puder corrigir os níveis baixos de
oxigênio no sangue, ou se forem necessárias altas
doses de oxigênio inalado, a ventilação mecânica deve
ser utilizada. O ventilador normalmente fornece ar
pressurizado rico em oxigênio utilizando um tubo
inserido na traqueia através da boca.

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