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EXAME FÍSICO DO

JOELHO
DIOGO ZORTÉA
OBJETIVO DESTA AULA
 Avaliar o complexo do joelho.
REVISÃO ANATÔMICA
REVISÃO BIOMECÂNICA
INSPEÇÃO
 Observar o paciente desde sua entrada até o momento em que
senta. A forma como o paciente senta e se posiciona na postura
sentada pode indicar patologias. Em pacientes com limitação de
flexão (< que 45º), não conseguirão andar nem sentar de maneira
correta.
 Observe a postura do paciente, se geno varo ou vago ((sartório
sartório)) ou
recurvatum..
recurvatum
 Observe a massa muscular.
 Se a altura das patelas estão simétricas.
 Se possui rotações e estas são simétricas.
 Se há presença de um membro mais curto (fazer perimetria).
perimetria).
 Já pensar em possíveis lesões sacroilíacas
sacroilíacas..
 Importante durante a anamnese investigar sobre hábitos
parafuncionais,, atividade laboral e de lazer.
parafuncionais
 Procure também por todos os demais achados de uma inspeção.
 Epicôndilo medial (tubérculo Adutor) – palpe a
interlinha articular, corra o dedo medialmente
até encontrar-
encontrar-se no eixo de flexão (medio
(medio--
lateral)) então suba o dedo em direção ao fêmur
lateral
buscando uma proeminência óssea.
 Platô tibial lateral – palpando a interlinha
articular, siga para o compartimento lateral e
palpe toda a região inferolateral da interlinha.
interlinha.
 Côndilo lateral – da mesma forma que o
epicôndilo medial, só que desta vez
lateralmente.
 Epicôndilo lateral – palpando o côndilo lateral,
corra o dedo lateralmente.
 Cabeça da fíbula – palpando a interlinha
articular na região do eixo de flexão, desça no
sentido inferior palpando a cabeça da fíbula.
 Sulco troclear – palpe os côndilos bilateralmente
no sentido superior.
PALPAÇÃO ÓSSEA
 A palpação dos joelhos, em sua maior parte, é feita com os joelhos
a 90º de flexão. Isso pode se feito de maneira sentada
preferencialmente, ou em DD.
 Posicione--se de frente para o joelho a ser examinado. Coloque
Posicione
suas mãos posteriormente no joelho, exatamente na fossa poplítea.
Com os polegares inicie a palpação.
 Comece pelo:
 Platô Tibial, do lado medial – Localizar a inter
inter--linha articular e
medialmente e inferiormente palpar o platô tibial. Nesta zona existe
uma inserção do menisco medial.
 Tuberosidade da Tíbia – palpado ao término do ligamento patelar.
Zona de grande tensão, podendo decorrer com uma tendinite ou até
mesmo uma bursite (localiza-
(localiza-se logo abaixo do lig patelar).
 Côndilo femoral medial – na inter-
inter-linha articular no compartimento
antero - medial, palpar mais suriormente
suriormente,, ou imediatamente medial
à patela. Pode-
Pode-se também rebater a patela para realizar a palpação.
PALPAÇÃO DE TECIDOS MOLES
 Região anterior
 Quadríceps – palpe da base da patela e suba por toda a
coxa procurando identificar cada porção do quadríceps,
diferenças tônicas e regiões dolorosas.
 Ligamento patelar – do ápice da patela até a
tuberosidade tibial, bucando irregulardades
irregulardades..
 Bursa infrapatelar – abaixo do ligamento da patela.
 Bursa pré-
pré-patelar – superficial a patela. Muito comum
inflamações em pessoas que ajoelham com exesso. exesso.
Esta bursa permite o deslizamento da pele sobre a
patela, portanto, em algumas afecções desta bursa será
encontrado uma fixação da pele sobre a patela,
dificultando até mesmo a flexão.
 Região Medial
 Menisco medial – palpe na interlinha articular
medial e realize um desvio lateral da tíbia.
 Ligamento Colateral Medial – palpando a
interlinha articular anteromedialmente
anteromedialmente,, deslize o
dedo em direção medial, no eixo do movimento
de flexão encontrar-
encontrar-se
se--á uma massa de tecido
mole que origina-
origina-se no epicôndilo medial e corre
até a tíbia.
 Pata de Ganso - formada pelos tendões do
semitendinoso,, grácil e sartório,
semitendinoso sartório, possui inserção
na região antero medial da tibia
tibia..
 Região lateral
 Menisco lateral – palpado lateralmente a
interlinha articular realizando o movimento de
rotação medial.
 Ligamento colateral lateral – palpando a
interlinha articular anterolateralmente,
anterolateralmente, deslize o
dedo em direção lateral, no eixo do movimento
de flexão encontrar-
encontrar-se
se--á uma massa de tecido
mole que origina-
origina-se no epicôndilo lateal e corre
até a cabeça da fíbula.
 Lig. Tibiofibular – em continuidade com o
ligamento colateral lateral e anteriormente a
cabeça da fíbula.
 Tendão Biciptal – inserido na cabeça da fíbula e
facilmente palpado com o joelho a 90º de flexão.
 Trato iliotibial – anterolateralmente na coxa
inserindo--se na tíbia.
inserindo
 N fibular comum – abaixo da cabeça da fíbula.
 Região posterior
 Fossa poplítea – formada lateralmente pelo
bíceps femoral, medialmente pelo
semitendinoso e semimembranoso,
inferiormente pelo gastrocnêmio. Internamente
encontra--se o N tibial Posterior, veia e artéria
encontra
poplítea.
 Gastrocnêmio – palpe-
palpe-os da origem à inserção,
busque também diferenças tônicas entre as
duas porções.
PATOLOGIAS FREQUENTES
 Bursite
 Lesões ligamentares
 Lesões meniscais
 Derrames articulares
 Artrose
 Condromalácia patelar
 P.O.
 Inflamações da pata de Ganso
 Cisto de Baker
 Problemas posturais???
ADM
A ADM deve ser testada ativa e
passivamente, e ser analisada quantitativa
e qualitativamente.
 Flexão – 135º
 Extensão – 0 – 5º
 Rotação lateral – 10º
 Rotação medial – 10º
A flexão é limitada, em pacientes muito
musculosos, pela massa muscular
posterior, onde tem-
tem-se o end fill mole.
 Já com os joelhos em extensão é
impossível de se realizar as rotações
devido ao bloqueio ligamentar, sendo
possível a partir da flexão, atingindo o
máxima da ADM em 90º de flexão.
GONIOMETRIA
 Flexo-extensão – o eixo do goniômetro no eixo articular (latero-
Flexo- (latero-
lateral), zere o goniômetro e em seguida peça a flexão
acompanhando o movimento com o goniômetro. repita a operação
pedindo ao paciente para extender o joelho. Se por algum distúrbio
o paciente não conseguir permanecer em 0º, ou seja, permanece
com o joelho fletido, pode-
pode-se medir a partir de 90º de flexão, desde
que seja documentado.
 As rotações podem ser aferidas na planta do pé, adotando um eixo
longitudinal na tíbia, com o paciente sentado e os joelhos a 90º.
Medir a rotação lateral e medial, sendo que a rotação lateral pode
ser maior do que a medial, sendo importante comparar
bilateralmente.
TESTE DE FORÇA
 Os testes de força devem ser realizados
preferencialmente na postura sentada, porém é possível
realizar em outras posturas.
 Flexão – com o paciente sentado, joelhos a 0º, oferecer
resistência em uma perna e depois na outra, pedindo
para o paciente levar o calcanhar para trás, até o
bumbum, se possível.
 Extensão – com os joelhos a 90º, ofereça resistência à
extensão e peça o movimento. Compare sempre
bilateralmente e observe a qualidade.
PROVA DE FUNÇÃO
 Semitendinoso e semimembranoso – paciente em DV,
fixa a coxa latealmente, fletir o joelho a 70º e rodar
medialmente o joelho, em seguida peça ao paciente
para fletir o joelho contra resistência do terapeuta.
 Bíceps femoral – paciente em DV, fixa a coxa
medialmente, fletir o joelho a 70º e rodar lateralmente o
joelho e coxa, em seguida peça ao paciente para fletir o
joelho contra resistência do terapeuta.
 Poplíteo – paciente sentado, fletir o joelho a 90º
rodando--o lateralmente, oferecendo resistência.
rodando
 Quadríceps – paciente sentado, joelhos a 90º sem
rotações, oferecer resistência a extensão. Se realizar
rotação lateral da coxa e do joelho, realizando a
extensão, favorece a ação do vasto medial, em rotações
opostas, prioriza-
prioriza-se o vasto lateral.
EXAME NEUROLÓGICO
 Os exames sensitivos e reflexos já foram descritos em
encontros anteriores.
 Exame Motor
 Extensão - Quadríceps – N femoral – L2, L3 e L4.
 Flexão – Isquiostibiais
 Semitendinoso – L5;
 Semimenbranoso – L5;
 Bíceps femoral – S1
 Todos são inervados pelo nervo Ciático.
CIRCUMETRIA
 Circumetria – não é exatamente um teste especial, é apenas uma
mensuração da circunferência dos membros. Tal mensuração visa
identificar distúrbios do trofismo (massa muscular) muscular. Pode
ser realizado em qualquer membro, porém com muito critério.
 A zona a ser mensurada deve estar livre de roupas e deve-
deve-se
demarcar a região com pontos de referência, por exemplo: medida
a 25cm da EIAS da coxa direita = 54cm, medida a 25cm da EIAS da
coxa esquerda = 50cm. Observe que a perna esquerda possui 4cm
de diâmetro a menos que a perna direita, caracterizando uma
redução significativa da massa muscular, o que explica com
facilidade um déficit de força. Tal medida ainda serve para anotar e
comprovar a evolução do paciente em seu tratamento.
Testes de Estabilidade
 Gaveta anterior
 Gaveta posterior
 Bocejo ou estresse em valgo e varo

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