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TEMA: Infecção das vias aéreas superiores - ● Outros sintomas: linfadenopatia cervical;
Faringoamigdalite Estreptocócica dor abdominal: devido a uma linfadenite
mesentérica; ausência de tosse.
DEFINIÇÃO
Crianças menores de 3 anos podem ter um quadro
A faringite aguda pode ter etiologia viral (maior
mais atípico, com prostração, congestão nasal,
parte) ou bacteriana. A faringite bacteriana traz
coriza e febre baixa Em menores de 1 ano, os
uma preocupação a mais, pois um dos principais
sintomas são ainda mais inespecíficos.
agentes pode levar ao desenvolvimento de febre
reumática.
Quando tem suspeita clínica da infecção
A principal causa de faringite bacteriana é a
bacteriana, deve-se realizar:
Faringoamigdalite Estreptocócica. É responsável
DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO!
por 20-30% das faringites na pediatria.
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Este material é elaborado de forma colaborativa, sendo vedadas práticas que caracterizem plágio ou violem direitos autorais e/ou de propriedade intelectual.
PEDIATRIA
ABSCESSO PERITONSILAR
Etiologia: Polimicrobiana. Há ruptura da cápsula
amigdaliana, alcançando o espaço peritonsilar,
onde ocorre proliferação bacteriana e formação
do abscesso.
Quadro Clínico: adolescentes; disfagia/sialorréia;
alteração da voz (como se tivesse uma batata
quente na boca), trismo.
Exame Físico: desvio úvula contralateral;
linfadenopatia cervical.
Internação: TC cervical (avaliar extensão do
abscesso); drenagem (com agulha ou incisão);
antibiótico EV (cobrir estreptococo e anaeróbios)
seios paranasais, além disso, o vírus leva a uma As principais características, em relação ao
disfunção ciliar e ao espessamento do muco. diferencial com resfriado comum, são:
Por conta desse comprometimento do ● PERSISTÊNCIA DOS SINTOMAS que
clareamento mucociliar devido à obstrução do duram mais que 10 dias, sem qualquer
óstio de saída, disfunção ciliar e espessamento do melhora aparente.
muco, acaba tendo colonização bacteriana. ● PIORA DOS SINTOMAS após uma melhora
inicial (6º-7º dia), retorna a:
E POR QUAIS BACTÉRIAS? ○ Coriza abundante;
1. Streptococcus pneumoniae: 30%; ○ Tosse intensa, diurna e noturna;
2. Moraxella catarrhalis: 20%; ○ Febre.
3. Haemophilus influenzae não tipável: 20%. ● SINTOMAS MUITO GRAVES:
○ Febre > 39ºC;
Obs: a vacinação contra o pneumococo tem se ○ Coriza mucopurulenta;
associado à redução da importância dessa bactéria ○ Dura: > ou = 3 dias;
e ao aumento da frequência dos hemófilos não ○ Mal-estar geral.
tipáveis.
A infecção pode ser aguda (< 30 dias) ou crônica (>
E o Staphylococcus aureus? 3 meses).
É o mais comum nas complicações da Sinusite
Bacteriana, assim como os ANAERÓBIOS.
DIAGNÓSTICO
Imunodeprimidos: podem ter Sinusite por conta
de fungos, principalmente o Aspergillus.
QUADRO CLÍNICO
Semelhante a um resfriado comum, porém
persistente (>10 dias) ou mais grave, por conta da
contaminação bacteriana secundária.
Os sintomas relacionados podem ser:
● Tosse: seca ou produtiva, persistente
durante o dia, mas com piora noturna (pelo
gotejamento pós-nasal)
● Sintomas nasais: obstrução e congestão, COMO FAZER O DIAGNÓSTICO?
secreção mucosa, serosa ou purulenta. Na Sintomas compatíveis com inflamação dos seios
rinoscopia, pode haver edema e eritema nasais e curso clínico sugestivo:
dos cornetos nasais. ● Persistência dos sintomas: coriza e/ou
● Febre: indica complicações ou quadro tosse, por >10 dias e <30 dias (período de
grave. melhora do Resfriado comum).
● Outros: cefaléia, dor facial, sensibilidade ● Piora dos sintomas
nos seios paranasais. ● Sintomas muito graves
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PEDIATRIA
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PEDIATRIA
Outras complicações
● Abscesso orbitário;
● Osteomielite;
● Abscesso subperiosteal;
● Trombose do seio cavernoso.
COMPLICAÇÕES INTRACRANIANAS
COMPLICAÇÕES ● Empiema sub/epidural;
● Edema e Eritema Peri-orbitário: ● Abscesso cerebral;
aparecem subitamente. ● Meningite.
Mais comum: sexo masculino, adolescente,
sinusite frontal.
O principal agente etiológico envolvido é o
Staphylococcus aureus.
Tratamento: Oxacilina ou Vancomicina.
COMPLICAÇÕES ORBITÁRIAS
Celulite periorbitária
É a mais comum, principalmente em <5 anos,
sinusite etmoidal (comprometimento da
drenagem venosa do seio que leva a esse
aspecto). A infecção ocorre nos tecidos da face,
sem acometer globo ocular. Pode ser uma
complicação de uma sinusite etmoidal, mas
também pode ser consequente a qualquer trauma
de face.
Internação: Amoxi-Clavulanato ou Cefuroxima.
Se quadro leve: antibiótico VO e reavaliar em 24-
48 horas. TEMA: Infecção das vias aéreas superiores -
Resfriado Comum
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PEDIATRIA
ETIOLOGIA
A etiologia está relacionada aos vírus do resfriado
comum e da gripe. Os principais vírus são o
rinovírus (50%), influenza, parainfluenza, vírus
sincicial respiratório (VSR) e adenovírus.
OBS: Coriza purulenta NÃO é sinal de sinusite. intoxicação por imidazolínicos, como a
nafazolina). Em crianças >12 anos, pode
ser utilizado com cautela.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
A presença de febre alta e persistente, toxemia, A doença é autolimitada. Devemos orientar e
mal estar, ausência de sintomas nasais, lesão de acalmar a família. Em caso de piora ou persistência
mucosa oral, alteração focal na ausculta pulmonar, dos sintomas devemos orientar retorno para
hemoptise, início agudo de tosse ou dificuldade reavaliação.
respiratória são indicativos de outras causas. A Não há necessidade de isolamento domiciliar.
persistência dos sintomas nasais e da tosse
também deve chamar atenção.
COMPLICAÇÕES
Os principais diagnósticos diferenciais são: ● Sinusite;
● Exacerbação e crise de asma;
● Rinite alérgica, sazonal ou vasomotora ● Infecção de vias aéreas inferiores;
● Sinusite bacteriana aguda ● Epistaxe, conjuntivite e faringite.
● Corpo estranho nasal
● Coqueluche Intoxicação por Nafazolina
● Influenza (anticongestionante)
● COVID-19
- Tríade: bradicardia + hipotermia + sonolência.
● Faringite bacteriana
- Tratamento de suporte, com melhora dos
TRATAMENTO sintomas dentre 12 a 24 horas.
Se baseia apenas em suporte clínico, tende a OTITE MÉDIA AGUDA
melhorar gradualmente após 10 a 14 dias. A tosse
pode persistir por 4 semanas. ● Pode ocorrer em até 50-80% dos
resfriados, mais frequente em crianças de 6
- Antitérmicos: dipirona, ibuprofeno ou a 11 meses.
acetaminofeno (Paracetamol). ● É a infecção bacteriana da orelha média
Não utilizar AAS pelo risco de Síndrome de (cavidade aérea no osso temporal que
Reye (se o agente etiológico foi Influenza ou abriga os ossículos da audição)
varicela ocorre degeneração hepática e
encefalopatia grave). Etiologia
- Inalação com soro fisiológico, se necessário;
A orelha média se comunica com a nasofaringe
- Lavagem nasal com soro fisiológico: várias
pela tuba auditiva, a qual tem sua mucosa
vezes ao dia, para desobstrução;
contínua com a mucosa da nasofaringe. Em caso
- Orientar aumento da ingesta hídrica e
de inflamação da tuba, ocorre disfunção da
ingestão de líquidos quentes (chás, sopas),
mesma, com acúmulo de líquidos no interior da
mel;
orelha média (hipoacusia). Ainda, bactérias
- Orientar lavagem das mãos frequente e evitar
patogênicas que colonizam a nasofaringe podem
tocar bocas, nariz e olhos.
ascender e atingir a orelha média e proliferam no
NÃO usar: líquido acumulado, tornando-o purulento e com
intenso processo inflamatório na cavidade. Pode
● Anti-histamínicos; haver formação de abscesso na orelha média.
● Antitussígenos e mucolíticos;
● Descongestionantes (obs: jamais usar em
menores de 5 anos, pelo risco de
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PEDIATRIA
ETIOLOGIA
É causada pelo vírus parainfluenza (75%),
adenovírus, vírus sincicial respiratório e influenza.
QUADRO CLÍNICO
Existe um pródromo catarral com febre baixa. Em
seguida, inicia-se uma tosse metálica (crupe),
conhecida por tosse ladrante ou “tosse de
cachorro”. Há afonia e rouquidão e estridor
respiratório.
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PEDIATRIA
O estridor é o marcador clínico de acometimento Devemos instituir uma via aérea definitiva (IOT ou
laríngeo. É um ruído inspiratório (pelo traqueostomia) e oferecer oxigênio. Não tentar
colabamento da laringe) decorrente de obstrução visualizar a orofaringe e não solicitar exames.
de vias aéreas extrapleural.
TRATAMENTO
O paciente com estridor é um paciente que Depende da gravidade do quadro, avaliada pela
apresenta uma obstrução (ex.: edema na mucosa presença do estridor em repouso.
da laringe). O calibre do lúmen da laringe diminui;
Com estridor em repouso
caso haja edema, haverá uma redução ainda maior
do calibre de passagem do ar durante a inspiração. ● Nebulização com adrenalina
Essa oscilação do ar leva ao surgimento do ○ Manter por 2h até alcançar o efeito
estridor. Na expiração o calibre da via aérea volta do corticoide.
a aumentar e assim o ar consegue passar. O ●
estridor também pode estar presente na ● Liberar se permanecer 2h sem estridor de
expiração, mas nesse caso teremos uma obstrução repouso
muito mais importante!
Sem estridor em repouso
Ao raio-X, é observado do sinal da torre (via aérea
estreita). ● Dexametasona VO ou IM
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PEDIATRIA
● Cuidadores de confiança para cuidado em anticorpos não serão suficientes para proteger o
casa bebê, o qual estará suscetível até receber a vacina.
● Segurança de seguimento próximo
Portanto, a vacina contra a B. pertussis é indicada
MEDIDAS ADICIONAIS para:
Isolamento 1. Gestantes a partir da 27ª semana: dTpa
a. Protege o bebê passivamente pela
➢ Quando tempo o paciente hospitalizado
passagem transplacentária
por coqueluche deve ficar isolado? até 5
b. Indicada em todas as gestações,
dias a partir do dia de início do ATB
independente do status vacinal.
➢ E nos casos em que não foram usados
2. Crianças aos 2, 4 e 6 meses (vacina
antibióticos? 3 semanas a partir do início
pentavalente - DTP+Hib+HepB) e reforço
da tosse
aos 15 meses (DTP)
➢ O isolamento é por precaução de gotículas.
Precaução de contato não é necessária. Obs: a vacina acelular confere uma menor
➢ O retorno a escola pode ser feito após 5 imunidade, mas tem menos efeitos adversos.
dias de tratamento ou 21 dias após início
dos sintomas.
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PEDIATRIA
POLÍTICA DE USO
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violem direitos autorais e/ou de propriedade
intelectual. Qualquer prática dessa natureza ou
contrária aos Termos de Uso da Comunidade MedQ
pode ser denunciada ao setor responsável pelo
canal de suporte.
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