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PRÁTICAS DE ENFERMAGEM APLICADAS AO SISTEMA RESPIRATÓRIO

PROFESSOR ENF. WALDEMIR | TURMA


AULA 04

PATOLOGIAS DAS VAS ( Continuação ):


OBJETIVOS:

1. Reconhecer a descrição
2. Etiologia (causas)
3. Fatores de risco
4. Sintomatologia
5. Diagnóstico
6. Tratamento
7. Cuidados de Enfermagem
FARINGITE (Descrição)

A faringite é uma inflamação que


acomete a faringe, parte superior da
garganta que liga o nariz e a boca
ao esôfago e à laringe.
ETIOLOGIA (origem, causa)
Faringite pode causada por:

Vírus

Bactérias

Alergia (fungos, poeira, ácaros)


ETIOLOGIA (origem, causa)
FARINGITE VIRAL

Os vírus mais frequentes são: adenovírus, rinovírus,


vírus da parainfluenza, Herpes simplex (HSV, que
provoca herpes simples e herpes genital) e HIV
(causador da aids).

Adenovírus Rinovírus Parainfluenza Vírus do HIV


FARINGITE VIRAL

As infecções de origem viral correspondem a 70% dos


casos em crianças menores de 3 anos e diminuem
após a puberdade.
Cerca de 85% dos casos em
adultos.

Transmissão por meio de secreção


nasal e saliva com vírus que podem
causar faringite passando de uma
pessoa para outra.
ETIOLOGIA (origem, causa)
FARINGITE BACTERIANA

A principal causa bacteriana são os estreptococos do


grupo A, responsáveis por cerca de 15% dos casos
em adultos e 30% em crianças.
Essa bactéria requer atenção especial em razão do
risco de sequelas como febre reumática.
FARINGITE BACTERIANA

Transmissão é por meio de


secreção nasal e saliva com
bactérias que podem causar
faringite passando de uma
pessoa para outra.
ETIOLOGIA (origem, causa)
 FARINGITE ALÉRGICA

Causada pela reação a fatores como

 ar condicionado
poeira
fungos
 ácaros
SINTOMAS DA FARINGITE VIRAL
 

Dor de garganta;
Perda de apetite;
Dificuldade para engolir alimentos sólidos;
Coriza;
Tosse;
Voz rouca ou abafada;
Febre baixa, de até 38,5℃.
 
SINTOMAS DA FARINGITE BACTERIANA
 

Dor de garganta;
Perda de apetite;
Dificuldade para engolir alimentos sólidos;
Aumento dos linfonodos, gânglios localizados no
pescoço e atrás das orelhas;
Dores no corpo;
Pode haver formação de secreção purulenta nas
amídalas;
Febre alta que começa subitamente e pode chegar
a 39,5℃.
DIAGNÓSTICO DE FARINGITE
 

O diagnóstico é basicamente clínico.


Se o médico ficar em dúvida se a faringite é viral ou
bacteriana, ele também pode pedir um exame rápido
para confirmação. Os resultados saem em alguns
minutos e indicam se há a presença de estreptococos
ou vírus.
TRATAMENTO DA FARINGITE
 
FARINGITE VIRAL

Analgésicos;
Anti-inflamatórios;
Hidratação;
Repouso;
Evitar ambientes fechados;
Pastilhas e Própolis.

Lembre-se: não é necessário o uso de antibióticos, pois


vírus não respondem a esse tipo de medicamento.
TRATAMENTO DA FARINGITE

 FARINGITE BACTERIANA

 Antibióticos: (penicilina, eritromicina e


amoxicilina) via oral ou injetável;
Hidratação;
Repouso;
Pastilhas e Própolis.

 
Os sintomas geralmente melhoram 48 horas depois do
 
inicio do tratamento.
LARINGITE( Descrição)
A laringite consiste na inflamação da laringe,
localizada abaixo da faringe e acima da
traqueia, onde se encontram as cordas vocais.
FUNÇÕES DA
LARINGE
ETIOLOGIA(Causas)
Laringite aguda
A maioria dos casos de laringite é temporária, ou aguda.
Causas de laringite aguda incluem:

Infecções virais semelhantes às que causam resfriado


Esforço vocal, causada por uso excessivo da voz
Infecções bacterianas, como a difteria, embora seja
raro.
Laringite crônica

Laringite que dura mais de duas semanas.


Geralmente causado por substâncias irritantes ao
longo do tempo.
Pode causar tensão das cordas vocais e lesões ou
tumores na corda vocal (pólipos ou nódulos).

Estas lesões podem ser causadas por:


 Irritantes inalatórios, como a vapores químicos,
alérgenos ou fumaça
 Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)
 Sinusite crônica
 Uso excessivo de álcool
 Uso excessivo habitual de sua voz (como no caso de
cantores ou professores)
 Fumar.
Causas menos comuns de laringite crônica incluem:

 Infecções bacterianas ou fúngicas


 Infecções por certos parasitas.

Outras causas de rouquidão crônica incluem:

 Câncer
 Paralisia das cordas vocais, o que pode resultar de
lesão, AVC, um tumor pulmonar ou outras condições
de saúde
 Aumento da curvatura das cordas vocais na terceira
idade.
SINTOMAS DA LARINGITE
O principal sintoma da laringite é a rouquidão.
A voz pode soar estridente, ser mais profundado que o
normal ou quebrar de vez em quando.
Em alguns casos, pode perder a voz completamente.

Outros sintomas podem incluir:


 Garganta seca ou inflamada
 Tosse
 Dificuldade para engolir.
DIAGNÓSTICO DA LARINGITE
O médico pode identificar laringite fazendo um exame
físico que provavelmente incluirá sentir o pescoço do
paciente, afim de encontrar áreas sensíveis ou caroços.
Também será avaliado o nariz, boca e garganta.

A aparência das cordas vocais e o som da voz vai ajudar


o especialista descobrir se a laringite vai embora por
conta própria ou se é preciso tratamento.
Otorrinolaringologista poder realizar exames como:

 Videolaringoscopia, no qual uma câmera filma a


laringe e pode-se detectar a laringite ou outras
alterações como nódulos, pólipos ou até tumores em
fase inicial.

 Biópsia Retirada de amostra de uma pequena proção


do órgão.
COMPLICAÇÕES POSSIVEIS
Se a laringite começou por conta de uma infecção, a falta
de tratamento pode fazer com que esse vírus, bactéria ou
fungo se espalhe para outros órgãos do trato respiratório.

Além disso, uma laringite causada por excesso de uso da


voz pode se tornar crônica com o passar do tempo.
PREVEÇÃO
Para prevenir o ressecamento ou irritação para suas
cordas vocais:

Não fumar e evitar o fumo passivo. A fumaça pode


secar a garganta e irritar as cordas vocais
Limite o consumo de álcool e cafeína, uma vez que
essas bebidas podem causar desidratação, ressecando
as cordas vocais
 Hidratação
 Evite limpar garganta
 Evite infecções das vias respiratórias superiores
 Lave as mãos frequentemente e evitar o contato com
pessoas que têm infecções respiratórias, como
resfriados.
TRATAMENTO DA LARINGITE
Descansar a voz tanto quanto possível. O paciente deve
falar baixo e pausadamente, evitando sussurrar. Falar ao
telefone ou em voz em alta também deve ser evitado
Não pigarrear. Se há tosse seca, um medicamento de
venda livre pode ajudar
Mantenha o ambiente úmido com vaporizadores ou bacias
d’água
Beba muito líquido. Isso ajuda a irrigar as cordas vocais,
evitando forçá-las e ajudando na recuperação
Não fume e mantenha o paciente longe do fumo passivo.
Os medicamentos mais usados para o
tratamento de laringite são:

Antux
Azitromicina
Bi Profenid
Broncho-Vaxom
Cefalexina
Ceftriaxona Dissódica
Ceftriaxona Sódica
Cetoprofeno
AMIGDALITE (Descrição)
A amigdalite é a inflamação das amígdalas palatinas,
contudo estas não são as únicas presentes na via
aérea superior.
Na parte posterior da língua, existem amígdalas
linguais que podem também ser afetadas por
processos inflamatórios (amigdalites linguais).
É uma situação rara, mas com um quadro clínico mais
severo e muitas vezes resistente às principais
terapêuticas.
Em casos extremos, as amigdalites linguais podem
colocar em risco a própria via aérea. As amigdalites são
mais frequentes em idade pediátrica, mas também
podem ocorrer em idade adulta. Entre as doenças da
garganta, a amigdalite é das patologias mais
prevalentes.
AMIGDALITE AGUDA

É um processo inflamatório pontual associada


a dor de garganta com evolução rápida, e cuja
sintomatologia apresenta geralmente uma
duração entre 5 a 7 dias, com o tratamento
adequado. Muitas vezes acompanhada por
mal-estar, prostração, dificuldade na
deglutição e dores de cabeça.
Muitas vezes acompanhada por mal-estar,
prostração, dificuldade na deglutição e dores de
cabeça. Em casos de colonização bacteriana, a
febre pode ser alta e as amígdalas apresentam
um exsudado purulento difuso à sua superfície.
AMIGDALITE CRÓNICA
caracteriza-se por um processo de amigdalite de
repetição ou amigdalite recorrente. Nesses casos,
os agentes patológicos podem afetar de forma
permanente as amígdalas e provocar processos
inflamatórios recorrentes.
ETIOLOGIA (CAUSAS)
a amigdalite pode ser viral (causada por vírus),
sendo esta a etiologia mais frequentemente
encontrada.

Os vírus mais implicados são:

 Adenovirus,
 rhinovirus,
 vírus influenza,
 coronavirus
ETIOLOGIA (CAUSAS)

A amigdalite bacteriana (causada por


bactérias) costuma ser provocada pela
bactéria Streptococcus ß-hemolitico grupo A,
dando origem a amigdalite estreptocócica.
ETIOLOGIA (CAUSAS)

Os fungos também podem estar implicados


(amigdalite fúngica), contudo esta etiologia é muito
pouco frequente em doentes imuno-competentes.
Alguns casos podem ser descritos como
necrosantes (a mais frequente inclui a Angina de
Vincent). No entanto, nesses casos deve excluir-se
causa oncológica subjacente.
AMIGDALITE BACTERIANA
AMIGDALITE

 (Amigdalite em crianças) é um processo


inflamatório semelhante ao descrito
anteriormente, mas que se associa muito
frequentemente a inflamação concomitante
das adenóides.
AMIGDALITE
Ou seja, nas crianças, o processo inflamatório
também pode afetar as adenóides (estrutura
linfóide situada na porção posterior da
cavidade nasal, a rinofaringe), tratando-se
neste cenário de uma adenoamigdalite.
SINTOMAS

 Garganta inflamada e dor de garganta;


 Dificuldade na deglutição;
 Cefaleias ou dores de cabeça;
 Mal-estar geral;
 Febre;
 Dor de ouvidos (mas observação por otoscopia
costuma ser normal);
 Voz alterada;
 Amígdalas “inchadas”, com rubor e podendo
apresentar placas esbranquiçadas na sua superfície
(pus);
 Halitose (mau hálito).
A duração da sintomatologia costuma variar entre
5 a 7 dias.
TRANSMISSÃO

A amigdalite é transmissível através da tosse,


espirros ou através de gotas de saliva.
No caso das crianças, este contágio pode ocorrer
pelo uso de brinquedos contaminados e partilhados
pelas crianças, etc..
DIAGNÓSTICO

é feito geralmente por observação médica da


cavidade oral e constatação do processo inflamatório
na garganta. Na larga maioria dos casos, não são
necessários exames complementares, a não ser no
caso de suspeita de complicações.
COMPLICAÇÕES

 Abcesso peri-amigdalino
 Hipertrofia das amígdalas
 Cardíacas (miocardite e patologia valvular)
COMPLICAÇÕES

A amigdalite na gravidez pode ocorrer nos


mesmos moldes, mas nesses casos a terapêutica
terá que ter em conta as restrições que a própria
gravidez impõe na escolha do tratamento,
nomeadamente na escolha da antibioterapia.
AMIGDALITE VIRAL

o tratamento é com:
 Analgésicos,
 anti-inflamatórios ou anti-piréticos para aliviar a
dor e baixar a febre.( Paracetamol e/ou
ibuprofeno)
 Hidratação (beber bastantes líquidos como água
natural, chãs, etc.)
 repouso são importantes medidas para uma
melhor e mais rápida recuperação.
AMIGDALITE BACTERIANA

O tratamento costuma ser a penicilina ou


amoxicilina com ou sem ácido clavulânico.
Em caso de alergia, a segunda linha inclui antibiótico
da família dos macrólidos, como é exemplo a
azitromicina.
A cirurgia (ou operação) deve ser equacionada
nos casos de amigdalite recorrente ou
antecedentes de complicações prévias
(nomeadamente abcesso ou internamentos por
este motivo), conforme veremos de seguida.

A remoção cirúrgica das amígdalas


palatinas (amigdalectomia)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
Doenças Respiratórias Crônicas (saude.gov.br)
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
doencas_respiratorias_cronicas.pdf
OBRIGADO!

Prof. Enf. Waldemir Filho

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