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Thiara Gomes
Saúde na Infância e Adolescência II
Universidade Federal do Recôncavo
2024
A tosse na infância
• Uma das queixas mais frequentes em pediatria;
Eficácia da tosse
Eficaz: função de
Tempo de duração ‘toalete’.
Aguda : <3 semanas Ineficaz
Crônica:>3 semanas
Características
Seca : sem secreções
Irritativa, paroxística,
estridulosa, ladrantes
Avaliação da tosse
Anamnese
História clínica (tipo de tosse, aspecto da secreção, tempo de
evolução, fatores de piora, predileção por determinado período do
dia, associação com outros sintomas)
História neonatal, engasgos, possibilidade de aspiração de corpo
estranho, alergias e eczemas, contactante de tossidor crônico ou
portador de tuberculose, história familiar de asma, fibrose cística ou,
exposição a fatores ambientais.
Exame Físico
Avaliar crescimento e desenvolvimento, malformações de caixa
torácica, indícios de doença sistêmica (hipóxia, baqueteamento
digital, cianose), avaliar otoscopia, orofaringe, presença de
gotejamento posterior, exame segmentar do aparelho respiratorio e
demais sistemas.
A criança com febre e sintomas
respiratórios
Síndromes Clínicas
Rinofaringite aguda
Faringoamigdalite
Rinossinusite aguda
Otite média aguda
Laringite
Rinofaringites agudas
• Processos inflamatórios da mucosa da rinofaringe e
formações linfoides anexas;
Particularidades...
O rinovírus tem tropismo especial pelas vias aéreas superiores.
Os demais vírus podem se propagar para as vias aéreas
inferiores em determinadas situações.
O vírus da influenza esta associado a síndrome gripal e
complicações mais frequentes como pneumonia por invasão
viral direta ou por infecção bacteriana secundária.
Síndrome gripal; paciente com febre, de início súbito, mesmo que
referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos
um dos sintomas: mialgia, cefaleia ou artralgia.
A obstrução nasal...
Cura
5 a 14 dias
Aparecimento, persistência
ou recorrência da febre;
Pneumonias
Bronquiolites Persistencia da tosse;
Rinofaringites agudas
Considerações
Antibióticos não estão indicados e não previnem infecções
bacterianas secundárias.
A coriza pode se tornar espessa e amarelada, sem que
signifique infecção bacteriana.
Crianças atópicas podem necessitar de anti-histamínicos e
broncodilatadores .
Suspeitar de complicações quando a febre persistir por mais
de 72h, prostração mais acentuada, dificuldade respiratória e
gemência.
As complicações mais comuns são as otites médias e sinusite.
Importante orientar os pais quanto a evolução benigna do
quadro e sobre as possíveis complicações.
Faringoamigdalites agudas
• Processos inflamatórios da mucosa da faringe que
envolvem as amígdalas e estruturas adjacentes;
• Categorias clínicas: nasofaringites, amigdalites e
faringoamigdalites.
• As nasofaringites se apresentam com hiperemia e eritema
na faringe e os agentes etiológicos são quase sempre virais;
• As amigdalites manifestam-se com ‘dor de garganta’ e
inflamação (eritema, exsudato e ulceração);
• As faringoamigdalites se apresentam com eritema e
edema nos pilares amigdalianos, com ou sem exsudato,
petéquias, vesículas ou úlceras em cavidade oral.
Faringoamigdalites agudas
Etiologia
Vírus Bactérias
Adenovírus Streptococcus pyogenes
Influenza e Parainfluenza Haemophilus influenzae
Coxsackie tipo A Staphilococcus aureus
Vírus Sincicial Respiratório
Atenção!
Considerar a possibilidade de infecção pelo Epstein-Barr e
pelo Corynebacterium diphteriae.
Faringoamigdalites agudas
Estreptocócica Viral
Herpangina
Faringoamigdalites agudas
Diagnóstico Diferencial
Corynebacterium diphtheriae
• Crianças ate 10 anos
• Início insidioso e caráter
progressivo
• Anorexia, mal estar, febre
baixa e faringite
• Aspecto: membrana branca e
tênue, que se torna mais
espessa, escura e com bordas
definidas, aderente e de difícil
remoção
Faringoamigdalites agudas
Síndrome PFAPA
Tratamento:
o Administração de antibióticos não tem efeito benéfico;
o A maioria dos pacientes recebem 1 ou 2 doses de corticosteroide e
apresenta resolução significativa da febre;
o A maioria das crises é interrompida na fase inicial com dose
única de prednisolona oral (2mg/kg/dia);
o Não esta associada a sequelas a longo prazo;
o Sintomas persistentes: terapia imunossupressora;
o Amigdalectomia.
Extraído de Síndrome PFAPA, Sociedade
Brasileira de Pediatria (2017).
Faringoamigdalites agudas
Diagnóstico:
Complicações: Clínico
Exames não específicos :
hemograma e PCR
Supurativas : Testes de detecção rápida de
Abscesso periamigdaliano antígenos estreptocócicos (E
e retrofaríngeo, adenite 90% / S 60-70%)
cervical, otite média, Cultura de orofaringe
mastoidite.
Tratamento:
Tardias: Faringoamigdalites virais:
autolimitadas, 4 – 10 dias
Febre reumática e
glomerulonefrite aguda. Infecções pelo Streptococcus
beta-hemolítico do grupo A:
penicilinas (P. benzatina
1.200.000UI ou 50.000U/kg).
Abscesso
amigdaliano
Rinossinusites Agudas
• Processos inflamatórios da mucosa que reveste as
cavidades ósseas que circundam o nariz, denominadas
seios da face ou paranasais;
• Frequente em crianças;
Etiologia
Bacterias Vírus
Streptococcus pneumoniae Adenovírus
Haemophilus influenzae Parainfluenza
Moraxella catarrhalis Virus Sincicial Respiratório
Streptococcus beta-
hemolítico grupo A
Rinossinusites Agudas
Mecanismo Clínica:
infecção das vias
aéreas Tosse, rinorréia clara ou
purulenta e com odor
edema da mucosa fétido, obstrução nasal,
febre, halitose, cefaléia,
obstrução da dor facial.
ventilação
Comprometimento Classificação:
da drenagem
alteração do
Aguda < 4 semanas
sistema de defesa Subaguda > 4 semanas e < 3
meses
infecção secundária Crônica > 3 meses
Rinossinusites Agudas
Quando pensar...
Conjuntivite purulenta
Endoscopia nasal
Rinossinusites Agudas
Tratamento
Antibioticoterapia
Amoxicilina 14 dias
Amoxicilina + Clavulanato ou Cefuroxima (recidiva ou
regiões prevalentes de germes produtores de B-lactamase).
Adjuvantes:
Lavagem nasal
Descongestionante : sem evidencias de benefícios!
Antiinflamatórios hormonais (corticóide) : pansinusites,
sinusite crônica agudizada ou quadros intensos de cefaléia
e dor facial.
Otite Média Aguda (OMA)
• Inflamação aguda da mucosa que reveste o ouvido
médio, com duração de até 3 semanas;
Bacterias Vírus
Streptococcus pneumoniae Influenza A e B
Haemophilus influenzae Virus Sincicial Respiratório
Moraxella catarrhalis Adenovírus
Streptococcus pyogenes Parainfluenza 1 e 3
Staphilococcus aureus
Atenção!
A diferença entre as etiologias virais ou bacterianas não
pode ser feita baseando-se apenas nos critérios clínicos.
Otite Média Aguda
Diagnóstico:
Clínico
Exame físico (otoscopia)
Tratamento:
Medidas gerais:
Analgésicos / antitérmicos
Antimicrobianos
Otoscopia:
MT congesta,
hiperemiada,
sem brilho e
abaulada.
Processo Lateral
Ramo longo da
bigorna
Manubrio do Martelo
Umbigo
Exame físico
Laringites Agudas
• Crupe : tosse ladrante, rouquidão, estridor
predominantemente inspiratório e graus variados de
desconforto respiratório.
Etiologia:
Vírus Bacterias
Parainfluenza (1,2 e 3) S. aureus
Influenza A e B Streptococcus grupo A
Vírus Sincial Respiratorio Moraxella catarrhalis
Haemophillus sp
Laringites agudas