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INFECTOLOGIA I - IVAS
Resfriado • Faz com que seja necessário a vacina da
gripe anual
è Rinofaringite aguda § Shift Antigênico: alteração abrupta e
o Transmissão através de gotículas produzidas importante em um vírus influenza A, menos
pela tosse e espirros ou contato de mãos frequentes que os drift, resultando em novas
contaminadas com a via aérea proteínas (HA e NA)
o Contágio em comunidades fechadas, domicílio, § Quatro subtipos do vírus influenza circulam
creches, escolas em humanos: dois do tipo A (H1N1 e
o Incubação de dois a cinco dias H3N2) e dois do tipo B (linhagens Victória e
Yamagata)
o Período de contágio desde algumas horas antes,
até dois dias após início dos sintomas è Lembrar de duas proteínas de superfície:
o Sinais e sintomas: a rinofaringite pode iniciar com o Hemaglutina (H) – Entrada do vírus na célula
odinofagia, coriza, obstrução nasal, espirros, tosse o Neuraminidase (N) – Saída do vírus da célula
seca e febre de intensidade variável. Determinados è Incubação: um a quatro dias, com média de dois dias
tipos de vírus podem também causar diarreia. è Transmissão do vírus: um a dois dias antes do início
è Diagnóstico é essencialmente clínico de sintomas
o Diferencial com manifestações iniciais de è O pico da excreção viral em 24 e 72 horas do início
várias doenças, como sarampo, coqueluche, da doença
meningocócica ou gonocócica è As crianças excretam vírus mais precocemente com
o Complementares: A identificação de vírus é maior carga viral e por períodos mais longos de sete
desnecessária a 10 dias ou mais
è Tratamento geral è Imunocomprometidos podem excretar vírus por
o Repouso no período febril semanas ou até meses.
o Hidratação e dieta conforme aceitação è Influenza é uma doença sazonal de ocorrência
o Higiene e desobstrução nasal anual. A prevalência varia entre comunidades e
o Umidificação do ambiente: benefícios não dentro de uma única comunidade ao longo de
comprovados uma temporada.
o Antitérmico e analgésico è Risco de complicações (nem todo mundo será
o Acrônimo DANUS – Descanso; Água; Nariz tratado)
(lavar); Umidificador; Sintomáticos. o < 2 anos e > 60 anos
o Doenças crônicas
Gripe
o Gravidez e puerpério
o Obesidade
è Causado pelo vírus influenza, divididos em 4
è Caso de síndrome gripal (SG)
tipos, 2 causam doença em humanos: A (sazonal e
pandêmico) e B (contínuo); o Sinais de comprometimento das vias aéreas
superiores: coriza, tosse não produtiva, disfonia/
o Possui mecanismos de mutação
rouquidão e odinofagia. MAIS um sinal de
§ Drift Antigênico: geram alterações antigênicas
comprometimento sistêmico: febre, mialgia,
que impedem o reconhecimento do vírus
calafrios, mal estar geral, apatia, fadiga e cefaleia
pelos anticorpos do hospedeiro;
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o < 2 anos: febre súbita e sintomas respiratórios: antitérmicos (com exceção do AAS pelo risco
tosse, coriza e obstrução nasal – já incluem essas de eventos adversos, em especial a síndrome
crianças como síndrome gripal de Reye)
è Pode ter a potencialização da gravidade – Síndrome o Antivirais: Oseltamivir (VO) e Zanamivir
Respiratória Aguda Grave (SRAG) (inalatório)
o Síndrome gripal + sinais de exacerbação da § Eficácia depende do tempo de doença até o
doença ou Indivíduo de qualquer idade com seu início de uso do antiviral
quadro de insuficiência respiratória aguda § Início nas primeiras 48 horas de início dos
durante período sazonal: sintomas
§ Dispneia § Oseltamivir pode ser benéfico para pacientes
§ Saturação <95% hospitalizados, mesmo se iniciado quatro a
§ Desconforto respiratório ou aumento da FR cinco dias após início dos sintomas.
de acordo com a idade § Quem usará antiviral?
§ Piora de doença de base • Fator de risco para complicações de SRAG
o < 5 anos (principalmente <2 anos)
o Doença pulmonar crônica
o População indígena aldeada
o Pacientes com tuberculose
o Uso de aspirina
• Quem está grave ou tem chance de ficar
§ Hipotensão grave
o São sinais de desconforto respiratório em • Doses divididas entre > 1 ano e < 1 ano
Pediatria:
§ Batimentos de Asa de Nariz (BAN) Laringite
§ Cianose
§ Tiragem intercostal è Estridor (som característico dos acometimentos
§ Desidratação e inapetência inflamatórios)
è Complicações o Passagem do ar em via aérea de grosso calibre,
o Infecção bacteriana secundária (OMA, Sinusite, mas que está estreitada
Faringoamigdalite) o Entender o estridor anatomicamente na via aérea
o Miocardite § Vias supraglóticas: mucosa do nariz até as
o Encefalite cordas vocais
o Polirradiculoneurite (Guillain-Barré) • Mais colapsável
o Miosite, rabdomiólise • Estridor inspiratório precoce
o Falência de múltiplos órgãos • Potencial de gravidade: Epiglotite
o Testes: moleculares, antígeno, cultura de vírus § Vias glóticas e infraglóticas: até porção
cervical da traqueia
è Atentar para casos que a certeza de o diagnóstico
de gripe ou não muda o manejo da pessoa ou se há • Anéis cartilaginosos dificultam o estridor
probabilidade de alta se os resultados influenciarem • Rouquidão Estridor
na decisão • Crupe/Laringite
è Tratamento è Sintomas da síndrome de Crupe: rouquidão, tosse
o Suporte ladrante, estridor + inspiratório e desconforto
o Hidratação respiratório
o Repouso e sintomáticos – analgésicos e
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o Membrana menos brilhante, opaca é pouco o Recorrente: 3 episódios agudos, separados por
sensível mais de 10 dias assintomático em 6 meses, ou 4
è Cálculo do Risco de ser bacteriano! episódios desses em 12 meses;
o S. pneumoniae – vacina 2, 4 e 6 meses è Fatores de risco iguais aos da OMA
§ <6 meses = risco aumentado è Patogênese
o H. influenzae – pneumo 10! o Inflamação viral Diminuição da motilidade
§ Sem esquema completo = maior risco mucociliar acumulo de secreção infecção
o M. catarrhalis – não tem vacina por bactérias colonizadoras da mucosa
è Agentes
o Vírus
§ Rinovírus
§ Parainfluenzae
§ VSR
§ Influenzae
o Bactérias
§ S. pneumoniae
§ H. influenzae
§ M. catarrhalis
§ S. aureus
è Quadro clínico bacteriano
è Tratamento de acordo com o agente etiológico o Pelo menos um dos critérios:
o Amoxicilina é tratamento inicial! § Rinorreia Purulenta
o Outras opções: Amoxicilina + Clavulanato, § Dor importante a palpação dos seios da face
cefalosporinas de segunda geração § Febre alta, ou retorno da febre após quadro
o Casos complicados: cefalosporinas de terceira viral
geração (EV ou IM); § Elevação de VHS e ou PCR
o Macrolídeos para alérgicos é primeira escolha § Evolução mais prolongada > 10 dias de um
o Tempo de tratamento: quadro viral sem melhora
§ Menores de 2 anos: 10 dias è Diagnóstico clínico
§ Maiores de 2 anos: 7-10 dias o Radiografia de seios da face: NÃO!
o TC de seios da face na suspeita de outras
Sinusite
complicações: em orbitas, abscessos, etc.
o Nasofibroscopia pode ser interessante para
è Inflamação da mucosa que reveste os seios encontrar fatores predisponentes: pólipos, etc.
paranasais; o Sinusite de repetição é sinal de alerta para
è Maioria das vezes faz parte do quadro de imunodeficiências
nasofaringite, se resolvendo sozinha! è Tratamento
è O que convencionamos chamar de sinusite é uma o Sintomáticos: lavagem nasal! Analgésicos e
complicação da nasofaringite! antitérmicos.
è A infecção bacteriana secundária gerando inflamação o Não há benefício do uso recorrente de corticoide
da mucosa que reveste os seios da face o Não usar descongestionantes nasais! Intoxicação
è Classificação por nafazolina!
o Aguda: < 30 dias § Exemplo: neosoro
o Subaguda: 30-90 dias o Antibióticos: semelhante a OMA:
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