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➢ O Chikungunya é um arbovírus (“vírus transmitidos por artrópodes”) Importante: É possível que se desenvolva manifestações atípicas no
com um único sorotipo, diferente do vírus da dengue que tem sistema nervoso, cardiovascular, pele, rins e outros (informações
quatro sorotipos. detalhadas no quadro abaixo).
➢ Pode ser transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes
albopictus. Portanto, a doença deve ser prevenida da mesma
forma com que se combate à dengue, ou seja, eliminando os
criadouros do inseto.
➢ No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em
2014. Chikungunya significa "aqueles que se dobram" em swahili, um
dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos
pacientes que foram atendidos na primeira epidemia
documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre
1952 e 1953.
➢ Não há vacina ou antivirais para o Chikungunya e o tratamento
deve ser feito sob orientação médica, para combater os sintomas
da doença.
SINTOMAS
➢ Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas
nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e
pulsos.
➢ Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas
vermelhas na pele.
➢ Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Depois de
infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida.
➢ Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do
mosquito.
➢ O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada,
durante o período em que o vírus está presente no organismo
infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.
➢ Destaca-se que a doença pode evoluir em três fases:
→ Febril ou aguda: tem duração de 5 a 14 dias
→ Pós-aguda: tem um curso de até 3 meses.
→ Crônica: Se os sintomas persistirem por mais de 3 meses após o
início da doença, considera-se instalada a fase crônica.
CASOS SUSPEITOS
➢ Ao contrário da dengue e de outras arboviroses, a febre do
Chikungunya tem uma elevada taxa de ataque e
aproximadamente 70% dos casos são sintomáticos.
➢ Indivíduo que apresentar febre de início súbito maior que 38,5ºC e
artralgia ou artrite intensa (dor nas articulações e/ou juntas) de início
agudo, não explicado por outras condições, residente em (ou que
tenha visitado) áreas com transmissão até duas semanas antes de
começar os sintomas, ou que tenha vínculo epidemiológico* com
caso importado confirmado.
CASOS CONFIRMADOS
➢ É todo caso suspeito de chikungunya confirmado laboratorialmente
por isolamento viral positivo, detecção de RNA viral por RT-PCR,
detecção de IgM em uma única amostra de soro durante a fase
aguda (a partir do 6º dia) ou convalescente (15 dias após o início
dos sintomas), demonstração de soro conversão entre as amostras
na fase aguda (1a amostra) e convalescente (2a amostra) ou
detecção de IgG em amostras coletadas de pacientes na fase
crônica da doença, com clínica sugestiva.
TRATAMENTO
➢ O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas.
➢ Até o momento, não há tratamento antiviral específico para
chikungunya.
TRANSMISSÃO
➢ A terapia utilizada é analgesia e suporte.
➢ A transmissão do vírus chikungunya (CHIKV) é feita através da
➢ É necessário estimular a hidratação oral dos pacientes e a escolha
picada de insetos-vetores do gênero Aedes, que em cidades é
dos medicamentos devem ser realizadas após a avaliação do
principalmente pelo Aedes aegypti e em ambientes rurais ou
paciente, com aplicação de escalas de dor apropriadas para
selvagens pode ser por Aedes albopictus.
cada idade e fase da doença.
➢ Em casos de sequelas mais graves, e sob avaliação médica
DIAGNÓSTICO conforme cada caso, pode ser recomendada a fisioterapia.
➢ O diagnóstico da chikungunya é clínico e feito por um médico. ➢ Em caso de suspeita, com o surgimento de qualquer sintoma, é
➢ Todos os exames estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). fundamental procurar um profissional de saúde para o correto
➢ Em caso de confirmação da doença a notificação deve ser feita diagnóstico e prescrição dos medicamentos, evitando sempre a
ao Ministério da Saúde em até 24 horas. automedicação.
➢ Em situações de epidemia a maioria dos casos serão confirmados ➢ Os tratamentos são oferecidos de forma integral e gratuita por meio
por critério clínico. do Sistema Único de Saúde (SUS).
➢ Importante: A automedicação pode mascarar sintomas, dificultar o ➢ É uma doença de notificação compulsória imediata, ou seja, todo
diagnóstico e agravar o quadro do paciente. Somente um médico evento suspeito (tanto morte de primatas não humanos, quanto
pode receitar medicamentos. casos humanos com sintomatologia compatível) deve ser
prontamente comunicado, em até 24 horas após a suspeita inicial,
às autoridades locais competentes pela via mais rápida (telefone,
fax, email, etc).
➢ Às autoridades estaduais de saúde cabe notificar os eventos de
febre amarela suspeitos ao Ministério da Saúde.
➢ Atualmente, a febre amarela silvestre (FA) é uma doença
endêmica no Brasil (região amazônica).
➢ Na região extra-amazônica, períodos epidêmicos são registrados
ocasionalmente, caracterizando a reemergência do vírus no País. O
padrão temporal de ocorrência é sazonal, com a maior parte dos
casos incidindo entre dezembro e maio, e com surtos que ocorrem
com periodicidade irregular, quando o vírus encontra condições
favoráveis para a transmissão (elevadas temperatura e
pluviosidade; alta densidade de vetores e hospedeiros primários;
presença de indivíduos suscetíveis; baixas coberturas vacinais;
eventualmente, novas linhagens do vírus), podendo se dispersar
para além dos limites da área endêmica e atingir estados das
regiões Centro.
SINTOMAS
➢ Os sintomas iniciais da febre amarela são: início súbito de febre /
calafrios / dor de cabeça intensa / dores nas costas / dores no
corpo em geral / náuseas e vômitos / fadiga e fraqueza.
➢ A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. No
entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a
➢ A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave
por um vírus transmitido por mosquitos vetores, e possui dois ciclos da doença.
de transmissão: silvestre (Haemagogus e Sabethes) e urbano (Aedes ➢ Depois de identificar alguns desses sintomas, procure um médico na
aegypti). unidade de saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem
para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas, e ➢ Apesar desses ciclos diferentes, a febre amarela tem as mesmas
se você observou mortandade de macacos próximo aos lugares características sob o ponto de vista etiológico, clínico, imunológico
que você visitou, assim como picadas de mosquito. Informe, ainda, e fisiopatológico.
se você tomou a vacina contra a febre amarela, e a data. ➢ No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos
➢ Se você identificar macacos mortos na região onde vive ou está, (macacos) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus e
informe imediatamente as autoridades sanitárias do município ou os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo
estado, de preferência, diretamente para a vigilância ou controle os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na
de zoonoses. América Latina. Nesse ciclo, o homem participa como um
➢ O Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata.
Saúde, elabora normas e coordena as ações de vigilância e ➢ No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância
controle da doença. Também auxilia os estados e municípios na epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos
implementação e manutenção dessas ações, supervisiona as (Aedes aegypti) infectados.
atividades e fornece a vacina contra a febre amarela. ➢ A pessoa apresenta os sintomas iniciais da febre amarela de 3 a 6
dias após ter sido infectada.
Importante: Os macacos não transmitem a febre amarela! Eles são
importantes sentinelas para alerta em regiões onde o vírus da Febre Importante: O ciclo da doença atualmente é silvestre, com
Amarela está circulando. Macacos mortos são analisados em exames transmissão por meio de vetor (mosquitos dos gêneros Haemagogus e
específicos para detectar se a causa morte foi Febre Amarela, o que Sabethes no ambiente silvestre). O último caso de febre amarela
aciona o alerta de cuidado com as pessoas. urbana foi registrado no Brasil em 1942 e todos os casos confirmados
desde então decorrem do ciclo silvestre de transmissão.
TRANSMISSÃO
➢ O vírus da febre amarela é transmitido pela picada dos mosquitos VIGILÂNCIA DE CASOS HUMANOS
transmissores infectados. ➢ A vigilância de casos humanos para febre amarela é feita por meio
➢ A doença não é passada de pessoa a pessoa. da notificação da ocorrência de casos com sintomatologia
➢ A série histórica da doença no Brasil tem demonstrado maior compatível com FA. Todo caso suspeito deve ser prontamente
frequência de ocorrência de casos humanos nos meses de comunicado por telefone, fax ou e-mail às autoridades, por se tratar
dezembro e maio, como um padrão sazonal. de doença grave com risco de dispersão para outras áreas do
➢ Esse fato ocorre principalmente no verão, quando a temperatura território nacional e mesmo internacional.
média aumenta na estação das chuvas, favorecendo a ➢ Além da comunicação rápida (até 24 horas), o caso suspeito deve
reprodução e proliferação de mosquitos (vetores) e, por ser notificado por meio do preenchimento da Ficha de Investigação
consequência o potencial de circulação do vírus. de Febre Amarela, do Sistema de Informação de Agravos de
➢ Os vetores silvestres têm hábito diurno, realizando o repasto Notificação (Sinan).
sanguíneo durante as horas mais quentes do dia, sendo os vetores ➢ Para efeito de vigilância, a definição de caso humano suspeito é:
dos gêneros Haemagogus e Sabethes, geralmente, mais ativos “Indivíduo com quadro febril agudo (até 7 dias), de início súbito,
entre às 9h e 16h da tarde. acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas,
➢ Há dois diferentes ciclos epidemiológicos de transmissão: silvestre e residente ou precedente de área de risco para febre amarela ou
urbano. de locais com ocorrência de epizootias em primatas não humanos
ou isolamento de vírus vetores nos últimos 15 dias, não vacinado dos vetores, nos níveis das interações com hospedeiros humanos e
contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado” animais reservatórios, sob a influência de fatores ambientais, que
➢ Em situações de surto, recomenda-se adequar a definição de caso proporcionem o conhecimento para detecção de qualquer
suspeito, tornando-a mais sensível para detectar o maior número mudança no perfil de transmissão das doenças.
possível de casos, levando-se em conta o amplo espectro clínico ➢ Tem por finalidade recomendar medidas de prevenção e controle
da doença. dos riscos biológicos mediante a coleta sistematizada de dados e
sua consolidação no Sistema de Informações da Vigilância
VIGILÂNCIA DE EPIZOOTIAS Ambiental.
➢ O sistema de vigilância de epizootias em primatas foi iniciado em ➢ A vigilância entomológica constitui uma ferramenta alternativa de
1999, após período de intensa transmissão na região centro-oeste investigação de evento suspeito de Febre amarela e outros
brasileira, onde foi observada a ocorrência de epizootia em arbovírus, baseando-se na pesquisa de vírus a partir de mosquitos.
primatas de formas precedente e concomitante aos casos ➢ A partir de um resultado positivo, é possível estabelecer vínculo
humanos de febre amarela silvestre. epidemiológico entre esse achado laboratorial e o evento sob
➢ A partir de então, o Ministério da Saúde passou a incentivar investigação.
iniciativas regionais para identificar a circulação do vírus em seu ➢ A vigilância entomológica da febre amarela divide-se em dois tipos:
ciclo enzoótico. • Vigilância passiva: refere-se às atividades realizadas por ocasião
➢ Essa estratégia de vigilância consiste essencialmente em captar de notificações de casos humanos ou epizootias em PNH
informações em tempo oportuno sobre adoecimento ou morte de suspeitos de FA, a partir das quais são desencadeadas medidas
PNH e investigar adequadamente esses eventos, já que as de bloqueio de transmissão. Nessa modalidade, são levantados
epizootias em PNH alertam para o risco de transmissão de Febre dados que contribuem para classificar os eventos notificados
Amarela Silvestre para o homem. como descartados ou confirmados, a depender dos resultados
➢ A finalidade é subsidiar a tomada de decisão para a adoção de encontrados.
medidas de prevenção e de controle e para reduzir a • Vigilância ativa: ações que se baseiam no monitoramento
morbimortalidade da doença na população humana, em áreas: sistemático e contínuo de áreas estratégicas (sentinelas e
afetadas (com transmissão ativa) e ampliadas (áreas adjacentes). vulneráveis/receptivas), com o intuito de acompanhar espacial
➢ Para efeito de vigilância, a definição de epizootia suspeita de FA é: e temporalmente populações de culicídeos potencialmente
“Primata não humano de qualquer espécie, encontrado doente ou vetores, detectar precocemente a circulação viral e definir áreas
morto (incluindo ossadas), em todo o território nacional”. com potencial de transmissão (receptivas), nas quais serão
➢ Considera-se primata não humano doente, um animal que desencadeadas medidas preventivas.
apresenta comportamento anormal, movimenta-se lentamente, São realizadas independentemente da notificação de casos
não demonstra instinto de fuga, esteja segregado do grupo, com humanos ou epizootias em primatas não humanos suspeitos de
perda de apetite, baixo peso (magro), desnutrido, desidratado, febre amarela.
com lesões cutâneas, secreções nasais, oculares e diarreia, dentre Constitui um instrumento para predição/estratificação do risco
outros sinais ou sintomas. de emergência da febre amarela, e permite detectar
precocemente a circulação viral, subsidiando o planejamento
VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA das ações de prevenção e controle antes da ocorrência de
➢ É definida como a contínua observação e avaliação de casos humanos.
informações originadas das características biológicas e ecológicas
transmissão urbana, que poderia eventualmente ser sustentada
num ciclo homem-mosquito-homem.
➢ Não existe transmissão de uma pessoa para outra diretamente.
➢ A Febre do Mayaro é uma doença infecciosa febril aguda, cujo ➢ O sangue dos doentes é infectante para os mosquitos durante o
quadro clínico geralmente é de curso benigno, semelhante à período de viremia, que dura em média 5 dias.
Dengue e à Chikungunya. ➢ A transmissão ocorre a partir da picada de mosquitos fêmeas que
➢ A doença é causada pelo vírus (Mayaro (MAYV), um arbovírus (vírus se infectam ao se alimentar do sangue de primatas (macacos) ou
transmitido por artrópodes) da família Togaviridae, gênero humanos infectados com o MAYV.
Alphavirus, assim como o vírus Chikungunya (CHIKV), ao qual é ➢ Depois de infectados, e após um período de incubação extrínseca
relacionado genética e antigenicamente. (em torno de 12 dias), os mosquitos podem transmitir o vírus por toda
➢ O vírus Mayaro foi isolado pela primeira vez em Trinidad, em 1954, e a vida.
o primeiro surto no Brasil foi descrito em 1955, às margens do rio ➢ Assim como a febre amarela, a doença pelo vírus Mayaro é
Guamá, próximo de Belém/PA. considerada uma zoonose silvestre e, portanto, de impossível
➢ Desde então, casos esporádicos e surtos localizados têm sido eliminação.
registrados nas Américas, incluindo a região Amazônica do Brasil, ➢ O homem é considerado um hospedeiro acidental, quando
principalmente nos estados das regiões Norte e Centro-Oeste. frequenta o habitat natural de hospedeiros, reservatórios e vetores
➢ A febre do Mayaro compõe a lista nacional de doenças de silvestres infectados.
notificação compulsória imediata, conforme Portaria de
Consolidação nº 4, de 28 de setembro de 2017. SINTOMAS
➢ As manifestações clínicas nos pacientes com Febre do Mayaro são
TRANSMISSÃO semelhantes àquelas provocadas pelo vírus Chikungunya e outros
➢ O ciclo epidemiológico do vírus Mayaro (MAYV) é semelhante ao arbovírus.
da Febre Amarela Silvestre e se dá com a participação de ➢ O quadro clínico inicia-se com síndrome febril aguda inespecífica,
mosquitos silvestres, principalmente do gênero Haemagogus, com e que pode acompanhar cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor
hábitos estritamente diurnos e que vivem nas copas das árvores, o muscular) e exantema (manchas avermelhadas na pele),
que favorece o contato com os hospedeiros animais. dificultando o diagnóstico diferencial, assim como a determinação
➢ Nesse ciclo, os primatas são os principais hospedeiros do vírus e o da incidência da Febre do Mayaro.
homem é considerado um hospedeiro acidental. Possivelmente, ➢ A artralgia (dor nas articulações), que pode ser acompanhada de
outros gêneros de mosquitos participam do ciclo de manutenção edema (inchaço) articular, é o principal sintoma das formas severas
do vírus na natureza, tais como Culex, Sabethes, Psorophora, e, ocasionalmente, pode ser incapacitante ou limitante, persistindo
Coquillettidia e Aedes; além de outros hospedeiros vertebrados por meses.
como pássaros, marsupiais, xenartras (preguiças, tamanduás e ➢ Casos graves podem apresentar encefalite (inflamação no
tatus) e roedores, que podem atuar na amplificação e cérebro), mas na maioria dos casos a doença é autolimitada, com
manutenção do vírus em seu ambiente natural. o desaparecimento dos sintomas em uma semana.
➢ Dada a comprovação em laboratório da possiblidade de infecção ➢ Depois de identificar alguns desses sintomas, é preciso procurar um
do Aedes aegypti pelo MAYV (competência vetorial) e de achados médico na unidade de saúde mais próxima e informar sobre
de infecção natural, considera-se haver risco potencial de residência, trabalho, passeio ou qualquer viagem para áreas rurais,
de mata ou silvestres, nos últimos 15 dias antes do início dos DIAGNÓSTICO
sintomas. ➢ O diagnóstico da Febre do Mayaro é clínico, epidemiológico e
➢ Também é importante informar se, no local visitado recentemente, laboratorial.
foi observada a presença de macacos, sadios ou doentes. Além ➢ A suspeita se dá a partir da avaliação clínica do paciente, com
disso, é aconselhado relatar as atividades realizadas e o uso de base nos sintomas descritos, e do histórico de exposição a situações
repelentes e roupas protetoras a picadas de insetos. de risco nos 15 dias que antecedem o início dos sintomas.
➢ Em decorrência das similaridades com outras arboviroses,
Importante: A Febre do Mayaro não é contagiosa, portanto, não há principalmente Chikungunya, o diagnóstico laboratorial é
transmissão de pessoa a pessoa ou de animais a pessoas. Ela é fundamental para a conclusão da causa etiológica, em conjunto
transmitida somente pela picada de mosquitos infectados com o vírus com os achados clínicos e epidemiológicos.
Mayaro. ➢ O diagnóstico laboratorial pode ser realizado a partir de provas
diretas (isolamento viral, biologia molecular) ou indiretas
(sorologias).
TRATAMENTO
➢ Não existe terapia específica ou vacina. Os pacientes devem VIAJANTES
permanecer em repouso, acompanhado de tratamento ➢ O vírus Mayaro é considerado endêmico na região Amazônica, que
sintomático, com analgésicos e/ou drogas anti-inflamatórias, que envolve os estados da região Norte e Centro-Oeste.
podem proporcionar alívio da dor e da febre. ➢ O vírus ocorre em área de mata, rural ou silvestre e geralmente
afeta indivíduos susceptíveis que adentram espaços onde macacos
PREVENÇÃO e vetores silvestres habitam.
➢ Considerando que atualmente não existe uma vacina disponível e ➢ Uso de roupas compridas e de repelentes podem ajudar a evitar o
que não é possível eliminar o ciclo silvestre de transmissão do vírus , contato com o vetor silvestre e diminuir o risco de infecção pelo vírus
as medidas de prevenção consistem em evitar o contato com áreas Mayaro.
de ocorrência e/ou minimizar a exposição à picada do vetor, seja ➢ Cuidado especial deve ser observado em áreas endêmicas e
por meio de recursos de proteção individual (uso de repelentes, recentemente afetadas.
roupas compridas) ou coletiva (uso de cortinas; mosquiteiros,
principalmente em área rural e silvestre, além de evitar exposição
em área afetada), visando minimizar o contato homem e vetor
silvestre.
➢ É indicado evitar exposição com corpo desprotegido em locais de
mata e beira de rios, principalmente nos horários de maior atividade ➢ A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por
do vetor (entre 9 e 16 horas). protozoários do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada da
➢ Também é indicado utilizar roupas compridas, que minimizem a fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, também
exposição aos vetores silvestres, preferencialmente acompanhado conhecido como mosquito-prego.
do uso de repelentes. ➢ Não é uma doença contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é
➢ Cuidado adicional deve ser tomado nas áreas com ocorrência capaz de transmitir malária diretamente a outra pessoa.
recente de transmissão do vírus Mayaro. ➢ A malária também é conhecida como impaludismo, paludismo,
febre palustre, febre intermitente, febre terçã benigna, febre terçã
maligna, além de nomes populares como maleita, sezão, ➢ Através da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles
tremedeira, batedeira ou febre. infectada por uma ou mais espécies de protozoário do gênero
➢ Toda pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários Plasmodium.
episódios de malária podem atingir um estado de imunidade ➢ O mosquito anofelino também é conhecido como carapanã,
parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma. Porém, muriçoca, sovela, mosquito-prego e bicuda.
uma imunidade esterilizante, que confere total proteção clínica, até ➢ Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao
hoje não foi observada. Caso não seja tratado adequadamente, o amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o
indivíduo pode ser fonte de infecção por meses ou anos, de acordo período noturno.
com a espécie parasitária. ➢ Apenas as fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles são capazes
➢ No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentram na região de transmitir a malária. A malária não pode ser transmitida pela
amazônica, composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, água.
Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Na ➢ Os locais preferenciais escolhidos pelos mosquitos transmissores da
região extra-amazônica, composta pelas demais unidades malária para colocar seus ovos (criadouros) são coleções de água
federativas, apesar das poucas notificações, a doença não pode limpa, sombreada e de baixo fluxo, muito frequentes na Amazônia
ser negligenciada, pois a letalidade nesta região é maior que na Brasileira.
região amazônica. ➢ O ciclo se inicia quando o mosquito pica um indivíduo com malária
➢ A malária é uma doença que tem cura e o tratamento é eficaz, sugando o sangue com parasitos (plasmódios).
simples e gratuito. Entretanto, a doença pode evoluir para suas ➢ No mosquito, os plasmódios se desenvolvem e se multiplicam. O
formas graves se não for diagnosticada e tratada de forma ciclo se completa quando estes mosquitos infectados picam um
oportuna e adequada. novo indivíduo, infectando a pessoa com os parasitos.
➢ Desta forma, o ciclo de transmissão envolve: o plasmódio (parasito),
SINTOMAS o anofelino (mosquito vetor) e humanos.
➢ Os sintomas mais comuns da malária são: febre alta, calafrios, ➢ O período de incubação, ou seja, o intervalo entre a aquisição do
tremores, sudorese, dor de cabeça, que podem ocorrer de forma parasito pela picada da fêmea do mosquito até o surgimento dos
cíclica. primeiros sintomas, varia de acordo com a espécie de plasmódio.
➢ Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais Para Plamodium falciparum, mínimo de sete dias; P. vivax, de 10 a
características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de 30 dias e P. malariae, 18 a 30 dias.
apetite. ➢ Não há transmissão direta da doença de pessoa a pessoa. Outras
➢ A malária grave caracteriza-se por um ou mais desses sinais e formas de transmissão também podem ocorrer em casos mais raros
sintomas: prostração, alteração da consciência, dispneia ou por: transfusão sanguínea, uso de seringas contaminadas,
hiperventilação, convulsões, hipotensão arterial ou choque, acidentes de laboratório e transmissão congênita.
hemorragias, entre outros.
➢ As gestantes, as crianças e as pessoas infectadas pela primeira vez PREVENÇÃO
estão sujeitas a maior gravidade da doença, principalmente por ➢ Entre as principais medidas de prevenção individual da malária
infecções pelo P. falciparum, que, se não tratadas estão: uso de mosquiteiros / roupas que protejam pernas e braços /
adequadamente e em tempo hábil, podem ser letais. telas em portas e janelas / uso de repelentes.
➢ Já as medidas de prevenção coletiva contra malária são:
TRANSMISSÃO borrifação residual intradomiciliar / uso de mosquiteiros
impregnados com inseticida de longa duração / drenagem e aterro c) interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de
de criadouros / pequenas obras de saneamento para eliminação medicamentos que impedem o desenvolvimento de formas
de criadouros do vetor / limpeza das margens dos criadouros / sexuadas dos parasitos (gametócitos).
modificação do fluxo da água / controle da vegetação aquática /
melhoramento da moradia e das condições de trabalho / uso Importante: Não existe vacina contra a malária no Brasil. A vacina
racional da terra. disponível serve apenas para alguns países africanos com alta
transmissão de malária por Plasmodium falciparum e é exclusiva para
DIAGNÓSTICO crianças pequenas.
➢ O diagnóstico correto da infecção malárica só é possível pela
demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no
sangue periférico do paciente, pelos métodos diagnósticos A malária é uma doença de notificação compulsória e, portanto,
especificados a seguir: gota espessa / esfregaço delgado / testes todos os casos suspeitos ou confirmados devem ser, obrigatoriamente,
de diagnóstico rápido (TDRs) / técnicas moleculares / diagnóstico notificados às autoridades de saúde, utilizando-se as fichas de
diferencial da malária. notificação e investigação. A notificação deverá ser feita tanto na
rede pública como na rede privada conforme estabelecido no
TRATAMENTO decreto 78.231, de 12 de agosto de 1976.
➢ Após a confirmação da malária, o paciente recebe o tratamento
em regime ambulatorial, com comprimidos que são fornecidos
gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
➢ Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato.
➢ O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie
do protozoário infectante; a idade e o peso do paciente; condições ➢ A Leishmaniose Visceral é uma zoonose de evolução crônica, com
associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; além acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito até
da gravidade da doença. 90% dos casos.
➢ Importante: Quando realizado de maneira correta e em tempo ➢ É transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor
oportuno, o tratamento garante a cura da doença. infectado, denominado flebotomíneo e conhecido popularmente
➢ O diagnóstico oportuno seguido, imediatamente, de tratamento ➢ como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros.
correto são os meios mais efetivos para interromper a cadeia de No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é a
transmissão e reduzir a gravidade e a letalidade por malária. O Lutzomyia longipalpis.
tratamento da malária visa atingir ao parasito em pontos-chave de
seu ciclo evolutivo, que podem ser didaticamente resumidos em: SINTOMAS
a) interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela ➢ A Leishmaniose Visceral é uma doença infecciosa sistêmica.
patogenia e manifestações clínicas da infecção; ➢ Os principais sintomas da doença são: Febre de longa duração /
b) destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual Aumento do fígado e baço / Perda de peso / Fraqueza / Redução
(hipnozoítos) das espécies P. vivax e P. ovale, evitando assim as da força muscular / Anemia
recaídas;
FORMAS DE TRANSMISSÃO
➢ É transmitida por meio da picada de insetos conhecidos ➢ Neste caso, eutanásia é recomendada como uma das formas de
popularmente como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, controle da Leishmaniose Visceral, mas deve ser realizada de forma
dentre outros. integrada às demais ações recomendadas pelo Ministério da
➢ Estes insetos são pequenos e têm como características a coloração Saúde.
amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas
permanecem eretas e semiabertas. PREVENÇÃO
➢ A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou ➢ A prevenção da Leishmaniose Visceral ocorre por meio do
outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o combate ao inseto transmissor.
protozoário Leishmania chagasi, causador da Leishmaniose ➢ É possível mantê-lo longe, especialmente com o apoio da
Visceral. população, no que diz respeito à higiene ambiental. Essa limpeza
deve ser feita por meio de:
DIAGNÓSTICO • Limpeza periódica dos quintais, retirada da matéria orgânica em
➢ O diagnóstico da Leishmaniose Visceral pode ser realizado por meio decomposição (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos
de técnicas imunológicas e parasitológicas. que favoreçam a umidade do solo, locais onde os mosquitos se
➢ É fundamental procurar o médico assim que surgirem os primeiros desenvolvem).
sintomas. • Destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir o
➢ Uma vez diagnosticada, quanto mais cedo for iniciado o desenvolvimento das larvas dos mosquitos.
tratamento maior são as chances de evitar agravo e complicações • Limpeza dos abrigos de animais domésticos, além da
da Leishmaniose Visceral, que se não for tratada adequadamente, manutenção de animais domésticos distantes do domicílio,
pode ser fatal. especialmente durante a noite, a fim de reduzir a atração dos
➢ É importante ressaltar que títulos (anticorpos) variáveis dos exames flebotomíneos para dentro do domicílio.
sorológicos podem persistir positivos por longo período, mesmo após • Uso de inseticida (aplicado nas paredes de domicílios e abrigos
o tratamento. Assim, o resultado de um teste positivo, na ausência de animais). No entanto, a indicação é apenas para as áreas
de manifestações clínicas, não autoriza a instituição de terapêutica. com elevado número de casos, como municípios de transmissão
intensa (média de casos humanos dos últimos 3 anos acima de
TRATAMENTO 4,4), moderada (média de casos humanos dos últimos 3 anos
➢ Apesar de grave, a Leishmaniose Visceral tem tratamento para os acima de 2,4) ou em surto de leishmaniose visceral.
humanos. Ele é gratuito e está disponível na rede de serviços do
Sistema Único de Saúde (SUS). Importante: Atualmente, existe uma vacina antileishmaniose visceral
➢ Os medicamentos utilizados atualmente para tratar a LV não canina em comercialização no Brasil. No entanto, não existem estudos
eliminam por completo o parasito nas pessoas e nos cães. No que comprovem a efetividade do uso dessa vacina na redução da
entanto, no Brasil o homem não tem importância como reservatório, incidência da leishmaniose visceral em humanos. Dessa forma, o seu
ao contrário do cão - que é o principal reservatório do parasito em uso está restrito à proteção individual dos cães e não como uma
área urbana. ferramenta de saúde pública.
➢ Nos cães, o tratamento pode até resultar no desaparecimento dos
sinais clínicos, porém eles continuam como fontes de infecção para
o vetor, e, portanto um risco para saúde da população humana e
canina.
Quanto ao subgênero Viannia, existem outras espécies de
Leishmania recentemente descritas: L. (V) lainsoni identificada nos
estados do Pará, Rondônia e Acre; L. (V) naiffi, ocorre nos estados
➢ A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não do Pará e Amazonas; L. (V) shawi, com casos humanos encontrados
contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. no Pará e Maranhão; L. (V.) lindenberg foi identificada no estado
➢ A doença é causada por protozoários do gênero Leishmania. do Pará.
➢ No Brasil, há sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência
de casos de LT. SINTOMAS
➢ As mais importantes são: Leishmania (Leishmania) amazonensis, L. ➢ Os sintomas da Leishmaniose Tegumentar (LT) são lesões na pele
(Viannia) guyanensis e L.(V.) braziliensis. e/ou mucosas.
➢ A doença é transmitida ao ser humano pela picada das fêmeas de ➢ As lesões de pele podem ser única, múltiplas, disseminada ou difusa.
flebotomíneos (espécie de mosca) infectadas. ➢ Elas apresentam aspecto de úlceras, com bordas elevadas e fundo
➢ Os insetos pertencentes à ordem Diptera, família Psychodidae, granuloso, geralmente indolor. As lesões mucosas são mais
subfamília Phlebotominae, gênero Lutzomyia, conhecidos frequentes no nariz, boca e garganta.
popularmente, dependendo da localização geográfica, como ➢ Quando atingem o nariz, podem ocorrer: entupimentos,
mosquito palha, tatuquira e birigui, são os principais vetores da sangramentos, coriza, aparecimento de crostas, feridas.
Leishmaniose Tegumentar. ➢ Na garganta, os sintomas são: dor ao engolir, rouquidão, tosse.
➢ Importante: A suscetibilidade de infecção por Leishmaniose
Tegumentar (LT) é universal. A infecção e a doença não conferem DIAGNÓSTICO
imunidade ao paciente. ➢ É feito por métodos parasitológicos.
➢ Essa confirmação laboratorial é fundamental, tendo em vista o
ESPÉCIES número de doenças que fazem diagnóstico diferencial com a LT -
➢ LEISHMANIA (LEISHMANIA) AMAZONENSIS: Distribuída pelas florestas como, por exemplo, sífilis, hanseníase e tuberculose.
primárias e secundárias da Amazônia legal (Amazonas, Pará, ➢ A utilização de métodos de diagnóstico laboratorial é importante
Rondônia, Tocantins e Maranhão). Sua presença amplia-se para o não apenas para a confirmação dos achados clínicos, mas
Nordeste (Bahia), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo), Centro-oeste também pode fornecer informações epidemiológicas (por meio da
(Goiás) e Sul (Paraná). identificação da espécie circulante), fundamentais para o
➢ LEISHMANIA (VIANNIA) GUYANENSIS: Aparentemente limitada à direcionamento das medidas a serem adotadas para o controle do
Região Norte (Acre, Amapá, Roraima, Amazonas e Pará) e agravo.
estendendo-se pelas Guianas. É encontrada principalmente em
florestas de terra firme, em áreas que não se alagam no período de TRANSMISSÃO
chuvas. ➢ Os vetores são insetos conhecidos popularmente, dependendo da
➢ LEISHMANIA (VIANNIA) BRAZILIENSIS: Foi a primeira espécie de localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira, birigui,
Leishmania descrita e incriminada como agente etiológico da LT. entre outros.
É a mais importante, não só no Brasil, mas em toda a América Latina. ➢ Ocorre pela picada de fêmeas infectadas desses insetos.
Tem ampla distribuição, desde a América Central até o norte da ➢ São numerosos os registros de infecção em animais domésticos.
Argentina. Entretanto, não há evidências científicas que comprovem o papel
Esta espécie está amplamente distribuída em todo país.
desses animais como reservatórios das espécies de leishmanias,
sendo considerados hospedeiros acidentais da doença. PREVENÇÃO
➢ No homem, o período de incubação, tempo que os sintomas ➢ As principais formas de prevenir a Leishmaniose Tegumentar (LT),
começam a aparecer desde a infecção, é de, em média, 2 a 3 segundo orientações do Ministério da Saúde, são as seguintes
meses, podendo apresentar períodos mais curtos, de 2 semanas, e ações direcionadas:
mais longos, de 2 anos. ➢ POPULAÇÃO HUMANA: Adotar medidas de proteção individual,
como usar repelentes e evitar a exposição nos horários de
HOSPEDEIROS E RESERVATÓRIOS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR atividades do vetor (crepúsculo e noite) em ambientes onde este
➢ A interação reservatório-parasito é considerada um sistema habitualmente possa ser encontrado.
complexo, na medida em que é multifatorial, imprevisível e ➢ VETOR: Manejo ambiental, por meio da limpeza de quintais e
dinâmica, formando uma unidade biológica que pode estar em terrenos, para evitar o estabelecimento de criadouros para larvas
constante mudança, em função das alterações do meio ambiente. do vetor.
➢ São considerados reservatórios da LT as espécies de animais que ➢ EDUCAÇÃO EM SAÚDE: Devem ser inseridas em todos os serviços que
garantam a circulação de leishmanias na natureza, dentro de um desenvolvam as ações de vigilância e controle da LT, com o
recorte de tempo e espaço. envolvimento efetivo das equipes multiprofissionais e
➢ Infecções por leishmanias que causam a LT foram descritas em multinstitucionais, para um trabalho articulado nas diferentes
várias espécies de animais silvestres, sinantrópicos e domésticos unidades de prestação de serviços.
(canídeos, felídeos e equídeos). Com relação a esse último, seu
papel na manutenção do parasito no meio ambiente ainda não foi
definitivamente esclarecido.
➢ Animais domésticos e a LT: São numerosos os registros de infecção
em animais domésticos. Entretanto, não há evidências científicas
que comprovem o papel desses animais como reservatórios das ➢ É uma infecção viral causada por um arbovírus (mosquito), assim
espécies de leishmanias, sendo considerados hospedeiros como Dengue, Zika, Chikungunya e a Febre do Mayaro.
acidentais da doença. ➢ Os fatores de risco estão relacionados à presença do ser humano
A LT nesses animais pode apresentar-se como uma doença crônica, em áreas rurais e silvestres que contenham o mosquito infectado e
com manifestações semelhantes às da doença humana, ou seja, o que, por ventura, venha a picar estes seres humanos.
parasitismo ocorre preferencialmente em mucosas das vias aero ➢ A doença pode ser assintomática ou apresentar sintomas distintos,
digestivas superiores. de acordo com cada pessoa e com o nível de gravidade da
➢ Reservatórios silvestres da LT: Já foram registrados, como doença.
hospedeiros e possíveis reservatórios naturais, algumas espécies de ➢ No caso desta infecção, a causa é o vírus do gênero Flavivirus,
roedores, marsupiais, edentados e canídeos silvestres. família Flaviviridae, assim como os vírus da Dengue e da Febre
Amarela.
TRATAMENTO ➢ As formas graves da Febre do Nilo Ocidental atingem com maior
➢ O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento específico e frequência as pessoas idosas.
gratuito para a Leishmaniose Tegumentar (LT).
➢ O tratamento é feito com uso de medicamentos específicos, TRANSMISSÃO
repouso e uma boa alimentação.
➢ É transmitido por meio da picada de mosquitos infectados, ➢ Estima-se que 20% dos indivíduos infectados pelo vírus desenvolvam
principalmente do gênero Culex (pernilongo). sintomas, na maioria das vezes leves e até mesmo nem apresentem
➢ Os hospedeiros naturais são algumas espécies de aves silvestres, qualquer sintoma.
que atuam como amplificadoras do vírus e como fonte de infecção ➢ A forma leve da doença caracteriza-se pelos seguintes sinais: febre
para os mosquitos. aguda de início abrupto, frequentemente acompanhada de mal-
➢ Também pode infectar humanos, equinos, primatas e outros estar / anorexia / náusea / vômito / dor nos olhos / dor de cabeça
mamíferos. / dor muscular / exantema máculo-papular e linfoadenopatia.
➢ O homem e os equídeos são considerados hospedeiros acidentais ➢ O período de incubação intrínseca (tempo entre a infecção do
e terminais, uma vez que a contaminação do vírus se dá por curto hospedeiro e a manifestação de sinais e sintomas): nos humanos
período de tempo e em níveis insuficientes para infectar mosquitos, varia de 3 a 14 dias após a picada do mosquito e pode apresentar
encerrando o ciclo de transmissão. manifestação subclínica ou com sintomatologia de distintos graus
➢ Outras formas mais raras de transmissão já foram relatadas e de gravidade, variando desde febre passageira, acompanhada ou
incluem transfusão sanguínea, transplante de órgãos, aleitamento não de mialgia (dor muscular), até sinais e sintomas de
materno e transmissão transplacentária. acometimento do sistema nervoso central com encefalite ou
➢ A transmissão por contato direto já foi demonstrada em laboratório meningoencefalite grave.
para algumas espécies de aves, no entanto não há transmissão de ➢ Um em cada 150 indivíduos infectados desenvolve doença
pessoa para pessoa. neurológica severa (meningite, encefalite ou poliomielite). A
encefalite é o quadro mais comum entre as manifestações
TRATAMENTO cerebrais. Em menos de 1% das pessoas infectadas, o vírus causa
➢ Não existe vacina ou tratamento antiviral específico para a Febre uma infecção neurológica grave, incluindo inflamação do cérebro
do Nilo. (encefalite) e das membranas que envolvem o cérebro e a medula
➢ O tratamento é sintomático para redução da febre e outros espinhal (meningite). A Síndrome de Guillain Barré também pode se
sintomas. apresentar, assim como em outros tipos de infecção.
➢ Para casos leves, analgésicos podem ajudar a aliviar dores de ➢ As formas mais graves ocorrem com maior frequência em indivíduos
cabeça leves e dores musculares. Não consuma nenhum tipo de com idade superior a 50. Se não tratada corretamente, em casos
medicamento sem a devida orientação médica. raríssimos a Febre do Nilo Ocidental pode matar.
➢ Os casos mais graves, frequentemente, necessitam de ➢ Após a infecção, a pessoa pode desenvolver imunidade duradoura
hospitalização para tratamento de suporte, com reposição contra o vírus causador da Febre do Nilo Ocidental.
intravenosa de fluidos, suporte respiratório e prevenção de
infecções secundárias. DIAGNÓSTICO
➢ Há também tratamentos específicos para pacientes com quadros ➢ Detecção de anticorpos IgM contra o vírus do Nilo Ocidental em
de encefalites ou menigoencefelite em sua forma severa. soro (coletado a partir do 5º dia após o início dos sintomas) ou em
➢ Tenha cuidado ao administrar aspirina, pois os componentes líquido cefalorraquidiano (LCR; coletado após o 8º dia a partir do
podem provocar hemorragia e agravar o quadro de saúde da início dos sintomas), utilizando a técnica de captura de anticorpos
pessoa. IgM (ELISA).
➢ Pacientes recentemente vacinados (contra febre amarela, por
SINTOMAS exemplo) ou infectados com outro flavivírus (ex: Febre Amarela,
Dengue, Zika, Saint Louis, Rocio, Ilhéus) podem apresentar resultado ➢ Apresenta uma fase aguda (doença de Chagas aguda – DCA) que
de IgM-ELISA positivo (reação cruzada). pode ser sintomática ou não, e uma fase crônica, que pode se
➢ Outras provas, como a inibição da hemaglutinação, detecção do manifestar nas formas indeterminada (assintomática), cardíaca,
genoma viral (PCR), isolamento viral e PRNT também podem ser digestiva ou cardiodigestiva.
utilizadas.
SINTOMAS
PREVENÇÃO ➢ A doença de Chagas pode apresentar sintomas distintos nas duas
➢ Não existem formas efetivas de se prevenir a Febre do Nilo fases que se apresenta, que são a aguda e a crônica.
Ocidental, exceto evitar a presença de insetos nas áreas onde ➢ Na fase aguda, os principais sintomas são: febre prolongada (mais
vivem os seres humanos. de 7 dias) / dor de cabeça / fraqueza intensa / inchaço no rosto e
➢ As medidas abaixo ajudam a reduzir os riscos: pernas.
• Evite água parada e locais sem saneamento básico. ➢ No caso de picada do barbeiro, pode aparecer uma lesão
• Quem vive ou trabalha em área onde há mosquitos infectados semelhante a um furúnculo no local
está em risco de infecção pelo vírus do Nilo Ocidental (VNO). ➢ Após a fase aguda, caso a pessoa não receba tratamento
Portanto, todos os trabalhadores devem ter o cuidado de reduzir oportuno, ela pode desenvolver a fase crônica da doença,
o seu potencial de exposição à infecção. inicialmente sem sintomas (forma indeterminada), podendo, com o
• Trabalhadores em risco são aqueles que trabalham ao ar livre, passar dos anos, apresentar complicações como:
que incluem: médicos veterinários, agrônomos, zootecnistas, - problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca;
biólogos, agricultores, paisagistas, jardineiros, trabalhadores da - problemas digestivos, como megacólon e megaesôfago.
construção civil, entomologistas e outros trabalhadores de
campo. TRANSMISSÃO
• Coloque tela nas janelas e portas. ➢ As principais formas de transmissão da doença de Chagas são:
• Não despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos, rios e • Vetorial: contato com fezes de triatomíneos* infectados após o
riachos. repasto/alimentação sanguínea. A ingestão de sangue no
• Use inseticidas e larvicidas. momento do repasto sanguíneo estimula a defecação e, dessa
• Use repelentes. forma, o contato com as fezes.
• Evite manusear animais mortos quando possível. • Oral: ingestão de alimentos contaminados com parasitos
• Evite o contato direto. Se você deve lidar com animais mortos, provenientes de triatomíneos infectados ou suas excretas.
usar luvas duplas de procedimento, que fornecem uma barreira • Vertical: ocorre pela passagem de parasitos de mulheres
protetora entre sua pele e sangue ou outros fluidos corporais. infectadas por T. cruzi para seus bebês durante a gravidez ou o
parto.
• Transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores
infectados a receptores sadios.
• Acidental: pelo contato da pele ferida ou de mucosas com
material contaminado durante manipulação em laboratório ou
➢ A doença de Chagas (ou Tripanossomíase americana) é a infecção na manipulação de caça.
causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi.
➢ O período de incubação da doença de Chagas (tempo que os • Ter realizado transfusão de sangue ou hemocomponentes antes
sintomas começam a aparecer a partir da infecção) é dividido da de 1992;
seguinte forma: • Ter familiares ou pessoas do convívio habitual ou rede social que
• Transmissão vetorial – de 4 a 15 dias. tenham diagnóstico de doença de Chagas, em especial mãe e
• Transmissão transfusional/transplante – de 30 a 40 dias ou mais. irmão (s).
• Transmissão oral – de 3 a 22 dias. ➢ Atenção especial deve ser dada a gestantes com os fatores de
• Transmissão acidental – até, aproximadamente, 20 dias. risco acima, devendo ser realizado o exame para doença de
• Transmissão vertical – tempo indeterminado, a transmissão pode Chagas durante o pré-natal.
ocorrer em qualquer período da gestação ou durante o parto. ➢ Para confirmação laboratorial é necessária a realização de exame
de sangue (parasitológico e/ou sorológico, a depender da fase da
doença) que é realizado gratuitamente pelo SUS. É importante que
Triatomíneos: são insetos popularmente conhecidos como barbeiro, você procure um médico para que ele possa solicitar os exames e
chupão, procotó ou bicudo. interpretá-los adequadamente, além de avaliar caso a caso os
O seu ciclo de vida é composto pelos estágios de ovo, ninfa (cinco sintomas e sinais clínicos de cada pessoa.
estádios ninfais) e adulto.
Tanto as ninfas como os adultos, de ambos os sexos, alimentam-se TRATAMENTO
de sangue e, portanto, se infectados, podem transmitir o T. cruzi. ➢ Deve ser indicado por um médico, após a confirmação da doença.
➢ O remédio, chamado benznidazol, é fornecido gratuitamente pelo
Ministério da Saúde, mediante solicitação das Secretarias Estaduais
DIAGNÓSTICO de Saúde e deve ser utilizado em pessoas que tenham a doença
➢ Na fase aguda: o diagnóstico se baseia na presença de sinais e aguda assim que ela for diagnosticada.
sintomas sugestivos da doença e na presença de fatores ➢ Para as pessoas na fase crônica, a indicação desse medicamento
epidemiológicos compatíveis, como a ocorrência de surtos. depende da forma clínica e deve ser avaliada caso a caso.
➢ Fase Crônica: a suspeita diagnóstica também é baseada nos ➢ Em casos de intolerância ou que não respondam ao tratamento
achados clínicos e na história epidemiológica, porém como parte com benznidazol, o Ministério da Saúde disponibiliza o nifurtimox
dos casos não apresenta sintomas, devem ser considerados os como alternativa de tratamento, conforme indicações
seguintes contextos de risco e vulnerabilidade: estabelecidas em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas.
• Ter residido, ou residir, em área com relato de presença de vetor ➢ Independentemente da indicação do tratamento com benznidazol
transmissor (barbeiro) da doença de Chagas ou ainda com ou nifurtimox, as pessoas na forma cardíaca e/ou digestiva devem
reservatórios animais (silvestres ou domésticos) com registro de ser acompanhadas e receberem o tratamento adequado para as
infecção por T. cruzi; complicações existentes.
• Ter residido ou residir em habitação onde possa ter ocorrido o
convívio com vetor transmissor (principalmente casas de PREVENÇÃO
estuque, taipa, sapê, pau-a-pique, madeira, entre outros modos ➢ Está intimamente relacionada à forma de transmissão e uma das
de construção que permitam a colonização por triatomíneos); formas de controle é evitar que o inseto “barbeiro” forme colônias
• Residir ou ser procedente de área com registro de transmissão dentro das residências, por meio da utilização de inseticidas
ativa de T. cruzi ou com histórico epidemiológico sugestivo da residuais por equipe técnica habilitada.
ocorrência da transmissão da doença no passado;
➢ Em áreas onde os insetos possam entrar nas casas voando pelas ➢ No Brasil, a esquistossomose é conhecida popularmente como
aberturas ou frestas, podem-se usar mosquiteiros ou telas metálicas. “xistose”, “barriga d’água” ou “doença dos caramujos”.
➢ Também recomenda-se usar medidas de proteção individual ➢ O período de incubação, ou seja, tempo que os primeiros sintomas
(repelentes, roupas de mangas longas, etc.) durante a realização começam a aparecer a partir da infecção, é de duas a seis
de atividades noturnas (caçadas, pesca ou pernoite) em áreas de semanas.
mata. ➢ A magnitude de sua prevalência, associada à severidade das
formas clínicas e a sua evolução, conferem a esquistossomose uma
➢ TRIATOMÍNEOS NO DOMICÍLIO grande relevância como problema de saúde pública.
• Não esmagar, apertar, bater ou danificar o inseto; ➢ A transmissão da esquistossomose ocorre quando o indivíduo,
• Proteger a mão com luva ou saco plástico; hospedeiro definitivo, infectado elimina os ovos do verme por meio
• Os insetos deverão ser acondicionados em recipientes plásticos, das fezes humanas. Em contato com a água, os ovos eclodem e
com tampa de rosca para evitar a fuga, preferencialmente vivos; liberam larvas que infectam os caramujos, hospedeiros
• Amostras coletadas em diferentes ambientes (quarto, sala, intermediários que vivem nas águas doces. Após quatro semanas,
cozinha, anexo ou silvestre) deverão ser acondicionadas as larvas abandonam o caramujo na forma de cercarias e ficam
separadamente. livres nas águas naturais. O ser humano adquire a doença pelo
contato com essas águas.
➢ PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO ORAL
• Intensificar ações de vigilância sanitária e inspeção, em todas as Importante: Destaca-se que a transmissão da esquistossomose não
etapas da cadeia de produção de alimentos suscetíveis à ocorre por meio do contato direto com o doente. Também não ocorre
contaminação, com especial atenção ao local de manipulação “autoinfecção”.
de alimentos.
• Instalar a fonte de iluminação distante dos equipamentos de ➢ Qualquer pessoa, de qualquer faixa etária e sexo, pode ser
processamento do alimento para evitar a contaminação infectada com o parasita da esquistossomose, mas as situações
acidental por vetores atraídos pela luz. abaixo são grandes fatores de risco para se contrair a infecção:
• Realizar ações de capacitação para manipuladores de • Existência do caramujo transmissor;
alimentos e de profissionais de informação, educação e • Contato com a água contaminada;
comunicação. • Fazer tarefas domésticas em águas contaminadas, como lavar
roupas;
• Morar em região onde há falta de saneamento básico;
• Morar em regiões onde não há água potável.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
➢ A confirmação laboratorial em vida, ou seja, o diagnóstico dos
casos de raiva humana, pode ser realizada pelo método de
imunofluorescência direta, em impressão de córnea, raspado de ➢ A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de
mucosa lingual ou por biópsia de pele da região cervical (tecido gravidade variável.
bulbar de folículos pilosos). ➢ Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas
➢ A sensibilidade dessas provas é limitada e, quando negativas, não graves, com elevada taxa de letalidade.
se pode excluir a possibilidade de infecção. A realização da ➢ A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero
autópsia é de extrema importância para a confirmação Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato.
diagnóstica.
➢ No Brasil duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros ➢ Os resultados dos testes laboratoriais podem levar semanas. Por isso,
clínicos da Febre Maculosa. se houver suspeita, o médico deve iniciar o tratamento com
• Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa antibióticos urgentemente, tendo em vista que quanto mais cedo a
Brasileira (FMB) considerada a doença grave, registrada no norte terapia for iniciada, maiores são as chances de se evitar
do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste. complicações e morte do paciente.
• Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata
Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), TRATAMENTO
produzindo quadros clínicos menos graves. ➢ É essencial para evitar formas mais graves da doença e até mesmo
➢ De acordo com a Portaria do MS de consolidação PORTARIA Nº 264, a morte da pessoa. Assim que surgirem os primeiros sintomas, é
DE 17 DE FEVEREIRO DE 2020 - todo caso de febre maculosa é de importante procurar uma unidade de saúde para avaliação
notificação obrigatória às autoridades locais de saúde. médica.
➢ Deve-se iniciar a investigação epidemiológica em até 48 horas após ➢ O tratamento é feito com antibiótico específico. Em determinados
a notificação, avaliando a necessidade de adoção de medidas de casos, pode ser necessária a internação da pessoa. A terapêutica
controle pertinentes. é empregada por um período de 7 dias, devendo ser mantida por
3 dias, após o término da febre. A falta ou demora no tratamento
SINTOMAS da Febre Maculosa pode agravar o caso podendo levar ao óbito.
➢ Os principais sintomas da Febre Maculosa são: Febre / Dor de
cabeça intensa / Náuseas e vômitos / Diarreia e dor abdominal. Dor
muscular constante / Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos
e sola dos pés / Gangrena nos dedos e orelhas / Paralisia dos
membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões
causando paragem respiratória.
➢ Além disso, com a evolução da Febre Maculosa é comum o
aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que
não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das
mãos, braços ou solas dos pés.
DIAGNÓSTICO
➢ O diagnóstico oportuno da Febre Maculosa é muito difícil,
principalmente durante os primeiros dias de doença, tendo em vista
que os sintomas também são parecidos com outras doenças, como
leptospirose, dengue, hepatite viral, salmonelose, encefalite,
malária, meningite, sarampo, lúpus e pneumonia.
➢ No entanto, o médico fará avaliação dos sintomas e perguntará
onde você mora ou se esteve em locais de mata, florestas,
fazendas, trilhas ecológicas, onde possa ter sido picado por um
carrapato, ele também poderá solicitar uma série de exames para
confirmar ou contribuir com o diagnóstico.