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Febre amarela
A fêmea do mosquito do gênero Haemagogus (forma silvestre)ou Aedes (forma urbana),
ingere o vírus do sangue de um paciente durante a fase aguda, o mosquito torna-se
infectante (9 a 30 dias após o repasto de sangue contaminado, permanecendo infectado
até o final de sua vida), podendo contaminar os próximos indivíduos a serem picados.
O quadro clínico conta com período de incubação varia de 3 a 6 dias. A viremia aumenta
rapidamente até 96 horas e declina também rapidamente, sendo praticamente
indetectável após 120 horas da infecção. Sendo o fígado o órgão primariamente afetado
(o vírus se multiplica nas células de Kupffer). Também há danos no baço, coração e rins.
Há intensa vasculite infecciosa com dano na microcirculação, que resulta em lesão
tecidual por hipoxia de baixo fluxo.
A forma clínica clássica é dividida em três fases. A primeira tem início abrupto com febre,
calafrios, cefaleia, mialgias, prostração, náuseas e vômitos que duram cerca de 3 dias.
Logo, na segunda fase, há regressão da febre e de outros sintomas. Já na terceira os
sintomas retornam, podendo surgir manifestações hemorrágicas, icterícia, oligúria,
hematúria, albuminúria, prostração intensa, desidratação, congestão conjuntival, dor no
abdome superior, hepatomegalia moderada, hemorragia digestiva. Formas graves contam
com hemorragias de vias respiratórias superiores e ouvido, hematêmese e melena,
alterações do ritmo respiratório, soluço, bradicardia, hipotensão arterial, obnubilação,
torpor e coma. Há mortalidade elevada (hemorragias incontroláveis, colapso circulatório e
choque). É frequente o surgimento de infecções bacterianas secundárias.
O diagnóstico é feito pela soma dos dados clínicos e epidemiológicos com o isolamento
do vírus ou detecção de antígenos em tecidos ou testes sorológicos. O diagnóstico
diferencial inclui doenças febris agudas (para as formas leves) e dengue hemorrágica,
malária por P. falciparum, septicemia, hepatite infecciosa grave, leptospirose (para formas
graves).
Não existe tratamento antiviral específico, sendo feito tratamento sintomático: hidratação
e uso de antitérmicos, antieméticos, bloqueadores H2, transfusões de sangue, diálise
peritoneal e hemodiálise. Não há recomendação para uso de heparina e não se faz uso
de sedativos. Pacientes graves podem receber plasma fresco e vitamina K para reposição
dos fatores de coagulação, além de oferta de oxigênio e reanimação volêmica.
Chikungunya
O vírus é transmitido pela fêmea do mosquito do gênero Aedes.