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FEBRE AMARELA

Por: Josélia Cardoso e Odete Pinheiro


Definição

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus
transmitido por mosquitos vetores, e possui dois ciclos de transmissão:
silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. O
vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não
há transmissão direta de pessoa a pessoa. A febre amarela tem importância
epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em
áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti.
Sinais e sintomas
Uma vez contraído, o vírus da febre amarela demora de 3 a 6 dias para ser incubado no corpo. Muitas pessoas
não apresentam sintomas; os mais comuns são febre, dores musculares com dor lombar proeminente, dor de
cabeça, perda de apetite, náusea ou vômito. Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem depois de 3 ou 4
dias. Entretanto, uma pequena porcentagem de pacientes entra em uma segunda fase mais grave, dentro de 24
horas após a recuperação dos sintomas iniciais. A febre alta retorna e vários sistemas do corpo são afetados,
geralmente o fígado e os rins. Nessa fase, as pessoas estão suscetíveis a desenvolverem icterícia
(“amarelamento” da pele e dos olhos), urina escura e dores abdominais com vômitos. Sangramentos podem
ocorrer a partir da boca, nariz, olhos ou estômago. Metade dos pacientes que entram na fase tóxica morre dentro
de 7 a 10 dias. O diagnóstico da febre amarela é difícil, principalmente em estágios iniciais. A doença agravada
pode ser confundida com malária, leptospirose, hepatite viral (especialmente a forma fulminante), outras febres
hemorrágicas, infecção por outros flavivírus (como dengue) e intoxicações. Exames de sangue (RT-PCR) podem,
às vezes, detectar o vírus nos estágios iniciais da doença. Em estágios mais avançados, é necessário teste para
identificar anticorpos (ELISA e PRNT).
Tratamento

O tratamento da febre amarela é apenas sintomático, com cuidadosa


assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso,
com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas
formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva
(UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito. Medicamentos
salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que o uso pode favorecer o
aparecimento de manifestações hemorrágicas.
Prevenção
A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela. O
Sistema Único de Saúde (SUS) oferta vacina contra febre amarela para a
população. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas
uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as
recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre
amarela e pessoas que vão viajar para essas áreas deve se imunizar.

A vacina, que é administrada via subcutânea, está disponível durante todo o
ano nas unidades de saúde e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes
do deslocamento para áreas de risco, principalmente, para os indivíduos que
são vacinados pela primeira vez.

A vacinação para febre amarela é ofertada na rotina dos municípios com
recomendação de vacinação.
Assistência de enfermagem
Quando se trata de cuidados de enfermagem em casos de febre amarela, é crucial adotar uma
abordagem cuidadosa e assertiva. A febre amarela é uma doença transmitida por mosquitos
infectados e pode causar sintomas como febre alta, dores musculares, náuseas e até mesmo
insuficiência hepática. Para garantir a melhor assistência aos pacientes, a equipe de enfermagem
deve estar atenta para garantir um ambiente higiênico e confortável, além de monitorar
regularmente os sinais vitais do paciente, como temperatura, pressão arterial e pulso. Além disso, o
fornecimento adequado de hidratação e nutrição é essencial para manter o paciente estável e
melhorar sua recuperação. É imprescindível que a equipe esteja sempre atualizada sobre os
procedimentos de isolamento e precauções universais, a fim de evitar a propagação da doença e
proteger tanto o paciente quanto os profissionais de saúde. Embora seja uma situação desafiadora,
essa abordagem cuidadosa e empática é fundamental para fornecer o melhor atendimento possível
aos pacientes com febre amarela.
Referências Bibliográficas

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/f/febre-amarela

https://www.paho.org/pt/topicos/febre-amarela#:~:text=A%20

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