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Além de deixar sujeira e destruição, as enchentes trazem outro perigo para a população.
Estamos falando da leptospirose, uma doença causada pela urina de animais infectados,
principalmente roedores (não à toa, tem quem a chame de doença do rato).
O período de incubação, ou seja, tempo entre a infecção da doença até o momento que a
pessoa leva para manifestar os sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre
entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco. As manifestações clínicas variam
desde formas assintomáticas e subclínicas até quadros graves, associados a manifestações
fulminantes. São divididas em duas fases: fase precoce e fase tardia.
A doença pode ser assintomática. Quando se instalam, os sintomas são febre alta que
começa de repente, mal-estar, dor muscular (mialgias) especialmente na panturrilha, de
cabeça e no tórax, olhos vermelhos (hiperemia conjuntival), tosse, cansaço, calafrios,
náuseas, diarreia, desidratação, exantemas (manchas vermelhas no corpo), meningite.
Leptospirose é uma infecção aguda, potencialmente grave, causada por uma bactéria do
gênero Leptospira, que é transmitida por animais de diferentes espécies (roedores, suínos,
caninos, bovinos) para os seres humanos. Esse micro-organismo pode sobreviver
indefinidamente nos rins dos animais infectados sem provocar nenhum sintoma e, no meio
ambiente, por até seis meses depois de ter sido excretado pela urina.
O contágio se dá pelo contato direto com a urina dos animais infectados ou pela exposição
à água contaminada pela Leptospira, que penetra no organismo através das mucosas e da
pele íntegra ou com pequenos ferimentos, e dissemina-se na corrente sanguínea.
Diagnóstico laboratorial
Exames específicos
Fase precoce:
-Exame direto
-Cultura
-Detecção do DNA pela reação em cadeia da polimerase (PCR)
Fase tardia:
-Cultura
-ELISA-IgM
-Microaglutinação (MAT)
Esses exames devem ser realizados pelos Lacens, pertencentes à Rede Nacional de
Laboratórios de Saúde Pública.
Exames inespecíficos
-Hemograma
-Bioquímica (ureia, creatinina, bilirrubina total e frações, TGO, TGP, gama-GT, fosfatase
alcalina e CPK, Na+ e K+)
-Radiografia de tórax
-Eletrocardiograma (ECG)
-Gasometria arterial
-Fase tardia – hepatites virais agudas, hantavirose, febre amarela, malária grave, dengue
hemorrágica, febre tifóide, endocardite, riquetsioses, doença de Chagas aguda,
pneumonias, pielonefrite aguda, apendicite aguda, sepse, meningites, colangite, colecistite
aguda, coledocolitíase, esteatose aguda da gravidez, síndrome hepatorrenal, síndrome
hemolíticourêmica, outras vasculites, incluindo lúpus eritematoso sistêmico, dentre outras.
Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial, mas, nos casos graves, a hospitalização
deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letalidade. A automedicação
não é indicada.
Prevenções à leptospirose:
- O lixo doméstico deve ser ensacado e posto fora de casa, no alto, pouco antes de o lixeiro
passar;
- É importante manter limpos quintais, terrenos baldios, ruas e córregos, evitando entulhos e
objetos inúteis;