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FEBRE AMARELA

Aula 3 (26/03/2018)

Professor: Roberto/ Aluna: Juliana Alvim Pacheco

● Doença infecciosa aguda não contagiosa e de alta letalidade

● Vírus do gênero Flavivírus

● Aedes aegypti

● Mais comum nos indivíduos adultos, do sexo masculino (“teoricamente” são os que
trabalham em florestas e se cuidam menos, não ligam para as vestimentas e não
passam repelente)
● Período de incubação: 1-3 semanas
Doença febril de rápida instalação, que não é contagiosa porque precisa de um vetor
(mosquito)

Importante saber que é do gênero flavivírus, porque se a pessoa já teve outras viroses por
outros tipos de flavivírus, como: dengue, zika... ela pode ter uma forma mais branda da febre
amarela, porque esses vírus podem conferir algum tipo de imunidade (Imunidade cruzada).

➢ Ciclo silvestre: Infecção acidental/ Macaco, Mosquito, Homem

➢ Ciclo Urbano: Mosquito, Homem

No Brasil: Para dizer que tem suspeita de FA tem que ter epidemiologia (região
epidemiológica)

● Área endêmica: Norte, Centro Oeste e Maranhão (áreas que têm o vírus e têm que
vacinar a população)
● Área de transição: MG, SP, PR, SC, RS, PI, BA (áreas que podem ter o vírus, então não
precisa vacinar)

DIAGNÓSTICO CLÍNICO:

● Age principalmente no fígado: necrose do parênquima (tem tropismo pelos


hepatócitos) pela ação viral. Hepatócito apresenta necrose (parecido com a hepatite
A) com pouco processo inflamatório
● Linfonodos

● Rins
● Baço

● Medula
Diagnóstico Diferencial de dengue e Leptospirose. Mas, difere da dengue, que não tem sinal
de Faget e na dengue, pode ter icteria, mas é raro.

Na leptospirose é comum ter acometimento dos rins e do fígado junto, já na F.A é primeiro
no fígado e conforme vai ocorrendo a progressão da doença, vai acometendo os outros
sistemas.

Diminuição de plaquetas pode acontecer em qualquer infecção viral. Na leptospirose pode


diminuir o número de plaquetas, mas quando o faz, não é tanto.

1. Forma Leve:
Síndrome febril indiferenciada de curta duração (em torno de 2 dias)

Mais comum em crianças e adultos

Febre, cefaleia e astenia

2. Forma Moderada:
Relacionada a imunidade cruzada

Sd febril ictérica de início súbito

Febre, cefaleia, astenia, mialgia generalizada, cterícia de pouca intensidade, epistaxe ocasional

Autolimitada e de curta duração

3. Forma grave:
10% dos casos, com letalidade entre 30-50%

Início abrupto e característica bifásica (melhora...piora....melhora...)

Febre alta, miastenia, cefaleia intensa, mialgia, artralgia, hepatomegalia, sinal de faget,
icterícia intensa

Fenômenos hemorrágicos

Insuficiência renal aguda

Encefalite viral

Insuficiência hepática

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:

● PCR: detecção de antígeno (vai detectar quando o vírus já estiver circulando. Pode
fazer logo no início, a qualquer momento, desde que o vírus já esteja em circulação.
Porém, é muito mais caro)
● Sorologia: IgM (a partir do 5º dia- na leptospirose é a partir do 7º dia)
Complementar:

● Hemograma leucopenia com linfocitose, plaquetopenia, anemia em caso de


hemorragia. Na leptospirose é leucocitose.
● Transaminases podem alcançar níveis acima de 2000: transaminases mostram que há
morte celular, há transaminases pelo corpo todo. Elas aumentam porque no fígado
está tendo necrose dos hepatócitos o normal é entre 30-40
● Bilirrubinas aumentadas a custas de direta

● Ureia/ Creatina

TRATAMENTO:

● Não tem

● Fazer reposição volêmica (hidratação) e anti-térmicos

● Imunoglobulinas (muito caro)

● Transplante de fígado
O tratamento é profilático:

➢ Vacina:
Atenção para reações alérgicas de hipersensibilidade (a ptn do ovo – albumina)

Atenção para encefalite pós vacinal em < 6 meses de idade (por isso não faz vacina nessa
idade)

Reação pós vacina

● Contraindicações: Imunodeprimidos e imunossuprimidos, crianças <6 meses, idosos,


alérgicos a ptn do ovo.

Tem que ter pelo menos 10 dias vacinado (para formar IgG) para ter imunidade para viajar.

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