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Governo do Estado de São Paulo

Secretaria de Estado da Saúde


Superintendência de Controle de Endemias - SUCEN

NORMAS E RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS


PARA VIGILÂNCIA E CONTROLE
DO Aedes aegypti
NO ESTADO DE SÃO PAULO

São Paulo
2002
SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO
SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SUCEN

Elaboração
Diretoria de Combate a Vetores - DCV

Colaboração
Diretoria de Orientação Técnica -DOT
Serviços Regionais - SRs

Impressão
De Paula Print Artes Gráficas Ltda
Tel/Fax: (lI) 3731-7420

Dezembro de 2002

Impresso com recursos do VIGISUS - Ministério da Saúde


APRESENTAÇÃO

Desde 1998, quando a implantação do Plano de Erradicação do Aedes aegypti


impulsionou a municipalização do controle de vetores no estado de São Paulo, vários ajustes
técnicos e operacionais foram realizados nas normas de vigilância e controle desse vetor,
além da buscar novos parceiros, visando conferir sustentabilidade ao programa, já que a
erradicação desse vetar parecia cada vez menos factível.
Em agosto de 2000, reunião técnica realizada em Águas de Santa Bárbara
envolvendo técnicos da SUCEN, do Centro de Vigilância Epidemiológica, do Centro de
Vigilância Sanitária, do Instituto Adolfo Lutz e de 30 municípios paulistas, resultou em
importantes alterações na normatização das ações de vigilância e controle vetorial: definiu a
execução da Avaliação de Densidade Larvária de forma independente da execução da
atividade Casa a Casa, restringiu as ações de controle químico e privilegiou as demais ações.
Com essas mudanças no Casa a Casa, foi possível, nesse mesmo ano, propor a integração da
área de controle de vetores com os Programas de Agentes Comunitários de Saúde e de Saúde
da Família. Em agosto de 2001, em reunião técnica realizada em Campinas, com
participação de técnicos das três esferas de governo, reafirmaram-se os ajustes propostos no
ano anterior, e incluíram-se outras pequenas alterações à normatização vigente.
No presente documento, a SUCEN reuniu normas, orientações e recomendações
para a área de vigilância e controle vetorial, oriundas de 4 anos de discussões envolvendo
técnicos dos três níveis de governo, destacando-se as duas referidas reuniões como marcos
desse processo. Este esforço visou auxiliar as equipes técnicas estaduais e municipais na
adoção das condutas e procedimentos definidos conjuntamente, para a adequada
implementação do Programa de Controle de Dengue.

São Paulo, dezembro de 2002

Carmen Moreno Glasser Luiz Jacintho da Silva


Diretora da Diretoria de Combate a Vetores Superintendente
Índice

Pág.
I - Conceitos empregados para operacionalização das atividades de controle de Aedes
aegypti..................................................................................................................................1
1 - Imóvel ............................................................................................................................1
1.1 - Tipo de ocupação e definição de limites ................................................................1
1.2 - Imóveis de maior importância na dispersão ativa e passiva do vetor (Pontos
Estratégicos)...................................................................................................... 2
1.3 - Imóvel trabalhado............................................................................................... 3
1.4 - Imóvel pendente................................................................................................. 4
2 - Setor .......................................................................................................................... 4
3 - Área........................................................................................................................... 4
II - Delimitação de Setores e Áreas...................................................................................... 5
1- Informações necessárias.............................................................................................. 5
2 - Delimitação de Setores............................................................................................... 6
3 - Definição do conjunto de Setores de cada Área.......................................................... 7
3.1 - Determinar o número mínimo de Áreas Urbanas ................................................ 7
3.2 - Determinar o número mínimo de Áreas Rurais ................................................... 7
3.3 - Definir o conjunto de Setores que constituirão cada Área Urbana ....................... 7
4 - Identificação de Áreas e Setores................................................................................. 7
III - Atividades de Vigilância e Controle de Aedes aegypti .................................................. 8
1 - Municípios infestados .. ............................................................................................. 8
1.1 - Atividade Casa a Casa ........................................................................................ 8
1.2 - Avaliação de densidade larvária......................................................................... 18
1.3 - Pesquisa larvária e controle de Pontos Estratégicos............................................ 22
1.4 - Atividades de controle do vetor em situações com risco de transmissão ou com
transmissão já desencadeada.................................................................................. 27
2. Municípios não infestados.......................................................................................... 29
2.1 - Pesquisa de Pontos Estratégicos......................................................................... 30
2.2 - Pesquisa larvária de armadilha........................................................................... 34
2.3 - Delimitação e controle de foco .......................................................................... 37
2.4 - Pesquisa larvária decorrente da notificação de casos suspeitos ou confirmados
de dengue ....................................................................................................... 38
IV - Medidas de controle do vetor ...................................................................................... 40
I. Medidas de controle mecânico e alternativo de criadouros ..................................... 40
1.1 - Orientações para utilização de peixes larvófagos para controle de Aedes aegypti 40
1.2 - Recomendações para controle mecânico e alternativo (produtos caseiros)
conceito de recipiente existente especificado para cada tipo ............................ 42
1.3 - Informações adicionais.............................................................. .................. 50
2. Medidas de controle químico ...................................................................... ....... 52
2.1 - Tratamento focal .......................................................................................... 52
2.2 - Tratamento perifocal..................................................................................... 53
2.3 - Bloqueio - Controle de criadouro ...................................................... .......... 58
2.4 - Bloqueio - Nebulização................................................................................. 58
V Integração do programa de agentes comunitários de saúde/programa de saúde da
família com a área de controle de vetores........................................................................... 62
1- Objetivos da proposta técnica .................................................................................. 62
2- Diretrizes para promover integração.............................................. ...................... 62
VI Dimensionamento de recursos humanos .......................................................... ....... 65
1 - Parâmetros para municípios infestados .................................................................. 65
2 - Parâmetros para municípios não infestados ............................................................ 66
3 - Base de cálculo para dimensionamento de recursos humanos para as atividades
de controle de Aedes aegypti - municípios infestados .................................................. 67
4 - Base de cálculo para dimensionamento de recursos humanos para as atividades
de controle de Aedes aegypti - municípios não infestados ........................................... 68

Bibliografia consultada....................................................................................................69
I CONCEITOS EMPREGADOS PARA
OPERACIONALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE
CONTROLE DE AEDES AEGYPTI.

1. IMÓVEL
o imóvel corresponde à unidade de trabalho e de registro de informações para todas as atividades
de operação de campo.

1.1 TIPO DE OCUPAÇÃO E DEFINIÇÃO DE LIMITES.


a - Edificações térreas ou assobradadas: O imóvel compreende a parte interna da edificação e
externa (jardins, pátios e quintais). Essas edificações poderão ser residenciais, comerciais,
industriais, serviços de saúde, educação, ...

b - Prédios de apartamentos: São considerados imóveis, os apartamentos e área coletiva do


condomínio (portaria, garagem, jardim, piscina, quadras esportivas, hall de entrada, salão de
festa, salão de jogos, caixas d'água, etc..). Embora os corredores e escadas de circulação façam
parte da área coletiva do prédio os recipientes neles encontrados serão incluídos nos
apartamentos sempre que pertençam aos moradores dos mesmos (exemplo: vasos de planta
dispostos no corredor. pelo morador do apartamento). Portanto, o número de imóveis de um
prédio corresponderá ao total de apartamentos, mais um, referente à área coletiva. Essa área será
identificada apenas pelo número do edifício e cada apartamento pelo número do edifício seguido
do número do apartamento. No caso de vários blocos, considerar a área coletiva de cada bloco
como 1 edificação e a área comum a todos 03 blocos deverá ser considerada como mais 1
edificação.

c - Casas de cômodos ocupados por diferentes famílias: Cada conjunto de cômodos utilizados
por uma mesma família corresponderá a um imóvel, e a área coletiva a outro. A área coletiva
será identificada pelo número da casa e cada conjunto de cômodos ocupados por uma família,
pelo número da casa seguido da letra a, b, c..
d - Edificações especiais: Edificações de grande porte como hospitais, ambulatórios, escolas,
hotéis, quartéis, penitenciárias, casas comerciais, shopping centers, indústrias e clubes
constituirão um único imóvel, sempre que as mesmas ocuparem parte de um quarteirão ou um
quarteirão inteiro. Se ocuparem mais de um quarteirão, a área correspondente a cada quarteirão
constituirá um imóvel.
e - Praças, parques e jardins públicos: Cada praça, parque ou jardim, incluindo as edificações
públicas existentes, constituirá um único imóvel, sempre que estes abranjam parte de um
quarteirão ou um quarteirão inteiro. Se ocuparem mais de um quarteirão, a área correspondente
a cada quarteirão constituirá um imóvel.

1
f- Obras em andamento ou paradas: Construções em qualquer etapa do projeto ou paradas,
incluindo canteiro de obra, área de vigilância e vendas constituirá um único imóvel.

g - Terrenos baldios: Serão considerados terrenos baldios, aqueles imóveis localizados em


quarteirões devidamente armados ou similares, distantes até 100 metros das últimas edificações.
A delimitação de um terreno baldio, seguirá os seguintes critérios:
• Terreno baldio murado - TBM - sua delimitação seguirá os limites definidos pelos
muros ou cercas.
• Terreno baldio não murado- TB - para sua delimitação, deve-se percorrer o
quarteirão no sentido horário, iniciando na esquina mais ao Norte do quarteirão (ver
item III 1.1.2), podendo-se encontrar as seguintes situações:

- Quarteirão (Q) sem nenhuma edificação (ED) ou TBM: O TB abrangerá


todo o quarteirão (Fig. 1). Terá como endereço, o nome da rua na qual será
iniciada a vistoria, seguido das anotações TB ou TBM.

- Quarteirões com ED e/ou TBM: Se na esquina mais ao Norte houver um


TB, este terá início nessa esquina e, seguindo-se o sentido horário,
terminará na primeira ED ou TBM existente no quarteirão. Terá como
endereço o nome da rua onde o mesmo teve início, seguido de TB. Após
a(s) ED(s) ou TBM(s), havendo outro TB, este iniciará logo em seguida à
ED ou TBM e terminará na próxima ED ou TBM, ou na esquina onde foi
iniciado o trabalho, caso não existam outras EDs ou TBMs no quarteirão
(Fig. 2 a Fig. 4).

1.2 IMÓVEIS DE MAIOR IMPORTÂNCIA NA DISPERSÃO ATIVA E PASSIVA


DO VETOR (PONTOS ESTRATÉGICOS).

Os imóveis de maior importância na geração e dispersão ativa e passiva de Aedes aegypti são
denominados Pontos Estratégicos e devem ser trabalhados com atividade específica. Esses
imóveis podem ser divididos em dois grupos:

Grupo 1 - Imóveis que apresentam grande quantidade de recipientes em condições favoráveis à


proliferação de larvas de Aedes aegypti (depósitos de pneus usados e de ferro velho, oficinas de
desmanche de veículos, borracharias, oficinas de funilaria, cemitérios...), e portanto, em função
da proliferação do vetor e de sua dispersão ativa na área adjacente podem contribuir de forma
importante nos níveis de infestação dessa área. Podem, também, se destacar na dispersão
passiva do vetor principalmente na fase de ovo, por meio do transporte de recipientes de um
município para outro, em atividades comerciais.

Grupo 2 - Imóveis que geralmente apresentam pequena quantidade de recipientes, porém, em


função da sua atividade ligada a transporte de mercadorias e passageiros, são de grande
importância na dispersão passiva do vetor, principalmente na sua fase adulta (transportadoras,
estações rodoviárias e ferroviárias, portos, aeroportos...).

2
1.3 IMÓVEL TRABALHADO
É todo o imóvel no qual foi possível realizar as ações previstas na atividade em
de"senvolvimento,no peri e intradomicíÜo.

Fig. 1 RuaA
Q58
-
Rua B TB (apenas 1 TB)
ldentificada a quadra, DOeudctcço do TB
constará apenas o no~ da rua pela qual será
iniciada a vistoria do terreno baldio, anotando-se TB
na coluna do complemento.
MD~B
RuaC

Fig. 2 Rua A
Q~ "

-
}tua B TB (inClui TB desde a esquina RuaAlRua B até
a ED da Rua C n° 181)
Rua C nO181 (ED)

R~{JJ~B 181
. Rua C - TB (inclui o TB desde a ED da Rua C nO 181 até
a esquina Rua AIRua B)

Rua C

Fig.3 Rua A
QI02 .
-
Rua B TB (inclui o TB desde a esquina RuaAlRua B
102 Jf até a ED da Rua C nO503) .
Rua C nO503
RuaB Rua C - TB (inclui o TB desde a ED da Rua C nO503

RuaD TBM --
até o TBM da Rua D)

Rua D TB (inclui o TB desde o TBM da Rua D


503 até a esquina da Rua AlRua Br
RuaC

Fig. 4
Q61
Rua B n° 185 Rua D n° 366
RuaBnol97 Rua D nO356
RuaD
RuaB-TBM .Rua D n° 344
Rua B n° 219 RuaDno 316
RUaB Rua B nO229 RuaD-TB
-
Rua B TB RuaDno312
RÚa C n° SOl Rua D n° 302
Rua C nO513 RuaA-TBM
RuaA-TBM
513 501
Rua C

Legenda:
Jf = Esquina mais ao Norte
tZ1 = ED l21 = TBM

3
1.4 IMÓVEL PENDENTE
É todo o imóvel no qual não foi possível realizar as ações previstas na atividade em
desenvolvimento. Dessa forma, consideram-se pendentes:
- imóveis nos quais não se realizou nenhuma das ações previstas, ou seja, aqueles
fechados ou com recusa ao trabalho (no boletim assinalar a coluna correspondente- Fechado ou
Recusa);
- imóveis nos quais não se realizou parte significativa das ações previstas, ou seja,
aqueles em que o responsável não permitiu ou não viabilizou a realização do trabalho no peri
ou no intradomicílio (no boletim assinalar a coluna correspondente a Recusa, pois não existe
recusa parcial).

2. SETOR
Setor é o conjunto de imóveis a serem trabalhados por um ou dois agentes. Trata-se portanto de
uma unidade geográfica operacional. A divisão do município em setores será realizada
separadamente para área urbana e os aglomerados rurais:
• Setor urbano: é um conjunto de quarteirões ou similares da zona urbana.
• Setor rural: é um conjunto de quarteirões ou similares de aglomerados rurais. Considera-
se aglomerado rural o conjunto de pelo menos 30 edificações agrupadas na zona rural.

3. ÁREA
Área é o conjunto de 1 a 5 setores contíguos e semelhantes quanto às características dos imóveis
predominantes e à infraestrutura urbana. Cada Área será composta apenas por Setores urbanos
ou rurais. Trata-se da unidade geográfica de avaliação entorno lógica e, portanto, devese evitar
realizar alterações da sua abrangência geográfica.
• Área urbana: É o conjunto de 1 a 5 Setores urbanos.
• Área rural: É o conjunto de 1 a 5 Setores de aglomerados rurais.

4
II DELIMITAÇÃO DE SETORES E ÁREAS
1. INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS
= "uarteirão
Informacões Orientações
Planta da cidade + - Numerar os quarteirões da planta da cidade, iniciando do N° 1
croquis de preferencialmente ao Norte da planta, seguindo a seqüência Norte-Sul e
loteamentos novos ou Oeste-Leste até numerar todos os quarteirões. A numeração dos
assentamentos quarteirões, distritos urbanos distantes da área urbana, vielas e/ou becos
clandestinos. dos loteamentos ou assentamentos não inclusos na planta, deve iniciar pelo
N° selluinte ao último incluído na Dlanta.
- Plantas ou croquis - Numerar os quarteirões ou similares das plantas ou croquis dos
dos aglomerados aglomerados rurais iniciando pelo N° I até o último Quarteirão do último
rurais. aglomerado. Iniciar a numeração para cada estrada pelo aglomerado mais
próximo da cidade e terminar no mais distante. Repetir o mesmo
rocedimentopara cada uma das estradas.
Rendimento médio - Para realizar a setorização, poderá ser utilizado um rendimento médio
do agente de controle único, para a cidade, dado em N° de ED/agente.dia (25 ED/ag.dia). O
de vetares. rendimento para a cidade geralmente será maior daquele para aglomerados
rurais.
- N° estimado de dias - Estratos 1 e 2 - periodicidade bimestral - 36 dias em média.
aproveitáveis de - Estrato3 - periodicidadetrimestral- 54 dias em média.
trabalho de campo
por ciclo. - Obs.: Esses valores correspondem ao número médio de dias de trabalho
num bimestre ou trimestre, descontadas as férias e todos os tipos de faltas
e dias de chuva que impossibilitem o trabalho de campo.
N° médio de - N°médio ED/ Q da cidade = N° ED do Ql+ N° ED do Q2 +...
N° total de Q da cidade
edificações . por
quarteirão da cidade.
- Se o N° de ED em cada Q da cidade não for conhecido, utilizar a
fórmula: N°méclioED/ Q = N° total de ED da cidade
N° total de O da cidade
N° médio de
edificações por - N°médio ED/ Q = N° ED do Q 1+ N° ED do Q? +...
N° total de Q dos agIam. Rurais
quarteirão dos
aglomerados rurais.
- Se o N° de ED em cada Q dos aglomerados rurais não for conhecido,
utilizar a fórmula:
N°médio ED/ Q = N° total de ED dos agIam. rurais
N° total de O dos alllom. rurais

5
2. DELIMITAÇÃO DE SETORES
Passos Orientações
Urbano = (Rend. urb. x 36 x 2) x 100
Determinar o N°
de Estratos 1 e 2 -N° ED de Setor / 100 - % Pendência esperada

ED de 1 Setor. ~Rural = (Rend. rural x 36 x 2) x 100


100 - % Pendência esperada

Estrato 3 - N° ED de Setor /urbano =100


(Rend.
- %urb. x 54 x 2)
Pendência x 100
erada
~ rural = (Rend. rural x 54 x 2) x 100
100 - % Pendência esperada

_ Determinar o N° - N° de Setores urban,os= N° ED da cidade


de Setores. N° ED de Setor urbano
- N° de Setores rurais = N° ED dos aglomerados rurais
N° ED de Setor rural

- Determinar o N°
de quarteirões para - N° Q de Setor urbano = N° ED de Setor urbano
cada tipo de Setor. N° ED/Q de Setor urbano
- N° Q de Setor rural = N° ED de Setor rural
N° ED/ O de Setor rural

pelimitar o - Cidade - SabendQo N° de Setores que deverão ser delimitados e o N° de Q de


conjunto de cada Setor urbano, demarcarna planta as divisas dos vários Setores,com o
quarteirões de cada cuidado de obter Setores com características homogêneas, e sempre que
Setor. possível abrangendo quarteirões de um único bairro.
- Aglomerados rurais - Sabendo o N° de Setores que deverão ser delimitados e
o N° de Q de cada Setor rural, definir quais os aglomerados incluídos em cada
Setor, com o cuidado de incluir, num mesmo Setor, aglomerados com
quarteirões numerados numa seqüência única.
Num Setor da cidade onde temos: Rendimento = 25 imóveis/agente.dia;
EXEMPLO.
N° dias do bimestre = 36 dias; N° de agentes= 2; Pendência já verificada no local = 18%
N° ED do Setor = (Rend. urb. x 36 x 2) x 100 = (25 x 36 x 2) x 100 = 180000 = 2195 ED
100 - % Pendência esperada 100 - 18 82

Sempre que necessário, realizar ajustes na setorização, com base nas informações obtidas
dll!ant~ o desenvolvimento da atividade Casa a Casa (No ED, obras e terrenos baldios
existentes, pendência verificada, rendimento obtido em imóveis/ por agente.dia).

6
3. DEFINIÇÃO DO CONJUNTO DE SETORES DE CADA
ÁREA
Conforme já definido, uma Área será c9mposta, no mínimo, por 1 Setor, e no máximo, por 5
Setores, e deverá conter apenas Setores urbanos ou rurais.
3.1 DETERMINAR O NÚMERO MÍNIMO DE ÁREAS URBANAS.
N° de Áreas urbanas = N° de Setores urbanos : 5

3.2 DETERMINAR O NÚMERO DE ÁREAS RURAIS.


N° de Áreas rurais = N° Setores rurais : 5
Como geralmente o número de Setores rurais é inferior a 5, a maioria dos municípios terá uma
única Área rural.

3.3 DEFINIR O CONJUNTO DE SETORES QUE CONSTITUIRÃO CADA ÁREA


URBANA.
Agrupar os Setores seguindo sempre o critério de contigüidade geográfica e com o cuidado de
obter Áreas com a maior homogeneidade possível. Para tanto, sempre que necessário, deve-se
aumentar o número de Áreas, para obter maior homogeneidade dentro de cada uma delas.
Embora seja interessante que cada supervisor fique responsável por uma única Área,
dependendo do número de Setores das várias Áreas, um mesmo supervisor poderá ficar
responsável por setores pertencentes a duas Áreas. Além disso um mesmo supervisor poderá ser
responsável por uma Área urbana e uma Área rural. A questão mais importante é que nenhum
supervisor fique responsável por mais de 10 agentes.

4. IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS E SETORES.


As Áreas serão identificadas por números, iniciando do O 1 até o total de Áreas da cidade. As
Áreas referentes aos aglomerados rurais serão numeradas iniciando pelo 101. Exemplo: Num
município com 1 única Área referente aos aglomerados rurais, essa Área será identificada pelo
número 101. Se o município apresentar uma segunda Área da zona rural, ela receberá o número
102.
Dentro de cada Área, a numeração dos' Setores iniciará sempre pelo número 1 até o total de
Setores da Área. O número de identificação de cada Setor será antecedido pelo da Área ao qual
o mesmo pertence. Exemplos: Setor 2.3 corresponde ao Setor 3 da Área 2. Setor 101-2
corresponde ao Setor 2 da Área 101 (Área rural).

7
111 ATIVIDADES DE VIGILÂNCIA E CONTROLE
DE AEDES AEGYPTI

1. MUNICÍPIOS INFESTADOS
1.1 ATIVIDADE CASA A CASA
Consiste nas visitas realizadas a todos os imóveis de uma determinada Área, para desenvolver
ações de controle de criadouros. A periodicidade dessas visitas é definida, de acordo com a
classificação do município: Estratos 1 e 2 - Periodicidade bimestral; Estrato 3 - Periodicidade
trimestral. No entanto, periodicidades diferentes são indicadas para melhor atender as
especificidades das várias Áreas ou Setores de uma cidade (ver item III - 1.1.7). Esta atividade é
dirigida a todos os imóveis da área urbana e dos aglomerado rurais, sendo excluídos, apenas, os
Pontos Estratégicos e os apartamentos acima do 1 ° andar de edifícios que segundo avaliação
anterior não apresentem situações favoráveis à proliferação do vetor (muitas plantas
ornamentais em sacadas, piscinas ...).

1.1.1 ALOCAÇÃO DOS AGENTES NOS SETORES


De posse do mapa com sua Área delimitada, o supervisor deverá, como regra geral, distribuir
dois agentes por Setor ou apenas um, em Setores menores. Para melhor divisão do trabalho em
cada Setor, os quarteirões pares ficarão para um agente e os impares para outro. Com isso,
pretende-se que a dupla trabalhe de forma relativamente conjunta e seqüencial dentro do Setor.

1.1.2 PERCURSO DENTRO DOS QUARTEIRÕES E NAS EDIFICAÇÕES TÉRREAS/


ASSOBRADADAS E NOS EDIFÍCIOS QUE CONTENHAM VÁRIOS IMÓVEIS.

Os quarteirões serão trabalhados pelo agente, iniciando na esquina mais ao Norte e percorrendo-
os no sentido horário. A padronização de seqüência de quarteirões e de percurso dentro deles é
importante para evitar que imóveis deixem de ser trabalhados e para' facilitar a localização do
agente pelo supervisor.

No percurso das edificações térreas ou assobradadas, o agente deve iniciar a vistoria pela área
externa, passando em seguida para a área interna. Nos sobrados, a vistoria da área interna, deve
ser iniciada a partir do Último pavimento, vistoriando o imóvel de forma completa. Em lotes
com várias casas, iniciar pela casa da frente (endereço: Rua e N°) , em seguida a próxima no
sentido da rua para os fundos (endereço: Rua e N° - fI), a seguinte (endereço: Rua e N° - f 2) e
assim sucessivamente.
No percurso de edifícios com vários imóveis, o agente vai encontrar situações como:
- Prédio de apartamentos: Deve-se iniciar a visita a partir da área coletiva do prédio, na
8
seqüência que segue o subsolo, térreo e cobertura . Após trabalhar a área coletiva, o agente
iniciará a visita aos apartamentos, a partir do andar mais alto previsto para o trabalho (10 andar
ou andar superior a este, de acordo com as características do prédio) em direção ao mais baixo,
seguindo a seqüência de numeração de apartamentos de cada andar. Quando for localizado
criadouro na área dos corredores de acesso aos apartamentos e escadas, este será incluído no
apartamento mais próximo. (Ver Item - 1.1)
- Casas com várias famílias (casa de cômodos): deve-se iniciar a visita a partir da área coletiva
da casa (primeiramente a área externa e depois a interna), em seguida iniciar as visitas aos
cômodos ocupados pelas famílias, seguindo o sentido horário e identificando cada conjunto de
cômodos pelo número da casa seguido das letras a, b, c..

1.1.3 DESLOCAMENTO DE PESSOAL AO LOCAL DE TRABALHO E


CONTROLE DE FREQÜÊNCIA
Recomenda-se, para aumentar o rendimento na atividade em municípios de médio e grande
porte, que somente o supervisor inicie seu expediente de trabalho na Sede Municipal que inclui
o Núcleo de Controle de Vetores, onde será controlada sua freqüência. Ele se deslocará, com a
viatura, diariamente para a Área sob sua responsabilidade, para controle de presença dos
agentes, distribuição e recolhimento de material de consumo para cada agente e supervisão do
trabalho. O agente se deslocará diretamente para o seu Setor de trabalho, onde iniciará as visitas
a partir do imóvel seguinte ao trabalhado no dia anterior.
Para localização de cada agente no campo, o supervisor deverá consultar o roteiro com a
seqüência de quarteirões sob a responsabilidade de cada agente Em municípios pequenos (com
apenas 1 Área), os agentes poderão ter seu controle de freqüência no Núcleo de Controle de
Vetores do município, para onde se dirigirão diariamente, apenas no início do expediente,
providenciando o material para o trabalho do dia e entregando os boletins referentes ao trabalho
do dia anterior. Em municípios maiores, esse procedimento também poderá ser utilizado nas
Áreas em que existirem Bases de Abastecimento para o pessoal de controle de vetores.
Em municípios de grande porte, que tenham descentralizado a gestão do setor de saúde,
definindo regiões de abrangência para cada unidade, recomenda-se que o comando do controle
de vetores siga essa mesma regionalização, visando maior integração com as demais áreas de
atuação, por meio de uma gestão integral das questões de saúde pela unidade regional.
Recomenda-se, também, a existência de uma coordenação técnica para o controle de vetores
lotada no CCZ, com abrangência para o município todo.

1.1.4 PROGRAMAÇÃO DE SUPERVISÕES.


O supervisor deverá programar a realização de supervisão direta e indireta dos agentes. Cada
agente deverá ser supervisionado pelo menos uma vez por mês. Assim, além de diariamente o
supervisor percorrer todos os Setores de sua Área, fazendo o controle de freqüência,
distribuição e coleta de material, ele deverá supervisionar a cada dois dias um dos
agentes. Os dias sem supervisão programada deverão ser aproveitados para atendimento a
questões demandadas pelos agentes.
Mensalmente o supervisor deverá realizar uma reunião com todos os agentes de sua Área, a fim
de. informá-Ios da produção do mês e resultados do trabalho realizado, utilizando os índices

9
de densidade larvária (IB, IP) e outras informações sobre tipos de recipientes mais importantes,
discutir as dificuldades e soluções já utilizadas, e buscar maneiras de aprimorar o trabalho.
1.1.5 PENDÊNCIA DE TRABALHO
Para redução da pendência de trabalho, em função de imóveis fechados ou com recusa, o supervisor
deverá organizar uma maneira desses imóveis pendentes serem visitados de preferência aos sábados,
dentro da mesma semana. Evitar atender pendência, de um determinado mês, no mês seguinte.

1.1.6 AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS E CONDUTA DO AGENTE NA ATIVIDADE


CASA A CASA.

- AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS


Esta atividade inclui ações de controle do vetor em todos os imóveis de cada Setor. Tem como
finalidades principais, realizar:
• orientação aos moradores e proprietários de imóveis sobre os cuidados necessários para evitar
criadouros de Aedes aegypti nos imóveis sob sua responsabilidade;
• aplicação das medidas de controle mecânico e uso de produtos caseiros de ação larvicida, quando
necessário.
O uso de larvicida organofosforado ou biológico ficará restrito a situações especiais encontradas em
determinados imóveis e ao Bloqueio de transmissão. Portanto, durante períodos não epidêmicos, os
agentes não devem levar a campo o larvicida. Seu uso, para situações especiais, será autorizado e
agendado pelo supervisor.
Algumas medidas de controle dificilmente poderão ser efetuadas durante as visitas de rotina. Dentre
estas, destacam-se:
• colocação de areia grossa nos vasos de flores com água e pratos de xaxim não justapostos aos
vasos e que não possam ser eliminados: é mais facilmente implementada por meio de campanhas em
dias específicos;
• remoção de recipientes maiores como pneus, latões, tambores, etc.: também é mais facilmente
implementada por meio de sistema de coleta com periodicidade definida, ou por meio do agendamento
da remoção desses recipientes, nos imóveis já trabalhados, em dias pré determinados para cada Setor;
• melhoria da vedação de caixas d’água e outros depósitos: é mais facilmente implementada por
meio de campanhas em períodos definidos, após levantamento da necessidade ou, quando pouco
freqüente, por meio do agendamento em imóveis já trabalhados;
• colocação de peixes larvófagos (ver item IV - 1.1 ) em alguns tipos de recipientes: deve ser
realizado por meio de agendamento em imóveis já trabalhados.

- RECOMENDAÇÕES PARA CONDUTA DO AGENTE DE CONTROLE DE


VETORES
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• Conduta geral recomendada: O agente deve motivar o morador a acompanhá-lo no decorrer de toda
a vistoria do imóvel (peri e intradomicílio), discutindo com ele a melhor forma de evitar a existência
de cada um dos criadouros encontrados. Todos os procedimentos deverão ser realizados, sempre que
possível na presença e com a participação do responsável pelo imóvel. Utilizar produtos como água
sanitária, detergente, sal e saco de lixo, de preferência fornecidos pelo responsável, pois se pretende
que estes cuidados sejam adotados rotineiramente pelo mesmo. Para tanto, o agente deverá conversar
com o responsável pelo imóvel, sobre as medidas indicadas para cada tipo de recipiente presente, para
adoção das medidas por ele escolhidas. O trabalho deverá incluir todos os "recipientes existentes" no
imóvel. Dependendo da dificuldade de efetuar as medidas de controle durante a visita, orientar o
responsável a realizá-las, e nesse caso, dependendo das condições do imóvel, haverá necessidade de
agendar retorno. Com esse tipo de trabalho, pretende-se, além de realizar o controle de todos os
possíveis criadouros de Aedes aegypti existentes em cada imóvel, durante a visita realizada, orientar e
motivar o morador a adotar rotineiramente os mesmos cuidados para evitar condições de proliferação
do vetor em suas casas, locais de trabalho ou terrenos baldios vizinhos.

• Algumas condutas diferenciadas:


a- Piscinas: caso sejam encontradas larvas, reduzir o volume d'água ao mínimo possível e solicitar
ao responsável que adicione cloro líquido numa super dosagem (Ver tabela 2), durante a visita,
orientando-o sobre a limpeza que deverá ser efetuada imediatamente e a providenciar a
manutenção adequada para evitar proliferação de larvas. Se não for possível eliminar as larvas
durante a visita, com a conduta citada, retomar no dia seguinte para adicionar larvicida. A
quantidade a aplicar, deverá ser determinada para o volume de água existente na piscina e não
para a sua capacidade total (Tabela 3 e 4). Quando se verificar pouco interesse do responsável em
solucionar problemas de manutenção inadequada de piscinas, independente da presença de larvas,
deverá ser acionada a Vigilância Sanitária.

b- Caixas d' água:


- sem vedação adequada (sem tampa, com tampa quebrada, com tampa que mantém frestas e
pontos de entrada para o mosquito): orientar o responsável sobre as alternativas para tampar a
caixa, agendando com ele o retorno para avaliação. Quando se verificar que o responsável não
fará a vedação necessária, retomar para adotar a medida indicada pela SMS para essas situações.
Exemplo: colocação de tampas ou tela de mosquiteiro. Quando for utilizada esta última,
mantenha em cima da tela a tampa, mesmo que danificada, ou aquelas improvisadas pelo morador
como folhas de madeiras, telhas Brasilit, etc, para não aumentar a produção de algas, nem o nível
de exposição da água a partículas suspensas no ar. Orientar o responsável sobre a necessidade de
providenciar a tampa específica para aquela caixa. A tela deverá ficar devidamente esticada e
presa, evitando, dessa forma, que a mesma encoste na água da caixa. Na dificuldade de prender a
tela bem esticada, colocá-la por cima da tampa. Qualquer medida de vedação deverá, ser
antecedida com a limpeza da caixa d'água pelo responsável.
- localizadas em área externa e sem proteção do ladrão: orientar o responsável a colocar uma
"touca" de tela de mosquiteiro ou uma meia de nylon na boca do cano, de preferência

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adotar esta medida durante a visita.
- sem vedação das conexões dos canos (entrada, saída, ladrão): orientar o responsável a fazer a vedação
com guarnições próprias ou massa plástica, realizando a limpeza da caixa após a vedação.
- com presença de larvas: reduzir o volume d'água e adicionar água sanitária conforme tabela 2 (item
IV - 1.3) durante a visita. Se não for possível adotar essas medidas. durante a visita. retomar no dia
seguinte e aplicar a água sanitária. orientando o responsável a realizar a limpeza da caixa em seguida.

c- Calhas e lajes: anotar o endereço dos imóveis com lajes ou calhas entupidas e/ou com pontos de
acúmulo de água onde se verifique dificuldade para o responsável providenciar medidas indicadas.
Retomar para efetuar a limpeza (equipe para recipientes de difícil acesso) ou encaminhar para a
Vigilância Sanitária.

d- Filtros ou potes d'água: encontrando larvas, eliminar a água, escovar e tampar adequadamente o
filtro ou pote.

e- Material removível: Inutilizá-los através de compactação ou perfuração ou colocá-los no saco


de lixo do imóvel. Quando dispostos em terrenos baldios, inutilizá-los por compactação e
perfuração ou colocá-los em sacos de lixo, deixando-os na calçada para sua coleta.

1.1.7. PROPOSTA DE DIFERENCIAÇÃO DE PERIODICIDADE E CONDUTAS

Recomenda-se que sejam diferenciadas algumas condutas na atividade Casa a Casa, além da
periodicidade, visando melhores resultados na redução da densidade do vetor e na prevenção da
doença, tendo em vista a grande heterogeneidade de situações encontradas em Setores e imóveis.

- REALIZAÇÃO DE VISITA DE RETORNO PARA IMÓVEIS COM CONDIÇÕES SANITÁRIAS


INSATISFATÓRIAS.

É importante retomar especialmente nos imóveis onde foram encontradas dificuldades para executar as
medidas preconizadas, no momento da visita. Como exemplos, citamos:
- vasos com larvas,
- piscinas sem manutenção,
- caixas d'água ou outros recipientes fixos sem vedação ou tratamento adequados,
- calhas entupidas e/ ou lajes com acúmulo de água,
- pneus ao relento e/ou outros recipientes inservíveis em quantidade ou tamanho que dificultem a
adoção de medidas, visando solucionar o problema, durante a visita.

- DIFERENCIAÇÃO DE CONDUTA DE ACORDO COM O TIPO DE IMÓVEL.

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Tipo 1 - Imóveis residenciais de quaisquer características. Vistoriar o imóvel, orientar o responsável e
com este realizar as medidas de controle mecânico e outras alternativas, retomando em imóveis com
piores condições conforme item anterior. Serão trabalhadas, com essas ações, as residências térreas e
asso bradadas e, em função da baixa positividade dos apartamentos para criadouros de Aedes aegypti,
serão trabalhados apenas aqueles situados no térreo e 10 andar. Em edifícios nos quais, pela avaliação
da equipe municipal, se verifique situação diferenciada de oferta de criadouros, recomenda-se
trabalhar todos os apartamentos. Independente da visita, deverão ser realizadas ações educativas,
incluindo entrega de folheto/ comunicado com orientações específicas, para todos os apartamentos.
Além disso, em Setores com residências térreas e asso bradadas de elevado nível sócio- econômico,
recomenda-se entregar, no momento da visita, folheto/comunicado com orientações específicas para
esse tipo de residência.
Tipo 2 - Áreas coletivas de prédios de apartamentos. Vistoriar o imóvel, orientar o zelador e/ou
síndico e com este realizar medidas de controle mecânico ou alternativo. Sempre que necessário,
registrar, em impresso próprio entregue ao responsável, outras irregularidades a serem corrigidas e,
neste caso agendar retorno.
Tipo 3 - Imóveis com edificações não residenciais de pequeno e médio porte (comerciais, industriais e
públicos). Exemplos: casas comerciais e industriais, pensões/hotéis e similares, clínicas de repouso,
consultórios médicos/odontológicos, delegacias de polícia, creches, escolas ... Vistoriar o imóvel,
orientar o responsável e com este realizar medidas de controle mecânico. Sempre que necessário,
registrar, em impresso próprio entregue ao responsável, outras irregularidades a serem corrigi das e,
neste caso agendar retorno.
Tipo 4 - Imóveis com edificações não residenciais de grande porte (comerciais, industriais e
públicos). Exemplos: hospitais, serviços de pronto-socorro, ambulatórios, escolas, creches, , asilos,
hotéis, quartéis, delegacias de polícia, penitenciárias, igrejas, shopping centers, supermercados,
clubes, outras casas comerciais e industrias de grande porte. Estes são denominados IMÓVEIS
ESPECIAIS e devem ser identificados e relacionados para serem trabalhados por agentes
especialmente treinados e equipados para realizar a vistoria completa, atendendo sua complexidade,
além de abordar adequadamente os responsáveis pela zeladoria/manutenção desses imóveis. Vistoriar
o imóvel, orientar o responsável e com este realizar medidas simples de controle mecânico. Registrar,
em impresso próprio entregue ao responsável, outras irregularidades a serem corrigidas. Recomenda-
se que os responsáveis por esses imóveis organizem brigadas anti- dengue, as quais seriam treinadas
com a participação do pessoal de IEC e da equipe responsável pelo trabalho nos Imóveis Especiais.
Tipo 5 - Obras em andamento ou paradas: Vistoriar o imóvel, orientar o responsável e com este
realizar medidas de controle mecânico. Sempre que necessário, registrar, em impresso próprio
entregue ao responsável, outras irregularidades a serem corrigidas e, neste caso agendar retorno.
Tipo 6 - Imóveis sem edificações: praças, pequenos parques e terrenos baldios (incluir nesta
denominação áreas não ocupadas contíguas a assentamentos recentes e favelas). Vistoriar o local,
eliminar recipientes ou, quando houver grande quantidade destes, notificar o

13
responsável para limpeza do imóvel.

Ressalta-se a importância de organizar o trabalho proposto para os imóveis do Tipo 4, considerados


especiais, uma vez que estes são de grande importância epidemiológica, não só pelas condições neles
existentes, geralmente favoráveis à presença de criadouros de Aedes aegypti, mas pela circulação ou
permanência de grande número de pessoas nos mesmos, propiciando a disseminação do vírus durante
epidemias.

- ESTRATIFICAÇÃO DO ESPAÇO TERRITORIAL DOS MUNICÍPIOS, PARA DIFERENCIAÇÃO DA


PERIODICIDADE DE CONTROLE DE CRIADOUROS.
Recomenda-se, especialmente para municípios com mais de 50mil habitantes, que sejam
caracterizados os Setores, visando melhor adequação de periodicidades às características dos
mesmos. A seguir, apresenta-se uma sugestão para classificação de Setores e um quadro
exemplificando a diferenciação da periodicidade.
Grupo 1. Setores urbanos sem estrutura adequada e/ou com edificações de baixa qualidade: Locais
com predominância de assentamentos clandestinos ou oficiais, com lotes e casas pequenas, sendo
estas improvisadas de madeira e outros materiais ou de alvenaria inacabada ou de péssima
manutenção ou edificações super utilizadas. Ausência ou deficiência no abastecimento de água,
armazenamento inadequado de água, disposição inadequada do lixo por moradores, associada a um
sistema de coleta deficiente.
Grupo 2. Setores urbanos com padrão intermediário aos dos Grupos 1 e 3.
Grupo 3. Setores urbanos com predominância de verticalização de imóveis e/ou casas residenciais e
comerciais de elevado padrão. Normalmente esses imóveis possuem armazenamento de água e
disposição de lixo adequados e são servidos por sistemas também adequados de abastecimento de
água, de coleta de lixo e de limpeza de logradouros públicos.
Grupo 4. Setores onde predominam imóveis industriais e comerciais, encontrando-se poucas ou
nenhuma residência.
Grupo 5. Setores ocupados por áreas verdes, com edificações dispersas: Parques de grande extensão,
aglomerados rurais (agrupamentos com 30 ou mais casas) e áreas peri-urbanas com loteamentos
estruturados, porém com ocupação muito baixa (até 10% de ocupação - 2 casas/ quarteirão).

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PERIODICIDADE DE TRABALHO SEGUNDO GRUPO DE SETORES E TIPO DE IMÓVEL

TIPOS DE IMÓVEIS

1 IMÓVEIS RESIDENCIAIS 4 IMÓVEIS


2 ÁREAS COLETIVAS DE PRÉDIOS
SETORES 3 IMÓVEIS NÃO RESIDENCIAIS DE PEQUENO E MÉDIO ESPECIAIS
PORTE
5 OBRAS EM ANDAMENTO OU PARADAS
6 IMÓVEIS SEM EDIFICAÇOES

GRUPO 1

SETOR URBANO Mensal a bimestral Bimestral


SEM ESTRUTURA ADEQUADA

GRUPO 2

SETOR URBANO Bimestral a trimestral Bimestral


COM PADRÃO INTERMEDIÁRIO

GRUPO 3

SETOR URBANO Trimestral a quadrimestral Bimestral

COM ALTO PADRÃO

GRUPO 4

SETOR INDUSTRIAL Bimestral a trimestral Bimestral

GRUPO 5

SETOR VERDE Quadrimestral Bimestral

1.1.8 TÉCNICA DE ABORDAGEM AOS RESPONSÁVEIS PELOS IMÓVEIS O QUE É?


É o desenvolvimento de uma "CONVERSA" entre duas ou mais pessoas sobre a problemática
dengue.
O QUE É CONVERSA?
É uma das formas mais simples e corrente da comunicação oral. A conversa propriamente dita, que
deve ser utilizada como técnica de ensino-aprendizagem, tem por objetivo estabelecer uma
comunicação oral entre duas ou mais pessoas sobre um assunto específico e que deve ser
suficientemente desenvolvido. Em toda conversa, em se tratando de assunto técnico, deve-se ver e
respeitar as pessoas da comunidade com seu saber próprio e dar-lhes informações precisas, levá-las
a refletir e a questionar, a fim de que sejam esc1arecidas as dúvidas existentes.

15
FINALIDADES DA CONVERSA

- Expressar idéias, pensamentos e emoções;


- Trocar informações e conhecimentos;
- Exercitar o relacionamento pessoal;
- Aumentar o conhecimento mútuo;
- Integrar as pessoas.

CUIDADOS AO CONVERSAR

- Utilize uma linguagem clara, precisa e adequada às pessoas com quem fala;
- Fale com uma velocidade moderada, articulando correta e cuidadosamente as palavras;
Faça poucos gestos, somente os necessários para reforçar a sua comunicação;
- Deixe as pessoas à vontade, para falar~m com naturalidade;
- Expresse amizade, delicadeza de sentimentos e de expressão;
- Em lugar de contestar ou contradizer, é melhor dizer o seu ponto de vista, apresentando
- argumentações convincentes; deste modo evita-se criar um clima de tensão ou de conflito;
- Evite monopolizar a palavra, para não deixar as outras pessoas intimidadas ou impossibilitadas
de fazer comentários.

ONDE APLICAR ESSE DIÁLOGO?


Nos vários tipos de Imóveis: tipo 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

A APRESENTAÇÃO
• Identificação pessoal
• Apresentar-se dizendo o seu nome e a instituição a que pertence. Verificar o nome da pessoa com
que você está dialogando e o cargo ou função no imóvel.
• Explique em poucas palavras o motivo da visita:
• Descobrir o que sabem sobre dengue. Utilize um mostruário.
• Utilizar um assunto que tem a ver como algo percebido no imóvel como forma de ganhar a
confiança e atenção da pessoa.
• Descobrir QUEM faz a manutenção ou cuida do imóvel e solicite o acompanhamento dessa pessoa
durante a visita.
• Solicite durante o acompanhamento que a pessoa fale como executa o trabalho preventivo
para dengue no imóvel e com que periodicidade.
• Descubra com ele(a) medidas que ainda necessitam de monitoramento.
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• Complementar com medidas que ainda necessitam de reforço ou reformulação
• Realize as anotações no boletim.
• No reforço ou reformulação das medidas preventivas, aplicar a DEMONSTRAÇÃO.
• Iniciar a DEMONSTRAÇÃO e verificar a destreza na aplicação da medida.
• Ao final da visita:
- Entregar folheto ou alguma orientação mais detalhada.
- Encaminhar o resultado da vistoria ao responsável do imóvel, quando a situação se aplicar.
- Acertar cronograma de vistoria para aqueles recipientes que ainda necessitam monitoramento
freqüente.
- Despedir-se conseguindo o compromisso do responsável de que será providenciada a execução do
trabalho no local.

1.1.9 ROTEIRO DE VISITAS


Para efetuar as visitas, o agente deverá:
a) Conferir diariamente, se dispõe de todo o material necessário:
- boletim, lápis, borracha, prancheta, sacola, crachá;
- para auxiliar na vistoria dos recipientes de armazenamento de água: 1 bacia, 1 concha, 1 coador de
chá e 1 lanterna.
- para as medidas de controle mecânico: sacos de lixo de 60 litros, picadeira, escova, um par de luvas
de preferência de raspa de couro;
b) Chegando em cada imóvel, apresentar-se ao morador ou responsável informando o motivo da visita.
c) Solicitar ao morador ou responsável que o acompanhe no trabalho de busca de recipientes que
sirvam de criadouros para mosquito.
d) Adotar, durante a visita, as medidas de controle mecânico preconizadas, e o uso de produtos
caseiros, de preferência discutindo com o morador cada medida, explicando sua importância e pedindo
sua ajuda para a execução das mesmas: recipientes pequenos que possam ser removidos durante a
visita, colocá-los na lixeira ou saco de lixo da própria residência; utilizar os sacos de 60 litros quando
a quantidade de recipientes for grande; recolher recipientes para o abrigo das intempéries; alterar sua
posição ou sua estrutura (amassá-los ou furá-los) de maneira que os mesmos não acumulem água;
aplicar produtos caseiros fornecidos pelo morador.
f) Preencher o Boletim diário, anotando as irregularidades que não foram sanadas no momento da
visita e agendando retorno ou repassando o problema ao supervisor para que este encaminhe aos
setores competentes.
h) Reforçar as orientações já repassadas ao morador e despedir-se do mesmo, informando o período da
próxima visita.

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1.2 AVALIAÇÃO DE DENSIDADE LARVÁRIA
Consiste na avaliação dos níveis de infestação de uma determinada área geográfica, num dado
momento. Essa avaliação é realizada geralmente numa amostra dos imóveis da Área, para viabilizar
sua execução em vários momentos, no decorrer do ano. Com a pesquisa nessa amostra de imóveis, são
estimados os índices de infestação e são determinados os respectivos intervalos de confiança (ver
Manual de Vigilância Entomológica de Aedes aegypti - SUCEN, 1997).
A pesquisa larvária será realizada de forma independente da atividade Casa a Casa. Todas as Áreas do
município deverão ser pesquisadas dentro de um mesmo mês, para possibilitar a estimativa de índices
(Predial e de Breteau) nos meses definidos pelo município, para essa avaliação. Para tanto,
recomenda-se que os municípios com mais de 20.000 habitantes selecionem, entre os agentes de cada
Área, aqueles com melhor perfil para essa avaliação, em número suficiente para realizar a pesquisa
larvária durante um único mês. Os agentes selecionados deverão interromper a atividade Casa a Casa,
durante os dias necessários para a referida pesquisa larvária, visando estimar os Índices. A Avaliação
de Densidade Larvária poder~ também ser realizada por equipe específica, responsável por outras
atividades, como visita a Imóveis Especiais e a imóveis desocupados.

1.2.1 PERIODICIDADE
A periodicidade de determinação dos índices de infestação será bimestral para
os municípios com mais de 20.000 habitantes e, trimestral, para os demais.

1.2.2 TAMANHO DE AMOSTRA


O Manual de Vigilância Entomológica da SUCEN propõe que sejam visitadas 500 edificações, para
que o erro de amostragem fique dentro de limites considerados toleráveis (tabela 2 do referido
manual). Nesse sentido, na atual proposta, o tamanho especificado como mínimo a seguir, sempre que
possível, deverá ser aumentado, visando melhorar a precisão dos índices estimados.
• município com até 20 mil habitantes: amostra de no mínimo 300 edificações na única Área
existente.
• município com mais de 20 mil habitantes:
- Áreas com até 4.800 edificações: amostra de no mínimo 300 edificações.
- Áreas com mais de 4.800 edificações: amostra de no mínimo 400 edificações.
Dessa forma, como o tamanho da amostra foi diferenciado de acordo com o número de edificações
existentes nas Áreas, não haverá necessidade de correção para a população finita das diferentes Áreas.

1.2.3 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DA AMOSTRA DE IMÓVEIS.


Somente os imóveis considerados como edificações ou como obras farão parte da amostra, ou seja,
devem ser excluídos terrenos baldios , praças e parques, além dos Pontos Estratégicos. Nos
condomínios verticais ou horizontais serão considerados como edificações para amostragem:

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• área coletiva = 1 edificação e no caso de vários blocos, considerar a área coletiva de cada bloco
como 1 edificação e a área comum a todos os blocos como mais 1 edificação.
• casas térreas e asso bradadas e apartamentos situados no térreo e 10 andar, sendo cada casa ou
cada apartamento= 1 edificação.

1.2.4 PREENCHIMENTO DA LISTA DE QUARTEIRÕES DE CADA ÁREA, PARA FINS DE


SORTEIO DE QUARTEIRÕES
Devem ser excluídos os quarteirões sem edificações de qualquer tipo (loteamentos novos, praças e
parques). Favelas, áreas de invasão e localidades atípicas devem ser incluídas, utilizando grupamentos
de imóveis similares a quarteirões, numerados como se fossem quarteirões, para o cadastro do
SISAED. Os quarteirões com um número de edificações muito maior que a média da área deverão ser
desmembrados. Dessa forma, a parte desmembrada do quarteirão será considerada um novo quarteirão
e deverá receber um novo número para o sorteio. Os quarteirões muito pequenos deverão também ser
alterados, sendo agrupados a outros. Nesse caso, o número desse quarteirão deixará de existir, e ele
passará o ter o mesmo número do quarteirão a que foi anexado.
Cada "quarteirão" terá somente um número que o identifique. Para isso, há duas possibilidades:
1ª.) caso o sorteio seja sistemático, é preciso manter relação dos quarteirões com os números originais
e os números de ordem, seqüenciais, que devem ser usados no sorteio. Exemplo, em que quarteirão 3 é
dividido em dois e os quarteirões 2 e 5 são agrupados: 1 → 1
2+5 → 2
3A → 3
3B → 4
4→5
5 - não existe, pois foi anexado ao 2.
6 → 6 ...
2ª.) caso o sorteio seja aleatório simples, um quarteirão desmembrado passa a ser o último da lis.ta d~
números, uma vez que não é possível usar letras (por exemplo 50A e 50B) no sorteio:
1
2 + 5 (no sorteio, será identificado pelo número 2. Se sorteado o 5, deve ser desprezado)
3 (a primeira parte do antigo 3)
4
6 ...
200 (número do último quarteirão)
201 (a outra parte do 3)

1.2.5 CORREÇÃO DA PENDÊNCIA


Para correção do tamanho da amostra, deverá ser utilizada a pendência total de cada Área, referente à
atividade Casa a Casa ou a pendência média encontrada nas últimas avaliações. Exemplo: Determinar
a amostra corrigida de uma determinada Área de município do Estrato 1, a qual apresenta 3.700
imóveis e onde se espera uma pendência de 25%.
% imóveis trabalhados = 75%
N° imÓveis a serem sorteados na Área = amostra final x 100
% imóveis trabalhados

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N° IMÓVEIS A SEREM SORTEADOS NA ÁREA = (300 X 100) : 75 = 400

1.2.6 SORTEIO DE QUARTEIRÕES


Para definir o número de quarteirões a ser sorteado, deve-se, inicialmente, calcular o tamanho
médio dos quarteirões:
_
número de edificações da área
B= número de quarteirões da área

Se esse número não for muito grande, serão visitadas todas as edificações dos quarteirões
sorteados. O número de quarteirões da amostra será:

tamanho da amostra
a= tamanho médio dos quarteirões

Se a média de edificações por quarteirão for muito grande, deve-se visitar parte do quarteirão:
casa sim - casa não, ou casa sim - duas não, e assim por diante. Nesses casos, sortear,
respectivamente, o dobro ou o triplo de a.

1.2.7 SEQÜÊNCIA DE VISITAS EM CADA QUARTEIRÃO

Os quarteirões serão trabalhados pelo agente, iniciando na esquina mais ao Norte e percorrendo-os no
sentido horário. A padronização de seqüência de visitas dentro dos quarteirões é importante para evitar
que imóveis deixem de ser trabalhados pelo agente e para facilitar a localização deste pelo supervisor.
Para tanto, o supervisor deverá entregar a cada agente um mapa ou um croqui com os quarteirões a
serem trabalhados, com a esquina mais ao Norte assinalada.

1.2.8 PERCURSO NAS EDIFICAÇÕES TÉRREAS/ ASSOBRADADAS E NOS


EDIFÍCIOS QUE CONTENHAM VÁRIOS IMÓVEIS.
• No percurso das edificações térreas ou assobradadas, o agente deve iniciar a vistoria pela área
externa, passando em seguida para a área interna. Nos sobrados, a vistoria da área interna, deve ser
iniciada a partir do último pavimento, vistoriando o imóvel de forma completa. Em lotes com várias
casas, iniciar pela casa da frente (endereço: Rua e N°) , em seguida a próxima no sentido da rua para
os fundos (endereço: Rua e N°- f 1), a seguinte (endereço: Rua e N°- f 2) e assim sucessivamente.

• No percurso de edifícios com vários imóveis, o agente vai encontrar situações como:
- Prédio de apartamentos: Iniciar a visita a partir da área coletiva do prédio, na seqüência que segue o
subsolo, térreo e cobertura. Após trabalhar a área coletiva, o agente iniciará a visita aos apartamentos,
a partir do andar mais alto previsto para o trabalho (1° andar ou andar superior a este) em direção ao
mais baixo, seguindo a seqüência de numeração de apartamentos de cada andar. Quando for
localizado criadouro na área dos corredores de acesso aos apartamentos e/ou escadas, este será
incluído no apartamento mais próximo.

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- Casas com várias famílias (casa de cômodos): Iniciar a visita pela área coletiva da casa
(primeiramente a área externa e depois a interna) e em seguida iniciar as visitas aos cômodos
ocupados pelas famílias, seguindo o sentido horário e identificando cada conjunto de
cômodos pelo número da casa seguido das letras a, b, c.

1.2.9 VISTORIA E PESQUISA LARVÁRIA DE CADA IMÓVEL.


Em cada edificação trabalhada, realizar a vistoria completa do imóvel (intra e peridomicílio) e a
pesquisa larvária de todos os recipientes que contenham água e não estejam adequadamente vedados.
Utilizar para registro das informações o Boletim de Avaliação de Densidade Larvária vigente,
referente ao Sistema Aedes.
A pesquisa larvária será realizada obedecendo ao percurso definido no item anterior. O agente deverá
fazer a vistoria completa da edificação. Nunca descartar o trabalho na área interna, devido a
informações fornecida~ pelo morador sobre a não existência de recipientes com água no interior da
casa.
A coleta das amostras de larvas será realizada separadamente para cada recipiente. Nunca misturar
larvas de mais de um recipiente numa amostra, mesmo que os recipientes sejam do mesmo tipo (não
realizar "pool"). Serão coletadas apenas larvas de 3° e 4° estadio, as quais serão acondicionadas em
frasco contendo álcool 70%, totalizando no máximo 20 larvas em cada frasco. De cada recipiente,
serão coletadas no máximo 40 larvas (2 frascos). Esse limite foi estabelecido para agilizar a
operacionalização da pesquisa e o exame laboratorial, pois o ideal seria coletar todas as larvas
existentes nos recipientes, para evitar que recipientes contendo larvas de Aedes aegypti, sejam
eventualmente considerados negativos.

1.2.10 ROTEIRO DE VISITA


Para efetuar as visitas, o agente deverá:
a) Conferir diariamente, se dispõe de todo o material necessário:
- boletim, lápis, borracha, prancheta, sacola, crachá;
- para a pesquisa larvária: 1 bacia, 2 conchas, 2 coadores de chá, 1 pipeta, 1 lanterna, 1 picadeira
(auxilia na retirada das tampas dos ralos para pesquisa e no controle mecânico) diversos vidros de
10 ml para amostras de larvas, frasco com álcool etílico e etiquetas.
b) Chegando em cada edificação, apresentar-se ao morador ou responsável, informando o
motivo da visita, explicando sucintamente os objetivos da ADL.
c) Solicitar ao morador que o acompanhe no trabalho de busca de recipientes que sirvam de criadouros
para mosquito.
d) Pesquisar todos os recipientes com água, coletando larvas dos criadouros encontrados.
e) Adotar, durante a visita, as medidas de controle recomendadas, de preferência discutindo com o
morador ou responsável cada medida, explicando sua importância e pedindo sua ajuda para a
execução das mesmas: recipientes pequenos que possam ser removidos durante a visita, colocá-los na
lixeira ou saco de lixo da própria residência; recolher recipientes ao abrigo das intempéries; alterar sua
posição ou sua estrutura (amassá-los ou furá-los) de maneira que os mesmos não acumulem água;
quando 'necessário aplicar produtos caseiros fornecidos pelo
21
morador, seguindo indicação técnica.
f) Preencher o Boletim diário, e anotar irregularidades importantes que não tenham sido
sanadas no momento da visita, repassando as anotações ao supervisor.
h) Reforçar as orientações já repassadas ao morador e despedir-se do mesmo, informando ainda a
possibilidade de futura visita na atividade ADL, além de referir-se à manutenção das visitas periódicas
da atividade Casa a Casa.

1.3 PESQUISA LARVÁRIA E CONTROLE DE PONTOS


ESTRATÉGICOS
Consiste no trabalho de vistoria, pesquisa larvária e ações de controle do veto r, em Pontos
Estratégicos.

1.3.1 PERIODICIDADE
Tendo em vista a importância dos PEs, para proliferação e dispersão de Aedes aegypti, as ações de
vigilância entomológica e de controle do veto r devem ser implementadas numa periodicidade
quinzenal, visando evitar a proliferação do vetor nesses locais, e dessa forma, contribuir para a
redução dos índices de densidade larvária da área onde os mesmos estiverem localizados e para
contenção da dispersão passiva para áreas não infestadas.

1.3.2 CADASTRO
O cadastro de PEs dos municípios dos Estratos 1, 2 e 3 deverá ser atualizado pelo menos a cada 6"
meses, com a participação de todos os agentes e supervisores que atuam na pesquisa e controle de
PEs e no Casa a Casa nos vários Setores e Áreas. Para tanto, cada agente deverá informar ao
seu supervisor, a existência de estabelecimentos que apresentem características apropriadas para sua
classificação como PE. O supervisor visitará o local e avaliará, se o imóvel deve ou não se.tomar um
PE, preenchendo a Ficha de Cadastro e Avaliação. Por outro lado, deverão ser programadas avaliações
semestrais dos PEs já cadastrados, para reclassificação quanto ao risco e cancelamento do cadastro
daqueles cuja pontuação for inferior à mínima necessária para o imóvel ser considerado PE (ver
modelo de Ficha para municípios infestados). Neste caso, o responsável pelo estabelecimento deve ser
informado que o referido imóvel não está sendo mais considerado PE, explicando que o mesmo será
visitado na atividade Casa a Casa. Os novos cadastros serão incluídos na listagem de PEs do
município a qual será utilizada para elaboração do itinerário dos agentes responsáveis pela pesquisa e
controle de PEso Essa listagem atualizada deverá ser entregue aos agentes que atuam no Casa a Casa e
na Avaliação de Densidade Larvária, os quais deverão descartar esses imóveis de sua atividade (ver
modelo de listagem).

1.3.3 DESLOCAMENTO DE SUPERVISORES E AGENTES


O deslocamento de supervisores e agentes durante a atividade de PE será, como regra geral, feito com
veículo e o itinerário será elaborado de preferência para a equipe e não para cada agente,
ficando o supervisor responsável pela organização e acompanhamento diário do trabalho, de forma a
obter o bom aproveitamento da capacidade operacional da equipe.

22
1.3.4 CONDUTA PARA PESQUISA LARVÁRIA E CONTROLE.

N° de recipientes em
condições de permitir Tipo de conduta
acúmulo de água
Vistoria de todos os recipientes e pesquisa daqueles com água,
orientação, ações de vigilância sanitária, controle mecânico/outras
Menos de 300
medidas alternativas complementadas, se necessário, pelo tratamento
focal quando do encontro de larvas (seletivo).
Vistoria de no mínimo 300 recipientes e pesquisa daqueles com água,
De 300 a 1000 orientação, ações de vigilância sanitária, controle mecânico/outras
medidas alternativas complementadas, se necessário, pelo tratamento
focal quando do encontro de larvas (seletivo).
Vistoria de no mínimo 300 recipientes e pesquisa daqueles com água,
Mais de 1000 orientação, ações de vigilância sanitária, controle mecânico/outras
medidas alternativas complementadas, pelo tratamento focal e/ou
perifocal na 13 Quinzena do mês e somente quando do encontro de
larvas (seletivo) na 23 Quinzena.

Observações:
- A Vistoria é a simples observação dos recipientes em condições de permitir acúmulo de água, para
verificar se os mesmos contêm ou não água. Pesquisa é a procura e coleta de larvas nos recipientes
com água.
- Recomenda-se instalar armadilha, de preferência ovitrampa, em PEs com menos de 1000
recipientes, em municípios infestados, onde seja difícil vistoriar a amostra preconizada de 300
recipientes ou todos os existentes, devido a dificuldades de acesso. Proceder o tratamento químico
do PE quando forem encontrados ovos na palheta e/ou larvas na água.
- As condutas definidas devem ser incluídas nas programações dos agentes, com base no número de
recipientes registrados na ficha de cadastro, excluindo-se assim, a contagem de recipientes
existentes a cada visita.

1.3.5. PESQUISA LARVÁRIA E AÇÕES DE CONTROLE DO VETOR


A periodicidade da pesquisa larvária de PEs será quinzenal para todos os municípios infestados.
Conforme já citado, uma das características da maioria dos PEs é apresentar grande número de
recipientes em condições favoráveis à proliferação de larvas. Dessa forma, o número de recipientes
a serem pesquisados deverá seguir a indicação do item anterior. Além disso, para agilizar a coleta
de larvas dos recipientes infestados, sempre que estes forem numerosos, recomenda-se a mistura de
larvas de vários recipientes do mesmo tipo (tipos apresentados no boletim de campo), ou seja
recomenda-se o uso de "pool" de larvas de vários recipientes do mesmo tipo para compor uma única
amostra. Serão coletadas apenas larvas de 3° e 4° estadio, as quais serão acondicionadas em frasco
contendo álcool 70%, totalizando no máximo 20 larvas em cada frasco. Em cada PE, poderão ser
coletados no máximo 10 frascosamostra. A pesquisa deverá ser iniciada pela área externa do PE e
concluída na área interna do imóvel. As ações de controle do veto r devem ser desenvolvidas de
maneira integrada, incluindo rotineiramente ações educativas e de vigilância sanitária, medidas de
controle mecânico/outras

23
medidas alternativas e quando necessário, realizar tratamento químico (ver item 1.3.4). As ações
educativas incluirão orientações para a melhoria das condições sanitárias do imóvel, no sentido de
dificultar ou evitar a presença de criadouros de Aedes aegypti no estabelecimento. Essas orientações
devem ser trabalhadas junto ao proprietário do imóvel e possíveis empregados que possam, nas suas
atividades, adotar procedimentos que contribuam no controle do vetor. Se após essas ações educativas
desenvolvidas rotineiramente pelo agente e, após reforço realizado pelo superviso r, não forem obtidos
resultados satisfatórios, deverão ser empregadas medidas formais de vigilância sanitária.

1.3.6 ROTEIRO DE VISITA


Para efetuar as visitas o agente, deverá:
a) Conferir, diariamente, se dispõe de todo o material necessário:
- boletim, lápis, borracha, prancheta, sacola, crachá;
- para medidas de controle mecânico - folhetos educativos, picadeira, um par de luvas de raspa de
couro;
- para pesquisa larvária - 1 bacia, 1 concha, 1 coador de chá, 1 pipeta, diversos vidros de 10 ml para
amostras de larvas, frasco com álcool etílico, etiquetas e fita adesiva;
- para tratamento focal e perifocal - 1 bisnaga calibrada, 1 colher de sopa, 1 colher de café, Tabelas
com quantidades de Abate 1 % GR ou BTI GR a aplicar, 2 cargas de temephos 1 % GR ou 2 cargas de
BTI GR, pulverizador manual de compressão prévia, balde de 5 litros, espátula de plástico PVC,
cargas de fenitrothion PM 40% ou cipermetrina PM 40%, máscara com filtro de carvão ativado, touca
legionário, avental, luvas nitrílicas e botina de segurança.
b) Chegando em cada PE, apresentar-se ao responsável informando o motivo da visita.
c) Solicitar ao responsável que o acompanhe no trabalho ou indique um funcionário para tal.
d) Realizar a vistoria da quantidade de recipientes especificada no item 1.3.4, pesquisar dentre estes,
aqueles com água, realizando, de preferência, "pool" de larvas para aumentar o rendimento da
atividade. Orientar o responsável, sobre as medidas que devem ser adotadas para evitar a proliferação
de larvas no estabelecimento. Adotar, com a ajuda do responsável, medidas de fácil execução durante
a visita e encerrar realizando, quando necessário, o controle químico do PE de acordo com as normas
do item 1.3.4.
e) Caso o responsável não adote as medidas preconizadas, após a orientação recebida em pelo menos 4
visitas, passar o problema ao supervisor.
t) Preencher o Boletim diário com todas as anotações previstas.
g) Reforçar, ao responsável pelo PE, as orientações já dadas.
h) Realizar semestralmente a avaliação dos PEs e novos cadastros.
i) Entregar semestralmente documentos da Vigilância Sanitária, contendo orientações para a melhoria
das condições sanitárias do PE.

24
Ficha de Cadastro e Avaliação de Pontos Estratégicos
Municípios Infestados por Aedes aegypti.

Data da avaliação anterior: __/__/___ Data desta avaliação __/__/___

Município:_____________________ Código IBGE 35 __________ DIR________

1. Identificação do Imóvel: ( ) Público ( ) Privado


Nome:________________________________ Ramo de atividade ___________
Endereço:________________________________________________________
Bairro:___________________________________ Área total (m2): ___________
Área CV _________________ Setor CV ___________________
Telefone:_______________ Pessoa para contato: ________________________
2. Aspectos para avaliação de risco.
2.1 Natureza do Imóvel:
( ) Borracharia, depósito de pneus usados, recauchutadora, depósito de sucatas de
veículos e/ou equipamentos (20 ptos)
( ) Depósito de ferro velho, desmanche, cemitério (10 ptos)
( ) Depósitos de material de construção, bebidas/garrafas, pátio com containers, floricultura,
viveiro de mudas, oficina mecânica, funilaria / pintura, transportadora, garagens de ônibus/
carros/ caminhões, portos e aeroportos para transporte doméstico, estações rodoviárias,
ferroviárias,... (5 ptos)

2.2 Número de recipientes em condições que possibilitam acúmulo de água:


( ) Acima de 1000 (100 ptos)
( ) de 301 a 1000 (60 ptos)
( ) de 101 a 300 (20 ptos)
( ) de 20 a 100 (10 ptos)
( ) Menos de 20 (0 ptos)

2.3 Rotatividade de recipientes para outros imóveis:


( ) Independente de período - para inviabilização imediata (0 ptos)
( ) Mais de 6 meses - para estocagem (5 ptos)
( ) de 2 a 6 meses -para estocagem (10 ptos)
( ) Menos de 2 meses - para estocagem (20 ptos)

25
2.4 Adoção de cuidados pelo responsável:
( ) Cuidados abrangendo todos os recipientes e suficientes para evitar proliferação de
larvas (0 ptos)
( ) Cuidados abrangendo parte dos recipientes e/ou cuidados não suficientes para evitar
proliferação de larvas (15 ptos)
( ) Sem nenhum cuidado significativo (30 ptos)

CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR:

PONTUAÇÃO ACUMULADA: _________ CLASSIFICAÇÃO ATUAL: __________

APÓS AVALIAÇÃO, O IMÓVEL FOI CADASTRADO COMO PE?

( ) SIM, SOB N°. ________ ( ) NÃO


Situação de funcionamento:
( ) Em atividade, mantendo condições sanitárias de risco.
( ) Excluído do cadastro de PEs por melhoria das condições sanitárias.
( ) Excluído do cadastro de PEs por ter encerrado suas atividades.

Observação: Para imóvel já cadastrado anteriormente, manter a numeração.

Orientação para classificação do imóvel quanto à sua importância para a dispersão ativa e
passiva do vetor.
- CLASSE I - PE de elevada importância (125 pontos ou mais)
- CLASSE II - PE de média importância (de 76 a 124 pontos)
- CLASSE III - PE de pequena importância (de 46 a 75 pontos para municípios com
mais de 200 mil hab. ou de 21 a 75 pontos para municípios com menos de 200 mil hab.)
- Não classificado como PE : imóvel a ser visitado na atividade Casa-a-Casa (até 45 pontos
para municípios com mais de 200 mil hab. ou até 20 pontos para municípios com menos de
200 mil hab.)

Avaliação realizada por: ______________________________________________

Revisado por: ______________________________________________________

26
1.4. ATIVIDADES DE CONTROLE DO VETOR EM SITUAÇÕES
COM RISCO DE TRANSMISSÃO OU COM TRANSMISSÃO JÁ
DESENCADEADA

1.4.1 SITUAÇÕES COM RISCO DE TRANSMISSÃO.


Essas situações são identificadas pela notificação de casos suspeitos de dengue ou pela confirmação
de casos importados. Deve-se implementar rapidamente ações de controle do vetor, para evitar a
transmissão de dengue ou interrompê-la se esta já tiver sido desencadeada:
- Casos suspeitos autóctones: deve ser realizada a busca ativa de casos e Bloqueio -Controle de
Criadouros no local provável de infecção (local de residência permanente/temporária, trabalho e
estudo). Se for confirmado o caso ou se forem detectados outros casos suspeitos na proximidade,
realizar o Bloqueio completo, repetindo o Controle de Criadouros.
- Casos importados suspeitos ou confirmados: serão trabalhados os locais de permanência do caso
durante o período de transmissibilidade (local de residência permanente/temporária, trabalho e
estudo).
Será realizado o Bloqueio para cada local, sendo trabalhados todos os imóveis localizados no
quarteirão de residência, trabalho e estudo e nos 8 quarteirões vizinhos (total de 9 quarteirões) ou num
raio de 200 metros. O Bloqueio consiste na realização concomitante de ações de controle de
criadouros (controle mecânico e tratamento focal) e controle de alados por meio de nebulização com
equipamento portátil, em cada um dos imóveis dos 9 quarteirões. Os procedimentos indicados para
Bloqueio- Controle de Criadouros e Bloqueio-Nebulização constam nos itens IV -2.3 e IV -2.4
respectivamente.

1.4.2 - SITUAÇÕES COM TRANSMISSÃO JÁ DESENCADEADA


A partir da confirmação do primeiro caso autóctone num município, estará caracterizada a ocorrência
de transmissão. Deve-se intensificar rapidamente ações de controle do veto r, visando interromper a
transmissão no local onde foram detectados casos autóctones e evitar a ampliação da transmissão para
outras áreas da cidade, conforme segue:
- LOCAL OU LOCAIS PROVÁVEIS DE INFECÇÃO DO(S) CASO(S) AUTÓCTONE(S)

Delimitar a área ou áreas que deverão ser trabalhadas no Bloqueio, traçando raios de pelo menos 500
metros em torno do imóvel onde provavelmente ocorreu a infecção de cada caso. Esses raios deverão
ser ampliados para evitar pequenos trechos sem tratamento entre as áreas referentes a dois ou mais
casos, e para agilizar a cobertura de trechos com presença de casos suspeitos que aguardam exame
laboratorial. Recomenda-se delimitar uma única área para dois ou mais casos confirmados, sempre
que a distância dos locais de infecção dos mesmos for igual ou inferior a 800 metros. As áreas
demarcadas para intervenção, seguindo os critérios acima estabelecidos, deverão ser ampliadas em
função da notificação de outros casos suspeitos, e da confirmação de mais casos. Os imóveis
localizados nas áreas delimitadas para Bloqueio deverão ser trabalhados concomitantemente em
atividades de controle de criadouros e de alados.

27
- ÁREAS DA CIDADE SEM PRESENÇA DE CASOS AUTÓCTONES CONFIRMADOS.
- Medidas de impacto geral: Deve ser mantida a atividade Casa a Casa, se possível com trabalho
aos sábados, intensificadas ações educativas de amplo alcance e realizado um arrastão de
controle de criadouros com participação de vários setores da administração pública e de
voluntários de setores organizados da sociedade.
- Medidas de impacto localizado: Devem ser implementadas as ações de Bloqueio de casos
suspeitos, de acordo com as orientações que constaram no item anterior. Em locais com
quantidades maiores de recipientes inservíveis recomenda-se a realização de mutirão de
limpeza.

Observação: O Bloqueio - Controle de Criadouros será de responsabilidade das Prefeituras


Municipais. O Bloqueio- Nebulização (equipamento portátil) será efetuado pelas Prefeituras
Municipais, principalmente nos municípios com mais de 50mil habitantes, e pela SUCEN nos
municípios menores. Além disso, a SUCEN concentrará esforços, em conjunto com os
municípios, em situações de incidência elevada.

1.4.3 RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA INTENSIFICAÇÃO E APRIMORAMENTO DO


TRABALHO DE CONTROLE DA TRANSMISSÃO DE DENGUE.
Para melhor enfrentamento diante do agravamento da transmissão de dengue no município, é
necessário incorporar medidas que contribuam para melhoria da qualidade do trabalho, aumento
do nível de cobertura e redução, do tempo de intervenção em toda área de transmissão:

- ORGANIZAÇÃO DE MEDIDAS VISANDO MELHORIA DA QUALIDADE DO TRABALHO DE


CAMPO.
• Ampliar a interface entre os diversos setores municipais da saúde (vigilância
epidemiológica, vigilância sanitária, controle de vetores) estendendo este entendimento para as
demais áreas municipais cuja atuação está relacionada com a problemática de dengue
(Secretaria da Educação, Abastecimento de Água, Limpeza Urbana, Departamento Jurídico,
Secretaria de Obras, etc.)

• Intensificar a atuação da área de IEC, com o desenvolvimento de atividades junto à


população e com supervisões/reciclagens das equipes de campo.

• Estreitar o trabalho conjunto desenvolvido entre a área de controle de vetores do município


e as equipes regionais da SUCEN, de modo a garantir que a atividade de controle de criadouros
aconteça concomitantemente à nebulização domiciliar de inseticida, permitindo, portanto,
atuação imediata frente às formas imaturas e adultas do vetor, aspecto fundamental para êxito
'

da intervenção.

• Reciclagem rápida com a participação de todo pessoal de campo, visando rediscussão do


trabalho das equipes, para dirimir as dúvidas que surgiram durante o desenvolvimento das
diversas atividades e pontos problemáticos apontados por supervisores, pessoal de IEC e
28
Coordenadores. Na ocasião, as atividades Bloqueio- controle de criadouros e Bloqueio-
nebulização devem ser amplamente abordadas e seus objetivos ressaltados.

• Rediscussão do trabalho da(s) equipe(s) de Ponto Estratégico de forma a garantir melhor


qualidade na execução da atividade de Pesquisa e Tratamento de PEs dentro das normas
estabelecidas para municípios infestados, assegurando, portanto, periodicidade quinzenal às
condutas preconizadas.

• Realização de limpeza de terrenos baldios, com envolvimento da Limpeza Pública.

• Treinamento de pessoal para desenvolvimento de trabalho voltado a imóveis com


edificações não residenciais de grande porte: comerciais, industriais ou públicos, (escolas,
creches, hospitais, serviços de pronto-socorro, ambulatórios, asilos, hotéis, quartéis, delegacias
de polícia, penitenciárias, igrejas, shopping-centers, supermercados, clubes, outras casas
comerciais e industrias de grande porte), além de obras de construção civil. A equipe deve
contar com pessoal com perfil para contatos com responsáveis por esse tipo de imóveis
(diretores, administradores, gerentes, pessoal de manutenção/zeladoria, etc), e para a realização
da vistoria completa.

- ORGANIZAÇÃO DE ATIVIDADES VISANDO REDUÇÃO DE PENDÊNCIA


• Programação do trabalho em imóveis com recusas com pessoal melhor preparado para
convencimento do morador sobre a importância da realização do trabalho.
• Programação do trabalho em imóveis para venda ou aluguel por meio da atuação junto
às imobiliárias para empréstimo de chaves, entrando nesses imóveis para vistoria e execução
das medidas de controle de criadouros. Orientar as imobiliárias sobre vários cuidados a
serem por elas adotados ou solicitados ao proprietário.
• Programação do trabalho em imóveis fechados, utilizando dias e/ou horários alternativos;

- MEDIDAS VISANDO REDUÇÃO DO TEMPO DE INTERVENÇÃO EM TODA ÁREA DE


TRANSMISSÃO

• Convocação para trabalho em dias não úteis (SUCEN e Municípios)


• Contratação de pessoal em caráter emergencial (SUCEN e Municípios).
• Convocação de pessoal de nível elementar das diversas secretarias municipais para
realização de atividades de eliminação de criadouros (Municípios).
• Remanejamento de pessoal de outros municípios ( Município)

2 MUNICÍPIOS NÃO INFESTADOS


Estes municípios deverão ser divididos em Setores de Armadilha, os quais serão de tamanho
semelhante ao das Áreas do Estrato 3 (em tomo de 15 mil imóveis). (ver item III-2.2.1).

29
2.1 PESQUISA DE PONTOS ESTRATÉGICOS
Consiste no trabalho de vistoria, pesquisa larvária e ações de controle do vetor, nos Pontos
Estratégicos.
2.1.1 PERIODICIDADE
Tendo em vista a importância dos PEs, para proliferação e dispersão de Aedes aegypti, as ações
de vigilância entomológica e de controle do vetor, nestes imóveis, devem ser implementadas
numa periodicidade quinzenal.
2.1.2 CADASTRO
O cadastro de PEs dos municípios do Estrato 4 deverá ser atualizado pelo menos a cada 6 meses,
com a participação de todos os agentes e supervisores. Deverão ser cadastrados os PEs novos,
realizada a reclassificação quanto ao risco e cancelamento do cadastro daqueles cuja pontuação
for inferior à mínima necessária para o imóvel ser considerado PE (ver ficha de cadastro para
municípios não infestados). Nesta última situação, o responsável pelo estabelecimento deve ser
informado sobre a interrupção da atividade e sobre possível recadastramento futuro. Os novos
cadastros serão incluídos na listagem de PEs do município, a qual será utilizada para elaboração
do itinerário dos agentes responsáveis pela pesquisa e controle de PEs (ver modelo de listagem).

2.1.3 DESLOCAMENTO DE SUPERVISORES E AGENTES


O deslocamento de supervisores e agentes durante a atividade será, como regra geral, feito com
veículo e o itinerário será elaborado de preferência para a equipe e não para cada agente. O
supervisor é responsável pela organização e acompanhamento diário do trabalho, visando um
bom aproveitamento da capacidade operacional da equipe.

2.1.4 CONDUTA PARA PESQUISA LARVÁRIA E CONTROLE.

N° de recipientes em condições
de permitir acúmulo de água Tipo de conduta
Vistoria de todos os recipientes e pesquisa daqueles com
Mais de 300 água, orientação, ações de vigilância sanitária, controle
mecânico/outras medidas alternativas, tratamento perifocal
e/ou focal para PE positivo para Aedes aegypti.
Vistoria de no mínimo 300 recipientes e pesquisa daqueles
Menos de 300 com água, orientação, ações de vigilância sanitária, controle
mecânico/outras medidas alternativas e tratamento perifocal
e/ou focal para PE positivo para Aedes aegypti.

Observações:
- A Vistoria é a simples observação dos recipientes em condições de permitir acúmulo de água, p'ara
verificar se os mesmos contêm ou não água, e pesquisa é a procura e coleta de larvas nos
recipientes com água.
- Recomenda-se instalar armadilha, de preferência ovitrampa, em todos os PEs, onde seja difícil
vistoriar a amostra preconizada e, o tratamento químico do PE deverá ser efetuado somente
quando forem encontrados ovos e/ou larvas de Aedes aegypti.
- As condutas definidas devem ser incluídas nas programações dos agentes, com base no número
de recipientes registrados na ficha de cadastro, excluindo-se assim, a contagem de recipientes
existentes a cada visita.

30
2.1.5 PESQUISA LAR VÁRIA E AÇÕES DE CONTROLE DO VETOR
A periodicidade da pesquisa larvária de PEs será quinzenal para todos os municípios não
infestados. Conforme já citado, uma das características da maioria dos PEs é apresentar grande
número de recipientes em condições favoráveis à proliferação de larvas. Dessa forma, o número
de recipientes a serem pesquisados deverá seguir a indicação do item anterior. Além disso, para
agilizar a coleta de larvas dos recipientes, sempre que estes forem numerosos, recomenda-se a
mistura de larvas ("pool" de larvas) de vários recipientes do mesmo tipo (tipos apresentados no
boletim de campo), para compor uma única amostra. Serão coletadas apenas larvas de 3° e 4°
estadio, as quais serão acondicionadas em frasco contendo álcool 70%, totalizando no máximo
20 larvas em cada frasco. Em cada PE, poderão ser coletados no máximo 10 frascos-amostra,
para cada tipo de recipiente. A pesquisa deverá ser iniciada pela área externa do PE e concluída
na área interna do imóvel. As ações de controle do vetor devem ser desenvolvidas de maneira
integrada, incluindo rotineiramente ações educativas e de vigilância sanitária, medidas de
controle mecânico/outras medidas alternativas. Quando forem encontradas larvas de Aedes
aegypti, realizar tratamento químico (ver item 2.1.4). As ações educativas incluirão orientações
para a melhoria das condições sanitárias do imóvel, no sentido de dificultar ou evitar a presença
de criadouros de Aedes aegypti no estabelecimento. Essas orientações devem ser trabalhadas
junto ao proprietário do imóvel e possíveis empregados que possam, nas suas atividades, adotar
procedimentos que contribuam no controle do vetor. Não se obtendo resultados satisfatórios
com essas atividades, deverão ser empregadas medidas formais de vigilância sanitária.

2.1.6 ROTEIRO DE VISITAS


Para efetuar as visitas o agente, deverá:
a) Conferir, diariamente, se dispõe de todo o material necessário:
- boletim, lápis, borracha, prancheta, sacola, crachá;
- para medidas de controle mecânico - folhetos educativos, picadeira, um par de luvas, de
preferência de raspa de couro;
- para pesquisa larvária - 1 bacia, 2 conchas, 2 coadores de chá, 1 pipeta, diversos vidros de
10ml para amostras de larvas, frasco com álcool etílico, etiquetas e fita adesiva;
b) Chegando em cada PE, apresentar-se ao responsável informando o motivo da visita.
c) Solicitar ao responsável que o acompanhe no trabalho ou indique um funcionário para tal.
d) Realizar a vistoria da quantidade de recipientes especificada no item 2.1.4, pesquisar dentre
estes, aqueles com água e coletar as larvas encontradas realizando, de preferência, "pool" de
larvas para aumentar o rendimento da atividade. Orientar o responsável, sobre as medidas que
devem ser adotadas para evitar a proliferação de larvas. Adotar, com a ajuda do responsável,
medidas de fácil execução durante a visita.
e) Se o responsável não adotar as medidas recomendadas, após 4 visitas, informar o supervisor.
f) Preencher o Boletim diário com todas as anotações previstas.
g).Reforçar ao responsável pelo PE as orientações já repassadas.
h) Realizar semestralmente a avaliação dos PEs e novos cadastros. .
i) Entregar semestralmente documentos da Vigilância Sanitária, contendo orientações para a
melhoria das condições sanitárias do PE.

31
Ficha de Cadastro e Avaliação de Pontos Estratégicos
Municípios Não Infestados por Ae. aegypti

1. Identificação do Imóvel ( ) Público () Privado


Nome: ______________________________ Ramo de atividade ________________
Endereço:________________________________________________________________
Bairro: ____________________________________ Área total (m²): ________________
Área CV:__________________________________ Setor CV: _______________________
Telefone:_________________________________

2. Aspectos para avaliação de risco. .


2.1 Natureza do Imóvel:
( ) Depósito de pneus usados, recauchutadora, depósito de sucatas de veículos e/ou
equipamentos, depósito de material de construção (40 ptos)
( ). Tansportadora, garagens de ônibus/ carros/ caminhões, portos e aeroportos para
transporte doméstico, estações rodoviárias, ferroviárias, depósito de ferro velho,
desmanche (20 ptos)
( ) Cemitério, borracharia, depósito de bebidas/garrafas, pátio com containers, floricultura,
viveiro de mudas, oficina mecânica, funilaria / pintura,... (10 ptos)

2.2 Número de recipientes em condições que possibilitam acúmulo de água:


( ) acima de 1000 (40 ptos)
( ) de 301 a 1000 (20 ptos)
() de 101 a 300 (10 ptos)
() de 20 a 100 (5 ptos)
O menos de 20 (0 ptos)

2.3 Freqüência de entrada de recipientes provenientes de outros imóveis:


() não recebe materiais de outros imóveis ou recebe apenas eventualmente (O ptos) (
} de 2 a 4 meses de intervalo entre'entregas (10 ptos)
( ) de 1 a 2 meses de intervalo entre entregas (20 ptos)
( )menos de 1 mês de intervalo entre entregas (40 ptos)

2.4 Adoção de cuidados pelo responsável:


( ) Cuidados abrangendo todos os recipientes e suficientes para evitar proliferação de
larvas (O ptos)
( ) Cuidados abrangendo parte dos recipientes e/ou cuidados não suficientes para evitar
proliferação de larvas (10 ptos)
() Sem nenhum cuidado significativo (20 ptos)

32
CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR:

PONTUAÇÃO ACUMULADA:_______ CLASSIFICAÇÃO ATUAL: __________

APÓS AVALIAÇÃO, O IMÓVEL FOI CADASTRADO COMO PE?

( ) SIM, SOB N°. _______ ( ) NÃO

Situação de funcionamento:
( ) Em atividade, mantendo condições sanitárias de risco.
( ) Excluído do cadastro de PEs por melhoria das condições sanitárias.
( ) Excluído do cadastro de PEs por ter encerrado suas atividades.

Observação: Para imóvel já cadastrado anteriormente, manter a numeração.

Orientação para classificação do imóvel quanto à sua importância para a dispersão ativa e passiva do
veto r.

- CLASSE I - PE de elevada importância (100 pontos ou mais) -


- CLASSE II - PE de média importância (de 70 a 99 pontos)
- CLASSE III - PE de pequena importância (de 50 a 69 pontos para municípios com mais de 200
mil hab. ou de 40 a 69 pontos para municípios com menos de 200 mil hab.)
- Não classificado como PE : imóvel a ser visitado na atividade Casa-a-Casa (até 49 pontos para
municípios com mais de 200 mil hab. ou até 39 pontos para municípios com menos de 200 mil hab.)

Avaliação realizada por: _____________________________________________

Revisado por: ____________________________________________________

33
2.2. PESQUISA LARVÁRIA DE ARMADILHA
Consiste na pesquisa de larvitrampas constituídas de pneus e distribuídas seguindo uma malha
pré-definida na área urbana de municípios do Estrato 4, ou em áreas não infestadas de
municípios dos Estratos 2 ou 3 com mais de 100 mil habitantes.
Tem como objetivo aumentar a sensibilidade da vigilância entomológica em municípios ou áreas
não infestadas, evitando a detecção tardia de focos de Aedes aegypti.

2.2.1 MAPEAMENTO DE PONTOS PARA INSTALAÇÃO DE ARMADILHAS


SEGUINDO UMA MALHA DE 400 METROS ENTRE PONTOS.
Para o traçado da malha que definirá os pontos de instalação de armadilhas na área urbana,
adotar os seguintes procedimentos:
- De acordo com a escala da planta da zona urbana, traçar numa folha de transparência, um
quadriculado, tal que, o lado de cada quadrado represente 400 metros na planta do município.
Com 1 vasador nº 4, fazer um orifício nos cantos de cada quadrado. De acordo com a escala da
planta da cidade, será determinado o valor em centímetros do lado do quadrado referente à
malha, conforme exemplos abaixo:

ESCALA LADO DO QUADRADO


1: 20.000 2cm

1: 10.000 4cm
1: 8.000 5cm

1: 5.000 8cm
1: 2.000 20cm

- Escolhe-se na planta, a direção para a disposição das armadilhas (Direção Norte-Sul), e com o
auxílio da transparência, marcam-se os pontos de instalação de armadilhas, que coincidem com
os orifícios. Contando-se os pontos anotados, tem-se o número de armadilhas.
- Conforme a situação epidemiológica do município ou da área não infestada, a malha poderá
ser mais fina, ou seja serão instaladas mais armadilhas e, conseqüentemente haverá uma melhor
vigilância nas áreas com maior vulnerabilidade à entrada do vetor.
- Após definição da malha com os ,pontos para instalação das armadilhas deverão ser
delimitados os Setores de Armadilha, contendo 80 armadilhas cada um. Para delimitação desses
Setores, sempre que possível, é interessante agrupar um conjunto de quarteirões com
características semelhantes. Cada agente ficará responsável por um Setor, ou seja por 80
armadilhas. Setores com malha mais fina incluirão menos imóveis.

2.2.2 TIPO DE LARVITRAMP A UTILIZADA,. SUA IDENTIFICAÇÃO E


DELIMITAÇÃO DO SETOR DE ARMADILHAS.
Para confecção da larvitrampa, utiliza-se um pneu de carro cortado ao meio (1 pneu = 2
larvitrampas), e quando for necessário pendurá-la ou prendê-la na parede, por meio de uma
34
alça de arame. Esse tipo de larvitrampa (metade de um pneu) facilita a retirada de toda a água
para uma bacia, aumentando a sensibilidade da pesquisa.
Cada larvitrampa deverá ser identificada por um nÚmero (N° de cadastro). Essa numeração
deverá ser realizada com o auxílio do mapa, com os pontos de instalação devidamente
assinalados. A numeração será seqüencial para o município todo. Feita a numeração dos pontos
de instalação de armadilhas na planta da cidade, devem ser definidas, quais as armadilhas que
ficarão permanentemente sob responsabilidade de cada agente. Para tanto, sabendo que a
pesquisa será semanal, e que o rendimento previsto é de 20 armadilhas/agente. dia, cada agente
ficará responsável por 100 armadilhas. Esses 100 pontos estarão incluídos num Setor de
Armadilhas, e deverão ser selecionados dentro de uma seqüência geográfica, que facilite o
deslocamento diário de cada agente até o seu Setor de trabalho, e dentro dele, bem como a sua
localização pelo supervisor, ou seja o mais próximo possível de um quadrado. Definir a
seqüência de visita às armadilhas de cada Setor. de forma a facilitar o deslocamento do agente
de uma armadilha para a seguinte.
A anotação do número de cadastro de cada armadilha deverá ser, de preferência, feita com tinta
a óleo branca e com algarismos em tamanho grande. Essa recomendação, visa tornar a
armadilha mais atrativa à fêmea, pois esta é visualmente atraída pelo contraste das cores preto e
branco.

2.2.3 ESCOLHA DO IMÓVEL E LOCAL DENTRO DESTE, PARA INSTALAÇÃO DA


ARMADILHA.
Os quarteirões da planta da cidade que incluírem os pontos assinalados de acordo com os
procedimentos que constaram no item III- 2.2.1, correspondem àqueles nos quais se deverá
escolher um imóvel para instalação da armadilha.
Nesses quarteirões, deverá ser escolhida uma edificação, na qual o acesso para pesquisa seja
facilitado, e ao mesmo tempo a armadilha fique protegida, evitando-se a sua remoção ou a
eliminação da água nela contida. Sempre que possível, dar preferência a casas comerciais com
horários de trabalho que facilitem o acesso para pesquisa. O contato com o responsável pela
edificação, explicando o objetivo da instalação da armadilha e a ausência de risco de produção
de alados (visitas semanais) , obtendo informações sobre a presença de pessoas no imóvel que
permitam o acesso ao mesmo e solicitando sua permissão para instalação da armadilha, e sua
colaboração no sentido de não alterar as condições em que a mesma for colocada, é fundamental
para a escolha da edificação.
Definida a edificação, será necessário escolher o local para instalação da armadilha, de forma a
torná-la mais atrativa às fêmeas de Aedes aegypti:
- deve estar apoiada sobre o solo ou no máximo com sua base a 0,5 metro de altura;
- deve ficar em local visível para que possa ser localizada pela fêmea e próxima de possíveis
locais de repouso, como na base de árvores, ao lado de arbustos ou de restos de materiais ou
entulhos;
- deve ser colocada em locais sombreados ou que recebam luz direta do sol apenas em pequenos
períodos do dia, evitando principalmente a luz do sol no horário do meio dia;
- não deve ser colocada onde existam grandes concentrações de pneus, pois estes estarão
concorrendo diretamente com a larvitrampa para a oviposição da fêmea (não se recomenda o uso
de larvitrampas em borracharias ou depósitos de pneus).
Para cada ponto do mapa, será selecionado um imóvel, e neste será instalada uma Única
armadilha.
35
2.2.4 PESQUISA DE ARMADILHAS E CUIDADOS PARA SUA MANUTENÇÃO.
Conforme já citado, para pesquisa de cada armadilha, toda a água contida na mesma será
colocada numa bacia de cor clara com capacidade mínima de 1,0 litro, para facilitar a
visualização das larvas. Serão coletadas todas as larvas de 3° e 4° estadio, as quais serão
acondicionadas em frascos contendo álcool 70%. Em cada frasco colocar, no máximo, 20
larvas. O número de frascos-amostra, referentes a cada armadilha, será aquele necessário para o
acondicionamento de todas as larvas encontradas.
Os cuidados que deverão ser adotados para manutenção da armadilha são os seguintes:
- Para armadilhas sem larvas: Devolver toda a água da última "baciada" para o pneu-armadilha e
completar até 2 litros com água de torneira.
- Para armadilhas com larvas: Toda a água, incluindo a da última "baciada" deverá ser
descartada após a coleta de larvas. Colocar 2 litros de água de torneira, para reabastecimento da
armadilha.
- Para armadilhas cujo exame das larvas tenha mostrado a presença de Aedes aegypti: Deve ser
providenciada, no máximo 5 dias após a pesquisa, a lavagem da armadilha com escova,
flambagem com auxílio de álcool etílico, e nova lavagem, para em seguida colocar 2 litros de
água de torneira no pneu-armadilha, mantendo-o no mesmo local. Nessa ocasião, estará sendo
iniciada a atividade de delimitação e controle do foco detectado.

2.2.5 DESLOCAMENTO DE PESSOAL AO LOCAL DE TRABALHO E CONTROLE


DE FREQÜÊNCIA.
O supervisor iniciará seu expediente de trabalho na Sede Municipal que inclui o Núcleo de
Controle de Vetores, onde será controlada sua freqüência. Nessa Sede, haverá local para
disposição dos impressos e demais materiais de consumo utilizados na pesquisa de armadilhas.
O supervisor se deslocará, com a viatura, diariamente pelos Setores sob sua responsabilidade
(10 Setores de Armadilha no máximo), para distribuição e recolhimento de material junto a cada
agente e também para o controle de freqüência dos mesmos.
O agente se deslocará diretamente para o seu Setor de Armadilhas, onde iniciará os trabalhos, a
partir da armadilha seguinte à última pesquisada no dia anterior, na relação constante no
Itinerário.
Para localização de cada agente no campo, o supervisor deverá consultar o relatório de
acompanhamento (ver modelo no item V-I) e itinerário para verificar quais armadilhas estarão
sendo visitadas pelo agente naquele dia.
2.2.6 PROGRAMAÇÃO DE SUPERVISÕES.
O supervisor deverá programar a realização de supervisão direta e indireta dos agentes. Essa
supervisão deverá ser quinzenal junto a todos os agentes sob sua responsabilidade. Assim, o
supervisor deverá, diariamente, localizar cada um dos agentes, fazendo o controle de
freqüência, distribuição e coleta de material, e supervisionar um deles (ver item V-2).
Mensalmente o supervisor deverá realizar uma reunião corri todos os agentes de sua Área, a fim
de informá-los da produção do mês e da positividade das armadilhas, discutindo as dificuldades
e soluções já utilizadas e buscando novas maneiras de aprimorar o trabalho.

36
2.2.7 ROTEIRO DE VISITAS A ARMADILHAS.
Para efetuar as visitas o agente, deverá:
a) Conferir, diariamente, se dispõe de todo o material necessário:
- boletim, lápis, borracha, prancheta, sacola, crachá;
- para pesquisa larvária - 1 bacia, 1 concha, 1 coador de chá, 1 pipeta, diversos vidros de 10 ml
para amostras de larvas, frasco com álcool etílico e etiquetas
b) Chegando ao imóvel onde está instalada a armadilha apresentar-se ao responsável informando
o motivo da visita.
c) Realizar a pesquisa da armadilha.
d) Realizar os procedimentos necessários para a manutenção da armadilha.
e) Preencher o Boletim diário com todas as anotações previstas.
f) Passar as orientações necessárias ao responsável pelo imóvel para que sejam mantidas as
condições da armadilha e agradecer a colaboração recebida.
g) Informar o supervisor sobre possíveis dificuldades, que exijam a mudança de determinada
armadilha do imóvel em que está instalada.

2.3 DELIMITAÇÃO E CONTROLE DE FOCO


É realizada a delimitação e controle de foco, sempre que for detectada a presença de Aedes
aegypti em municípios do Estrato 4, ou quando em municípios dos Estratos 1, 2 ou 3 , com mais
de 100 mil habitantes, for detectado foco em áreas antes não infestadas. Esta atividade será
realizada pelas Prefeituras Municipais, com participação da SUCEN, quando necessário.

2.3.1 DELIMITAÇÃO DA ÁREA E IMÓVEIS A SEREM TRABALHADOS


A delimitação da área a ser trabalhada deve se estender por um raio de 500 metros em torno do
imóvel positivo para Aedes aegypti, realizando-se as ampliações, que se fizerem necessárias, a
partir de outras detecções do vetor. A atividade é dirigida a todos os imóveis dos quarteirões da
área definida para o trabalho, sendo excluídos, apenas, os apartamentos acima do 10 andar de
edifícios que não apresentem situações favoráveis à proliferação do vetor (muitas plantas
ornamentais, piscinas ...), além dos Pontos Estratégicos que, se localizados na referida área,
deverão ser pesquisados e tratados no período da delimitação do foco, registrando-se esse
trabalho em Pesquisa e Tratamento de Pontos Estratégicos. Os quarteirões serão trabalhados
pelo agente, iniciando na esquina mais ao norte e percorrendo-os no sentido horário. A
padronização de seqüência de visitas dentro dos quarteirões é importante para evitar que
imóveis deixem de ser trabalhados e para facilitar a localização do agente pelo supervisor. A
padronização do percurso nas edificações térreas e assobradadas e nos edifícios que contenham
vários imóveis consta no item III- 1.1.3.

2.3.2 VISTORIA E PESQUISA LARVÁRIA DE CADA IMÓVEL


Em cada imóvel trabalhado, realizar a vistoria completa (intra e peridomicílio) e a pesquisa
larvária de todos os recipientes que contenham água e não estejam adequadamente vedados,
adotando em seguida as medidas de controle indicadas (ver item III-2.3.3). Utilizar para
37
registro das informações o Boletim de Atividades de Vigilância e Controle de Aedes aegypti
vigente, referente ao Sistema SISAED. Deverá ser feita a vistoria completa do imóvel. Nunca
descartar o trabalho na área interna de edificações, mesmo que o morador informe que não
existam recipientes com água no interior da casa. A coleta das amostras de larvas será realizada
separadamente para cada tipo de recipiente, sendo portanto permitido misturar larvas de vários
recipientes de um mesmo tipo numa única amostra ("pool"). Serão coletadas apenas larvas de 3°
e 4° estadio, as quais serão acondicionadas em frascos contendo álcool 70%, totalizando no
máximo 20 larvas em cada frasco. Deverão ser coletadas todos as larvas dos referidos estadios,
encontradas nos recipientes.

2.3.3 MEDIDAS DE CONTROLE REALIZADAS DURANTE A VISITA

Realizar as ações de controle do vetor conforme segue:


. orientação aos moradores e proprietários de imóveis sobre os cuidados necessários para
evitar criadouros de Aedes aegypti nos imóveis sob sua responsabilidade;
. adoção das medidas de controle mecânico possíveis de realizar durante a visita;
. aplicação de larvicida organofosforado ou biológico em todos os recipientes que não
puderam ser eliminados ou protegidos por medidas de controle mecânico, com exceção de
depósitos de água para consumo humano (ver item IV -2.1).

2.3.4 ROTEIRO DE VISITA


Para efetuar as visitas o agente, deverá:
a) Conferir, diariamente, se dispõe de todo o material necessário:
- boletim, lápis, borracha, prancheta, sacola, crachá;
- para as medidas de controle mecânico: sacos de lixo de 60 litros, picadeira, escova, um par
de luvas de preferência de raspa de couro.
- para pesquisa larvária - 1 bacia, 1 concha, 1 coador de chá, 1 pipeta, diversos vidros de
10 ml para amostras de larvas, frasco com álcool etílico e etiquetas;
b) Chegando ao imóvel apresentar-se ao responsável informando o motivo da visita.
c) Realizar a vistoria completa do imóvel pesquisando todos os recipientes.
e) Preencher o Boletim diário com todas as anotações previstas.
f) Passar as orientações necessárias ao responsável pelo imóvel e agradecer a colaboração
recebida.
g) Informar o supervisor sobre possíveis dificuldades encontradas.

2.4 PESQUISA LARVÁRIA DECORRENTE DA NOTIFICAÇÃO


DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE DENGUE.
Esta atividade é realizada a partir da detecção de casos suspeitos ou confirmados de dengue em
municípios do Estrato 4, ou em municípios dos Estratos 2 ou 3 com mais de 100 mil habitantes,
em áreas ainda não infestadas.
A pesquisa larvária deve ser realizada em todos os imóveis do quarteirão de residência, trabalho
e estudo do caso suspeito, e nas 4 faces fronteiriças dos quarteirões vizinhos a estes,com os
mesmos procedimentos adotados na delimitação de foco. Deve-se realizar também o
38
tratamento focal nos imóveis visitados.
Esta atividade será realizada pelas Prefeituras Municipais.

ANEXO AO ITEM III - RAMO DE ATIVIDADE DE PONTOS ESTRATÉGICOS

01- Borracharia, Depósito Pneus, Recauchutadoras


02- Ferro Velho, Oficina de Desmanche
03- Posto de Gasolina, Troca de -Óleo
04- Oficina Mecânica, Funilaria
05- Loja e Depósito de Material de Construção
06- Depósito de Bebidas e Garrafas
07- Garagem de Carros, Ônibus e Transportadoras
08- Estação Rodoviária e Ferroviária
09- Porto e Aeroporto
10- Armazém, Silo e Entreposto
11- Depósito e Containers
12- Construção e Canteiro de Obras
13- Cemitério
14- Floricultura /Viveiro de mudas
15- Indústria
16- Outros

39
IV MEDIDAS DE CONTROLE DO VETOR
"
1. MEDIDAS CONTROLE MECÂNICO E
ALTERNATIVO DE CRlADOUROS
1.1 ORIENTAÇÕES PARA UTILIZAÇAO DE PEIXES
LARVÓFAGOS PARA CONTROLE DE AEDES AEGYPTI

1.1.1 ESPÉCIES DE PEIXES LARVÓFAGOS


As espécies facilmente encontradas no Estado de São Paulo, e que podem ser utilizadas em
recipientes com diversos volumes de água são as seguintes:

Nome científico Nome popular Onde obter Origem Comp. Condições ideais da
água
Temp pH
Poecilia reticulata Guppy, Guaru, Nos córregos e América 4cm 27° C 7,3
barrigudinho. rios
Peixe de briga Em lojas Tailândia 6cm 26°C 7,0
Betta splendens
especializadas
em peIxes
ornamentais

Recomenda-se o uso desses peixes nos seguintes recipientes: bebedouros de grandes animais,
fosso de elevador de construções, piscinas desativadas, fontes ou espelhos d'água, tambores ou
tanques de água para uso nas hortas, caixa d'água de postos de gasolina (subterrânea), e outros
usos domésticos, excluído seu emprego em água de consumo humano.

1.1.2 CRIAÇÃO
Poecilia reticulata: Podem ser criados em caixas d'água de 500 litros, as quais devem conter
vegetação aquática, algumas pedras no fundo e 2 tijolos de oito furos, para servirem de refúgio,
presos a borda da caixa e mergulhados na água a uma profundidade de 30 cm. Para a
sobrevivência da espécie em caixas d'água, estas devem ficar de preferência em local fechado,
para evitar alterações bruscas de temperatura, pois reduções muito acentuadas podem causar sua
morte. Quanto à alimentação, utilizar ração de peixe, tendo o cuidado de não oferecer alimentos
que contenham farinha. Para iniciar uma criação com esse volume d'água (500 litros), deve-se
colocar 24 exemplares, sendo 18 fêmeas e.6 machos (proporção de 3 fêmeas para 1 macho). O
macho tem cores no corpo e nas nadadeiras. Sua nadadeira caudal costuma ser do mesmo
tamanho do corpo, podendo atingir até 3 cm de comprimento. A fêmea tem cores somente no
pedúnculo caudal e nas nadadeiras, podendo atingir 5,6 cm de comprimento. Possuem grande
fertilidade.
Betta splendens: Podem ser encontrados em lojas especializadas do ramo.
40
1.1.3 QUANTIDADE DE PEIXES SEGUNDO VOLUME DE ÁGUA NO RECIPIENTE E
CUIDADOS A SEREM ADOTADOS
Poecilia reticulata: Colocação de 1 macho e 3 fêmeas para cada 50 litros de água.

Betta splendens: Colocação de 1 macho para recipientes com até 4 mil litros de água. Em
recipientes com quantidade de água superior a 4.000 litros não colocar nenhum macho e sim 2
fêmeas.

Tipos de recipientes Cuidados P. relic. B. splen.


Bebedouro de animais Colocar uma tela plástica fina no cano de
com saída de água escoamento de água. Quando for feita a
X
limpeza dos mesmos retirar os peixes com
peneira e retorná-los após.

Piscinas desativadas com Colocar tela plástica fina na saída de água


X
lâmina d'água para a bomba
Reservatório em horta, Colocar tela plástica fina no cano de
X X
com saída d'água. escoamento de água

Reservatório tipo tambor, Evitar redução muito grande no volume


X X
em hortas. d'água, por tempo prolongado.

Caixas d'água subterrânea Colocar tela plástica fina no cano da bomba


X X
de postos de gasolina de recalque.

Fosso de elevador em
Manter os peixes até sua ativação X
prédios em construção

Fontes e espelhos d'água Colocar tela plástica fina no cano de


escoamento de água e fornecer alimentação
X
aos peixes, em função da limpeza freqüente
desses recipientes.

Observações
1. Os peixes não são sugados pelos animais, quando da utilização da água, pois fogem para o
fundo, ao menor movimento na água,.
2. A colocação de peixes só deve ser feita em recipientes que não são lavados
freqüentemente. A limpeza semanal é suficiente como medida de controle de larvas,
dispensando o emprego de peixes larvófagos. Além disso, para sua sobrevivência, os
peixes precisam de algas e outros tipos de alimentos que são eliminados durante a
limpeza.
41
1.2 RECOMENDAÇÕES PARA O CONTROLE MECÂNICO E ALTERNATIVO (PRODUTOS
CASEIROS) E CONCEITO DE RECIPIENTE EXISTENTE ESPECIFICADO PARA CADA TIPO.
Recipiente existente: Considera-se recipiente existente, todo aquele que, no momento da vistoria, pelas suas características e, pela falta
de cuidados, tem potencial para proliferação de larvas de Aedes aegypti. A seguir, consta o conceito especificado por tipo de recipiente.

RECIPIENTE RECOMENDAÇÕES/CUIDADOS RECIPIENTE EXISTENTE = CRIADOURO POTENCIAL*


Pratos de vasos de plantas Ø Eliminar os pratos, principalmente os localizados na
área externa. Prato não justaposto, sem aba protetora, sem furos, não
e flores c/ terra
Ø Utilizar pratos justapostos. Substituir pratos, por emborcado, com areia no máximo até a metade da altura do
prato, com água no momento da visita ou, sem água mas
outros menores justapostos, remanejando os já
existentes. que, segundo informações do responsável, não é protegido
Ø Utilizar pratos anti- dengue (com aba protetora) pela eliminação da água após a rega da planta.
Ø Furar os pratos.
Ø Emborcar os pratos sob os vasos.
Ø Adicionar areia nos pratos (ver orientação).
Ø Eliminar a água acumulada nos pratos depois de regar
as plantas, e de preferência, também escovar os
pratos e a parede externa dos vasos.

Vasos de plantas e flores Ø Colocar a planta em vaso com terra. Lavar e guardar Vaso ou floreiro contendo água e, que pelas condições da
c/ água, de qualquer o antigo vaso emborcado, ou seco ao abrigo da água e/ou informações do responsável, se verificar que
material chuva. não é protegido pela troca de água pelo menos 2 vezes por
semana; ou contendo areia, mas com água ultrapassando o
Ø Trocar a água 2 vezes por semana e, de preferência
nível desta.
escovar a parede interna dos vasos e lavar com água
corrente as raízes das plantas.
Ø Floreiro - remover as flores e trocar a água 2 vezes Plantas em água para criar raiz sem vedação da boca do
por semana e, de preferência, lavar o vaso. vaso e que pelas condições da água e/ou informações do
responsável, se verificar que não é protegido pela troca de
Ø Plantas em água para criar raiz - vedar a boca do
água pelo menos 2 vezes por semana
vaso com algodão, tecido ou papel alumínio, ou
trocar a água 2 vezes por semana e, de preferência,
lavar o vaso.

* CONCEITO UTILIZADO NA AVALIAÇÃO DE DENSIDADE

42
RECIPIENTE RECOMENDAÇÕES/ CUIDADOS RECIPIENTE EXISTENTE= CRIA DOURO POTENCIAL
Pingadeira de vaso de Ø Eliminar as pingadeiras, principalmente as Pingadeira com areia no máximo até 2 dedos da borda; ou
planta localizadas em área com piso frio ou terra. pingadeira sem areia e com água no momento da visita e
Ø Adicionar areia até a borda. que segundo informações do responsável não está
protegida pelo sal, ou pingadeira sem água e que segundo
Ø Colocar ½ colher (sopa) de sal, toda vez que
informações do responsável a água não é eliminada logo
esvaziar a pingadeira. após a rega do vaso.
Ø Eliminar a água acumulada na pingadeiras
depois de regar as plantas, e de preferência
escovar a pingadeira.
Outras pingadeiras Ø Eliminar as pingadeiras, sempre que possível. Pingadeira com areia no máximo até 2 dedos da borda; ou
(pingadeira de torneira, Ø Adicionar areia até a borda. pingadeira sem areia e com água no momento da visita e
cotovelo de cano de água, Ø Colocar ½ colher (sopa) de sal, toda vez que esvaziar que segundo informações do responsável não está
para calhas, etc) protegida pelo sal, ou pingadeira sem água e que segundo
a pingadeira.
informações do responsável a água não é eliminada logo
Ø Eliminar a água acumulada na pingadeiras, de após a rega do vaso.
preferência escovando-a.
Material Inservível (latas, Ø Colocá-los no cesto ou saco de lixo, para a coleta Material removível ao relento com ou sem água.
garrafas de vidro ou rotineira da Limpeza Pública.
plástico, potes de iogurte,
margarina ou maionese,
calçados e brinquedos
velhos, etc.)

43
RECIPIENTE RECOMENDAÇÕES/ CUIDADOS RECIPIENTE EXISTENTE= CRIADOURO POTENCIAL
Pneus em desuso ou com Ø Guardá-los secos em local coberto. Pneu ao relento, na posição horizontal, independente de
uso alternativo Ø Quando precisarem permanecer ao relento, tratá-los estar furado e sem água, ou na posição vertical com no
com sal (1 copo cheio). máximo 5 orifícios, contendo água ou não, ou sob
Ø Retirá-los do imóvel, entregando-os em pontos de cobertura, mas com água, e que segundo informações do
coleta de pneus, ou agendando seu recolhimento pela responsável, não está protegido com adição de sal.
Prefeitura Municipal. Pneu ao relento, utilizado para balanço e sem orifício no
Ø Furá-los, no mínimo em 6 pontos eqüidistantes, seu nível mais baixo
mantendo-os na posição vertical. Quando utilizados
para balanço, é suficiente um único orifício no seu
nível mais baixo.
Garrafas de vidro Ø Guardá-las secas em local coberto e de preferência Garrafas ao relento, não emborcados ou sem tampa, ou
retornáveis ou outras emborcadas ou tampadas. contendo água, mesmo em local coberto.
inclusive de plástico de Ø Se ao relento, deixá-las emborcadas ou tampadas,
utilidade para o responsável especialmente as de plástico.
pelo imóvel

Cacos de vidro no muro Ø Quebrar os gargalos e fundos de garrafas e/ou Cacos de vidro dispostos de forma a permitir o acúmulo
colocar massa de cimento, nos locais que acumulem de água.
água.
Ø Guardá-los secos em local coberto, ou caso
Caiaque e Canoa
precisem ficar ao relento, guardá-los virados para Caiaque ou canoa ao relento, e não virados para baixo.
baixo.
Ocos de árvore e cercas de Ø Cortar o bambu na altura do nó. Ocos de árvore e bambu não preenchidos com massa de
bambu Ø Preencher os ocos com massa de cimento, terra ou cimento, areia ou terra, com ou sem água.
areia
Caixa d' água Ø Mantê-la sempre tampada ou pelo menos telada, Caixa d'água mal vedada e sem tela, e quando localizada
enquanto estiver sendo providenciada a tampa, e de em área externa, sem "touca" no ladrão.
preferência realizar sua limpeza semestralmente.
Proteger o ladrão de caixas d' água externas (tecido,
tela de mosquiteiro, meia de nylon).

44
RECIPIENTE RECOMENDAÇÕES/ CUIDADOS RECIPIENTE EXISTENTE= CRIADOURO
Filtros ou Potes d' água
Ø Mantê-los bem tampados com tampa própria, com
POTENCIAL Filtros ou potes mal vedados.
pires ou pratos e, sempre que não ficarem bem
vedados, cobri-los com um pano embaixo da
tampa, pires ou prato.
Calhas Ø Mantê-las sempre limpas, desentupi das e sem pontos Calhas que pelas condições encontradas e/ou pelas
de acúmulo de água (limpeza periódica, poda de informações do responsável, se verificar que não estão
árvores, nivelamento adequado). sendo limpas e desentupidas e que apresentam pontos de
acúmulo de água.
Lajes Ø Mantê-las sempre limpas, com os pontos de saída de Lajes que pelas condições encontradas e/ou pelas
água desentupidos, e sem depressões que permitam informações do responsável, se verificar que não estão
acúmulo de água (limpeza periódica, poda de árvores, limpas ou estão entupidas ou apresentam depressões
nivelamento com massa de cimento ou onde acumula água.
temporariamente com areia).

Ralo interno (sifonado), Ø Utilizar ralo com tampa "abre-fecha" nas áreas Ralo sem tampa abre-fecha, nem tela, nem cobertura por
exceto ralo de Box de uso internas, mantendo-a na posição fechada. tapete ou objeto e que pelas informações do responsável,
diário. Ø Cobri-lo com tapete de tecido ou de qualquer outro não está protegido por água sanitária ou outro
material que impeça a entrada de mosquitos (sem desinfetante.
orifícios)
Ø Telá-lo ou cobri-lo com algum objeto.
Ø Adicionar água sanitária (meio copo de água
sanitária) ou qualquer outro desinfetante
semanalmente.

45
RECIPIENTE RECOMENDAÇÕES/ CUIDADOS RECIPIENTE EXISTENTE= CRIADOURO POTENCIAL

Ralo de pia, lavatório e Ø Tampá-lo com tampa apropriada (telada), ou tampá- Ralo de pia, lavatório, tanque sem uso freqüente, sem
tanque sem uso freqüente. los com chumaço de algodão( imóveis desocupados). proteção adequada.

Ralos e canaletas de Ø Ralos com acúmulo de água, não telados e que, pelas
Eliminar as caixas de areia ou pontos de acúmulo de informações do responsável, não estão protegidos pela
drenagem para água de água, preenchendo-os com argamassa .
chuva (subsolo e áreas aplicação de sal.
externas) com caixa de Ø Telá-los.
areia ou pontos de Ø Adicionar sal (ver tabela) após cada chuva ou após
acúmulo de água. escoamento de água de lavagem do local.

Baldes ou bacias sem uso Ø Mantê-los emborcados, de preferência em local Balde ou bacia sem uso diário ao relento e não
diário. coberto ou secos ao abrigo da chuva. emborcados, ou contendo água, mesmo em local coberto.

Aquários Ø Mantê-los tampados ou telados ou com peixes


Aquários sem tampa ou tela e sem peixes larvófagos.
larvófagos.
Bebedouro
Ø Reduzir o número de bebedouros. Bebedouro de tamanho pequeno que pelas condições da
água e/ou pelas informações do responsável, se verificar
Ø Trocar a água 2 vezes por semana e de preferência
que não é protegido com a troca de água pelo menos 2
escovar o bebedouro, quando de tamanho pequeno.
vezes por semana.
Ø Colocar peixes larvófagos ou lavar e trocar a água 2
vezes por semana quando o bebedouro for de Bebedouro de tamanho grande e/ou fixo sem peixes
tamanho grande e/ou fixo. larvófagos e que pelas condições da água e/ou pelas
informações do responsável, se verificar que não é
protegido pela troca da água pelo menos 2 vezes por
semana.

46
RECIPIENTE RECOMENDAÇÕES/ CUIDADOS RECIPIENTE EXISTENTE= CRIADOURO POTENCIAL

Bandejas de Aparelhos Ø Lavar a bandeja ou pequeno depósito da geladeira 2 Bandejas de geladeira contendo água no momento da
de Ar Condicionado, de vezes por semana. visita e sem detergente.
Bebedouro de água Ø Lavar a bandeja ou pequeno depósito da geladeira de 15 Bandejas de bebedouro de água mineral contendo água no
mineral, de Geladeira ou em 15 dias e adicionar uma colher de sopa de momento da visita e sem detergente.
outros pequenos detergente.
depósitos de água de Bandejas de ar condicionado sem mangueira ou não
degelo de geladeira. Ø Colocar mangueira ou furar a bandeja do aparelho de ar furadas contendo ou não água no momento da visita.
condicionado.

Piscina Ø Em períodos de uso: Efetuar o tratamento adequado Piscina em uso que pelas condições da água e/ou
incluindo cloro, de preferência, granulado, para manter informações do responsável, se verificar que não está
um residual de cloro ativo, de acordo com norma recebendo o tratamento adequado.
sanitária.
Piscina sem uso, que pelas condições da água e/ou pelas
informações do responsável, se verificar que não está
recebendo o tratamento necessário.
Ø Em períodos sem uso: Reduzir o máximo possível o
volume d'água e realizar, semanalmente, uma super
cloração, (Ver tabela 2), considerando o volume
d'água que permaneceu. Para piscina sem sistema de
filtragem de água, pode-se optar pela adição de sal
conforme tabela 1, não sendo necessário repetir o
tratamento.

Copo de água do Santo Ø Tampar o copo com pano ou pires. Copo com água para o santo não coberto com pano ou
pires.
Lona para proteção da Ø Instalar bóias (câmaras de ar de pneus) sob a lona, no Lona de cobertura de piscina sem declividade do centro
água ou segurança de centro da piscina, para facilitar o escoamento da água para as bordas.
piscina de chuva, evitando acúmulo de água sobre a lona.
Ø Em períodos de uso: Lavar e trocar a água pelo menos
Piscina infantil Piscina infantil que pelas condições da água e/ou pelas
semanalmente.
informações do responsável se verificar que não está
Ø Em períodos sem uso: Escovar, desmontar e guardar em sendo efetuada a limpeza e troca semanal da água
local coberto.

47
RECIPIENTE RECOMENDAÇÕES/ CUIDADOS RECIPIENTE EXISTENTE= CRIADOURO POTENCIAL
Vaso sanitário sem uso Ø Mantê-los sempre tampados. Vaso sanitário destampado ou não vedado que pelas
Freqüente Ø Vedar com filme de polietileno, saco plástico, aderido condições da água e/ou informações do responsável, se
ao vaso c/ fita adesiva. verificar que não esta sendo acionada a válvula 2 vezes
Ø Caso não possua tampa, acionar a válvula 2 vezes por por semana, ou adicionado sal.
Ø semana.
Ø Adicionar 2 colheres (sopa) de sal, sempre que for
acionada a descarga.

Caixa de descarga sem Tampá-la com filme de polietileno. Caixas de descarga sem uso freqüente, sem tampa ou não
tampa e sem uso diário. Acionar a descarga 2 vezes por semana. vedada e nem vedação com filme de polietileno e, que
Vedar com filme polietileno ou saco plástico, aderido à segundo informações do responsável, a descarga não é
caixa com fita adesiva. acionada pelo menos 2 vezes por semana
Plástico ou lona para Cortar o excesso, de modo a permitir que o plástico ou a Plástico ou lona inadequadamente disposto, permitindo
cobrir equipamentos, lona fique rente aos materiais cobertos, evitando sobras no acúmulo de água.
peças e outros materiais. solo/piso e, sempre que houver pontos de acúmulo de água,
retirar o plástico ou lona e refazer a cobertura
Cobrir as bordas do plástico ou lona com terra ou areia
e, sempre que houver pontos de acúmulo de água, retirar o
plástico ou lona e refazer a cobertura

Fosso de elevador Ø Esgotar a água, por bombeamento, pelo menos duas Fosso com água, que pelas suas condições e/ou
(construção) vezes por semana. informações do responsável, se verificou que não é
efetuado o bombeamento da água pelo menos duas vezes
Ø Colocar peixes larvófagos (ver item IV - 1.1) por semana.
Masseira (construção) Ø Furar lateralmente no seu ponto mais baixo quando em Masseira sem furo ou com furo obstruído permitindo
uso e desobstruir o orifício, sempre que necessário, ou acúmulo de água.
quebrar a masseira eliminando suas laterais, quando em
desuso.

48
RECIPIENTE RECOMENDAÇÕES/ CUIDADOS RECIPIENTE EXISTENTE= CRIA DOURO POTENCIAL
Bromélia Ø Substituir por outro tipo de planta que não acumule Bromélia com . larvas ou que segundo informações do
água nas axilas das folhas. responsável, não é regada abundantemente com
mangueira sob pressão 2 vezes por semana, ou se plantada
Ø Regar abundantemente com mangueira sob pressão, 2
em vaso, mesmo sem acúmulo de água entre as folhas, o
vezes por semana.
responsável informe que não adota cuidados para evitar o
Ø Quando plantadas em vasos, remover a água acumulada acúmulo de água.
entre as folhas.

Tambor, bombona, barril Em períodos sem uso: emborcar bombonas, barrís e Bombona, barril ou latão ao relento e não emborcados.
e latão latões. Devem de preferência ser guardados em local Tambor não emborcado ou emborcado ou deitado sem
coberto e quando mantidos ao relento devem ficar calço; ou qualquer destes 4 recipientes sob cobertura mas
emborcados ou deitados e levemente inclinados sobre um com água e sem tampa ou "touca" e que pelas condições
calço, de forma a evitar acúmulo de água. da água e/ou pelas informações do responsável, se
verificar que não é trocada a água pelo menos duas vezes
Em períodos em uso: cobri-los com tampa, toalha, ou
por semana.
"touca" (confeccionada com tela de mosquiteiro ou tecido)
ou trocar toda a água 2 vezes por semana de preferência
escovando as paredes do depósito.
Armadilha para formiga Adicionar 1 colher de sopa de sal para recipientes com Armadilha do tipo vasilhame com água que pelas
do tipo vasilhame com até 0,5 litros de água. Para recipientes maiores, seguir informações do responsável não é tratada com sal
água Tabela 1.

Técnica de utilização de areia


Adicionar areia úmida no prato, em torno do vaso até a borda ou furo existente.
Para pratos com correntes, utilizar o mesmo procedimento, nivelando a areia no prato até a altura dos orifícios de sustentação da corrente.

49
1.3 INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Especificação de tela de mosquiteiro: Tela de nylon para mosquiteiro com trama de 1 milímetro. Dar
preferência a telas de 1.5 ou 2,0 metros de largura, para melhor aproveitamento do material para
cobertura de diversos tamanhos de caixas d'água .

Tabela 1 - Quantidade de sal de cozinha a colocar em recipientes para controle


de larvas de Aedes aegypti.

QUANTIDADE DE ÁGUA QUANTIDADE DE SAL


NO RECIPIETE

Até 0,5 litros 1 colher de sopa

1 litro 2 colheres de sopa

5 litros 10 colheres de sopa (1 copo)

50 litros 1 Kg

100 litros 2Kg

200 litros 4Kg

300 litros 6Kg

400 litros 8Kg

500 litros 10Kg

Concentração de sal na água do recipiente - 2% (20 g de sal/litro de água)


Importante: Aplicar sal apenas nos recipientes indicados no item 1.2

50
Tabela 2 - SUPERCLORAÇÃO - Quantidade de água sanitária ou cloro líquido a ser
colocada em recipientes para eliminação de larvas de Aedes aegypti, Segundo volume de
água a tratar e concentração de cloro ativo de produtos comerciais (2,5%, 5% ou 10%)

VOLUME DE ÁGUA QUANTIDADE DE CLORO A COLOCAR NO RECIPIENTE,


EXISTENTE NO SEGUNDO CONCENTRAÇAO DO PRODUTO COMERCIAL
RECIPIENTE A
TRATAR (Litros) ÁGUA SANITÁRIA ÁGUA SANITÁRIA
CLORO A 10% I
A 2,5% A 5.0%

20 200 ml (I copo) 100 ml (0,5 copo) 50ml (0,25copo)

50 500 ml (2 copos) 250 ml (1 copo) 125ml (0,5 copo)

100 1 litro. 500 ml (2 copos) 250ml (1 copo)

200 2 litros 1 litro 500ml (2copos)


I

300 3 litros 1.5 litros 750 ml (3 copos)

400 4 litros 2 litros 1 litro

500 5 litros 2,5 litros 1,25 litros

1000 10 litros 5 litros 2,5 litros

2000 20 litros 10 litros 5 litros


Concentração de cloro ativo na água do recipiente: 250 mg de cloro ativo/ litro de água do recipiente.

Importante: - Utilizar as dosagens desta tabela apenas para tratamento de água que não será
consumida para qualquer fim, como por exemplo água de piscina desativada, de
ralos internos com sifão, de caixas d' água com larvas ... .
. - Se a água do recipiente estiver bastante poluída ou com muitas algas,
recomenda-se dobrar a dosagem da tabela, ou seja, adicionar o dobro da quantidade
especificada para cada volume a tratar.
Quando o recipiente estiver com larvas, solicitar ao morador ou
responsável que observe, 12 a 24 horas após o tratamento. Observando-se a presença de
larvas vivas, complementar a dosagem. Quanto maior a dosagem aplicada, menor será o
tempo para se obter a mortalidade de todas as larvas.
- É importante matar as larvas antes de eliminar a água de caixas d' água,
piscinas ou ralos, para evitar que estas sobrevivam, principalmente se a água dos recipientes
tratados escoar para sistemas de água pluvial.

51
2. MEDIDAS DE CONTROLE QUÍMICO
2.1. TRATAMENTO FOCAL
É o tratamento interno dos recipientes não removíveis e/ou não alteráveis de posição e/ou de
estrutura, com larvicidas de baixa toxicidade. Deve-se evitar o tratamento de depósitos de
água para consumo humano, o qual somente é recomendado em situações epidêmicas, em que
esse tipo de recipiente for importante na manutenção da transmissão e não existirem outras
alternativas de controle aplicáveis de forma imediata.

2.1.1 LARVICIDAS
Atualmente, os larvicidas utilizados no Estado de São Paulo são: temephos 1 %
(organofosforado) na formulação granulado- GR e Baci/us thurigiensis var israelensis - Bti
nas formulações granulado- GR e grânulos dissolvíveis em água- WDG. Esses dois larvicidas
foram aprovados pela Organização Mundial da Saúde para aplicação em água de consumo
humano, sendo seu uso recomendado pela Fundação Nacional de Saúde- FUNASA, nas
seguintes formulações: temephos na formulação GR e BTI na formulação WDG.

2.1.2 CÁLCULO DAS DOSES A APLICAR


Para determinação da quantidade de larvicida a ser utilizada é necessário conhecer o volume
do recipiente. Para este cálculo, utiliza-se regra básica como segue:
Depósitos retangulares ou quadrados; multiplica-se o comprimento (C em cm) pela largura (L
em cm) e pela profundidade (P em cm) dividido por 1.000:

v = C X L X P/1000 → será obtido resultado em litros


Depósitos cilíndricos; multiplicar o diâmetro (D em cm) pelo diâmetro (D em cm) pela altura
(H em cm) e por 8, divido por 10.000:

v = D X D X H X 8 /10000 → será obtido resultado em litros


Para facilitar o trabalho foram elaboradas as tabelas 3 e 4, onde constam, para cada faixa de
volume, as quantidades respectivas de larvicida em' gramas e medidas conhecidas
correspondentes a doses determinadas.

2.1.3 DOSAGENS, CARGAS E EQUIPAMENTOS DE APLICAÇÃO


- Temephos 1 % GR: Utiliza-se a dosagem de 1 mg de ingrediente ativo para 1 litro
de água (1 ppm = 1 g/ m\ A carga contém 500g acondicionados na própria embalagem do
fabricante. São utilizadas, para aplicação, colheres dosadoras e bisnaga plástica. A bisnaga de
aplicação deverá ser previamente calibrada e abasteci da com quantidades de 100g do
produto. Realizar novo abastecimento quando o larvicida estiver ocupando 1 dedo de altura
dentro da bisnaga (ver tabela 3) Este cuidado deve ser tomado porque a quantidade de

52
larvicida que sai da bisnaga é diferente se a mesma estiver completamente cheia ou vazia.
- Baci/us thuringiensis var israelensis- Bti GR: Utiliza-se a dosagem de I grama do
produto comercial para 50 litros de água. A carga contém 100 gramas, acondicionados na
própria embalagem do fabricante. Para tratamento de recipientes com grandes volumes de
água devem ser confeccionados saches contendo 5 gramas. Não é recomendável confeccionar
saches com mais de 5 gramas, para não dificultar a liberação de ingrediente ativo na água.
Devem ser acondicionados 20 saches em embalagem plástica, formando uma carga
(l00gramas). Para aplicação, são utilizadas colheres dosadoras, além dos saches previamente
preparados.
- Baci/us thuringiensis var israelensis- Bti WDG: Trata-se de formulação cujo uso
deve ficar restrito ao tratamento de água para consumo humano. Utiliza-se a dosagem de 0,5
grama de produto comercial para 250 litros de água. A carga contém 100 gramas, que devem
ser embalados em sacos plásticos, pela Área de Controle de Vetores, e levados a campo
dentro de potes plásticos não transparentes, para proteção contra luz. Para aplicação, são
utilizadas "colheres dosadoras para soro caseiro".

2.2 TRATAMENTO PERIFOCAL


É a aplicação de inseticida de ação residual sobre as superfícies internas e externas de
recipientes e sobre a porção de superfície vertical imediata a esses recipientes. Serão tratados
os recipientes com água ou com possibilidade de contê-la, estejam os mesmos dentro de
edificações ou ao relento.

2.2.1 INSETICIDAS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS


Diversos inseticidas podem ser empregados neste tratamento. Atualmente, no Estado de São
Paulo, o fenitrothion (organofosforado) é o inseticida em uso, em função de detecção de
resistência do Aedes aegypti à cipermetrina (piretró ide).
O equipamento utilizado para esse tipo de tratamento é o pulverizador manual de compressão
prévia: bombas Hudson, Guarany, Excelsior ou similar, de 5, 8 ou 10 litros de capacidade.

2.2.2 PROCEDIMENTOS PARA O TRATAMENTO PERIFOCAL


- PREPARAÇÃO DA CARGA
Para preparação da calda, deve-se colocar, num balde de 5 litros, os pacotes de inseticida
necessários e acrescentar, com cuidado, a quantidade de água suficiente para formar uma
pasta (mais ou menos 1 litro d'água para cada pacote): Misturar bem com uma espátula e
deixar descansar, no mínimo, durante 10 minutos. Após o tempo de repouso acrescentar água,
na mesma quantidade inicialmente colocada, misturar bem e despejar na bomba, utilizando
peneira. Colocar mais água, até completar 4 , 8 ou 10 litros. Agitar a carga com o auxílio da
espátula e, em seguida, tampar a bomba, realizando o bombeamento. Durante o período em
que a pasta permanece em repouso, o agente deverá dispor os materiais, a serem tratados, da
forma mais adequada para facilitar o tratamento.
Evitar levar de restos de cargas de um PE para outro seguinte, calculando a quantidade de
calda necessária a ser preparada (1 carga, 0,5 carga), e esgotar toda a calda preparada,
reforçando o tratamento de alguns recipientes.
53
A tabela a seguir apresenta o volume dos três equipamentos de aplicação e a quantidade
correspondente do produto comercial Fenitrothion 40 PM para preparação da calda (1 pacote=
250 gramas), para obtenção de uma dosagem média de 2g do ingrediente ativo/m² de
superfície tratada:

Bombas Quantidade de água Fenitrothion 40 PM


manuais de 1 carga
5 Litros 4 Litros de água 500 gramas (2 pacotes)

8 Litros 8 Litros de água 1.000 gramas (4 pacotes)

10 Litros 10 Litros de água 1.250 gramas (5 pacotes)

- TÉCNICA DE APLICAÇÃO
A pulverização deverá ser realizada com a pressão na bomba entre 25 e 55 libras/pol2 e com
bico Tee-jet 8002. Para recipientes grandes e paredes próximas a recipientes, a técnica de
aplicação é a seguinte: inicia-se o tratamento com o bico a 45 cm das paredes dos recipientes e
aplica-se o inseticida em toda a sua superfície externa, da esquerda para a direita, em franjas
com superposição de 5 cm, e numa velocidade, condicionada através de treinamento, de 3 m
de franja a cada 6,7 segundos. Em seguida usando a mesma técnica, tratar a superfície
interna"e por último a parede próxima, até 1 metro ao redor do recipiente ou recipientes.
Os pneus devem ser borrifados um a um por dentro e por fora, mantendo o bico a uma
distância da superfície a tratar que evite desperdício de inseticida (a abertura do leque não
deve ultrapassar a largura do pneu, aumentando a velocidade para evitar que o inseticida
escorra em demasia). Para recipientes pequenos, de variados tipos, recomenda-se colocá-los
juntos e borrifá-los.
A cada início de tratamento o funcionário deverá verificar a pressão e agitar a bomba.
Observar freqüentemente a pressão na bomba e proceder novo bombeamento sempre que esta
se aproximar de 25 libras/pol².
Durante a aplicação, agitar a bomba após cada bombeamento, e a cada momento de
interrupção para iniciar novo recipiente ou conjunto de recipientes, de forma a proceder a
agitação mais ou menos de 2 em 2 minutos.

- RECIPIENTES ROCIÁ VEIS E NÃO ROCIÁ VEIS


A parede da qual se aproxima o recipiente será sempre rociável.
São rociáveis totalmente os seguintes recipientes: pneus, blocos de cimento, latas, objetos
sem utilidade, sucatas de diversos tipos, tanques sem peixes, cacos de vidro em muros, calhas
mal niveladas;
São rociáveis apenas na sua superfície externa: reservatórios de água (tambores, tonéis, caixas
d'água.) excetuando-se aqueles com água para consumo humano;
Não são rociáveis: os demais recipientes.

2.2.3 CUIDADOS DURANTE A APLICAÇÃO E MEDIDAS DE PROTEÇÃO DO


OPERADOR
54
- Evitar a presença de pessoas e animais domésticos, próximo ao local da aplicação;
- Realizar a devida cobertura de depósitos de água se estes estiverem próximos do local de
aplicação;
- Recomendar ao responsável pelo imóvel para não varrer nem lavar, nas próximas quatro
semanas, as superfícies tratadas
- Os EPIs indicados para uso na atividade em questão estão relacionados a seguir:
Tratamento focal - luva nitrílica
Tratamento perifocal - capuz tipo legionário, óculos de proteção, máscara semi-facial com
filtro de carvão ativado, avental manga longa, luva nitrílica e botina impermeável.
Nebulização - capuz tipo legionário, máscara facial com filtro de carvão ativado, protetor
auricular tipo concha, avental manga longa, luva nitrílica, botina de segurança.

Os cuidados relacionados com, os EPIs descritos acima, estão citados nas Instruções
Normativas nºs 01, 05, 07 e 09 elaboradas pelo SESMET/SUCEN.

55
Tabela 3. Quantidade de temephos granulado 1 % aplicado de acordo com a
capacidade do recipiente para obter dosagem de 1 ppm de ingrediente ativo.
Volume do
Quantidade do produto comercial
recipiente (litros)
em gramas em medidas
Menor ou igual a 5 0,5 Utilizar a bisnaga ( 1 pitada)

06 50 5 0,5 colher de sopa


51 100 10 I colher de sopa
101 150 15 1,5 colher de sopa
151 200 20 2,0 colheres de sopa
201 250 25 2,5 colheres de sopa
251 300 30 3,0 colheres de sopa
301 350 35 3,5 colheres de sopa
351 400 40 4,0 colheres de sopa
401 450 45 4,5 colheres de sopa
451 500 50 5,0 colheres de sopa
501 600 60 6,0 colheres de sopa
601 700 70 7,0 colheres de sopa
701 800 80 8,0 colheres de sopa
801 900 90 9,0 colheres de sopa
901 1000 100 1 medida - bisnaga*
1001 1100 110 1 medida - bisnaga e 1 colher de sopa

1 carga = 500 gramas do produto comercial (embalagem do fabricante)


* Na bisnaga deverá ser demarcada a altura até a qual o temephos gr 1 % contido corresponda
a 100 gramas. Essa marca, além de orientar o abastecimento da bisnaga, que não deverá
conter mais de 100 gramas, também servirá como medida, quando a quantidade de larvicida a
aplicar for de 100 gramas ou mais.

Para valores acima de 1.100 litros adotar os seguintes procedimentos:


para cada 5.000 litros aplicar 500 g (1 carga)
para cada 1.000 litros aplicar 100 g (1 medida-bisnaga)
para cada 100 litros aplicar 10 g (1 colher de sopa)

Exemplo: Preciso tratar um recipiente com capacidade de 8.400 litros. Que quantidade de
temephos gr. 1 % devo aplicar?
5.000 litros - 1 carga
3.000 litros - 3 medidas-bisnaga
400 litros - 4 colheres de sopa
R: Devo aplicar 1 carga, 3 medidas-bisnaga e 4 colheres de sopa de temephos gr 1 %
56
Tabela 4. Quantidade de Bacilus thuringiensis var israelensis- Bti granulado que deve
ser aplicado de acordo com a capacidade do recipiente para obter dosagem de 1 grama
do produto comercial para 50 litros de água
Volume (litros) Dosagem (aramas) Aplicação
Até 50 1 01 colher de café
51 - 100 2 02 colheres de café
101-150 3 03 colheres de café
151-200 4 04 colheres de café
201 - 250 5 01 sachê
500 10 02 sachês
750 15 03 sachês
1.000 20 04 sachês
1.500 30 06 sachês
2.000 40 08 sachês
2.500 50 10 sachês
3.000 60 12 sachês
4.000 80 16 sachês
5.000 100 20 sachês = 1 carga

Importante: não utilizar esta formulação para tratamento de água para consumo humano.
Observações:
- A carga BTI gr: 100 gramas do produto comercial (embalagem do fabricante)
- A carga de sachês convencionada é de 100 gramas, sendo acondicionadas 20 unidades
por saco plástico;
-A anotação das cargas de sachês nos boletins seguirá o mesmo procedimento da carga
a granel.

57
2.3 BLOQUEIO - CONTROLE DE CRIADOURO
Consiste na vistoria completa (intra e peridomicílio) e no controle de todos os criadouros
encontrados, em cada imóvel trabalhado. Deve ser realizado concomitantemente ao Bloqueio-
Nebulização, conforme recomendado no item III- 1.4. Utilizar para registro das informações o
Boletim de Atividades de Vigilância e Controle de Aedes aegypti vigente, referente ao
Sistema SISAED.

Realizar as ações de controle do vetor conforme segue:


• orientação aos moradores e proprietários de imóveis sobre os cuidados necessários para
evitar criadouros de Aedes aegypti nos imóveis sob sua responsabilidade;
• adoção das medidas de controle mecânico, de execução possível durante a visita;
• aplicação de larvicida organofosforado ou biológico em todos (;s recipientes que não
puderam ser protegidos por medidas de controle mecânico. Com relação aos
depósitos de água para consumo humano somente será realizado o tratamento quando
forem esgotadas todas as alternativas de controle a curto prazo, conforme já citado no
item VI-2.1.

2.4 BLOQUEIO - NEBULIZAÇÃO


Consiste na aplicação de inseticida de casa em casa com nebulizador portátil, a ultra baixo
volume - UBV. Fatores meteorológicos importantes, como ventos com alta velocidade,
chuvas e altas temperaturas, acima de 35°C, podem diminuir a eficácia da aplicação de
inseticidas,

2.4.1- EQUIPAMENTOS UTILIZADOS E CUIDADOS NA SUA UTILIZAÇÃO


Podem ser utilizados vários equipamentos que preencham as características para aplicações a
UBV de pequeno alcance: vazão de 30 a 50ml/min e gotas aspergidas com diâmetro mediano
(NMD) em tOrno de 30 micra. Atualmente, a SUCEN utiliza os nebulizadores costais Jacto
2000UBV e Guarany. Para obter uma vazão adequada para UBV, os nebulizadores Jacto 2000
devem utilizar as pastilhas de cor bege e os Guarany as pastilhas de cor laranja. Durante a
aplicação do inseticida, utilizar aceleração máxima. Outros cuidados adicionais devem ser
adotados na utilização do nebulizador Guarany: abastecer o tanque com no máximo 4 litros de
mistura e realizar a aplicação até que o volume chegue no mínimo a 1 litro no tanque. Este
procedimento visa obter maior homogeneidade na vazão, (a vazão varia conforme o volume
de líquido no tanque), além de reduzir a fadiga do operador. Para viabilizar este procedimento
é necessário realizar marcações no tanque nas alturas correspondentes a 1 e 4 litros.

2.4.2 INSETICIDAS UTILIZADOS E PREPARAÇÃO DAS MISTURAS


Para nebulização, a SUCEN utiliza os seguintes inseticidas: Malation grau técnico GT
(Organofosforado) e cipermetrina concentrado emulcionável- CE (Piretróide); porém, em
função do surgimento de resistência do Aedes aegypti à cipermetrina em várias regiões do
Estado, atualmente o inseticida de escolha está sendo o malation.
Nas nebulizações a Ultra Baixo Volume- UBV com equipamento portátil, as misturas
58
utilizadas são padronizadas conforme consta na tabela a seguir:

INSETICIDA MISTURA DO PRODUTO COM OLEO DE SOJA


Cipermetrina 25% CE 1 parte de Cipermetrina 25% CE para 19
partes de óleo de soja (1: 19)
Cipermetrina 20% CE 1 parte de Cipermetrina 20% CE para 15
partes de óleo de soja (1: 15)
Malathion 95-96% UBV 1 parte de Malathion 95-96% UBV para 2
partes de óleo de soja (1 :2)

2.4.3 ORGANIZAÇÃO DA ATIVIDADE DE NEBULIZAÇÃO


Cada equipe contará com no máximo 3 trios de desinsetizadores (desins ou agentes),
trabalhando cada trio em quarteirões distintos. Para melhor coordenação e supervisão do
trabalho pelo supervisor e para facilitar o abastecimento e guarda das máquinas nos períodos
em que o trio não está realizando a nebulização, os quarteirões a serem trabalhados devem
estar localizados o mais próximo possível, e a seqüência do trabalho deverá ser programada
de maneira a não ocorrer o distanciamento entre os trios. Os desins de cada trio deverão se
revezar no uso da máquina, durante o trabalho de cada dia, ou em dias alternados. As etapas
do trabalho de cada trio nos quarteirões são as seguintes:
A- Revezamento diário no uso da máquina pelos desins:
Etapa 1: Dois desins visitarão casas separadamente no 10 Quarteirão ou conjunto de 25
imóveis: entregarão o folheto contendo orientações sobre a preparação da casa (ver anexo)
informando ao morador sobre como proceder nas várias situações encontradas. Eliminarão
e/ou tratarão possíveis criadouros ainda existentes ("rescaldo"). O terceiro desin preencherá o
Boletim na atividade Bloqueio- Nebulização, deixando para anotar o X em nebulização
quando da sua realização.
Etapa 2: Dois desins voltarão às primeiras casas orientadas: um deles verificará a
preparação das casas c completará o que for necessário, anotará o X em nebulização naquelas
que forem nebulizadas, além de controlar o tempo de aplicação do colega que estiver com a
máquina (no máximo 1 hora de trabalho ininterrupto) e de informá-lo sobre situações que
exijam cuidados especiais; o outro desin realizará a aplicação de inseticida com o nebulizador
costa!. O desin, que permaneceu adiantado na seqüência de trabalho, deverá iniciar nova folha
de boletim e dar continuidade às visitas para orientação de preparação da casa e "rescaldo" no
mesmo quarteirão, se ainda existirem casas a serem trabalhadas e/ou no quarteirão seguinte.
Etapa 3: Quando o desin que estava com a máquina interromper a nebulização, deverá
levá-la até a viatura, abastecê-la com combustível e/ou inseticida se necessário, retirar todos
os EPIs e descansar por 15 minutos. Enquanto isso, o desin que estava trabalhando próximo
deste, deverá se juntar ao colega que estava na frente. O terceiro, após descanso, fará o
mesmo. O trio deverá então repetir os mesmos procedimentos da Etapa 1, até existirem cerca
de 25 casas trabalhadas no boletim para que se efetue a nebulização.
Etapa 4: Dois desins deverão retomar ao imóvel onde será dada continuidade à
nebulização e repetir os mesmos procedimentos da Etapa 2. O desin que trabalhará com a
59
máquina não deverá ser mesmo da Etapa 2.
Etapa 5: Repetir os procedimentos da etapa 3, e assim por diante.
B - Revezamento em dias alternados no uso da máquina pelos desins:
- Nesta opção, a aplicação de inseticida transcorrerá a cargo de 1 dos desins, com os outros 2
colegas desenvolvendo as demais ações; sendo que haverá revezamento do trabalho com a
máquina em dias alternados. O desin que estiver operando a máquina, deverá adotar o
cuidado de descansar por 15 minutos, após cada O I hora de operação. As Etapas de trabalho
seguirão o mesmo roteiro do item A

2.4.4 IMÓVEIS TRATADOS E NÃO TRATADOS


Tratamento de todos os tipos de imóveis: residências, casas comerciais, escolas, serviços de
saúde incluindo hospitais (descartar enfermarias), Pontos Estratégicos, praças /jardins e
terrenos baldios.
Imóveis fechados: tratamento pela frente e pelos muros laterais. Como o tratamento foi
parcial, esses imóveis serão incluídos no boletim, como fechados.
Agendar com antecedência: escolas e serviços de saúde.

2.4.5 TÉCNICA DE TRATAMENTO EM CADA IMÓVEL


1 ⇒ Ir até o fundo do quintal, com a máquina ligada, mas sem aspergir inseticida,
observando as características do imóvel e organizando mentalmente toda a seqÜência da
aplicação do inseticida pelo imóvel.

2 ⇒ Iniciar a aplicação no fundo do quintal (5 a 8 m do muro), caminhando lentamente-


metade da velocidade do caminhar normal - e movimentar o bocal da máquina em todas as
direções (direita, esquerda, para baixo e para cima sempre que existirem árvores ou materiais
em níveis mais elevados).

3 ⇒ O intra domicílio é tratado pelo lançamento do inseticida através das janelas e portas
abertas com cortinas recolhidas, inclusive o Box do banheiro. Parar, em cada janela ou porta
de casas térreas durante 5 segundos (contar 101, 102, 103, 104, 105), podendo
excepcionalmente, a critério do Encarregado ou Supervisor, reduzir esse tempo para 3
segundos em casas com cômodos muito pequenos (tipo COHAB). Girar o bocal entre 20 e
45° em relação ao solo, se a máquina utilizada for a Jacto, e permanecer com o tubo
direcionador de ar na horizontal, se a máquina utilizada for a Guarany, pois seu bocal já
apresenta uma inclinação de aproximadamente 35°. No tratamento do 10 andar de sobrados
ou apartamentos, inclinar o bocal (em torno de 60° em relação ao solo se a máquina for a
Jacto e inclinar levemente se for a Guarany) em direção às portas/janelas elevadas durante
15 segundos (contar 101,102,103,104 .......114,115).

4 ⇒ Encerrar a aplicação pela área da frente do imóvel, direcionando rapidamente o jato de


inseticida para árvores que existirem na calçada.

5 ⇒As orientações para a preparação do imóvel constam no informe a seguir, o qual deverá
ser entregue ao morador ou responsável.

60
2.4.6 MEDIDAS DE PROTEÇÃO DO APLICADOR
É obrigatório o uso, pelos desins, dos seguintes EPIS durante a aplicação de inseticida:
máscara facial com filtro de carvão ativado, touca legionária, luvas nitrílicas, avental,
protetores aureculares e botina de segurança, conforme citados nas Instruções Normativas
nOs 01,05,07,09 elaboradas pelo SESMET/SUCEN..

Anexo à atividade bloqueio- nebulização

TRABALHO DE COMBATE À DENGUE


Prezado(a) Senhor(a):

A equipe da Sucen visitará sua casa para fazer aplicação de inseticida contra o mosquito da dengue.
Prepare sua casa.
> GUARDE EM LUGAR FECHADO OU CUBRA:
1. alimentos, água e utensílios de cozinha;
2. roupas limpas e/ou penduradas no varal (mesmo molhadas).
> CUBRA:
1. comedouros e bebedouros de animais e gaiolas de passarinhos.
> RETIRE OU MANTENHA LEVANTADAS:
2. roupas de cama;
3. toalhas de mesa.
> MANTENHA ABERTAS:
1. portas, janelas e cortinas para facilitar a entrada do inseticida.

Durante a aplicação do inseticida, permaneça na calçada com as crianças e os


animais de pequeno porte, só retomando 15 minutos após o término da aplicação de
inseticida.
Se na sua casa houver pessoas doentes CJ acamadas, estas deverão ser mantidas no
quarto, com as portas e janelas fechadas, aí permanecendo por 30 minutos depois do
final da aplicação.

ATENÇÃO: O INSETICIDA PULVERIZADO MATARÁ APENAS OS MOSQUITOS QUE


ESTIVEREM NA SUA CASA NO MOMENTO DA APLICAÇÃO.
EVITE A CRIAÇÃO DE NOVOS MOSQUITOS ELIMINANDO TODOS OS
RECIPIENTES E LOCAIS QUE POSSAM ACUMULAR ÁGUA.

VOCÊ É RESPONSÁVEL PELA SAÚDE DE SUA FAMÍLIA, SEM A SUA PARTICIPAÇÃO SERÁ
IMPOSSÍVEL ACABAR COM A DENGUE.

61
V INTEGRAÇÃO DO PROGRAMA DE AGENTES
COMUNITÁRIOS DE SAÚDE/PROGRAMA DE
SAÚDE DA FAMÍLIA COM A ÁREA DE CONTROLE
DE VETORES.

1. OBJETIVOS DA PROPOSTA TÉCNICA.


· Evitar duplicidade de ações.
· Melhorar o aproveitamento das visitas realizadas pela área de controle de vetoresACV
e P ACS, ampliando e/ou aprofundando o trabalho em alguns aspectos, sem
desconsiderar a especificidade de ambas as áreas e contribuindo para maior nível de
racional idade.

· Estabelecer mecanismos que facilitem o fluxo de informações necessárias para


sustentação da referida integração de ações.

2. DIRETRIZES PARA PROMOVER A INTEGRAÇÃO.


2.1 COM BASE NOS OBJETIVOS E CONSIDERANDO AS SEMELHANÇAS
EXISTENTES NOS DOIS PROGRAMAS, RECOMENDA-SE:

- que nas visitas domiciliares, o agente comunitário de saúde- ACS realize a vistoria do
imóvel e detalhe as orientações para eliminar as situações de risco encontradas, discutindo-as
com o morador, para que as famílias incorporem em suas casas e no meio social em que
vivem, práticas efetivas e sustentáveis em controle de vetores e, detectando problemas de
difícil solução pela família e que caracterizem uma ação mais específica da área de controle
de vetores, remeta-os a esta;

- que nas visitas domiciliares ou a Pontos Estratégicos- PEs e a outros imóveis não
residenciais, o agente de controle de vetores- AgCV realize, além das ações específicas,
outras de vigilância à saúde, de acordo com a& prioridades estabelecidas pelo município.

2.2 PARA IMPLEMENT AÇÃO DESSES AJUSTES, NO TRABALHO


DESENVOL VIDO PELOS ACS E PELOS AGCV, SERÁ NECESSÁRIO:

a- Incluir nas visitas domiciliares realizadas pelo ACS, a vistoria completa da casa,
(excluídos os recipientes de difícil acesso), e orientações ao morador para eliminação de
criadouros potenciais de Aedes aegypti: o ACS visitará, mensalmente, a metade das
famílias da micro-área. Avaliar se há diminuição significativa do rendimento,
62
readequando, se necessário, o número de famílias sob sua responsabilidade.

b- Redimensionar o número de AgCV levando-se em conta a reorganização do trabalho de


controle de vetores, de forma a garantir a realização de ações específicas deste
profissional.

• Nas áreas infestadas (Estratos 1 a 3) onde estiver implantado o PACS/PSF será


necessário que o AgCV realize visitas:

- a imóveis não residenciais e terrenos baldios em todos os municípios infestados, e


pesquisa e tratamento de PEs apenas nos municípios com menos de 50.000 habitantes
(a mesma equipe realiza Casa-a-Casa e Pesquisa e Tratamento de PEs );
- a imóveis residenciais. com problemas não solucionados pelo ACS e de possível
solução pelo AgCV;
- para Avaliação de Densidade Larvária (determinação do IB);
- a todas as casas ou parte delas durante o inverno/primavera, para vistoria das caixas
d'água e calhas, durante campanhas para melhoria da qualidade do armazenamento de
água e para a limpeza de calhas durante o inverno e primavera;
- para controle de criadouros em bloqueio de casos de dengue e/ou intensificação das
medidas de controle em áreas com 18 elevado, durante o verão /outono;

• Nas áreas infestadas, onde não estiver implantado o PACS: o número de AgCV deverá
seguir os parâmetros de dimensionamento que constaram na PPI-ECD-2000 (ver item
VIII), sendo que o incremento do trabalho destes agentes com outras ações de vigilância
à saúde deve ser programado aproveitando a seqüência normal de visitas para controle
de vetores, de forma que o rendimento não seja reduzido significativamente.

• Nas áreas não infestadas, esteja ou não implantado o PACS: o número de AgCV deverá
seguir os parâmetros de dimensionamento que constaram na PPI-ECD-2000 (ver item
VIII), pois o incremento do trabalho desses agentes com as visitas às casas selecionadas
pelo ACS como de "risco para Aedes aegypti" e com outras ações de vigilância à saúde
nos imóveis cadastrados para vigilância entorno lógica (PEs e armadilhas), não deve
reduzir significativamente seu rendimento.

c- Não será necessário adequar a delimitação dos Setores CV à do P ACS/PSF nas áreas onde
houver sobreposição de programas. O boletim de campo elaborado para essas ações de
controle de vetores, inclui no seu cabeçalho as informações necessárias para registro das
visitas nos dois sistemas de informação: SIAB e SISAED.

d- Definir o fluxo das várias informações entre a ACV e o P ACS/PSF: dados para alimentar
o SISAED, notificação de "imóveis de risco", repasse de casas que necessitem de uma ação
específica da ACV, notificação de agravos à saúde. . .
63
e- Ampliar a atuação do profissional da área c:: Informação/ Educação / Comunicação - IEC
para o PACS/PSF, VE e VISA, por meio de subsídios a práticas educativas, avaliação dos
resultados obtidos com ações educativas, elaboração de projetos educativos, além da
participação na capacitação e supervisão de AgCV e ACS.

f- Capacitar as duas categorias de agentes, visando sua adequação às novas atribuições, e


implementar programações de educação continuada.

g- Realizar reuniões mensais da ACV com o PACS/PSF para avaliação (cobertura do trabalho
planejado, e indicadores sanitários, entomológicos e epidemiológicos) e planejamento do
trabalho, com registro em relatório, visando propiciar aos municípios e DIR/ SUCEN, um
acompanhamento detalhado e oportuno do desenvolvimento desta proposta técnica, para
quando necessário, promover os ajustes necessários.

64
VI DIMENSIONAMENTO DE RECURSOS
HUMANOS.

1. PARÂMETROS PARA MUNICIPIOS INFESTADOS.


Áreas de no máximo 15 mil imóveis
Setores - Periodicidade bimestral - no máximo 2000 imóveis
Periodicidade trimestral - no máximo 3000 imóveis

Imóveis especiais: Estima-se de 05 a 20 imóveis especiais para cada 10 mil habitantes (quanto
maior o porte do município, menor o número de imóveis especiais para cada 10 mil
habitantes)

Rendimentos médios:

• Rendimento Casa a Casa: 25 casas /agente. dia. Para imóveis especiais estima-se os
seguintes rendimentos (equipe composta por 2 agentes):
- Municípios até 50 mil hab. : 5 imóveis/equipe-dia.
- Municípios de 50 a 200 mil hab.: 3 imóveis/equipe-dia.
- Municípios com mais de 200 mil hab.: 2 imóveis/equipe-dia.

Para imóveis desocupados, estima-se um rendimento de 9 imóveis/ agente-dia. incluindo a


retirada das chaves em imobiliárias.

• Rendimento Pesquisa e Tratamento de PEs - em municípios maiores:


- Municípios até 100 mil hab. = 9 PEs/ agente. dia (01 agente p/ 80 PEs)
- Municípios com mais de 100 mil hab. = 5 PEs/ agente. dia (01 agente p/50 PEs)

Estimativa de visitas a serem realizadas pelo AgCV em 100 imóveis existentes em áreas
trabalhadas por ACS
Periodicidade N° imóveis Estimativa de Agentes Controle de Vetores- estimativa de visitas em 1 mês para cada 100
domicílios pl imóveis existentes
C/C pelo AgCV Existentes visita do ACS Avaliação
Atendimento Imóveis p/ vistoria Total de
Imóveis não cx. d'água, calhas, Densidade visitas
de demanda dos
residenciais lajes Larvária/mês
ACS
Bimestral

Bimestral 100 80 10 04 5 03 22

Trimestral 100 80 07 04 5 03 18

Para cada 100 imóveis estima-se que os ACS ficarão responsáveis por 80 domicílios e os AgCV
65
pelos 20 imóveis não residenciais restantes, além de visitas em imóveis repassados pelos ACS
(estima-se que 10% das residências visitadas gerarão demanda para AgCV ) , e para vistoria de caixas
d'água, calhas e lajes (estima-se que 30% de todos os imóveis necessitarão de vistoria), durante o
inverno e primavera (6 meses).

2. PARÂMETROS PARA MUNICÍPIOS NÃO


INFESTADOS.

Rendimentos médios:

• Rendimento para Pesquisa de Armadilhas: 20 Armadilhas/ agente. dia. Considerando 4 dias de


trabalho/ semana, I agente ficará responsável por 80 armadilhas.
• Rendimento Pesquisa de PEs:

- Municípios com menos de 100 mil hab. = 10 PEs/ agente. dia (01 agente para 100 PEs)
- Municípios com mais de 100 mil hab = 6 PEs/ agente. dia (01 agente para 60 PEs)

66
3. BASE DE CÁLCULO PARA DIMENSIONAMENTO DE RECURSOS HUMANOS PARA AS ATIVIDADES DE CONTROLE DE
AEDES AEGYPTI - MUNICÍPIOS INFESTADOS

Função Quantidade

Coordenador ( * ) Recomenda-se 1 coordenador específico para controle de vetores, em municípios com mais de 100 mil hab.

Municípios até 50 mil hab = 01 profissional de nível médio


Municípios de 50 a 100 mil hab = 01 profissional de nível médio e 1 agente
ProfissionallEC ( * )
Municípios de 100 a 300 mil hab = 01 profissional de nível universitário e 2 agentes
Municípios com mais de 300 mil hab = 02 profissionais de nível universitário e 03 agentes
Supervisor Geral Recomenda-se 01 supervisor geral em municípios com mais de 100 mil hab, sem coordenador específico para controle de vetores
e, 1 para no mínimo 5 supervisores de área, independentemente de contar com coordenador específico.

Supervisor de Área 01 para no máximo 10 agentes

Agente de Controle de Casa - a- Casa e Avaliação de Densidade Larvária : Estratos 1 e 2: 01 agente para cada 1000 imóveis
Vetores (AgCV), em áreas Estrato 3 : 01agente para cada 1500 imóveis
sem PACS/PSF Pesquisa e Tratamento de PEs (**): Municípios até] 00 mil hab = 01 agente para 80 PEs

Municípios com mais de 100 mil hab = 01 agente para 50 PEs

AgCV em áreas de Casa-a-Casa e Avaliação de Densidade Larvária: Period. Bimestral: 01 agente para 2300 imóveis exist.

sobreposição c/ PACS/PSF Period. Trimestral: 10 agente para 2700 imóveis existentes


Casa-a-Casa (somente domicílios): 01 ACS para 150 a 200 residências. Trabalho em imóveis não residenciais da micro- área
Agente Comunitário de deverá ser realizado por agente de controle de vetores.
Saúde

Laboratorista 01 laboratorista para cada 100 agentes de controle de vetores.


( * ) do Quadro de Pessoal do município.
(**) Municípios com menos de 50 mil hab. não necessitarão de agentes específicos para esta atividade.

67
4. BASE DE CÁLCULO PARA DIMENSIONAMENTO DE RECURSOS HUMANOS PARA AS ATIVIDADES DE CONTROLE DE
AEDES AEGYPTI - MUNICÍPIOS NÃO INFESTADOS

Função Quantidade

Coordenador ( * ) Recomenda-se 1 coordenador específico para controle de vetores, em municípios com mais de 200 mil hab.
municípios até 100 mil habitantes = 01 profissional de nível médio
municípios de 100 a 300 mil habitantes = 01 profissional de nível universitário
Profissional IEC ( * )
municípios com mais de 300 mil habitantes = 02 profissionais de nível universitário

Supervisor 01 para no máximo 08 agentes

Agente de Controle de - Pesquisa de Armadilhas: 01 agente para cada 80 Armadilhas


Vetores (**)
- Pesquisa de PEs: Municípios com menos de 100 mil = 01 agente para 100 PEs
Municípios com mais de 100 mil hab = 01 agente para 60 PEso
- Casa-a-Casa em imóveis especiais e nos bairros c/ piores condições sanitárias e Delimitação de Foco:
Município de 10 mil a 40 mil hab: 1 agente p/ 10 mil hab.
Município de 40 mil a 100 mil hab: 1 agente p/ 15 mil hab. e no mínimo 3 agentes.
Município com mais de 100 mil hab: 1 agente para cada 30 mil hab e no mínimo 6 agentes
Casa - a- Casa (somente domicílios): 01 ACS para 150 a 200 residências. Trabalho em imóveis especiais da micro- área deverá
Agente Comunitário de ser realizado por agente de controle de vetores.
Saúde

Laboratorista 01 para no máximo 100 agentes

( * ) do Quadro de Pessoal do município.


(**) Municípios com menos de 50 mil habitantes necessitarão de 01 único agente para atender as duas atividades (PA e PPE).

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1. CENTER FOR DISEASE CONTROL - CDC. Biologia y control del Aedes aegypti
Atlanta. 1980.

2. FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE - MS. Dengue - Instruções para pessoal de


Campo: Manual de Normas Técnicas. Brasília. Abril de 2001. Mimeo 83 p.

3. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE - GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO.


Plano de Intensificação das ações de controle de dengue no estado de São Paulo. São
Paulo. Agosto de 2001. Mimeo 15 p.

4. SHERMAN C; FERNANDEZ E A; CHAN A S; LOZANO R C; LEONTSINI E: WINCH


P J. La untadita: A procedure for maintaining and drums free of Aedes aegypti based on
modification of existing practices. Am. J Trop. Med. Hyg., 58(2) 257-262, 1998.

5. SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SES. Avaliação de


mortalidade de formas imaturas de Aedes aegypti expostas a diferentes concentrações
salinas. Núcleo de Pesquisa do Serviço Regional li. Fevereiro de 2000. Mimeo 3 p.

6. SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SES. Manual de Atividades


para Controle dos Vetores de Dengue e Febre Amarela - Controle mecânico e químico
São Paulo, 1993.21 p.

7. SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SES. Manual de Controle


dos Vetores de Dengue e Febre Amarela - Nebulizações. São Paulo, 1992.30 p.

8. SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SES. Manual de Vigilância


Entomológica de Aedes aegypti. São Paulo, 1997. Mimeo 80 p.

9. SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SES. Plano de Erradicação


do Aedes aegypti - Guia de Instruções. São Paulo. 1997.47 p.

10.SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SES. Plano de


Intensificação das ações de controle de dengue no estado de São Paulo - Vigilância e
Controle de Aedes aegypti: Norma, orientações e recomendações técnicas. Agosto de
2001. Mimeo 42 p.

69
11. SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE DE ENDEMIAS - SES. Salinidade da água
como fator limitante à oviposição, em fêmeas de Aedes aegypti. Núcleo de Pesquisa do
Serviço Regional 11. Fevereiro de 2000. Mimeo 3 p.

12. WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO. Chemical methods for the control of
vectores and pests of public health importance. Division of Control of Tropical Diseases/
WHO Pesticides Evaluation Scheme. Genebra. 1997.

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