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Caderneta do

Estagiário
Técnicas, Terminologias e
Protocolos

“Se você pode sonhar, você pode fazer.”


Walt Disney
Índice
Lei 7.498
Código de Ética
Instrumentos Básicos da Enfermagem
Livro de Ordens e Ocorrências
Livro entrada e saída
Higienização da Mãos
Uso de luvas
Banho no leito
Higiene do Couro Cabeludo
Higiene Oral
Tricotomia
Tipos de Cama
Posições para Exames e Conforto:
Classificações Gerais
Sinais Vitais: PA, FC, T, FR
Glicemia
Saturação
Prevenção da Infecção Hospitalar e Biossegurança: Precauções
Vias de administração de medicamentos
Vias parenterais
Vacinas
Seringas
Agulhas
Horário Padrão
Administração de Medicamentos – 9 certos
Punção Venosa Periférica
Tempo de Troca de Cateteres
Etiquetas: identificação de PVP e identificação de
medicamentos
Equivalência para Transformação de Unidades
Fórmulas
Oxigenoterapia
Intubação
Aspiração
Sondagens
Regiões Anatômicas
Cuidados para evitar LPPs
Eletrocardiograma
Fisiologia Cardiovascular
Tipos de Choque
Exames Laboratoriais
Exames de Imagem
Sinais Flogísticos
Anotações de Enfermagem
Estadiamento das LPPs
Feridas e Coberturas
Soluções Cristalóides e Colóides
Protocolo de Manchester – Classificação de Risco
BLS - Suporte Básico de Vida / PCREH
Protocolo de Trauma – XABCDE
Escala de Coma de Glasgow
Tipos de Diabetes Mellitus
Tipos de Insulina
Preparo do Corpo – Materiais
Siglas
Medicamentos
Terminologias
Esta Caderneta pertence a:

________________________________________________________________________

Em caso de perda, telefonar para o número:

______________________________________________________________________
Enfermagem
“É a ciência e a arte de assistir ao ser humano (indivíduo,
família e comunidade) no atendimento às suas necessidades
básicas; de torná-lo independente desta assistência, quando
possível, pelo ensino do autocuidado, de recuperar, manter e
promover sua saúde em colaboração com outros
profissionais.”
Dra Wanda de Aguiar Horta

Lei 7.498 de 25 de Junho de 1986


O técnico de enfermagem exerce atividade de nível médio,
envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de
enfermagem em grau auxiliar, e participação no
planejamento da assistência de enfermagem, cabendo-lhe
especialmente:
§ 1º Participar da programação da assistência de
enfermagem;
§ 2º Executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as
privativas do enfermeiro, observado o disposto no Parágrafo
único do Art. 11 desta Lei;
§ 3º Participar da orientação e supervisão do trabalho de
enfermagem em grau auxiliar;
§ 4º Participar da equipe de saúde.

Art. 10º - O técnico de enfermagem exerce as atividades


auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas à equipe de
enfermagem, cabendo-lhe:
I - assistir ao enfermeiro:
a) no planejamento, programação, orientação e supervisão
das atividades de assistência de enfermagem;
b) na prestação de cuidados diretos de enfermagem a
pacientes em estado grave;
c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em
geral em programas de vigilância epidemiológica;
d) na prevenção e controle sistemático da infecção
hospitalar;
e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que
possam ser causados a pacientes durante a assistência de
saúde;
f) na execução dos programas referidos nas letras “i” e “o” do
item II do Art. 8º (i) participação nos programas e nas
atividades de assistência integral à saúde individual e de
grupo s específicos, particularmente daqueles prioritários e
de alto risco; - o) participação nos programas de higiene e
segurança do trabalho e de prevenção de acidentes e de
doenças
pro fissionais e do trabalho;).
II - executar atividades de assistência de enfermagem,
excetuadas as privativas do enfermeiro e as referidas no Art.
9º deste decreto:
III - integrar a equipe de saúde
Art. 13º - As atividades relacionadas nos Art. 10 e 11
somente poderão ser exercidas sob supervisão, orientação e
direção de enfermeiro.

Humanização: agregar à eficiência técnica e científica valores


éticos, além de respeito e solidariedade ao ser humano.

Instrumentos Básicos da Enfermagem:


1 - Observação: utilizam-se todos os órgãos dos sentidos
(visão, audição, olfato, tato, gustação). Uma observação
objetiva baseia-se em conhecimentos científicos; portanto, o
profissional deve adquirir conhecimentos que o levem a
compreender o que observa;
2 - Resolução de problemas: perante um problema
observado, deve-se defini-lo, apontar soluções práticas,
submeter essas soluções a uma apreciação e aplicar
conclusões;
3 - Aplicação dos princípios científicos: utiliza-se nas
tomadas de decisões, resolução de problemas, orientações,
prestação de cuidados de enfermagem;
4 - Planejamento: compreende a seleção de objetivos e
determinação dos procedimentos, baseando-se nos doados
coletados e avaliados. O planejamento deve ter uma unidade
de ação, linha de continuidade, eficiência, precisão e
flexibilidade;
5 - Avaliação: através da observação faz-se a apreciação e
controle daquilo que foi planejado, da qualidade e da
quantidade do trabalho executado;
6 - Criatividade: para demonstrá-la, é necessário segurança
psicológica, sensibilidade às mudanças, flexibilidade e
autenticidade;
7 - Destreza Manual: é a capacidade de utilizar
adequadamente as mãos na execução de um trabalho;
8 - Comunicação: é o mecanismo pelo qual se desenvolvem
as relações humanas através de mensagens verbais, escritas,
gestuais, emotivas;
9 - Trabalho de equipe: é o trabalho de um pequeno grupo
por um objetivo comum.

Livro de Ordens e Ocorrências:


L.O.O. DD/MM/AAAA
Enfermeira/o: Maria n°COREN
Equipe de Enfermagem: Ana n°COREN, João n°COREN...
Sumário:
Existiam: XX Admissão: XX
Óbitos: XX Transferências: XX
Altas: XX Existem: XX
Enfermaria – Leito – Paciente – Patologia
Possíveis Intercorrências
Assinaturas

Livro de Controle de Entrada e Saída de Pacientes:


Data – Hora – Registro – Paciente – Leito
Diagnóstico – Médico Assistente – Data – Hora – Destino
Higienização das Mãos (HM):
1 – antes de tocar o paciente;
2 – antes de realizar procedimento limpo/asséptico;
3 – após risco de exposição a fluidos corporais;
4 – após tocar o paciente e
5 – após contato com superfícies próximas ao paciente.

Antissépticos Alcoólicos:
- álcool 70%;
- clorexidina 5%;
- povedine tópico iodado.

Antisséptico Degermante:
- clorexidina 2% e 4%;
- povedine degermante.

Uso de luvas
✓ Para reduzir o risco de contaminação das mãos de
profissionais da saúde com sangue e outros fluidos
corporais.
✓ Para reduzir o risco de disseminação de microrganismos
no ambiente e de transmissão do profissional da saúde para
o paciente e vice-versa, bem como de um paciente para
outro.

Banho no leito - Material:


1 - Luva de procedimento, avental descartável, máscara;
2 - Luva de banho (2 pares);
3 - Enxoval completo: lençol de baixo, oleado (impermeável),
traçado, lençol de cima, cobertor, colcha, fronha, camisola,
toalha banho, toalha de rosto;
4 - Bacia e jarro de inox;
5 - Sabão líquido neutro e/ou antisséptico;
6 - Comadre e patinho;
7 - Água morna - temperatura entre 36°C a 40°C;
8 - Utilização de cortinado ou biombo;
9 - Hamper.
Higiene do Couro Cabeludo - Material:
1- Bacia e jarro de inox;
2 - Sabão neutro (xampu ou condicionador);
3 - Bolas de algodão e fita para oclusão dos ouvidos;
4 - Toalhas de banho (2);
5 - Oleado (impermeável);
6 - Água morna – 36°C a 40°C;
7 - Luvas de procedimento, avental descartável e máscara.

Higiene Oral - Material:


1 - Bandeja;
2 - Escova de dente ou espátula com gazes;
3 - Creme dental, solução antisséptica bucal (Peroxidine);
4 - Copo descartável com água (canudo se necessário);
5 - Copo descartável vazio;
6 - Toalha de rosto;
7 - Luvas de procedimento e máscara.

Tricotomia - Material:
1 - Bandeja;
2 - Um aparelho de barbear;
3 - Gaze ou esponja;
4 - Uma cuba redonda;
5 - Água morna;
6 - Tesoura para poda dos pelos se necessário;
7 - Sabonete ou creme de barbear;
8 - Toalha de rosto;
9 - Loção pós-barba – caso o paciente possua;
10 - Biombo ou cortinado;
11 - Espelho – caso o próprio paciente promova o
autocuidado;
12 - Iluminação;
13 - Luvas de procedimento e máscara.
Tipos de Cama:
1 - Cama fechada: quando o leito está vago ate que outro
paciente o ocupe.
2 - Cama aberta com paciente: ocupada com paciente
impossibilitado de locomover-se.
3 - Cama de operado: preparada quando o paciente é
encaminhado para a cirurgia, aguardando-o retornar do
centro cirúrgico.

Posições para Exames e Conforto:


1 - Decúbito Dorsal (Supina)
2 - Decúbito Ventral (Prona)
3 - Fowler
4 - Semi-Fowler
5 - Sim’s
6 - Ginecológica
7 - Litotômica
8 - Genu-peitoral
9 - Tredelemburg
10 - Ortoestática/Ereta

Classificações:
- Recém-nascido: 1 a 28 dias
- Lactente: 29 dias a 1 ano, 11 meses e 29 dias
- Pré-Escolar: 2 a 4 anos
- Escolar: 5 a 10 anos
- Adolescente: 11 a 19 anos
- Adulto: 20 a 59 anos
- Idoso: acima de 60 anos
- Peso extremamente baixo ao nascer: < 1000g (até 999g);
- Peso muito baixo ao nascer: < 1500g (até 1499g);
- Baixo peso ao nascer: < 2500g (até 2499g);
- Prematuro extremo: antes de 34 semanas completas;
- Pré-termo (prematuro): menos de 37 semanas completas;
- Termo: de 37 semanas a menos de 42 semanas completas;
- Pós-termo: 42 semanas completas ou mais.
- PIG: pequeno para idade gestacional;
- AIG: adequado para idade gestacional;
- GIG: grande para idade gestacional.

Sinais Vitais – SSVV:

Pressão Arterial – PA: Braquial -> Radial -> Poplítea -> Tibial
Posterior -> Pediosa

- Estar em repouso por pelo menos 5min da aferição;


- Estar com abstenção de fumo e cafeína por 30min;
- O braço selecionado deve estar livre de vestimentas,
relaxado e mantido ao nível do coração;
- Evitar verificação em membros que tenham sido
submetidos a dissecções venosas ou fístula.
- Paciente não deve estar com pernas cruzadas.
- Hipotensão: < 100 x 60mmHg
- Normotensão: 110 x 60mmHg a 120 x 80mmHg
- Pré-hipertenso: 121 x 81mmHg a 139 x 89mmHg
- Hipertensão Limítrofe: 140 x 90mmHg a 159 x 99mmHg
- Hipertensão Moderada: 160 x 100mmHg a 179 x 109mmHg
- Hipertensão Grave: > 180 x 110mmHg

*Valores de referência de PA para adultos

Material Utilizado:
- Bandeja;
- Algodão embebido em álcool;
- Esfigmomanômetro;
- Estetoscópio;
- Caneta;
- Formulário de registro.

Frequência Cardíaca – FC/Pulso: Artéria Temporal ->


Carótida -> Braquial -> Radial -> Ulnar -> Femoral -> Poplítea -
> Tibial Posterior -> Pediosa

- Lactente: 120 – 160bpm


- Infantil: 90 – 140bpm
- Pré-Escolar: 80 – 110bpm
- Escolar: 75 – 100bpm
- Adolescente: 60 – 90bpm
- Adulto: 60 – 100bpm

- Normocardia: FC normal
- Taquisfigmia: FC acelerada
- Bradisfigmia: FC abaixo da normalidade
- Ritmia: os intervalos entre os batimentos são iguais
- Arritmia: os intervalos entre os batimentos são desiguais
- Dicrótico: impressão de dois batimentos
- Filiforme: redução da força ou do volume do pulso
periférico
Material Utilizado:
- Bandeja;
- Algodão embebido em álcool;
- Estetoscópio;
- Caneta;
- Relógio com marcador de segundos;
- Formulário de registro.

Temperatura Corpórea – T: Oral -> Membrana Timpânica ->


Retal (mais precisa – central) -> Axilar -> Artéria Temporal ->
Esofágica // TR é 0,5 > que a TO que é 0,1 > que a TA

Temperatura axilar: 35,8°C a 37°C


Temperatura bucal: 36,3°C a 37,4°C
Temperatura retal: 37°C a 38°C

- Hipotermia: < 35°C


- Afebril: 36,1°C a 37,2°C
- Febril: 37,3°C a 37,7°C
- Febre: 37,8°C a 38,9°C
- Pirexia: 39°C a 40°C
- Hiperpirexia: > 40°C

Material Utilizado:
- Bandeja;
- Termômetro;
- Algodão embebido com álcool;
- Caneta;
- Formulário de registro.

Frequência Respiratória – FR:


- Recém-Nascido: 30 – 60irpm
- Lactente: 30 – 50irpm
- Infantil: 20 – 30irpm
- Adolescente: 16 – 19irpm
- Adulto: 12 – 20irpm
- Apneia: parada respiratória;
- Eupneia: respiração normal;
- Bradipneia: FR lenta, abaixo da normal;
- Taquipneia: FR acima da normal; respiração rápida,
frequentemente pouco profunda;
- Hiperpneia: FR profunda e rápida;
- Ortopneia: respiração facilitada em posição vertical;
- Respiração Sibilante: sons que se assemelham a assovios;
- Dispneia: dificuldade respiratória; é a respiração difícil,
trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças
pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa;
-Respiração Estertorosa: respiração ruidosa;
- Respiração de Cheyne Stokes: movimentos respiratórios
periódicos, lento crescentes e lento decrescentes
(hiperventilação com apneia) – relacionada a arterosclerose,
insuficiência cardíaca e HAS. Quase sempre ocorre com a
aproximação da morte;
- Respiração de Kussmaul: hiperventilação profunda e
trabalhosa – relacionada a acidose metabólica grave e
cetoacidose diabética inspiração profunda seguida de apneia
e expiração suspirante, característica de coma diabético;
- Respiração de Biot: períodos rápidos e curtas inspirações,
seguidos de períodos regulares e irregulares, seguidos de
apneia – relacionado a comprometimento cerebral.

Material Utilizado:
- Relógio com marcador de segundos;
- Caneta azul ou preta;
- Formulário de registro.

Glicemia:
- Normoglicemia
*Glicose em jejum: < 100mg/dL;
*Glicose 2h após TOTG com 75g de glicose: < 140mg/dL;
*Glicose ao acaso: -
*HbA1c: < 5,7%
- Pré-diabetes ou risco aumentado para DM
*Glicose em jejum: de 100mg/dL a 125mg/dL;
*Glicose 2h após TOTG com 75g de glicose: de 140mg/dL a
199mg/dL;
*Glicose ao acaso: -
*HbA1c: de 5,7% a 6,4%

- Diabetes estabelecido
*Glicose em jejum: ≥126mg/dL;
*Glicose 2h após TOTG com 75g de glicose: ≥200mg/dL;
*Glicose ao acaso: ≥ 200mg/dL com sintomas inequívocos
de hiperglicemia;
*HbA1c: ≥ 6,5%

SaO2 – Saturação de O2 na Hb do sangue arterial – valor


referência é 98%.

Saturação(SaO2) Pressão Arterial Parcial (PaO2)


100% ≥150mmHg
97% 90-100mmHg
90% 60mmHg
80% 46-48mmHg
75% 40mmHg
50% 27mmHg
Prevenção da Infecção Hospitalar e Biossegurança
Precaução Padrão: todos os pacientes:
- Higienização das Mãos (HM);
- Luvas;
- Capote;
- Óculos;
- Máscara;
- Caixa de Pérfuro Cortante - Descarpack.

Precaução de Contato: Indicado no cuidado de pacientes com


infecção suspeita que seja transmitida pelas mãos/pele, tais
como herpes simples, pediculose, abscessos, diarreia
infecciosa, contatos com secreções respiratórias entre outros.
- HM;
- Capote;
- Luvas;
- Quarto Privativo.

Precauções para Aerossóis: Indicado para pacientes com


suspeita ou confirmação de doenças que se transmitem pelo ar,
transmitida a longa a longa distância, como tuberculose,
sarampo, varicela entre outras.

- HM;
- Máscara N-95 (Profissional);
- Máscara cirúrgica (Paciente durante transporte);
- Quarto Privativo.

Precauções para Gotículas (partículas): Indicada aos


pacientes com infecção suspeita ou reconhecida, que sejam
transmitidas pelas gotículas de orofaringe (tosse, espirros ou
conversando) como Haemophylus influenza, Neisseria
meningitidis, Streptococcus pneumonie, rubéola, caxumba,
difteria entre outros.
- HM;
- Máscara cirúrgica (Profissional);
- Máscara cirúrgica (Paciente durante transporte);
- Quarto Privativo.
Vias de administração de medicamentos:
- Via Tópica
- Mucosa: Sublingual, Nasal e Ocular
- Oral
- Enteral Paciente
- Respiratória (inaloterapia): Espaçador, Bombinha,
Micronebulizador
- Oftálmica: Pomada, Colírio
- Otológica
- Retal
- Geniturinária:
- Intramarginal
- Parenterais: Via intradérmica (ID), Via subcutânea (SC), Via
intramuscular (IM) Via endovenosa (EV) ou via intravenosa
(IV)

Intradérmica – ID: aplicação na área localizada entre a derme


e o tecido subcutâneo para testes de sensibilização,
diagnósticos e vacina BCG em locais onde a pilosidade é menor
e há pouca pigmentação, oferecendo um fácil acesso a leitura
da reação do alérgeno e da vacina.
Indicação: todas as idades;
Contraindicação: lactentes com peso inferior a 1,500g;
Volume: 0,1 a 0,5ml;
Ângulo: 15° até que o bisel desapareça;
Local adulto: inserção inferior do deltoide;
Local criança: face interna do antebraço, região escapular,
porção inferior do deltoide;
Tipo de agulha: 10 x 5 ou 13 x 4,5

Subcutânea – SC: aplicação na área localizada no tecido


adiposo abaixo da pele para drogas que necessitem de uma
lenta absorção como vacinas antirrábica, tríplice viral e
insulina.
Indicação: todas as idades;
Contraindicação: em locais próximos às articulações, nervos
e grandes vasos;
Volume: 0,5 a 1,5ml;
Ângulo: 90° para adultos, crianças eutróficas e obesas (13 x
4,5); 30° ou 2/3 da agulha para crianças hipotrófica; 45°
para adultos, crianças eutróficas e obesas (25 x 6);
Local adulto: parede abdominal (hipocôndrio D ou E), face
anterior e externa da coxa, face anterior e externa do braço,
região glútea e região dorsal, logo abaixo da cintura –
estabelecer o padrão de revezamento dos locais de aplicação
e obedecer a distância mínima de 2cm da última;
Tipo de agulha: 13 x 4,5 ou 25 x 6

Intramuscular – IM: aplicação no tecido muscular,


respeitando condições de massa muscular, volume e droga
prescrita, locais livres de grandes vasos e nervos em camadas
superficiais.
Local adulto/criança: vasto lateral da coxa, ventroglútea,
dorso glútea e deltoide;

- Vasto lateral da coxa:


Indicação: todas as idades;
Contraindicação: locais mais dolorosos;
Volume: lactentes de 0,5 a 1ml; infante e pré-escolar a 2ml;
escolares a 3ml e adolescentes/adultos a 4ml;
Ângulo: 45° no sentido do joelho para lactentes e pré-
escolares; 90° voltado para o pé em crianças maiores;
Local adulto/criança: terço médio da face anterolateral da
coxa, entre o trocanter maior e a articulação do joelho;
Tipo de agulha: 30 x 7 ou 25 x 6 de acordo com a massa
muscular; 13 x 4,5 para vacinas e vitamina K em RN.

- Ventroglútea:
Indicação: todas as idades;
Contraindicação: locais livres de nervos e estruturas
importantes;
Volume: lactentes de 0,5 a 1ml; infante e pré-escolar a 2ml;
escolares a 3ml e adolescentes/adultos a 4ml;
Ângulo: 90° discretamente angulada em direção à crista
ilíaca;
Tipo de agulha: 30 x 7 ou 25 x 6 de acordo com a massa
muscular; 13 x 4,5 para vacinas e vitamina K em RNs.

- Dorso glúteo:
Indicação: a partir de crianças que deambulam a pelo menos
um ano;
Contraindicação: próximo ao nervo ciático;
Volume: lactentes de 0,5 a 1ml; infante e pré-escolar a 2ml;
escolares a 3ml e adolescentes/adultos a 4ml;
Ângulo: 90° em relação à superfície em que o paciente está
apoiado;
Local adulto/criança: entre o trocanter maior e a espinha
ilíaca – quadrante superior externo;
Tipo de agulha: 30 x 7 ou 25 x 6 de acordo com a massa
muscular; 13 x 4,5 para vacinas e vitamina K em RNs.

- Deltoide:
Indicação: a partir de adolescentes;
Contraindicação: adolescentes pouco desenvolvidos e
crianças;
Volume: 2ml;
Ângulo: 90°;
Local:abaixo do acrômio;
Tipo de agulha: 30 x 7 ou 25 x 6 de acordo com a massa
muscular; 13 x 4,5 para vacinas em RNs.
Vacinas:

- BCG: Tuberculose – 0,1ml – ID – 13 x 3,8 – inserção inferior


do Deltoide direito;
- Hepatite B: Hepatite B – 0,5ml – IM – 20 x 5,5 / 25 x 6 –
vasto lateral da Coxa E (RN), Deltoide (adolescente);
- VIP: Poliomielite – 0,5ml – IM – 20 x 5,5 / 25 x 6 – vasto
lateral da Coxa E;
- VOP: Poliomielite – 2 gotas – VO;
- Rotavírus humano G1P1 (VORH): Diarreia por rotavírus
–1,5ml – VO;
- Pentavalente (DTP+Hib+HB): Tétano, Difteria,
Coqueluche, Meningite por Haemophilus, Influenza b e
Hepatite B – 0,5ml – IM - 20 x 5,5 / 25 x 6 – vasto lateral da
Coxa D;
- Pneumocícica 10 (Pncc 10): Pneumonias, Meningites,
Otites e Sinusites pelos sorotipos que compõe a vacina –
0,5ml – IM - 20 x 5,5 / 25 x 6 – vasto lateral da Coxa E;
- Meningocócica C (MncC): Meningite tipo C – 0,5ml – IM -
20 x 5,5 / 25 x 6 – vasto lateral da Coxa D (3 meses),
Deltoide D (11 anos);
- Febre Amarela (FA): Febre Amarela – 0,5ml – SC – 13 x 4,5
– Deltoide;
- Tríplice Viral (SCR): Sarampo, Caxumba e Rubéola – 0,5ml
– SC – 13 x 4,5 – Deltoide;
- Tetra Viral (SCRV): Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela
– 0,5ml – SC – 13 x 4,5 – Deltoide;
- Hepatite A (HA): Hepatite A – 0,5ml – IM – 20 x 5,5 / 25 x 6
– vasto lateral da Coxa E;
- DTP (Difteria, Tétano, Pertussis): Difteria, Tétano e
Coqueluche – 0,5ml – IM – 20 x 5,5 / 25 x 6 – vasto lateral
da Coxa D;
- dT (Difteria, Tétano): Difteria e Tétano – 0,5ml – IM – 25 x
6 – Deltoide, vasto lateral da Coxa D;
- Varicela (VZ): Varicela – 0,5ml – SC – 13 x 4,5 – Deltoide;
- HPV (Papilomavírus Humano): 0,5ml – IM – 25 x 6 / 25 x
7 – Deltoide;
- dTpa (Difteria, Tétano, Pertussis acelular): Difteria,
Tétano e Coqueluche – 0,5ml – IM – 25 x 6 / 25 x 7 –
Deltoide;
- Influenza (H1N1): 0,5ml – IM – 25 x 6 / 25 x 7 –
Deltoide.

Seringas - Tipos de Bicos:


Luer-Lok: Geralmente usado para injeções que necessitam de
conexão mais firme. É compatível com agulhas, cateteres e
outros dispositivos.

Luer Slip: Conexão de encaixe indicada para conectar agulhas


no sistema “puxa e encaixa”. Este assegura uma conexão e
desconexão mais fácil.

Eccentric Luer Slip: Indicado para aplicações que requerem


proximidade da pele. Geralmente usado para venipunção e
aspiração de fluidos.
Tamanho de Seringas:

Agulhas:
Horário Padrão – HP

Rotinas:
1x Dia – se necessário Jejum às 6h e/ou HP (10 ou 12)
2/2h – 08 10 12 14 16 18 20 22 24 02 04 06
4/4h – 10 14 18 22 02 06
6/6h – 12 18 24 06
8/8h – 14 22 06
12/12h – 10(12) 22(24)
Rotinas:
- Café da manhã: 07h às 08h
- Almoço: 11h às 12h
- Lanche: 14:30h às 15:30h
- Jantar: 17h às 18h
- Ceia: 20h

Checagem de medicação: é o procedimento realizado no


prontuário do paciente quando a medicação prescrita pelo
médico foi administrada.
Bolar/Rodelar: é o procedimento realizado no prontuário do
paciente quando a medicação prescrita pelo médico NÃO foi
administrada.

Administração de Medicamentos – 9 Certos:


1 - Paciente certo;
2 - Medicamento certo;
3 - Via certa;
4 - Hora certa;
5 - Dose certa;
6 - Registro certo (Documentação certa);
7 - Orientação certa (Razão);
8 - Forma certa;
9 - Resposta certa.
Punção Venosa Periférica – PVP

Scalp/ “Butterfly”: cateter agulhado, utilizado para terapia de


curto prazo.

• Quanto menor o número, maior é o calibre da agulha.

Materiais:
1 - EPIs: Luvas, máscara e óculos (óculos – opcional e/ou de
acordo com as normas da instituição - SCIH);
2 - Álcool a 70% ou Clorexidina 5%;
3 - Gaze e/ou algodão;
4 - Garrote;
5 - Scalp (cateter agulhado) de escolha;
6 - Seringa 10ml;
7 - Agulha 40 x 12;
8 - Solução de SF 0,9% - salinizar;
9 - Esparadrapo ou micropore estéreis;
10 - Bandeja;
11 - Foco de luz (se necessário).

Jelco: cateter composto de haste flexível e estilete


(guia/mandril) que deve ser utilizado juntamente com
polifix/torneirinha. É indicado para terapia I.V. periférica de
longa permanência.

• Quanto menor o número, maior é o calibre da agulha.


Materiais:
1 - Luvas, máscara e óculos – (óculos – opcional e/ou de
acordo com as normas da instituição - SCIH);
2 - Álcool a 70% ou Clorexidina 5%;
3 - Gaze e/ou algodão;
4 – Garrote;
5 - Jelco (cateter flexível) de escolha;
6 - Polifix 2 vias e/ou torneirinha;
7 - Equipo de soro e soro (se prescrito pelo médico);
8 - Seringa 10ml;
9 - Agulha 40 x 12;
10 - Solução de SF 0,9% - salinizar;
11 - Esparadrapo ou micropore estéreis;
12 – Bandeja;
13 - Foco de luz (se necessário).

Tempo de Troca de Cateteres:


- Cateter Periférico: rotineiramente não trocar em período
inferior a 96h;
- Cateter Central de Inserção Periférica (PICC/CVC): não
realizar a troca pré-programada;
- CVC em situações de emergência ou sem utilizar barreira
máxima: trocar assim que possível não ultrapassar 48h;
- Neonatais e pediátricos: até o final, exceto se houver
problema;
- Umbilicais: arteriais (5 dias) e venosos (7 – 14 dias);
- Cateter arterial periférico: não realizar a troca pré-
programada;
- Transdutor do cateter arterial: trocar a cada 96h;
- Dispositivo intraósseo: não mais que 24h.

*Rotineiramente, o cateter periférico não deve ser trocado em


um período inferior a 96 horas. A decisão de estender a
frequência de troca para prazos superiores ou quando
clinicamente indicado dependerá da adesão da instituição às
boas práticas recomendadas no referido manual, tais como:
avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio
de inserção, integridade da pele e do vaso, duração e tipo de
terapia prescrita, local de atendimento, integridade e
permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura
estéril e estabilização estéril.

Etiqueta de Identificação da PVP:


- Data -Hora
- Nº Cateter - Profissional

Etiqueta de Identificação do Medicamento:


- Paciente - Registro - Leito/Enfermaria
- Medicação - Via de Administração
- Dose/Diluição - Hora

Etiqueta de Soro:
- Paciente - Leito
- Solução - Etapa - Gotejamento
- Início - Término
- Data - Assinatura

Equivalência para Transformação de Unidades:


- 1g = 1000mg = 1000 000mcg
- 1mg = 1000mcg
- 1L = 1000ml
- 1ml = 20 gotas ou 20 macrogotas
- 1ml = 60 microgotas
- 1 gota = 3 microgotas

Exemplo de Regra de 3:
1 hora __________ 60 min
2 horas _________ y

1y = 60x2 -> y=60x2/1 -> y=120 min


Fórmulas:

Oxigenoterapia:
- Pressão Arterial Parcial de O2:
-PaO2 < 60 mmHg
- Saturação Arterial da Hemoglobina pelo O2:
- SatO2 < 90% (em ar ambiente)
- Sat O2 < 88% (durante a deambulação, exercício ou sono
em portadores de doenças cardiorrespiratórias)

Tipos de Oxigenoterapia:
- Sist. de baixo fluxo: cateter nasal (tipo óculos), cateter
nasofaríngeo, máscara simples de nebulização (NBZ);
- Sist. de alto fluxo: máscara de Venturi;
- Sist. de umidificação: umidificadores de ambiente;
- Sist. de nebulização: NBZ pneumático, ultra-sônico, micro-
nebulizador.

Meios de administração de Oxigênio:


1- Cateter Nasal (Tipo Óculos)
2- Máscara de Venturi
3- Traqueostomia
4- Tubo T
5- Tenda de Oxigênio/HOOD
6- Máscara Facial
7- Máscara de oxigênio
8- Máscara laríngea
9- Tubo endotraqueal/orotraqueal (TNT/TOT)

Sistemas de Baixo Fluxo


Cateter Nasal – Tipo Óculos - Material:
- Cânula nasal dupla estéril;
- Umidificador;
- Extensão;
- Fluxômetro;
- Água destilada 50ml.
Cateter Nasofarínfeo - Material:
- Cateter nasofaríngeo estéril;
- Esparadrapo;
-Gaze;
- Lubrificante;
-Umidificador;
- Extensão;
- Fluxômetro;
- Água destilada.
Máscara Simples/Macro - Material:
- Máscara;
- Extensão plástica;
- Fluxômetro;
- Umidificador;
- Copo graduado;
- Extensão traqueia corrugada;
- Água destilada e/ou SF 0,9%.

Nebulização – NBZ - Material:


- Fluxômetro;
- Máscara simples;
- Copo nebulizador;
- Extensão plástica;
- Água destilada.
Sistema de Alto Fluxo
Máscara de Venturi - Material:
- Máscara facial simples;
- Umidificador;
- Extensão;
- Fluxômetro;
- Água destilada.

Conector Concentração O2 Fluxo O2


Azul 24% 4 L/min
Amarelo 28% 4 L/min
Branco 31% 4 L/min
Verde 35% 6 L/min
Vermelho 40% 8 L/min
Laranja 50% 12 L/min

Danos cerebrais decorrentes de Hipóxia Cerebral:


- 0 a 4min: improváveis danos cerebrais se a RCP for
iniciada;
- 4 a 5min: possíveis danos cerebrais;
- 5 a 10min: prováveis danos cerebrais;
- acima de 10min: severos danos cerebrais ou morte
cerebral.
Intubação Endotraqueal/Orotraqueal - Material:

- Diversos tipos e numerações de TOT;


- Cabo de Laringoscópio;
- Lâminas curvas e retas de diversas numerações;
- Pilhas;
- Seringa de 20ml;
- Fixador de TOT;
- Fio guia de TOT;
- Lidocaína/Xilocaína spray 10%;
- Luva estéril;
- Sistema Ambu/Bolsa-Valva-Máscara + O2 (rede verde);
- Sistema de aspiração/vácuo (rede cinza).

Aspiração Traqueal (semi-fowler) - Material:


- EPIs: máscara, óculos, luva e capote;
- Sonda Traqueal (4 a 16);
- Gaze;
- Lidocaína/Xilocaína geléia;
- SF 0,9%;
- Seringa de 20ml;
- Sistema de vácuo (rede cinza);
- Borracha de silicone;
- Cuba rim/bandeja;
- Toalha de rosto;
- Esparadrapo;
*Asp. Traq. de VAS: não estéril
* Asp. Traq. de VAI: estéril

Sondagens

Sondagem Gástrica (Nasogástrica ou Orogástrica) –


Levine: é colocada da narina/boca até o estômago. Não é
radiopaco. Não tem fio-guia. É de competência do Enfermeiro.

Material:
- Sonda;
- Seringa de 20ml;
- Uroflex sistema aberto/coletor;
- Cuba rim/bandeja;
- EPIs: capote, máscara, óculos, luva de procedimento e
estéril;
- Esparadrapo;
- Gaze;
- Lidocaína/Xilocaína geleia;
- Estetoscópio;
- Tesoura;
- Sonda de aspiração/equipo (usar como fixador);
- Toalha de rosto.
*Aberta: drenagem de líquidos ou ar intra-gástricos;
*Fechada: alimentação ou administração de medicamentos
*Medição: ponta do nariz – lóbulo da orelha – apêndice xifóide
*Duração: 7 dias

Sondagem Enteral (nasoenteral) – DobbHoff : é colocada da


narina até o sentido Pré-Pilórico (estômago) ou Pós-Pilórico
(intestino, duodeno ou jejuno). É radiopaco. Tem fio-guia. É de
competência do Enfermeiro.

Material:
- Sonda;
- Seringa de 20ml;
- Uroflex sistema aberto/coletor;
- Cuba rim/bandeja;
- EPIs: máscara, óculos, luva de procedimento e capote;
- Esparadrapo;
- Gaze;
- Lidocaína/Xilocaína geleia;
- Estetoscópio;
- Tesoura;
- Sonda de aspiração/equipo (usar como fixador);
- SF 0,9%;
- Toalha de rosto.
*Só pode ser administrada alimentação após a checagem da
colocação no sistema digestivo do paciente, através do exame
de raio-x. Retirando o fio guia após a confirmação.
*Medição: ponta do nariz – lóbulo da orelha – apêndice xifoide
(para posicionamento no estômago);
*Duração: até 6 semanas

Tipos de Sondas:
- Levine, gástrica simples de Salem: descompressão,
aspiração e irrigação (lavagem);
- Levine, Nutriflex e DobbHoff: alimentação e administração
de medicamentos;
- Sengstaken-Blakemore: controle de sangramento de
varizes esofageanas.

Gavagem: alimentação através de uma sonda gástrica ou


enteral.
- Em Bollus: seringa de 20ml;
- Gravitacional: frasco de dieta ou seringa para RN;
- Em BIC (Bomba de Infusão Contínua).

Cuidados de Enfermagem:
- lavagem/limpeza da sonda antes e após a introdução de
dieta/medicação;
- higiene das narinas 2x ao dia;
- monitorar tempo de sondagem;
- observar posicionamento da sonda;
- observar presença de lesões;
- avaliar sinais de alerta: FR, sinais flogísticos, SaO2;
- trocar fixação a cada 24h ou em casos de intercorrências;
- higiene oral de 6/6h.
Sondas Vesicais

Sonda Vesical de Alívio – SVA/CVA: cateter de uso único


introduzido por um período suficiente para drenar a bexiga.

Materiais:
- Sonda de Nelaton;
- Gaze estéril;
- PVPI;
- Esparadrapo ou micropore:
- Seringa de 20ml ou 10ml;
- Xilocaína gel;
- Coletor de urina (sistema aberto e descartável);
- Extensor para sondas:
- Para homens: uma seringa a mais para a lubrificação do canal
urinário com xilocaína.

Sonda Vesical de Demora – SVD/CVD: cateter de uso único


introduzido por um período suficiente para drenar a bexiga.

Materiais:
- Sonda de Foley: 2 vias: drenagem e via do balão / 3 vias:
drenagem, via do balão e irrigação;
- Gaze estéril;
- PVPI;
- Esparadrapo ou micropore;
- Seringa de 20ml ou 10ml;
- Agulha de 40x20;
- Ampola de AD 10ml;
- Xilocaína gel;
- Coletor de urina estéril(sistema fechado);
- Extensor para sondas:
- Para homens: uma seringa a mais para a lubrificação do canal
urinário com xilocaína.
Regiões Anatômicas:
Para memorizar:
- Café da manhã: às 7 - Cervicais
- Almoço: às 12 - Torácicas
- Lanche: às 5 - Lombares
- Jantar: às 9 - 5 Sacrais e 4 Coccígeas

Quadrante Superior Direito – QSD:


- maior parte do fígado;
- vesícula biliar;
- parte do intestino delgado;
- parte do intestino grosso;
- parte do pâncreas;
- parte do estômago.

Quadrante Superior Esquerdo – QSE:


- baço;
- maior parte do estômago;
- parte do intestino grosso;
- parte do intestino delgado;
- parte do pâncreas;
- parte do fígado.
Quadrante Inferior Direito – QID:
- apêndice;
- parte do intestino delgado;
- parte do intestino grosso;
- parte do ovário.

Quadrante Inferior Esquerdo – QIE:


- parte do intestino delgado;
- parte do intestino grosso;
- parte do ovário.
Evitando Úlceras/Lesões por Pressão – UPP/LPP:

Locais mais acometidos por UPP/LPP:


Cores do ECG:
Posição Padrão Americano Padrão Europeu
Braço D RA – branco R - vermelho
Braço E LA – preto L – amarelo
Perna D RL – verde F – preto
Perna E LL – vermelho N - verde
Fisiologia Cardiovascular
- Sístole: parte do ciclo cardíaco caracterizada por contração
rítmica dos ventrículos, por meio da qual o sangue é ejetado
para a aorta e para a artéria pulmonar (esvaziamento dos
ventrículos).

- Diástole: parte do ciclo cardíaco que se segue à sístole e é


caracterizada por relaxamento muscular e enchimento dos
ventrículos.

- Transporte de Oxigênio (DO2):


*DO2 = CaO2 x DC -> Conteúdo arterial de Oxigênio x
Débito Cardíaco
*DC = VS x FC -> Volume Sistólico x Frequência Cardíaca
*VS = volume ejetado do Ventrículo durante a Sístole
Ventricular
- Pré-carga: volume de sangue que chega ao Átrio D e
Ventrículo D;
- Contratilidade: músculo cardíaco contraindo de
maneira adequada;
- Pós-carga: volume de sangue que passa pelo Ventrículo
E -> relacionado com a resistência vascular sistêmica ou
periférica (RVS/RVP)

- PA = DC x RVS/RVP

Fisiopatologia do Choque:
- alterações da PAM ou no metabolismo do oxigênio geram
respostas compensatórias;
- aumenta a contratilidade do miocárdio e a FC;
- vasoconstricção arterial e venosa (tentativa de aumentar a
pós-carga e aumento do retorno venoso);
- redistribuição de volemia, preservando órgãos vitais e SNC;
- aumenta reabsorção de Sódio e Água (retenção);
- aumenta a oferta de oxigênio e de substratos (principalmente
nos locais de má perfusão);
Tipos de Choque: O choque é uma situação que surge quando
a quantidade de oxigênio no corpo está muito baixa e toxinas
vão se acumulando, podendo causar lesões em vários órgãos e
colocando a vida em risco.

1 – Choque Cardiogênico
2 – Choque Hipovolêmico
3 – Choque Neurogênico
4 – Choque Anafilático
5 – Choque Séptico

1 – Choque Cardiogênico: coração deixa de ser capaz de


bombear o sangue pelo corpo e, por isso, é mais frequente após
um caso de IAM, ICC, intoxicação por medicamentos ou
infecção generalizada. No entanto, pessoas com arritmias,
insuficiência cardíaca ou doença coronária também têm um
risco elevado de sofrer um episódio de choque cardiogênico.

Sintomas:
- hipotensão;
- aumento da FC/ taquicardia;
- aumento da FR/taquipneia;
- pulso fino e rápido;
- baixo DC;
- aumento da RVS/RVP;
- perfusão capilar periférica lenta: > 2seg;
- pele fria e pegajosa;
- cianose (arroxeamento) de extremidades, orelhas, lábios e
pontas dos dedos das mãos e pés;
- diminuição da urina/oligúria;
- consciência diminuída;

2 – Choque Hipovolêmico: não existe sangue suficiente


para levar o oxigênio até aos órgãos mais importantes como o
coração e cérebro. Normalmente, este tipo de choque aparece
após um acidente/trauma quando existe uma hemorragia
grave, que tanto pode ser externa como interna ou em casos de
queimaduras graves e desidratação por desordens
gastrointestinais severas como vômitos e/ou diarreia intensas
– pode ser hemorrágico e não hemorrágico;

Sintomas:
- hipotenção;
- aumento da FC/ taquicardia;
- aumento da FR/taquipneia = rápida e curta;
- pulso rápido;
- baixo DC;
- aumento da RVS/RVP;
- perfusão capilar periférica lenta: > 2seg;
- pele fria e pegajosa;
- oligúria:
- cianose (arroxeamento) de extremidades, orelhas, lábios e
pontas dos dedos das mãos e pés;
- palidez;
- pupilas dilatadas;
- visão nublada;
- sede excessiva;
- ansiedade, confusão ou inconsciência;
- expressão de ansiedade ou olhar indiferente profundo;
- perda total ou parcial de consciência;
- cansaço excessivo;
- tonturas;
- náuseas;
- sensação de desmaio;

3 – Choque Neurogênico: perda repentina dos sinais


nervosos do sistema nervoso, deixando de enervar os
músculos do corpo e os vasos sanguíneos. Normalmente, este
tipo de choque é sinal de problemas graves no cérebro ou na
medula espinhal decorrente de grandes traumas.
Sintomas:
- diminuição da FC;
- diminuição da temperatura corporal, abaixo de 35,5°C;
- respiração rápida e superficial;
- pele fria e azulada;
- perfusão capilar periférica lenta: > 2seg;
- tonturas e sensação de desmaio;
- excesso de suor;
- dor no peito.

4 – Choque Anafilático: alergia muito grave a alguma


substância. Este tipo de choque provoca uma resposta
exagerada do sistema imune, gerando inflamação do sistema
respiratório.

Sintomas:
- aumento da FC;
- alto DC;
- baixa RVS/RVP;
- dificuldade em respirar com chiado;
- coceira e vermelhidão na pele;
- perfusão capilar periférica rápida: < 2seg;
- inchaço da boca, olhos e nariz;
- sensação de bola na garganta;
- dor abdominal, náuseas e vômitos;
- tonturas e sensação de desmaio;
- suores intensos;
- confusão.

5 – Choque Séptico: também conhecido como


septicemia, surge quando uma infecção, que estava localizada
em apenas um local, consegue chegar até o sangue e se espalha
por todo o corpo, afetando vários órgãos. Geralmente, o
choque séptico é mais frequente em pessoas com o sistema
imune enfraquecido, como crianças, idosos ou pacientes com
lúpus ou HIV, por exemplo.
Sintomas:
- extremidades frias e pálidas;
- aumento da FC/taquicardia;
- alto DC;
- baixa RVS/RVP;
- perfusão capilar periférica rápida: < 2seg;
- temperatura alta ou muito baixa, tremores;
- tontura leve;
- pressão arterial baixa, especialmente quando de pé;
- produção de urina reduzida ou ausente;
- palpitações;
- inquietação, agitação, letargia ou confusão;
- falta de ar;
- exantema cutâneo ou descoloração da pele;

Exames Laboratoriais:
- hemograma: plaquetas, hemácias, hematócritos e
leucócitos (linfícitos e monócitos//neutrófilos, basófilos e
eosinófilos);
- eletrólitos;
- ureia e creatinina;
- função hepática;
- gasometria arterial – acidose metabólica;
- nível de lactato;
- enzimas cardíacas;
- exames de coagulação: plaqueta, protrombina,
troboplastina, trombina, fibrinogênio e coágulo;
Exames de Imagem:
- Raio-x: radiação ionizante – pode utilizar contraste de bário
ou iodo;

- Tomografia Computadorizada: radiação ionizante –pode


utilizar contraste de bário ou iodo;
- Ressonância Magnética; radiofrequência com magnetismo
(imã) – pode utilizar contrastes menos tóxicos;

- Ultrassonografia: ondas sonoras de grande frequência

Sinais Flogísticos: São os sinais e sintomas característicos da


reação inflamatória.
• Edema;
• Rubor;
• Calor;
• Dor;
• Perda de função.
Com a hiperperemia (aumento do fluxo sanguíneo), ocorre o
primeiro sinal flogístico, o rubor, que é caracterizado pela
vermelhidão.
Como o fluxo sanguíneo aumentou e o sangue contém uma
certa temperatura, acontece o segundo sinal, o calor,
ocasionando o aumento da temperatura do local.
O aumento da permeabilidade e do fluxo sanguíneo, consiste
na saída de plasma para o interstício, causando
o edema (inchaço).
Esse edema vai comprimir as terminações nervosas,
juntamente com a prostaglandina que vai irritar essas
terminações, ocasionando outro sinal flogístico que é a dor.
A perda de função vai ser o último sinal flogístico, pois essa
inflamação pode ocasionar o impedimento da função
fisiológica do local lesionado.

Regras para realizar Anotações de Enfermagem:


1 – Deve ser precedida de data e hora, conter assinatura e
identificação do profissional ao final de cada registro;
2 – Não conter rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou
espaços;
3 – Conter observações efetuadas, cuidados prestados, sejam
eles os já padronizados, de rotina e específicos;
4 – Deve, ainda, constar das respostas do paciente frente aos
cuidados prescrito pelo enfermeiro, intercorrências, sinais e
sintomas observados;
5 – Devem priorizar a descrição de características, como
tamanho mensurado (cm, m, etc.), quantidade (ml, l, etc.),
coloração e forma;
6 – Não conter termos que deem conotação de valor (bem,
mal, muito, pouco, etc.);
7 – Devem ser referentes aos dados simples, que não
requeiram maior aprofundamento científico.

Roteiro para Anotação de Enfermagem


Comportamento e observações relativas ao paciente:
1 – Nível de consciência;
2 – Estado emocional;
3 – Integridade da pele e mucosa;
4 – Hidratação;
5 – Aceitação da dieta;
6 – Manutenção da venóclise (soro/medicação em AVP);
7 – Movimentação;
8 – Eliminação;
9 – Presença de cateteres e drenos.

Cuidados prestados aos pacientes, prescritos ou não pelo


enfermeiro:
1 – Mudança de decúbito;
2 – Posicionamento no leito ou na poltrona;
3 – Banho;
4 – Curativos;
5 – Retiradas de drenos, sondas, cateteres, etc.

Medidas prescritas pelo médico e prestadas pela


enfermagem:
1 – Repouso;
2 – Uso de coletes/faixas;
3 – Recusa de medicação ou tratamento.

Respostas específicas do paciente à terapia e assistência:


1 – Alterações do quadro clínico;
2 – Sinais e sintomas;
3 – Alterações de sinais e vitais;
4 – Intercorrências com o paciente;
5 – Providências tomadas;
6 – Resultados.

Medidas terapêuticas executadas pelos membros da


equipe:
1 – Passagem de dispositivo intravenoso (cateteres
profundos, etc.);
2 – Visita médica especializada (avaliações);
3 – Atendimento de fisioterapeuta, da nutricionista ou
psicólogo.

Outros fatores relevantes (de qualquer natureza)


referidos pelo paciente ou percebidos pelo profissional:
1 – Acidentes e intercorrências;

Tecido Epitelial:

Estadiamento das Lesões por Pressão (LPP):


- Estágio 1: pele intacta com vermelhidão não branqueável
de uma área localizada, usualmente sobre uma proeminência
óssea.
- Estágio 2: perda parcial da espessura da pele, envolvendo
epiderme, derme ou ambas. É superficial e se apresenta
como uma abrasão, bolha ou cratera rasa.

- Estágio 3: perda da espessura total do tecido. A gordura


subcutânea pode estar visível, mas não há exposição de
ossos, tendões ou músculo.

- Estágio 4: perda da espessura total do tecido com exposição


de fáscia óssea, tendões ou músculos.
- Não Classificável: aquela com perda total de tecido e cujas
bases estão cobertas por esfacelo e/ou escara no leito da
ferida.

Produtos para prevenção de lesão:


- Cremes Barreira
- Spray
- Películas protetoras

Creme Barreira:
- Apresentação: creme hidrófago estabilizante do pH da pele.
Ex.: Cavilon
- Indicação: hidratação da pele íntegra, proteção da pele
perilesional contra os fluidos nocivos das feridas e
prevenção de dermatites na pele constantemente exposta
aos efluentes fecais e urinários.
- Contraindicação: mucosas ou áreas com rupturas da pele.
- Aplicação: após a limpeza da ferida, aplicar uma camada
fina na pele perilesional, deixando secar por alguns minutos
antes de aplicar a cobertura da ferida.

Spray:
- Apresentação: solução polimérica em spray não alcoólica
- Indicação: proteção da pele perilesional, da pele ao redor
das fístulas, na pele periestomal, proteção de dermatite por
incontinência fecal e urinária e em processos alérgicos pelo
uso de adesivos para fixar as coberturas.
- Contraindicação: mucosas, leito das feridas e em neonatos.
- Aplicação: pele deve estar limpa e seca antes da aplicação;
aplicar na região que requer proteção contra fluídos
corpóreos, adesivos ou fricção -> deixar secar. Se uma
segunda camada for necessária, deixe a primeira secar
completamente antes de aplicar a segunda camada -> em
condições normais, aplicar a cada 48 e 72 horas -> nos casos
de incontinência, condições alérgicas aos adesivos, feridas
com alta exsudação, reaplicar a cada 24 horas ou com mais
frequência, se houver a necessidade de limpeza frequente.

Filme Transparente:
- Apresentação: película de poliuretano, semipermeável
adesiva, que permite a difusão gasosa e a evaporação da
água, porém é impermeável a fluidos externos.
- Indicação: prevenção de LPP, em LPP categoria (estágio I) e
como cobertura secundária.
- Contraindicação: feridas exsudativas e infectadas.
- Aplicação: depois de limpar a ferida, secar bem a pele
adjacente e aplicar o adesivo conforme indicação de cada
fabricante -> o período de troca na prevenção pode ser em
até 7 dias. Se houver infiltração, fazer a troca com
antecedência -> como cobertura secundária, deve-se
obedecer à saturação da cobertura primária.

Hidrocoloide Transparente:
- Apresentação: película de poliuretano composta por
carboximetilcelulose, semipermeável adesiva, que permite a
difusão gasosa e a evaporação da água, porém é
impermeável a fluidos externos.
- Indicação: prevenção de LPP, em LPP categoria (estágio I)
em feridas superficiais com baixa exsudação e como
cobertura secundária.
- Contraindicação: feridas exsudativas e infectadas.
- Aplicação: após a limpeza da ferida, secar bem a pele
adjacente e aplicar o adesivo conforme indicação de cada
fabricante.
- Frequência de Troca: o período de troca na prevenção pode
ser em até 7 dias. Em feridas superficiais e como cobertura
secundária, obedecer a saturação e indicativo de troca do
fabricante.

Aliviador de Pressão com Hidrocoloide:


- Apresentação: composto de carboximetilcelulose sódica
(hidrocoloide) alginato de cálcio, película de poliuretano,
anéis de espuma de polietileno e adesivo microporoso.
- Indicação: prevenção de lesões em áreas de pressão e
tratamento de feridas superficiais com baixa exsudação
localizadas em áreas que as pressões precisão ser aliviadas.
- Contraindicação: feridas com alta exsudação, infectadas,
com exposição óssea e tendões.
- Aplicação: após a limpeza da ferida, secar bem a pele
perilesional e aplicar a cobertura.
- Frequência de Troca: a cada 7 dias como prevenção, caso
não haja prevenção de agentes contaminantes ou
descolamento. No entanto, obedecer à saturação do
hidrocoloide.

Coberturas para Desbridamento de Feridas


- Desbridamento Autolítico: Hidrogéis e Hidrocolóides
- Desbridamento Enzimático: Colagenase e Papaína

Hidrogel:
- Apresentação: gel amorfo/placa
- Indicação: debridamento autolítico de feridas necróticas,
que mantém o meio úmido e estimula a produção do tecido
de granulação.
- Contraindicação: lesões excessivas exsudativas.
- Aplicação: após a limpeza da ferida, aplicar o gel
diretamente sobre o leito com a própria bisnaga, ou com o
auxílio de seringa desagulhada; deve-se evitar contato do
produto com a pele íntegra; colocar cobertura secundária
- Frequência de Troca: no uso da gaze convencional, trocar
diariamente, e das coberturas semipermeáveis, obedecer à
saturação.

Colagenase:
- Apresentação: pomada lipofílica
- Indicação: desbridamento enzimático de feridas e tecidos
necróticos secos ou viscosos bem aderidos ao leito.
- Contraindicação: hipersensibilidade aos componentes da
fórmula.
- Aplicação: após o procedimento de limpeza, secar a pele
adjacente; aplicar diretamente sobre o leito da ferida em
área a ser desbridada, evitando contato com a pele íntegra, e
ocluir com curativo secundário estéril.
- Frequência de Troca: diária.

Papaína:
- Apresentação: pó, pomada ou gel nas concentrações de 2 a
10%
- Indicação: nas concentrações a 2% para ferida com tecido
de granulação, 5-6% feridas com necrose de liquefação a
10% feridas com necrose de coagulação (seca).
- Contraindicação: lesões excessivamente exsudativas,
feridas sangrantes, em paciente que estejam fazendo uso de
coberturas a base de prata.
- Aplicação: realizar a limpeza da lesão preferencialmente
com água destilada, aplicar somente no leito da ferida e
distanciando das bordas. Proteger a pele perilesional com
substâncias que forme uma película protetora.
- Frequência de Troca: diária.
- Conservação e cuidados no preparo: manter o produto em
local limpo e fresco. Ao utilizar o lavado de papaína, diluir a
papaína pó em água destilada e em recipiente plástico.
Coberturas para Feridas com baixa Exsudação e sem
infecção:
- Solução oleosa de Ácido Graxo Essencial
- Gaze de Rayon impregnado com Petrolato ou Ácido Graxo
Essencial
- Hidrocoloide (pó, pasta e placa)
- Silicone

Ácido Graxo Essencial (AGE):


- Apresentação: loção oleosa composta por ácido linoleico,
ácido caprílico, ácido cáprico, ácido caproico e ácido láurico
(triglicerídeos de cadeia média – TCM), vitamina A, E e
lecitina de soja.
- Indicação: loção oleosa indicada para leito de feridas sem
tecido desvitalizado, que precisam aumentar a granulação e
estimular a apitelização. Ex.: queimaduras superficiais de 2°
grau, lesões pós-trauma, áreas doadoras e receptoras de
enxertos.
- Contraindicação: no leito de feridas infectadas ou
excessivamente exsudativas.
- Aplicação: a fórmula oleosa pode ser aplicada embebendo
gazes e aplicando no leito da ferida.
- Frequência de Troca: diária.

Gaze de Rayon:
- Apresentação: compressa/malha estéril não aderente,
composta de acetato de celulose (rayon), hipoalergênica,
impregnada com petrolatum ou com ácidos graxos
essenciais (AGE).
- Indicação: feridas superficiais agudas ou crônicas com
baixa exsudação. Favorece a atividade celular local, permite
a remoção atraumática e minimiza a dor e a perda do tecido
recém-formado.
- Contraindicação: feridas com necessidade de ação
bactericida e com exsudação excessiva, em pacientes com
conhecida sensibilidade ou produto ou a algum de seus
componentes.
- Aplicação: após a limpeza, secar a pele adjacente à lesão;
aplicar a gaze de rayon combinada com uma cobertura
secundária.
- Frequência de Troca: diária.

Hidrocoloide:
- Apresentação: cobertura interativa, estéril, composto de
carboximetilcelulose, alginato de cálcio, película de
poliuretano autoaderente impermeável à água e a agentes
externos contaminantes.
- Indicação: feridas superficiais com exsudação de moderada
a baixa.
- Contraindicação: feridas infectadas, com exsudação
excessiva e áreas de exposição óssea ou de tendão.
- Aplicação: após limpeza, secar a pele adjacente à lesão;
escolher a placa de hidrocoloide com tamanho que
ultrapasse a borda da ferida em, pelo menos, 2cm.
- Frequência de Troca: 3 a 7 dias a depender da saturação.

Cobertura de Silicone:
- Apresentação: compressa primária transparente composta
por silicone e película de poliuretano perfurado.
- Indicação: tratamento de feridas planas de várias etiologias,
tais como incisões cirúrgicas, abrasões de pele, queimaduras
e lacerações.
- Contraindicação: lesões profundas e infectadas.
- Aplicação: limpar a ferida e secar a pele circundante;
escolher a cobertura do tamanho que cubra a ferida e a pele
perilesional em pelo menos 2cm; para feridas maiores, é
necessária, sobrepor as compressas, garantindo que os
orifícios não estejam bloqueados; aplicar um curativo
absorvente secundário por cima da cobertura primária.
- Frequência de Troca: pode ser deixado no local até 14 dias,
dependendo da condição da ferida e da pele circundante ou
conforme indicação dos profissionais de saúde. A cobertura
secundária é trocada conforme saturação.
Coberturas para Feridas Exsudativas e Sangrantes:
Alginato de Cálcio em Fibras:
- Apresentação: cobertura absorvente flexível e bioativo,
composto de fibras e não de tecido com moléculas de
alginato de cálcio e carboximetilcelulose sódica sem íons de
prata.
- Indicação: feridas com exsudação de moderada a alta,
sangrantes, e que precisam de preenchimento de cavidades
(alginato de cálcio em fita).
- Contraindicação: feridas com necrose seca, baixa
exsudação, exposição óssea e de tendões.
- Aplicação: proceder à limpeza conforme a técnica de
irrigação; secar a pele adjacente; aplicar diretamente sobre o
leito da ferida evitando contato com a pele íntegra e ocluir o
curativo secundário estéril; se a ferida for cavitária,
preencher a cavidade com alginato de cálcio em fita;
- Frequência de Troca: geralmente é a cada 24 horas, com
gaze comum, e 48 a 72 horas, com películas semi-
impermeáveis.
* Se a ferida precisar de ação hemostática e estiver com
baixa exsudação, aumentar a umidade do leito da ferida com
solução fisiológica.

Coberturas para Feridas Infectadas:


- Antibióticos
- Antibacterianos com Prata
- Antissépticos

Sulfadiazina de Prata: (antibiótico):


- Apresentação: sulfadiazina de prata a 1% hidrofílica.
- Indicação: feridas com infecção por gram-negativos e
positivos, fungos, vírus e protozoários. Priorizada para
tratamento de queimaduras.
- Contraindicação: hipersensibilidade aos componentes;
disfunção renal ou hepática, leucopenia transitória, mulheres
grávidas, crianças menores de 2 meses de idade.
- Aplicação: após a limpeza da ferida, secar a pela adjacente à
lesão; aplicar uma fina camada numa gaze úmida e colocá-la
sobre o leito da ferida; ocluir com curativo secundário
estéril.
- Frequência de Troca: no máximo a cada 12 horas ou
quando a cobertura secundária estiver saturada.

Matriz Cicatrizante TLC-S.Ag:


- Apresentação: cobertura de amplo espectro antimicrobiano
composto por Camada de Carboximetilcelulose (CMC),
Partículas lipofílicas e Sais de Sulfadiazina de Prata.
- Indicação: queimaduras de espessura parcial (1° e 2° grau),
preparo do leito da ferida para enxertia (3° grau).
- Contraindicação: hipersensibilidade ou reações alérgicas
aos componentes do produto.
- Aplicação: aplicar diretamente sobre o leito da ferida, ocluir
com curativo secundário estéril.
- Frequência de Troca: trocar entre 24 e 48 horas
dependendo da saturação da cobertura secundária.

Carvão Ativado com Prata:


- Apresentação: cobertura composta por um tecido envolto
em nylon não aderente, semipermeável e absorvente
impregnado de carvão ativado.
- Indicação: feridas com odor fétido.
- Contraindicação: feridas secas, áreas de exposição óssea ou
de tendões e feridas com alta exsudação.

- Aplicação: aplicar diretamente sobre o leito da ferida,


evitando contato com a pele íntegra, e ocluir com curativo
secundário estéril; se a ferida for cavitária, preencher a
cavidade.
- Frequência de Troca: troca diária em uso como cobertura
secundária permeável, com coberturas semipermeáveis,
seguir a saturação ou a critério da avaliação do profissional.
* Produtos oleosos podem comprometer a dispensação da
prata
Compressa com PHMB (antisséptico):
- Apresentação: compressa de gaze 100% de algodão
impregnada de polihexanida (PHMB) a 0.2%. Antisséptico de
amplo espectro contra microrganismos gram-negativos e
positivos, fungos e leveduras.
- Indicação: feridas superficiais ou profundas exsudativas
com colonização crítica ou infectadas.
- Contraindicação: intolerância aos componentes da fórmula.
- Aplicação: aplicar a cobertura diretamente sobre o leito da
ferida e ocluir com curativo secundário estéril.
- Frequência de Troca: troca entre 24 a 48 horas dependendo
da saturação.

Hidrofibra com Prata:


- Apresentação: curativo de hidrofibra antimicrobiano
composto por carboximetilcelulose sódica e prata iônica.
- Indicação: indicado para auxiliar no desbridamento
autolítico, em pequenas abrasões, lacerações, cortes,
queimaduras, úlceras vasculogênicas, feridas crônicas em
geral infectadas com exsudação moderada a baixa.
- Contraindicação: em indivíduos com reações alérgicas a
algum componente do produto, contraindicado como
esponja cirúrgica e em feridas com alta exsudação.
- Aplicação: após limpeza aplicar o curativo sobre a ferida,
com cuidado para manter pelo menos 1 a 5cm (queimaduras
de 2° grau) de borda ao redor da ferida; em feridas
cavitárias, aplicar a apresentação em fita com 2,5cm fita fora
da cavidade, para proporcionar uma remoção facilitada;
deve ser coberto com um curativo secundário apropriado;
caso haja necessidade, umedecer com solução salina estéril
para facilitar a remoção.
- Frequência de Troca: 3 a 7 dias, seguindo a saturação e a
indicação clínica; trocar o curativo periodicamente para
avaliação.
* Poderá haver aderência do curativo no leito da ferida.
Adquirindo uma coloração marrom escura, que é o
mecanismo desejado.
Alginato de Cálcio com Prata Iônica:
- Apresentação: curativo alginato composto por alginato de
cálcio, carboximetilcelulose (CMC) e um complexo de prata
iônica.
- Indicação: indicado para feridas de moderada a alta
exsudação de espessura parcial ou total, infectadas ou com
risco de infecção.
- Contraindicação: feridas secas ou pouco exsudativas, com
sangramento intenso.
- Aplicação: proceder à limpeza conforme técnica de
irrigação; secar a pele adjacente; aplicar diretamente sobre o
leito da ferida evitando contato com a pele íntegra e ocluir
com curativo secundário; se a ferida for cavitária, preencher
a cavidade na apresentação em fita.
- Frequência de Troca: troca diária com gaze comum ou
entre 48 e 72 horas com películas semi-impermeáveis.

Espuma com Prata:


- Apresentação: espuma de poliuretano impregnada com
íons de prata.
- Indicação: feridas infectadas, com risco de infecção ou
retardo de cicatrização, com exsudação de moderada a alta.
- Contraindicação: feridas limpas, feridas secas e nos casos
de reação alérgica.
- Aplicação: aplicar em contato com o leito da ferida a face
interna que contém a prata, de forma que ultrapasse a borda
da ferida em pelo menos 2cm em toda a sua extensão.
- Frequência de Troca: troca de 3 a 7 dias, conforme a
saturação da cobertura/extravasamento.

Cobertura com Prata Nanocristalina:


- Apresentação: curativo composto por 3 ou 5 camadas de
malha de polietileno de alta densidade recoberta com prata
nanocristalina e camada de rayon e poliéster absorvente.
- Indicação: feridas crônicas infectadas de diferentes
etiologias: feridas cirúrgicas, queimaduras de 1° e 2° grau,
áreas doadoras e receptoras de enxerto.
- Contraindicação: hipersensibilidade a prata e que irão se
submeter ao exame de Ressonância Magnética.
- Aplicação: remover o curativo da embalagem utilizando
técnica asséptica; cortar no tamanho adequado à ferida;
umedecer a cobertura com água destilada (não utilize
solução salina), remover o excesso de água da cobertura
antes da aplicação. Aplicar o curativo com o lado azul voltado
para o leito da ferida e em seguida uma cobertura secundária
adequada.
- Frequência de Troca: a cada 3 dias se for de 3 camadas e 7
dias se for de 5 camadas, conforme a quantidade de exsudato
presente e as condições da ferida; a solução salina pode
inativar a prata antes do tempo.
- Precauções: para evitar a remoção traumática do curativo
pode umedecê-lo com água estéril; não é compatível com
produtos a base de óleo, com petrolatum; evitar contato com
eletrodos ou gel condutor durante exames de ECG e EEC.

Alginato de Cálcio com Prata Nanocristalina:


- Apresentação: curativo antimicrobiano absorvente
composto por alginato e prata nanocristalina.
- Indicação: indicado como curativo antimicrobiano
absorvente todos os tipos de feridas infectadas com excesso
de exsudação e em cavidades.
- Contraindicação: não usar em pacientes com sensibilidade
a prata, que irão se submeter ao exame de Ressonância
Magnética e em feridas secas ou com escasso exsudato.
- Aplicação: remover o curativo da embalagem utilizando
técnica asséptica; cortar no tamanho adequado à ferida; não
umedecer antes de aplicar; pode ser aplicada em ambos os
lados; aplicar uma cobertura secundária adequada, que
dependerá da situação clínica.
- Frequência de Trova: a cada 3 dias dependendo da
quantidade de exsudato presente e as condições da ferida.
- Precauções: Não é compatível com produtos a base de óleo,
como petrolatum. Evitar contato com eletrodos ou gel
condutor durante exames de ECG e EEC.
Não utilizar se a coloração do produto não estiver uniforme.
O curativo pode aderir se utilizado numa ferida com pequena
quantidade de exsudação. Utilizar água estéril para remover.

Coberturas Moduladoras das Proteases


- Curativos compostos por colágeno
- Curativos compostos por celulose regenerada oxidada

Colágeno com Alginato de Cálcio:


- Apresentação: cobertura composta por 90% de colágeno e
10% de alginato de cálcio.
- Indicação: tratamento de feridas de espessura parcial e
total, baixo a elevado nível exsudativo, feridas superficiais
sangrantes e nos casos de estagnação da cicatrização das
feridas crônicas não originadas por infecção.
- Contraindicação: feridas que apresentem vasculite ativa,
queimaduras de 3° grau ou para paciente com sensibilidade
ao colágeno ou alginatos e feridas infectadas.
- Aplicação: após a limpeza, aplicar a cobertura diretamente
no leito da lesão. Para feridas com exsudação mínima,
aplique no leito umedecido com SF0,9%, isso iniciará o
processo de formação de gel. A cobertura poderá ser cortada
para se adequar ao tamanho da lesão. Colocar cobertura
secundária não oclusiva ou semioclusiva.
- Frequência de Troca: entre 2 a 4 dias a depender da
saturação da cobertura secundária ou absorção máxima do
produto.

Colágeno com Celulose Regenerada Oxidada:


- Apresentação: matriz estéril, liofilizada composta por 55%
de colágeno, 44% de celulose regenerada oxidada (ORC) e
1% de Sais de ORC com prata.
- Indicação: tratamento de todas as feridas que cicatrizam
por segunda intenção que se encontram livres de tecidos
necróticos, com cicatrização estagnada, sangrantes e que
precisam de ação hemostática, prevenção de infecção e
modulação das proteases.
- Contraindicação: feridas que apresentem vasculite ativa,
queimaduras de 3° grau, feridas infectadas e com necrose,
para paciente com sensibilidade ao colágeno ou alginatos.
- Aplicação: aplicar a cobertura diretamente no leito da lesão.
Em feridas com baixo nível de exsudato, hidratar a matriz
com solução salina. Após o contato com o leito a matriz
desencadeia um processo de formação de gel biodegradável,
o qual vai sendo naturalmente absorvido. Cobrir com
cobertura secundária semioclusiva.
- Frequência de Troca: recomenda-se uma nova aplicação a
cada 48 – 72 horas, dependendo do nível de exsudato.

Cobertura para alívio da dor:


Cobertura de Espuma não Adesivo com Ibuprofeno:
- Apresentação: cobertura com espuma de poliuretano não
adesiva e dispensação local sustentada de ibuprofeno.
- Indicação: para alívio da dor e feridas com exsudação de
moderada a alta: úlceras de MMII, LPP, queimaduras de 2°
grau, úlcera de pé diabético sem infecção.
- Contraindicação: pacientes com hipersensibilidade ao
ibuprofeno ou com histórico de asma, rinite ou urticária.
- Aplicação: aplicar a cobertura com face interna (lisa) em
contato com o leito da ferida.
- Frequência de Troca: de 3 a 7 dias conforme saturação.

Cobertura para melhorar a Cicatrização:


Cobertura de Silicone para Cicatriz:
- Apresentação: curativo semioclusivo disposto em placa ou
fita e composto por um gel macio de silicone aderente.
- Indicação: uso temporário; na prevenção e tratamento de
cicatrizes hipertróficas e queloides, tanto recentes como já
existentes há um certo tempo.
- Contraindicação: lesões abertas, reações alérgicas a
formulação do produto, em caso de maceração e erupção
cutânea na área a ser aplicada a cobertura.
- Aplicação: realizar a limpeza do local diariamente e do
curativo conforme instruções do fabricante. Antes de aplicar
o curativo na cicatriz assegurar de que a área onde será
aplicada está seca (cicatriz). Abrir o pacote e retirar o
curativo, se necessário, cortá-lo de forma a cobrir de 1 a 2cm
de pele que circunda a cicatriz.
- Frequência de Troca: reutilizar a mesma cobertura pelo
período entre 15 a 20 dias ou quando começar a perder a
aderência.
Bandagens para Fixar as Coberturas não Adesivas:
Rede Elástica Tubular:
- Apresentação: bandagem anti-alérgica na apresentação de
rede tubular composta por fibras elásticas de elastodieno
recobertas por poliamida.
- Indicação: indicada para fixação de curativos não adesivos,
em diferentes regiões do corpo.
- Contraindicação: não deve utilizado como cobertura de
feridas.
- Aplicação: após realização do curativo, identificar o calibre
da rede tubular conforme o indicado para a região corporal e
peso do paciente, cortá-lo de forma a adaptar-se a área que
precisa fixar o curativo, preservando a circulação sanguínea
e os movimentos do paciente.

Soluções: Reposição volêmica → expansão plasmática


- Cristalóides: soluções de íons inorgânicos e pequenas
moléculas orgânicas dissolvidas em água.
- Hipotônicas: SF 0,45%, SG5%;
- Isotônicas: SF 0,9%, Ringer, Ringer Lactato, Solução
Plasma Lyte – SF0,9% indicado para pacientes com
comprometimento da barreira hemato-encefálica (BHE). Ex:
TCE – alcalose metabólica hiperclorêmica e hiponatremia;
- Hipertônicas: NaCl 7,5%, NaCl 10%, NaCl 20% - indicados
para choque hemorrágico, politrauma e hipertensão
intracraniana.
- Colóides: Substância homogênea não cristalina, consistindo
de grandes moléculas ou partículas ultramicroscópicas de uma
substância dispersa em outra.
- Proteicas: albumina – indicada para aumento da pressão
oncótica, intolerância a 73ecreção73sti ou 73ecreção
sintéticos, otimização da resposta diurética quando co-
administrado com furosemida;
- Não Proteica: gelatinas, dextrans e amidos.

Suporte Básico de Vida – BLS / PCREH:

Resumo dos Componentes de uma RCP de Alta Qualidade


para profissionais do SBV:
1 – Segurança do local;
2 – Verificar responsividade;
3 – Acionar SME;
4 – Avaliar Respiração e Checar o pulso
SIMULTANEAMENTE;
5 – Compressões Torácicas/Ventilações;
6 – Iniciar 30:2;
7 – Frequência de 100 a 120/min;
8 – Profundidade: de 5cm a 6cm;
9 – Desfibrilação com DEA.
Suporte Básico de Vida (SBV/BLS) – CABD:
C – Checar responsividade e respiração da vítima, Chamar
ajuda, Checar o pulso da vítima e Compressões (30
compressões);
A – Abertura de vias aéreas;
B – Boa ventilação (2 ventilações);
D – Desfibrilação – Em caso de ritmo chocável ( FV ou TV
sem Pulso), aplique 1 choque;

Técnica do clamp E–C boca-a-máscara para a manutenção


da máscara, enquanto eleva a mandíbula: Posicione-se
próximo da cabeça do paciente. Circule o polegar e o dedo
indicador ao redor da parte superior da máscara (formando
uma letra “C”) enquanto usa o terceiro, quarto e quinto dedos
(formando a letra “E”) para elevar o queixo.
Protocolo de Manchester – Classificação de Risco:
Emergência – Atendimento Imediato: risco de vida, PCR,
choque, respiração ineficaz, perfurações e hemorragias;
Muito Urgente – Em até 10min: incapacidade de formular
frases completas, taquicardia acentuada, alteração de estado
de consciência e dor pré-cordial ou cardíaca;
Urgente – Em até 60min: crise asmática, dor de cabeça
intensa, dor abdominal com náuseas e vômitos, ferimentos
menores e estado de pânico;
Pouco Urgente – Em até 120min: pequenas lesões e
fraturas fechadas, dor abdominal sem alterações de sinais
vitais, vômitos e diarreia sem desidratação, idosos, gestantes
e deficientes físicos;
Não Urgente – Em até 240min: dor leve, escoriações,
contusões e distensões, procedimentos simples como
curativos e receitas médicas.
Protocolo de Trauma – XABCDE:

- X: Controle de hemorragias graves (exsanguinante);


- A: Abertura de vias aéreas e estabilização da CC;
- B: Boa respiração e ventilação;
- C: Circulação – verificação de pulso e controle de pequenas
hemorragias;
- D: Avaliação da disfunção neurológica pela ECG e pela
pupila;
- E: Exposição e ambiente e prevenção da hipotermia.
Escala de Coma de Glasgow – ECG: reconhece disfunções
neurológicas e acompanha a evolução do nível de consciência,
em fatores determinantes para lesões traumáticas.

Parâmetro Resposta Pontos


Abertura Ocular Espontâneo 4
Ao comando verbal 3
Pressão de abertura dos olhos 2
Nenhuma 1
NT NT
Resposta Verbal Orientado e conversando 5
Desorientado 4
Palavras 3
Sons 2
Nenhuma 1
NT NT
Resposta Motora Ao comando 6
Localiza dor 5
Flexão normal 4
Flexão anormal 3
Extensão 2
Nenhuma 1
NT NT
Após realizar ECG deve analisar a Reação Pupilar
Avaliação Pupilar Estímulo a luz
Inexistente Nenhuma pupila reage 2
Parcial Apenas uma pupila reage 1
Completa As duas pupilar reagem 0
*Calcular: Valor da ECG – Valor Avaliação Pupilar
Pontuação Mínima: 1 Pontuação Máxima: 15
Tipos de Diabetes Mellitus:
- Tipo 1: o sistema imunológico ataca as células do pâncreas
gerando uma produção insuficiente de insulina para o corpo
– requer administração diária de insulina;
- Tipo 2: uso ineficaz de insulina pelo corpo ou na sua
produção – atividade física, planejamento alimentar ou
administração de insulina;
- LADA (Latente Autoimune Do Adulto): transição entre os
tipos I e II em paciente jovens adultos. Há presença de
anticorpos anti-insulina – requer insulina no início do
tratamento;
- DMG (Diabetes Gestacional): hiperglicemia

Recomendações para rastreamento e diagnóstico de DMG


e DM franco na gestação:
- Na primeira consulta de pré-natal, recomenda-se avaliar as
mulheres quanto à presença de DM prévio, não
diagnosticado e francamente manifesto.
*Glicemia em jejum: maior ou igual a 128mg/dL;
*Glicemia após 2h de refeição: maior ou igual a 200mg/dL;
*Glicemia aleatória: maior ou igual a 200mg/dL na
presença de sintomas;
*HbA1c: maior ou igual a 6,5%

*Confirmação será feita pela repetição dos exames alterados,


na ausência de sintomas;
*Sugere-se que seja a dosagem da glicemia em jejum em
todas as mulheres na primeira consulta de pré-natal;
*Mulheres com diagnóstico de DM, mas com glicemia de
jejum maior ou igual a 92mg/dL, devem receber diagnóstico
de DMG.

- Toda mulher com glicemia de jejum menor que 92mg/dL


inicial deve ser submetida a teste de sobrecarga oral com
75g de glicose anidra entre 24 e 28 semanas de gestação,
sendo o diagnóstico de DMG estabelecido quando no mínimo
um dos valores a seguir encontrar-se alterado:
*Glicemia em jejum: maior ou igual a 92mg/dL;
*Glicemia 1h após a sobrecarga: maior ou igual a
180mg/dL;
*Glicemia 2h após a sobrecarga: maior ou igual a
153mg/dL

Tipos de Insulina:

- Ultrarrápida (Análogos Ultrarrápidos): Apridra (Glulisina),


Humalog (Lispro), NovoRapid (Asperte):
*Início de ação: 10-15min
*Pico: 1-2 horas
*Duração: 3-5 horas
*Horário para injeção: utilizada junto às refeições. Deve
ser injetada imediatamente antes da refeições;
*BOLUS

- Rápida (Insulina Regular Humana): Humulin, Novolin:


*Início de ação: 30min
*Pico: 2-3 horas
*Duração: 6 horas e 30min
*Horário para injeção: utilizada junto às refeições ao dia.
Deve ser injetada entre 30 e 45 minutos antes do início das
refeições;
*BOLUS

- Ação Intermediária (NPH – Humana): Humulin N,


Novolin N:
*Início de ação: 1-3 horas
*Pico: 5-8 horas
*Duração: até 18 horas
*Horário para injeção: frequentemente, a aplicação começa
uma vez ao dia, antes de dormir. Pode ser indicada uma ou
duas vezes ao dia. Não é específica para refeições;
*BASAL
- Longa duração (Análogos Lentos) : Lantus (Glargina),
Levemir (Detemir), Tresiba (Degludeca):
*Início de ação: 90min
*Pico: sem pico
*Duração: Lantus até 24h; Levemir de 16h a 24h;
Degludeca > 24h
*Horário para injeção: frequentemente, a aplicação começa
uma vez ao dia, antes de dormir. Levemir pode ser
indicada uma ou duas vezes ao dia. Tresiba é utilizada
sempre uma vez ao dia, podendo variar o horário de
aplicação. Não é específica para refeições;
*BASAL

Preparo do Corpo – Materiais:


- Atadura de crepom;
- 2 Lençóis;
- EPIs (máscara, óculos, luvas e capote);
- Algodão;
- Esparadrapo

Etiqueta:
- Nome - Endereço
- Registro - Telefone
- Data - Hora
Algumas Siglas
- HM: higienização das mãos
-SSVV: sinais vitais
- MMSS: membros superiores
- MMII: membros inferiores
- PA: pressão arterial
- HAS: hipertenção arterial sistêmica
- FC: frequência cardíaca
- FR: frequência respiratória
- T: temperatura
- ID: intradérmica
- SC: subcutânea
- IM: intramuscular
- EV/IV: endovenosa/intravenosa
- RN: recém-nascido
- PVP/AVP: punção venosa periférica/acesso venoso
periférico
- EPI: equipamento de proteção individual
- CCIH/SCIH: Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar/Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
- PICC/CVC: Cateter Central de Inserção Periférica/Cateter
Venoso Central
- NBZ: nebulização
- TNT/TOT: Tubo Nasotraqueal/Tubo Orotraqueal
- RCP: ressuscitação cardiopulmonar
- PCR: parada cardiorrespiratória
- VAS: vias aérias superiores
- VAI:vias aérias inferiores
- QSD: quadrante superior direito
- QSE: quadrante superior esquerdo
- QID: quadrante inferior direito
- QIE: quadrante inferior esquerdo
- UPP/LPP: úlcera por pressão/lesão por pressão
- EIC: espaço intercostal
- AGE: Ácido Graxo Essencial
- BLS: basic life support
- SBV: suporte básico de vida
- ACE: Atendimento Cardiovascular de Emergência
- PCREH: parada cardiorrespiratória extra hospitalar
- PCRIH: parada cardiorrespiratória intra hospitalar
- DEA: Desfibrilador Externo Automático
- FV: fibrilação ventricular
- TV: taquicardia ventricular
- SME: serviço medico de emergência
- CC: coluna cervical
- ECG: eletrocardiograma
- ECG: Escala de Coma de Glasgow
- DM: diabetes melittus
- DMG: diabetes melittus gestacional
- PIG: pequeno para idade gestacional
- AIG: adequado para idade gestacional
- GIG: grande para idade gestacional
- SNG: sonda nasogástrica
- SOG: sonda orogástrica
- SNE: sonda nasoenteral
- BIC: Bomba de Infusão Contínua
- CVA/SVA: cateter vesical de alívio/sonda vesical de alívio
- CVD/SVD: cateter vesical de demora/sonda vesical de
demora
- PVPI: povidona-iodo
- AD: água destilada
- SF: soro fisiológico
- RL: ringer lactato
- SG: soro glicosado
- HbA1c: Hemoglobina Glicada
- TOTG: teste oral de tolerância à glicose
- IAM: infarto agudo do miocárdio
- ICC: insuficiência cardíaca congestiva
- RVS/RVP: resistência vascular sistêmica/ resistência
vascular periférica
- PVJ: pressão venosa jugular
- SNC: sistema nervoso central
- PAM: pressão arterial média
- SCA: síndrome coronariana aguda
ANTIBIÓTICOS:
1-Amicacina
2-Metronidazol
3-Vancomicina
4-Azitromicina
5-Claritromicina
6-Clindamicina
7-Sulfadiazina
8-Sulfatoxazol+Trimetoprima
9-Ciprofloxacino
10-Linezolina
11-Amoxicilina
12-Ampicilina
13-Oxacilina
14-Penicilina Benzatina
15-Penicilina Cristalina
16-Peperacilina+Tazobactam
17-Cefalexina
18-Cefalotina
19-Ceftriaxona
20-Celepima
21-Imipenem Cilastatina
22-Meropenem
ANTIFÚNGICOS:
23-Anfotericina
24-Fluconazol
25-Mycafungina
ANTIVIRAL:
26-Aciclovir
ANTI-RETROVIRAL:
27-Zidovudina
28-Ritonavir

ANTI-NEUPLÁSICO:
29-Metotrexato
ANTI-CONVULSIVANTE:
30-Fenobarbital
31-Fenitoína
33-Carbamazepina
34-Ácido valproico
ANSIOLÍTICO:
32-Diazepam
ANTI-INFLAMATÓRIO:
35-Dipirona
36- Paracetamol
45-Diclofenaco
46-Tenoxicam
47-Cetoprofeno
ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIO:
37-Ácido acetilsalicílico
BRONCO DILATADOR:
38-Fenoterol
39-Salbutamol
40-Terbutamina
41-Aminofilina
RELAXANTE MUSCULAR:
42-Ipatropio
DIGITALICO (CARDIOTONICO):
43-Digoxina
44-Deslanosideo
ANTI-EMÉTICO:
48-Metoclopramida
49-Dimenidrinato
50-Ondasetrona
ANTIESPASMÓDICO:
51-Escopolamina
DIURÉTICO:
52-Furosemida
53-Manitol
90-Espironolactona
91-Hidroclorotiazida
ANTICOAGULANTE:
54-Enoxaparina
55-Nectarina
56-Varfarina
ANTI-HIPERTENSIVO:
57-Captopril
58-Enalapril
62-Nifidipino
97-Losartana
CARDIOTONICO:
59-Carvedilol
BETABLOQUEADOR:
60-Propranolol
61-Atenolol
ANTI-HEMORRÁGICO:
63-Fitomenadiona
ANTITROMBÓLITICO:
64-Estrepitoquenase
65-Alteplase
ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIO:
66- Clopidogrel
ANALGÉSICO:
67-Morfina
73-Tramadol
99-Meperidina
ESTATINA:
68-Sinvastatina
SEDATIVO:
69-Midazolam
ANESTÉSICO:
70-Fentanil
71-Propofol
74-Bupivacaína
75-Lidocaína
ANTAGONISTA:
72-Naloxona
ANTIPSICÓTICO:
76-Clorpromazina
81-Carbonato de lítio
100-Risperidona
ANTIALÉRGICO:
77-Dexclorfeniramina
HIPOGLICEMIANTE:
78-Metformina
ANTIPARKINSONIAN:
79-Levodopa/Carbidopa
NEUROLÉPTICO:
80-Haloperidol
ANTIDEPRESSIVO:
82-Fluoxetina
ANTIUCEROSO:
83-Omeprazol
84-Ranitidina
HIPOGLICIMIANO:
85-Glibenclamida
CORTICOIDE:
86-Prednisona
87-Hidrocortisona
89-Metilprednisolona
ANTI-INFLAMATÓRIO ESTERIODAL:
88-Dexametasona
VASOCONSTRITOR:
92-Adrenalina
ANTÂGONICO MUSCAINO:
93-Atropina
ANTIARRÍTMICO:
94-Amiodarona
ANTIDIARREICO:
95-Loperamida
ANTIÁCIDO:
96-Hidróxido de alumínio
ANTAGONISTA DOS BENZODIAZEPÍNICOS:
98-Flumazil

Algumas Terminologias:
SISTEMA URINÁRIO
Micção – ato de urinar.
Poliúria – urina em grande quantidade.
Oligúria – volume urinário diminuído (100 – 400ml
diários/24h).
Disúria – dor ou dificuldade para urinar, sensação de
queimação durante a micção.
Polaciúria – frequência aumentada da necessidade de urinar.
Hematúria – presença de sangue na urina.
Piúria – urina com pus.
Glicosúria – presença de glicose na urina.
Incontinência urinária – incapacidade de controlar
voluntariamente a diurese.
Nictúria – aumento da frequência urinária noturna.

SISTEMA DIGESTÓRIO
Anorexia – falta de apetite.
Ascite – acúmulo de líquido seroso na cavidade abdominal.
Borborigmo – ruído produzido pelo movimento de gás no
canal alimentar.
Constipação – dificuldade ou impossibilidade de evacuar.
Diarréia – eliminação frequente de fezes líquidas.
Disfagia – dificuldade de deglutir.
Dispepsia – dificuldade na digestão dos alimentos.
Eructação – arroto.
Sialorréia – aumento da secreção salivar.
Hematêmese – vômito com sangue.
Melena – fezes com sangue.
Fecaloma – fezes endurecidas.
Língua saburrosa – esbranquiçada com pontos brancos.

SISTEMA CARDIOCIRCULATÓRIO
Normocardia – frequência cardíaca normal.
Bradicardia – frequência cardíaca diminuída.
Taquicardia – frequência cardíaca aumentada.
Anoxia – falta de oxigênio nos tecidos.

SISTEMA NERVOSO
Convulsão – contrações involuntárias e súbitas da musculatura
esquelética.
Paralisia – perda da função da sensibilidade.
Parestesia – diminuição da sensibilidade.
Paraplegia – paralisia dos membros inferiores.
Tetraplegia – paralisia dos quatro membros.
Hemiplegia – paralisia do lado direito ou esquerdo do corpo.
Insônia – dificuldade para dormir.
Coma – profundo estado de sonolência, com perda da
sensibilidade e de movimentos voluntários.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Eupnéia – respiração normal.
Taquipnéia – frequência respiratória aumentada.
Bradipnéia – 90ecreção90s respiratória 90ecreção90.
Apnéia – parada dos movimentos respiratórios.
Hemoptise – expectoração com sangue.
Tosse produtiva – tosse com secreção.

SISTEMA TEGUMENTAR
-Temperatura
Normotermia – temperatura normal.
Hipertermia – aumento da temperatura corpórea.
Hipotermia – diminuição da temperatura corpórea.
Febrícula – febre de curta duração e de pequena intensidade
- Coloração
Eritema – vermelhidão na pele provocada por congestão de
capilares.
Cianose – coloração azulada de pele e mucosas.
Rubor – eritema rubro 90ecreção90stico da pele caracterizada
pela deposição de bilirrubina.
Enantema – eritema em mucosa.
Exantema – eritema generalizado agudo.
Equimose – infiltração de sangue no tecido subcutâneo,
acarretando manchas avermelhadas que transformam-se
gradativamente em verdes e amarelas.
Hematoma – aumento de uma área vascular devido ao acúmulo
de sangue resultante de trauma.
- Estrutura
Petéquias – manchas de pequeno tamanho resultantes de
hemorragia capilar.
Vesícula – bolha com conteúdo seroso e aspecto brilhante.
Pústula – pequena elevação circular contendo pus.
Mácula – mancha avermelhada na pele, sem elevação ou
espessamento.
Pápula – pequena mancha, com elevação e sem líquido no seu
interior.
Quelóide – excesso de tecido conjuntivo na cicatriz.
- Perdas teciduais
Fissura – rachadura, fenda, úlcera.
Fístula – canal anormal que se forma em local que antes não
existia.
Crosta – camada endurecida devido a ácúmulo de 91ecreção.
Úlcera de pressão – lesão do tecido devido a pressão constante
sobre o osso e diminuição do fluxo sanguíneo local.
Necrose – morte do tecido devido a oxigenação inadequada.

OLHOS
Ptose – órgão ou parte do corpo que se torna caído, pendente
ou afundado.
Blefarita – inflamação da borda cutaneomucosa da pálpebra.
Exoftalmia – protusão do globo ocular associada
principalmente a hipertireoidismo.
Enoftalmia – retração do globo ocular comum nas doenças em
fase final.
Conjutivite – processo inflamatório da conjuntiva ocular
caracterizado por congestão vascular.
Midríase – diâmetro pupilar maior que 4mm.
Miose – diâmetro pupilar menor que 2mm.

ESTADO HÍDRICO
Edema – retenção de líquido nos tecidos.
Anasarca- edema generalizado.
Sudorese – aumento da transpiração.
Ascite – acúmulo de líquido na cavidade peritoneal.

ESTADO NUTRICIONAL
Obesidade – aumento excessivo de peso.
Eutrofia – bom estado nutricional.
Desnutrição – organismo debilitado devido a ingestão
insuficiente de calorias e proteínas.
DOR
Algia – dor
Cefaléia – dor de cabeça.
Gastralgia – dor de estômago.
Otalgia – dor de ouvido.
Mialgia – dor muscular.
Artralgia – dor nas articulações.
Anotações:

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