Você está na página 1de 11

FISIOLOGIA HUMANA E COMPARADA

PRINCIPAIS SISTEMAS COBRADOS PELOS VESTIBULARES


Prof. Bruna Klassa
@profbrunaklassa

SISTEMA CARDIOVASCULAR HUMANO

1. Componentes

Coração: órgão muscular oco, com quatro cavidades: duas superiores, denominadas átrios e duas
inferiores, denominadas ventrículos. O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito através da
válvula tricúspide. O átrio esquerdo, por sua vez, comunica-se com o ventrículo esquerdo através da
válvula bicúspide ou mitral. A função das válvulas (ou valvas) cardíacas é garantir que o sangue siga
uma única direção, sempre dos átrios para os ventrículos. O processo de contração de cada câmara do
miocárdio (músculo cardíaco) denomina-se sístole. O relaxamento, que acontece entre uma sístole e a
seguinte, é a diástole. O nódulo sinoatrial (SA) ou marcapasso é a região que controla a frequência
cardíaca, perto da junção entre o átrio direito e a veia cava superior.

Vasos sanguíneos: conduzem o sangue.

▪ Artérias: vasos de parede espessa que saem do coração levando sangue em alta pressão para os órgãos e tecidos do
corpo. Constituída por tecido muscular liso e tecido conjuntivo, rico em fibras elásticas.

▪ Capilares: vasos de pequeno calibre que ligam as extremidades das arteríolas às extremidades das vênulas. A parede
dos capilares possui uma única camada de células, correspondente ao endotélio das artérias e veias.
▪ Veias: vasos que chegam ao coração, trazendo o sangue dos órgãos e tecidos. Possuem camada muscular e a conjuntiva
menos espessas e, nas veias de maior calibre, apresentam válvulas que impedem o refluxo de sangue e garante sua
circulação em um único sentido.

Sopro no coração
Alteração no fluxo do sangue dentro do coração provocada por problemas em uma ou mais válvulas
cardíacas ou por lesões nas paredes das câmaras.

Sangue: constituído por um líquido amarelado, o plasma, e por células e pedaços de células,
genericamente denominados elementos figurados.

Coagulação sanguínea

Imediatamente após a ruptura de um vaso sanguíneo ocorre vasoconstrição e a formação de tampão


plaquetário. Substâncias ativadoras provenientes da parede vascular traumatizada e das plaquetas dão
início a uma cadeia de reações que, na presença de cálcio, culmina na conversão da proteína
protrombina em enzima ativa trombina. A trombina converte o fibrinogênio em fibrina, que forma uma
rede de filamentos que retém plaquetas, células sanguíneas e plasma, formando o coágulo.
A síntese de alguns fatores de coagulação ocorre no fígado e é dependente de vitamina K. De forma
semelhante, para a conversão de protrombina em trombina é necessária a presença de íons cálcio.

2. Funções

▪ Transporte de gases: os pulmões, responsáveis pela obtenção de oxigênio e pela eliminação de


dióxido de carbono, comunicam-se com os demais tecidos do corpo por meio do sangue.
▪ Transporte de nutrientes: no tubo digestório, os nutrientes resultantes da digestão passam através
de um fino epitélio e alcançam o sangue. Por essa verdadeira "autoestrada", os nutrientes são levados
aos tecidos do corpo, nos quais se difundem para o líquido intersticial que banha as células.
▪ Transporte de resíduos metabólicos: a atividade metabólica das células do corpo origina resíduos,
mas apenas alguns órgãos podem eliminá-los para o meio externo. O transporte dessas substâncias,
de onde são formadas até os órgãos de excreção é feito pelo sangue.
▪ Transporte de hormônios: hormônios são substâncias secretadas por certos órgãos, distribuídas pelo
sangue e capazes de modificar o funcionamento de outros órgãos do corpo. A colecistocinina, por
exemplo, é produzida pelo duodeno, durante a passagem do alimento, e lançada no sangue. Um de
seus efeitos é estimular a contração da vesícula biliar e a liberação da bile no duodeno.
▪ Intercâmbio de materiais: algumas substâncias são produzidas ou armazenadas em uma parte do
corpo e utilizadas em outra parte. Células do fígado, por exemplo, armazenam moléculas de
glicogênio, que, ao serem quebradas, liberam glicose, que o sangue leva para outras células do corpo.
▪ Transporte de calor: o sangue também é utilizado na distribuição homogênea de calor pelas diversas
partes do organismo, colaborando na manutenção de uma temperatura adequada em todas as
regiões; permite ainda levar calor até a superfície corporal, onde pode ser dissipado.
▪ Distribuição de mecanismos de defesa: pelo sangue circulam anticorpos e células fagocitárias,
componentes da defesa contra agentes infecciosos.
▪ Coagulação sanguínea: pelo sangue circulam as plaquetas, pedaços de um tipo celular da medula
óssea (megacariócito), com função na coagulação sanguínea. O sangue contém ainda fatores de
coagulação, capazes de bloquear eventuais vazamentos em caso de rompimento de um vaso
sanguíneo.

3. Circulação

Ventrículo direito → artéria pulmonar → pulmões → veias pulmonares → átrio esquerdo → ventrículo
esquerdo → artéria aorta → sistemas corporais → veias cavas → átrio direito.

4. Regulação

O sistema nervoso é conectado com o coração através de dois grupos diferentes de nervos do sistema
nervoso autônomo: parassimpáticos e simpáticos.

A estimulação dos nervos parassimpáticos causa os seguintes efeitos sobre o coração:


(1) diminuição da frequência dos batimentos cardíacos;
(2) diminuição da força de contração do músculo atrial;
(3) diminuição na velocidade de condução dos impulsos através do nódulo AV (atrioventricular),
aumentando o período de retardo entre a contração atrial e a ventricular; e
(4) diminuição do fluxo sanguíneo através dos vasos coronários que mantêm a nutrição do próprio
músculo cardíaco.

A estimulação dos nervos simpáticos apresenta efeitos exatamente opostos sobre o coração:
(1) aumento da frequência cardíaca,
(2) aumento da força de contração, e
(3) aumento do fluxo sanguíneo através dos vasos coronários visando a suprir o aumento da nutrição
do músculo cardíaco.

Sistema Cardiovascular Animal Comparado

Circulação aberta: o líquido circulatório é denominado hemolinfa e é bombeado pelo coração.


Circulação fechada: o sangue nunca sai dos vasos.

Circulação simples: o sangue passa uma única vez no coração


Circulação dupla: o sangue passa duas vezes no coração

Circulação incompleta: ocorre a mistura de sangue arterial e venoso


Circulação completa: não ocorre a mistura de sangue arterial e venoso

(1) Animais sem circulação: realizam trocas de gases, de nutrientes e de excretas por difusão. São os
poríferos, cnidários, platelmintos e nematódeos.
(2) Animais com circulação aberta: os vasos são abertos nas extremidades, permitindo que o coração
atue como uma bomba e force a hemolinfa a circular na hemocele, cavidade corpórea onde ocorrem
as trocas entre o sangue e as células. São os artrópodes e moluscos (EXCETO cefalópodes).

(3) Animais com circulação fechada: o sangue circula exclusivamente em vasos, promovendo maior
pressão e rapidez para o fluxo, atingindo grandes distâncias e tornando-o muito mais e ciente no
transporte de substâncias. São os anelídeos, cefalópodes e vertebrados.

▪ Peixes: simples e completa, coração bicavitário.


▪ Anfíbios: dupla e incompleta, coração tricavitário.
▪ Répteis: dupla e incompleta, coração tricavitário com ventrículo parcialmente dividido.
▪ Aves e Mamíferos: dupla e completa, coração tetracavitário

Obs1: os anelídeos possuem hemoglobina, porém não têm hemácias.


Obs2: equinodermos utilizam o sistema ambulacral.
Obs3: répteis crocodilianos têm 4 câmaras, mas ocorre mistura no forame de Panizza.

SISTEMA RESPIRATÓRIO HUMANO

1. Componentes

Fossas nasais: duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe, separadas
uma da outra pelo septo nasal. Em seu interior possuem células produtoras de muco e células ciliadas,
e no teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as
funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.

Faringe: canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas
nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir
a laringe.

Laringe: tubo sustentado por cartilagem em continuação à faringe. A entrada da laringe chama-se glote.
Acima dela existe uma espécie de “lingueta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como
válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede
que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias. O epitélio que reveste a laringe apresenta
pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar.

Traqueia: tubo cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos e que se bifurca originando os
brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento mucociliar adere partículas de
poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora e
engolidas ou expelidas.
Pulmões: órgãos esponjosos, envolvidos por membrana serosa denominada pleura, nos quais os
brônquios se ramificam dando origem aos bronquíolos. Cada bronquíolo termina em alvéolos
pulmonares, um emaranhado de capilares.

Diafragma: cada pulmão apoia-se no diafragma, músculo fino que separa o tórax do abdômen,
promovendo com os músculos intercostais os movimentos respiratórios.

2. Funcionamento

(1) Ventilação pulmonar: a inspiração ocorre pela contração da musculatura do diafragma e dos
músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas se elevam, promovendo o aumento da caixa
torácica, com consequente redução da pressão interna (em relação à externa), forçando o ar a entrar
nos pulmões. A expiração ocorre pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos
intercostais. O diafragma eleva-se e as costelas abaixam, o que diminui o volume da caixa torácica, com
consequente aumento da pressão interna, forçando o ar a sair dos pulmões.

(2) Hematose: feito pela hemoglobina, proteína das hemácias. Nos alvéolos pulmonares, o oxigênio do
ar difunde-se para os capilares sanguíneos e penetra nas hemácias, onde se combina com a
hemoglobina; enquanto isso, o gás carbônico faz o caminho inverso e é liberado para o ar.

(3) Transporte de gases respiratórios: nos tecidos, ocorre o processo inverso à hematose: o oxigênio se
dissocia da hemoglobina e se difunde pelas células. A maior parte do gás carbônico (cerca de 70%)
liberado pelas células penetra nas hemácias e reage com a água, formando o ácido carbônico, que logo
se dissocia e dá origem a íons H + e bicarbonato (HCO3-), difundindo-se para o plasma sanguíneo, onde
ajudam a manter o grau de acidez do sangue. Cerca de 23% do gás carbônico liberado pelos tecidos
associam-se à própria hemoglobina, formando a carboemoglobina e é eliminado na expiração.

3. Regulação

A respiração é controlada automaticamente por um centro respiratório (CR) localizado no bulbo. Os


sinais nervosos são transmitidos desse centro através da coluna espinhal para os músculos da
respiração. Em condições normais, o CR produz, a cada 5 segundos, um impulso nervoso que estimula
a contração da musculatura torácica e do diafragma, fazendo-nos inspirar.

A respiração é ainda o principal mecanismo de controle do pH do sangue. O CR é capaz de aumentar


e de diminuir tanto a frequência como a amplitude dos movimentos respiratórios, pois possui
quimiorreceptores que são bastante sensíveis ao pH do plasma.

Quando o sangue se torna mais ácido, devido ao aumento de CO2, ocorre acúmulo de íons H+ no sangue,
e o CR induz a aceleração dos movimentos respiratórios. A frequência e amplitude da respiração
aumentam. O aumento da concentração de CO2 desloca a reação para a direita:
Quando o sangue se torna mais básico, devido à redução de CO2, ocorre a depressão do CR. A
frequência e amplitude da respiração diminuem. Com a diminuição na ventilação pulmonar, há
retenção de CO2 e maior produção de íons H+, o que determina queda no pH plasmático até seus valores
normais. O déficit na concentração de CO2 desloca a reação para a esquerda:

Sistema Respiratório Animal Comparado

(1) Respiração por difusão simples: realizam trocas de gases por difusão. São os poríferos, cnidários,
platelmintos e nematódeos.

(2) Respiração cutânea: difere da difusão simples por utilizar o sangue como veículo de transporte para
os gases associado aos pigmentos sanguíneos, como a hemoglobina. São os anelídeos e anfíbios.

(3) Respiração traqueal: a comunicação com o exterior feita por espiráculos, tornando a respiração
independente do sistema circulatório. Permite o contato direto do ar atmosférico com as células. São
os artrópodes (insetos).

(4) Respiração branquial: filamentos permeáveis aos gases que permitem as trocas gasosas em
ambientes aquáticos. São os anelídeos poliquetas, moluscos (EXCETO gastrópodes), crustáceos, peixes.

(5) Respiração pulmonar: São os anfíbios adultos, répteis, aves e mamíferos.

▪ Anfíbios: pulmão saculiforme.


▪ Répteis: pulmão parenquimatoso.
▪ Aves e Mamíferos: pulmão alveolar.

SISTEMA DIGESTÓRIO HUMANO

1. Componentes e Funções

Boca: responsável pela mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços,


misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas.

Glândulas salivares: secretam saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e
outras substâncias. A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio),
reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Os sais da saliva neutralizam substâncias ácidas
e mantêm, na boca, um pH neutro (7,0) a levemente ácido (6,7), ideal para a ação da ptialina.

Faringe e esôfago: a faringe, situada no final da cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas
digestório e respiratório: por ela passam o alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à
laringe. O esôfago, canal que liga a faringe ao estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do coração,
e atravessa o músculo diafragma, que separa o tórax do abdômen. O bolo alimentar leva de 5 a 10
segundos para percorrê-lo.

Estômago: bolsa de parede musculosa cuja função principal é a digestão de alimentos proteicos. Produz
o suco gástrico (pH=2), que contém ácido clorídrico, muco, enzimas e sais, responsável por ativar o
pepsinogênio (proteína inativa que reque a ação do HCl para transforma-se em pepsina, enzima que
degrada proteínas em peptídeos menores - oligopeptídeos - e aminoácidos livres). A mucosa gástrica
produz também o fator intrínseco, necessário à absorção da vitamina B12, e é recoberta por uma
camada de muco, que a protege da agressão do suco gástrico, bastante corrosivo.

Pâncreas: produz o suco pancreático, que contém água, enzimas e grandes quantidades de bicarbonato
de sódio, e pH entre 8,5 e 9. Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise da maioria das
moléculas de alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucléicos.

Fígado: o pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5, e seus sais biliares têm ação detergente, emulsificando ou
emulsionando as gorduras (fragmentando suas gotas em milhares de microgotículas). As células
hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e as
toxinas, bem como esteroides, estrógenos e outros hormônios.

▪ Secretar a bile;
▪ Formar glicogênio;
▪ Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células;
▪ Metabolizar lipídeos;
▪ Sintetizar proteínas do sangue, de fatores imunológicos e de coagulação
▪ Sintetizar substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras;
▪ Degradar álcool e outras substâncias tóxicas;
▪ Destruir hemácias velhas ou anormais.

Intestino delgado: a digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras


porções do jejuno. No duodeno atua também o suco pancreático, a bile e o suco entérico. O suco
entérico é rico em enzimas e tem pH neutro. A superfície interna, ou mucosa, do intestino apresenta
vilosidades e microvilosidades, que aumentam a superfície de absorção intestinal. Ocorre também
absorção de água, íons e vitaminas. Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino
passam ao fígado para serem distribuídos pelo resto do organismo, exceto as gorduras. Os produtos da
digestão de gorduras (principalmente glicerol e ácidos graxos isolados) chegam ao sangue sem passar
pelo fígado, onde são reagrupados em triglicerídeos e alocados nos adipócitos.

Intestino grosso: local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções
digestivas. Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em
dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o
organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades. Não possui vilosidades nem secreta
sucos digestivos.
Os nutrientes plásticos são representados principalmente pelas proteínas, que entram na construção
de diversas partes da célula. Já os açúcares (carboidratos) e as gorduras (lipídios) são
predominantemente nutrientes energéticos, uma vez que fornecem a maior parte da energia do corpo.
Essa divisão, porém, não é rigorosa: nosso organismo pode queimar proteínas ingeridas em excesso
para obter energia, caso a dieta seja pobre em açúcares e gorduras; por outro lado, os açúcares e as
gorduras também tomam parte na formação de certas estruturas do corpo. Já os sais
minerais desempenham tanto funções reguladoras quanto funções plásticas.

2. Regulação

Quando o alimento chega ao estômago, este começa a secretar gastrina, hormônio produzido pela
própria mucosa gástrica e que estimula a produção do suco gástrico. Com a passagem do alimento para
o duodeno, a mucosa duodenal secreta outro hormônio, a secretina, que estimula o pâncreas a
produzir suco pancreático e liberar bicarbonato. Ao mesmo tempo, a mucosa duodenal
produz colecistocinina (ou CCK), que é estimulada principalmente pela presença de gorduras no quimo
e provoca a secreção do suco pancreático e contração da vesícula biliar, que lança a bile no duodeno.
Em resposta ainda ao quimo rico em gordura, o duodeno secreta enterogastrona, que inibe os
movimentos de esvaziamento do estômago, a produção de gastrina e, indiretamente, de suco gástrico.

Sistema Digestório Animal Comparado

(1) Poríferos: intracelular, com os amebócitos


(2) Cnidários: extra e intracelular, iniciada no interior da cavidade gastrovascular e completada nas
células que revestem essa cavidade (células gastrodérmicas)
(3) Platelminto: sistema digestório incompleto
(4) Nematódeos: sistema digestório completo.
(5) Moluscos: sistema digestório completo. *Rádula (ausente em BIVALVES)
(6) Anelídeos: sistema digestório completo. *Papo e moela
(7) Artrópodes: sistema digestório completo. *Apêndices altamente modificados
(8) Equinodermos: sistema digestório completo.
(9) Cordados: sistema digestório completo.

SISTEMA EXCRETOR HUMANO

1. Componentes

O sistema excretor é formado por um conjunto de órgãos que filtram o sangue, produzem e excretam
a urina - o principal líquido de excreção do organismo.

Rim: néfrons, unidades funcionais. O rim apresenta uma camada central com coloração mais escura
(medula) e uma camada periférica mais clara (córtex). Existe ainda uma estrutura chamada de pelve,
responsável pela coleta de urina. Cada néfron é formado por um corpúsculo renal e um túbulo. O
corpúsculo consiste em um emaranhado de capilares (glomérulo) envolvidos por uma estrutura
chamada cápsula glomerular ou cápsula de Bowman. Dessa cápsula sai um grande túbulo, chamado
túbulo néfrico, que pode ser dividido em: túbulo contorcido proximal, alça de Henle (também chamada
segmento intermediário) e túbulo contorcido distal.

Ureter: os néfrons desembocam em dutos coletores, que se unem para formar canais cada vez mais
grossos. A fusão dos dutos origina um canal único, denominado ureter, que deixa o rim em direção à
bexiga urinária.

Bexiga urinária: bolsa de parede elástica, dotada de musculatura lisa, cuja função é acumular a urina
produzida nos rins. Quando cheia, a bexiga pode conter mais de ¼ de litro (250 ml) de urina, que é
eliminada periodicamente através da uretra.

Uretra: tubo que parte da bexiga e termina, na mulher, na região vulvar e, no homem, na extremidade
do pênis. Sua comunicação com a bexiga mantém-se fechada por anéis musculares - chamados
esfíncteres. Quando a musculatura desses anéis se relaxa e a musculatura da parede da bexiga contrai-
se, urinamos.

2. Formação da urina

(1) Filtração: ocorre no interior do corpúsculo renal. A alta pressão do sangue no interior dos capilares
do glomérulo faz com que as substâncias extravasam para o interior da cápsula renal. O filtrado
resultante segue em direção aos túbulos renais.

(2) Reabsorção: algumas substâncias do filtrado são reabsorvidas para o sangue. Sódio, água, glicose e
aminoácidos presentes no filtrado são reabsorvidos no túbulo proximal. Na alça néfrica, são
reabsorvidos os sais. No túbulo distal ocorre reabsorção de íons.

(3) Secreção: transferência de moléculas presentes no sangue para dentro do néfron. Entre os principais
produtos secretados, podemos citar o hidrogênio, potássio e amônia.

3. Regulação
(ADH): principal agente fisiológico regulador do equilíbrio hídrico, produzido no hipotálamo e
armazenado na hipófise. O aumento na concentração do plasma (pouca água) → receptores osmóticos
localizados no hipotálamo → produção de ADH → sangue → túbulo distal e coletor do néfron → células
mais permeáveis à água → reabsorção de água → urina mais concentrada.

Concentração do plasma baixa (muita água) e álcool → inibição de ADH → menor absorção de água
nos túbulos distal e coletor → urina mais diluída.

ALDOSTERONA: produzida nas glândulas suprarrenais, aumenta a absorção ativa de sódio e a secreção
ativa de potássio nos túbulos distal e coletor. A elevação na concentração de íons potássio e redução
de sódio no plasma sanguíneo → rins → renina (enzima) → angiotensinogênio (inativo) à angiotensina
(ativa) → córtex da suprarrenal → aumenta taxa de secreção da aldosterona → sangue → túbulos
distal e coletor → aumento da excreção de potássio / reabsorção de sódio e água

Sistema Excretor Animal Comparado

(1) Poríferos: difusão simples de os sais, a amônia e o CO2 pela parede do corpo.
(2) Cnidários: difusão simples de os sais, a amônia e o CO2 pela parede do corpo.
(3) Platelminto: protonefrídeos.
(4) Nematódeos: túbulos em H.
(5) Moluscos: nefrídeos
(6) Anelídeos: nefrídeos.
(7) Artrópodes: glândulas verdes dos crustáceos, glândulas coxais nos aracnídeos e túbulos de Malpighi,
em aracnídeos e insetos.
(8) Equinodermos: sistema ambulacral.
(9) Cordados: sistema digestório completo.

Você também pode gostar