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CUIDADOS DE

ENFEMAGEM NO
TRATAMENTO DE FERIDAS

Prof. Rieldson da Silva


Enfermeiro Terapeuta Holístico
@rieldson_enf
INTRODUÇÃO
A EPIDERME é a camada mais externa da pele, cuja
espessura varia ao longo do corpo e não é vascularizada.

A DERME, imediatamente após a epiderme, comporta a


estrutura vascular, nervos e os anexos da pele: glândulas
sudoríparas, sebáceas e folículos pilosos. Portanto,
responsável pela integridade estrutural da pele.

Embora o TECIDO SUBCUTÂNEO (hipoderme) não faça parte


da pele, ele é importante para a função desta, uma vez que
é nele que há o tecido adiposo, fundamental para garantir a
função da pele.
INTRODUÇÃO
FUNÇÕES DA PELE:
❑ Proteger o corpo contra o ambiente externo;

❑ Barreira química e mecânica;

❑ Termorregulação;

❑ Excreção de líquidos e eletrólitos;

❑ Sintetiza vitamina D e melanina;


❑ Órgão sensorial para a percepção de pressão, dor e
temperatura.
FISIOPATOLOGIA DA PELE

INFLAMAÇÃO

Conjunto de respostas tissulares envolvendo vasos


sanguíneos, tecidos e agentes patológicos.
Caracterizada pelos SINAIS FLOGÍSTICOS.

CALOR HIPEREMIA INFLAMAÇÃO DOR PERDA DA FUNÇÃO


CICATRIZAÇÃO
Quando a pele é rompida, seja por trauma ou
cirurgia, o indivíduo torna passa a ter risco para
infecção microbiana.

Para recuperação da continuidade tissular a pele


passa por uma série de etapas, estágios ou fases:

❑ Exsudativa ou Inflamatória;

❑ Proliferativa ou Regenerativa;

❑ Maturação.
QUANTO ÀS FASES DA CICATRIZAÇÃO:
O tempo de cicatrização depende da localização e da
extensão da ferida, da capacidade de regeneração das
células lesionadas e da saúde geral do cliente.

O processo de cicatrização de feridas é composto pelas


seguintes fases:

❑ Inflamatória;

❑ Proliferativa

❑ Maturação.
FASE INFLAMATÓRIA OU DEFENSIVA:
É a primeira fase da cicatrização, que começa no momento
da lesão e dura aproximadamente 4 dias.
A princípio ocorre vasoconstrição, afim de reduzir a perda
sanguínea na área atingida.
A lesão ou ferida provoca liberação de histamina,
serotonina, bradicinina e prostaglandinas, que causam
vasodilatação.
Consequentemente aumentam o fluxo sanguíneo para a
região, ocasionando os sinais flogísticos (dor, calor, rubor,
edema).
FASES DA CICATRIZAÇÃO
1ª) Fase Exsudativa ou Inflamatória –
acontece dentro de 48 a 72 horas
após a formação da lesão
- > INFLAMAÇÃO;

2ª) Fase Proliferativa ou Regenerativa


– acontece dentro de 05 a 24 dias
- > GRANULAÇÃO/EPITELIZAÇÃO;

3ª) Fase Maturação – acontece dentro


de 21 dias a 2 anos
- > CONTRAÇÃO.
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
1ª intenção – aproximação
das bordas com fio cirúrgico;

2ª intenção – devido a perda


tecidual não é possível
aproximar bordas;

3ª intenção – devido perda


tecidual provocada por
infecção na cicatriz de 1ª
intenção.
CICATRIZAÇÃO
Os fatores que influenciam a cicatrização são:
❑ Nutrição;

❑ Idade;

❑ Defesas;

❑ Alcoolismo;

❑ Tabagismo;

❑ Terapêutica;

❑ Edema;

❑ Extensão da lesão;

❑ Suprimento sanguíneo.
FERIDAS
Ferida, Lesão ou úlcera é o processo de rompimento da
solução de continuidade da pele por um fator interno ou
externo.

Elas podem ser classificadas quanto:

❑ A sua causa;
❑ Ao tempo de reparação;
❑ Ao seu grau de profundidade.
❑ A sua contaminação.
FERIDAS
Quanto a sua causa

São classificadas em:

❑ Cirúrgicas – incisão cirúrgica;

❑ Traumáticas – causada por acidente mecânico, químico,


físico ou biológico;

❑ Ulcerativas – associadas à deficiências circulatórias do


sangue (UV, UA, UN e LP).
FERIDAS

Quanto ao tempo de reparação


❑ Agudas – cicatrização até 60 dias;

❑ Crônica – ausência de cicatrização acima de 2 meses.


FERIDAS CIRURGICAS
QUANTO A CONTAMINAÇÃO
São classificadas em:
CIRURGIA LIMPA: sem qualquer falha na técnica asséptica e sem drenos.
Ex.: herniorrafia;
CIRURGIA POTENCIALMENTE CONTAMINADA: pequena quebra de técnica
asséptica.
Ex.: gastrectomias;
CIRURGIA CONTAMINADA: incisão na presença de inflamação não-
purulenta aguda, quebra grosseira de técnica asséptica.
Ex.: intestino perfurado;
CIRURGIA SUJA/INFECTADA: presença de secreção purulenta, perfuração
de vísceras, trauma penetrante há mais de 4h, ferida traumática com
tecido desvitalizado, corpo estranho ou contaminação fecal.
Ex.: intestino perfurado.
CIRURGIA
LIMPA

CIRURGIA
POTENCIALMENTE
CONTAMINADA

CIRURGIA
CONTAMINADA

CIRURGIA
SUJA/INFECTADA
FERIDAS
QUANTO AO ESTAGIO DE PROFUNDIDADE
Estagio I – comprometimento superficial, portanto a
pele se encontra íntegra, porém com hiperemia;
Estagio II – perda parcial do tecido envolvendo a
epiderme ou a derme, portanto pode apresentar
escoriação ou bolha;
Estagio III – comprometimento além da epiderme e
derme, também da hipoderme;
Estagio IV – comprometimento de tecidos mais
profundos.
EPITALIZAÇÃO
GRANULAÇÃO
FIBRINA
NECROSE
SECREÇÃO
SEROSO: líquido inflamatório com baixo conteúdo proteico
originado do soro sanguíneo ou das secreções serosas das
células mesoteliais.
HEMORRÁGICO: é decorrente de lesões com ruptura de
vasos. Esta quase sempre associado a um exsudato fibrinoso
ou purulento.
PURULENTO: é composto por células (leucócitos) e proteínas,
produzido por um processo inflamatório.
FIBRINOSO: extravasamento de grande quantidade de
proteínas plasmáticas, incluindo o fibrinogênio e a
precipitação de grandes massas de fibrina.
SEROSO

FIBRINOSO

HEMORRÁGICO

PURULENTO
CURATIVO
❑ Curativo é a proteção da lesão ou ferida, contra a ação de
agentes externos físicos, mecânicos ou biológicos. É um meio
que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril
em uma ferida;

❑ A cicatrização da ferida consiste na restauração da perda de


continuidade;

❑ Atualmente, vem sendo preconizada a confecção de curativos


úmidos, considerando que a manutenção do meio úmido entre a
ferida e a cobertura favorece o processo de cicatrização.
TIPOS DE CURATIVOS
SEMI-OCLUSIVO: curativo absorvente, comumente utilizado
em feridas cirúrgicas.
Possui diversas vantagens: permite a exposição da ferida ao
ar, absorve exsudato e o isola da pele saudável adjacente.
TIPOS DE CURATIVOS
OCLUSIVO: não permite a passagem de ar ou fluidos,
funcionando como uma barreira contra bactérias
TEM COMO VANTAGENS: vedar a ferida; impedir a perda de
fluidos; promover o isolamento térmico e de terminações
nervosas e impedir a formação de crostas.
TIPOS DE CURATIVOS
COMPRESSIVO: utilizado para reduzir o fluxo sanguíneo, ou
promover estase, e auxiliar na aproximação das
extremidades do ferimento.
SUTURA COM FITA ADESIVA: após a limpeza da ferida, as
bordas do tecido seccionado são unidas. Esse tipo de
curativo é apropriado para cortes superficiais e de pequena
extensão
TIPOS DE CURATIVOS
CURATIVOS ABERTOS: são realizados em ferimentos
descobertos e que não têm necessidade de serem ocluídos.
Algumas feridas cirúrgicas (após 24 horas), cortes pequenos
ou escoriações, queimaduras, etc. são exemplos desse tipo
de curativo.
OBJETIVOS DO CURATIVO

❑ Tratar e prevenir infecções;


❑ Eliminar os fatores
desfavoráveis que retardam a
cicatrização;
❑ Diminuir a incidência de
infecções cruzadas.
FINALIDADES DO CURATIVO
❑ Remover corpos estranhos;
❑ Reaproxima bordas separadas;
❑ Proteger a ferida contra contaminação e infecção;
❑ Promover hemostasia;
❑ Preencher os espaços mortos e evitar a formação de
sero-hematomas;
❑ Favorecer a aplicação de medidas tópica;
❑ Fazer desbridamento mecânico e remover tecido
morto;
❑ Reduzir edema;
❑ Diminuir a intensidade da dor.
TÉCNICAS BÁSICAS
O curativo pode ser realizado sob duas diferentes técnicas
básicas, a estéril e a limpa.
❑ TÉCNICA ESTÉRIL:
Utilizada em ambiente hospitalar ou em outra instituição de
saúde, com o uso de material esterilizado, como pinças ou
luvas para manejo do material, e solução fisiológica a 0,9%
para higienização e hidratação, além de cobertura estéril
❑ TÉCNICA LIMPA:
Utilizada em ambiente domiciliar pelo responsável/ familiar
ou até mesmo pelo próprio indivíduo. O ambiente e o
material devem estar limpos; podem ser utilizadas: água
corrente, água destilada ou solução fisiológica a 0,9%. E a
cobertura também deverá ser estéril.
NORMAS TÉCNICAS PARA REALIZAR O
CURATIVO
❑ Curativos úmidos não são indicados em locais de cateteres,
introdutores, fixadores externos e drenos;

❑ O Soro Fisiológico 0,9% é indicado para limpeza e tratamento de


feridas com cicatrização por segunda ou terceira intenção,
porque limpa e umedece a ferida;

❑ Em curativos contaminados com muito exsudato, colocar cuba


ou bacia sob a área a ser tratada com soro fisiológico;

❑ Quando o cliente necessita de vários curativos, iniciar sempre


pela lesão limpa, seguindo-se as mais infectadas;
CURATIVO SECO X CURATIVO ÚMIDO
❑ O curativo úmido favorece a cicatrização e previne a
desidratação e morte celular, promove fibrinólise por ação
enzimática e quando ocluído protege terminações
nervosas reduzindo dor.

❑ O curativo seco é recomendado em feridas limpas,


favorecendo a cicatrização primária, devendo haver
substituição diária e é desaconselhado em feridas abertas,
pois promove formação de crostas, favorecendo coleção
de líquidos e proliferação bacteriana.

❑ Para incisões cirúrgicas, a oclusão deverá ser por 24 a 48


horas mantendo o curativo seco.
CURATIVO SECO X CURATIVO ÚMIDO
❑ Nas feridas aberta: oclusão e manutenção do meio úmido.
VANTAGENS DO CURATIVO ÚMIDO
❑ Prevenir a desidratação do tecido que leva à morte
celular;
❑ Acelerar a angiogênese;
❑ Estimular a epitelização e a formação do tecido de
granulação;
❑ Facilitar a remoção de tecido necrótico e fibrina;
❑ Servir como barreira protetora contra microrganismo;
❑ Promover a diminuição da dor; evitar a perda excessiva de
líquidos;
❑ Evitar traumas na troca do curativo
MATERIAIS
❑ Pacote estéril de: 1 pinça anatômica, 1 pinça dente-de-
rato e 1 pinça kelly;
❑ Solução Fisiológica a 0,9% (SF);
❑ Seringa de 20 ml + agulha 40X12;
❑ Pacote de gazes estéreis;
❑ Esparadrapo, fita crepe ou micropore;
❑ Tesoura;
❑ Luvas de procedimento ou estéreis;
❑ Forro ou pano impermeável para proteger o leito;
❑ Cobertura de acordo com prescrição.
PROCEDIMENTO
❑ Explicar o procedimento ao paciente;
❑ Preparar o ambiente;
❑ Lavar as mãos;
❑ Separar e organizar o material de acordo com o curativo;
❑ Levar a bandeja com o material e colocar sobre a mesa-
de-cabeceira;
❑ Descobrir a área a ser tratada e proteger a cama com
forro;
❑ Colocar o paciente em uma posição confortável;
❑ Calçar as luvas;
PROCEDIMENTO
❑ Abrir o pacote do curativo, colocando as pinças com os cabos
voltados para as bordas do campo;
❑ Colocar gazes, em quantidade suficiente, sobre o campo
estéril;
❑ Umedecer o micropore do curativo sujo com SF 0,9% para
facilitar a retirada;
❑ Remover o curativo com a pinça dente-de-rato, desprezando-as
na borda do campo;
❑ Desprezar o curativo;
❑ Colocar gazes ou compressas próximas à ferida para reter a
solução drenada.
❑ Limpar a ferida com jatos de SF diretamente do frasco ou
usando a seringa. Em caso de necrose tecidual, desbridação;
PROCEDIMENTO
❑ Com as luvas de procedimento, abrir os pacotes utilizados
no curativo de forma asséptica;
❑ Inspecionar a ferida e o tecido adjacente;
❑ Iniciar a limpeza da ferida com soro fisiológico pelas
partes mais limpas, depois as abertas não infectadas e,
por último, as infectadas. Com as outras 2 pinças faz-se
swab para ajudar na limpeza com o soro fisiológico, sem
esfregar a gaze direto na ferida;
❑ Após remover as secreções, tecidos necrosados soltos e
corpos estranhos, desprezar a pinça que segurou o swab
na cuba-rim;
❑ Colocar a cobertura escolhida sobre a ferida;
PROCEDIMENTO
❑ Colocar a gaze sobre a ferida, com o auxílio da última
pinça e fechar de acordo com o tipo de curativo fechado;
❑ Organizar a unidade do paciente;
❑ Levar os materiais para o expurgo;
❑ Retirar as luvas, lavar as mãos com água e sabão, depois
com álcool;
❑ Registrar no prontuário o cuidado prestado, com as
características da ferida e a cobertura utilizada.
REGISTRO DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

DATA ANOTAÇÃO

20:00 Curativo extremamente sujo com secreção amarela;


realizada troca do curativo ferida aberta no calcâneo
08/01/2021 às esquerdo com SF 0,9%, presença de pequenas quantidades
20h de exsudato na região central da ferida; bordas com
presença de tecido revitalizado ------------------------- Tec.
Enf. Nome completo – COREN-RN (numeração do registro).
TIPOS DE CURATIVOS SECUNDÁRIO E
INDICAÇÕES
❑ Curativo com HIDROCOLÓIDE;
❑ Indicação: Feridas abertas não infectadas. Prevenção de
Lesão por pressão.
❑ Troca: o hidrocolóide sempre que o gel extravasar ou o
curativo descolar ou no máximo a cada 7 dias
❑ Mecanismo: Protege terminações nervosas; É impermeável
e protege de penetração de bactérias
TIPOS DE CURATIVOS SECUNDÁRIO E
INDICAÇÕES
Curativo com ALGINATO DE CÁLCIO;
INDICAÇÃO: Feridas abertas e cavitarias, sangrentas,
altamente exsudativas, com ou sem infecção, até a redução
de exsudato; profundas com exposição óssea e com
tunelização;
MECANISMO: O sódio presente no exsudato e no sangue
interage com o cálcio presente no curativo de alginato;
auxilia no desbridamento autolítico, alta capacidade de
absorção, forma um gel que mantem o meio úmido.
MODO DE USAR: Remover exsudato e tecido desvitalizado se
necessário. Preencher todo o espaço morto com fibra. Ocluir
com cobertura secundária estéril;
TROCA: Sempre que a cobertura secundária esteja saturada.
24h se exsudato infeccioso; 48h e 72h se exsudato em
pequena quantidade e ferida sem infecção.
TIPOS DE CURATIVOS SECUNDÁRIO E
INDICAÇÕES
❑ Curativo com CARVÃO ATIVADO;
❑ INDICAÇÃO: Tratamento de lesões infectadas que
apresentam odor fétido;
❑ MECANISMO DE AÇÃO: A prata exerce ação
bactericida, complementando a ação do carvão, o
que estimula a granulação e aumenta a velocidade
da cicatrização;
❑ TROCA: Trocar a cobertura secundária sempre que
estiver saturada. No início do tratamento a troca é
diária. Ferida sem infecção - troca entre 3 a 7 dias,
substituir apenas o secundário.
TIPOS DE CURATIVOS SECUNDÁRIO E
INDICAÇÕES
❑ Curativo com HIDROGEL;
❑ INDICAÇÃO: Tratamento de áreas necróticas secas,
esfacelos, feridas em fase de granulação, epitelização
e infectadas; Queimaduras de 1º e 2º graus,
lacerações e abrasões, feridas oncológicas. Úlceras
por pressão Manutenção de meio úmido A remoção
não traumatiza a ferida;
❑ MECANISMO: Ativação das enzimas controlando a flora
bacteriana Estimula a liberação do exsudato,
colaborando para a formação do tecido de granulação
e epitelização.
❑ Troca: Necrose seca - máximo de 3 dias;
❑ Necrose mole – 1 a 3 dias; Lesão descamante – 1 a 3 dias.
TIPOS DE CURATIVOS SECUNDÁRIO E
INDICAÇÕES
Curativo com ACIDO GRAXO ESSENCIAL (AGE);
Compostos de hidrogênio, carbono e oxigênio;
Precursor de substâncias envolvidas na divisão celular e
diferenciação epidérmica;
❑ INDICAÇÃO: Feridas abertas com ou sem infecção;
prevenção de Lesão de decúbito.
❑ MECANISMO: Mantém o meio úmido e acelera o processo
de granulação tecidual.
❑ TROCA: Depende da avaliação do profissional, da
cobertura associada ao tipo de lesão.
TIPOS DE CURATIVOS SECUNDÁRIO E
INDICAÇÕES
Curativo com BOTA DE UNNA;

É uma gaze elástica que contém óxido de zinco,


glicerina, gelatina em pó e água.

É indicada no tratamento ambulatorial e domiciliar de


úlceras venosas de perna e edema linfático.
REMOÇÃO DOS PONTOS DA FERIDA
❑ Assim que ocorre a cicatrização completa da ferida, há
indicação da retirada dos pontos, o que varia de sete a
dez dias.

❑ Depende da localização, eficiência da irrigação


sanguínea dos tecidos, tipo de cicatrização (primeira,
segunda ou terceira intenção) e evolução do processo
cicatricial.

❑ As suturas feitas em áreas com adiposidades tendem a


demorar mais para cicatrizarem, por isso permanecem
mais tempo com os pontos de sutura
❑ Antes da retirada dos pontos, é necessário observar se todos
eles estão secos e cicatrizados. No caso de sinais flogísticos, os
pontos não devem ser retirados; necessitando de uma nova
avaliação.
❑ Quantidade de pontos precisa ser contada antes e após a
remoção para certificar-se de que todos os pontos foram
retirados
❑ Para a remoção de pontos em suturas não contínuas: limpe a
cicatriz com clorexidina aquosa a 4%; fixe a ponta solta do fio
de sutura com uma pinça, levantando-o para que o mesmo se
eleve da superfície da pele; faça um leve movimento para
mobilizar o ponto no interior da sutura e evitar que ocorra
sangramento quando o mesmo for removido. Com a tesoura,
corte a linha abaixo do nó, deixando os pontos retirados
reservados para realização de contagem ao final do
procedimento.
AVALIAÇÃO DOS
SISTEMAS DE DRENOS
Inspecionar e palpar o local de inserção do dreno, antes de
iniciar o curativo.
❑ Avaliar as características em mensura a quantidade de
secreção drenada em cada plantão;

❑ Observar a pele adjacente;

❑ Observar sinais de complicações.


❑ Em casos de drenagem torácica, manter o frasco de selo
d´água abaixo do nível do tórax;

❑ Clampear o dreno sempre que houver troca do selo d´água


ou o frasco estiver acima do nível de tórax;

❑ Não clampear durante o transporte do paciente;

❑ Não deixar o frasco apoiado no chão;

❑ Desprezar a secreção drenada e realizar a troca de selo


d´água diariamente.

❑ Certificar-se se todas as conexões do dreno estão bem


fixadas.
DRENO DE PENROSE
Sistema de drenagem aberto, com composição à base de
borracha tipo látex, utilizado em procedimentos cirúrgicos
com potencial para o acúmulo de líquidos, infectados ou
não.
DRENO DE SUCÇÃO (PORTOVAC)
Sistema fechado de drenagem por sucção contínua e suave,
fabricado em polietileno ou silicone, composto de um
reservatório com mecanismo de abertura para remoção do ar
e do conteúdo drenado, um tubo longo com múltiplos
orifícios na extremidade distal que fica inserida na cavidade
cirúrgica. A remoção do ar do interior do reservatório cria
uma condição de vácuo promovendo uma aspiração ativa do
acúmulo de secreções.
DRENO TORÁCICO
Sistemas coletores de drenagem pleural ou
mediastinal são empregados em cirurgias
torácicas ou cardíacas, destinando-se à retirada
de conteúdo líquido e ou gasoso da cavidade
torácica.

São constituídos de um dreno tubular em


polietileno, geralmente com mais de um orifício
na extremidade distal, que fica inserida na
cavidade, um tubo extensor que conecta o dreno
ao frasco coletor e o frasco em polietileno rígido
com um suporte na sua base.
AVALIAÇÃO DOS FIXADORES EXTERNOS
❑ Utilizar SF0,9% para limpeza, álcool 70% para
antissepsia; gazes, compressas esterilizadas e
atadura para oclusão.
❑ Limpeza diária dos fixadores com álcool 70%. Rotular
o frasco de álcool e ficar atento ao prazo de
validade do mesmo.
❑ Observar se há presença de sinais flogísticos ao
redor da inserção dos pinos.
❑ Manter o membro elevado, para prevenir ou reduzir
edema.
❑ Implementar cuidados coma tração.
❑ Observar perfusão periférica, pulso, sensibilidade e
edema.

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