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1.

INTRODUÇÃO

O Presente trabalho é sobre a Febre-Amarela, na qual iremos falar concretamente


sobre como elas surgem, como funcionam nos organismos humanos, como tratar e
previnir-se dela. O Objectivo deste presente trabalho é lucidar as nossas mentes sobre
como funciona a doença supracitada e de nós, ensinar a previnir e tratar a mesma.
Febre amarela é uma doença viral aguda causada pelo vírus da febre amarela. O
vírus da febre amarela é transmitido pela picada de um mosquito fêmea infetado.

A febre amarela infeta seres humanos, outros primatas e várias espécies de mosqutos.
Nas cidades e é transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti. O
vírus é um vírus ARN do género Flavivirus.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Conjunto de Estruturas conceituais
A febre amarela é uma doença infecciosa causada por vírus transmitido por
mosquitos, como o Aedes Aegypti e o Haemagogus sabethes. Após a picada do
mosquito, os sintomas da febre amarela podem demorar até 6 dias para surgirem,
podendo haver dor de cabeça intensa, febre alta e dor muscular generalizada. Algumas
pessoas podem desenvolver a forma mais grave da doença, que é caracterizada por
vômitos, dor abdominal intensa, olhos e pele amarelados e sangramentos.
Assim, na presença de sinais e sintomas possivelmente indicativos de febre amarela, é
importante que consultar o infectologista ou clínico geral para que sejam feitos exames
e possa ser iniciado o tratamento. Todos os casos de febre amarela devem ser notificados
para as autoridades sanitárias, pois esta é uma doença facilmente transmissível, com alto
risco de provocar um surto. Os sintomas geralmente melhoram ao fim de cinco dias. Em
algumas pessoas, no prazo de um dia após os sintomas melhorarem, a febre regressa,
aparecem dores abdominais e as lesões no fígado causam icterícia. Quando isto ocorre,
aumenta o risco de insuficiência renal.

3. ETIOLOGIA
Em cada ano, a febre amarela causa 200 000 infeções e 30 000 mortes, das quais
cerca de 90% ocorrem em África. Nas regiões do mundo onde a doença é endémica,
vivem cerca de mil milhões de pessoas. É comum nas regiões tropicais da América do
Sul e de África, mas não na Ásia. Desde a década de 1980 que o número de casos de
febre amarela tem vindo a aumentar. Acredita-se que isto seja devido à diminuição do
número de pessoas imunes, ao aumento da população urbana, ao aumento do número de
viagens e às alterações climáticas.
A doença teve origem em África, de onde se espalhou para a América do Sul através
do comércio de escravos no século XVII. Desde então que têm ocorrido vários surtos da
doença na América, em África e na Europa. Nos séculos século XVIII e século XIX, a
febre amarela era uma das mais perigosas doenças infeciosas. Em 1927, o vírus da febre
amarela foi o primeiro vírus humano a ser isolado.
Em 2016, dois surtos de febre amarela urbana relacionados entre si – um em Luanda
(Angola) e o outro em Kinshasa (República Democrática do Congo) – que também
geraram casos exportados da Angola para outros países, dentre os quais a China,
demonstraram que a febre amarela representa uma grave ameaça mundial que requer
novos planejamentos estratégicos.

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Está disponível uma vacina segura e eficaz contra a febre amarela. Alguns países
exigem que os viajantes sejam vacinados. Entre outras medidas para prevenir a infeção
está a diminuição da população dos mosquitos que a transmitem. Em áreas onde a febre
amarela é comum e a vacinação pouco comum, o diagnóstico antecipado e a vacinação
de grande parte da população é essencial para prevenir surtos. O tratamento de pessoas
infetadas destina-se a aliviar os sintomas, não existindo medidas específicas eficazes
contra o vírus A segunda fase da doença, mais grave, provoca a morte de metade das
pessoas que não recebem tratamento.
3.1. Agente Etiologico
Vírus Amarílico, gênero Flavivírus e família Flaviridae. Ele Pertence ao mesmo
gênero e família de outros vírus responsáveis por doença no homem, entre os quais a
Dengue.

4. SINAIS E SINTOMAS
4.1Período de Encubação
O perido de encubação, ou seja os sintomas iniciais da febre amarela surgem 3 a 6
dias após a picada do mosquito, caracterizando a fase aguda da doença.

4.2 Os principais sintomas de febre amarela são:

❖ Dor de cabeça muito intensa;


❖ Febre acima de 38ºC com calafrios;
❖ Sensibilidade à luz;
❖ Dores musculares generalizadas;
❖ Náuseas e vômitos;
❖ Aumento do batimento cardíaco ou palpitações.

4.3 Sinais e Sintomas da Febre Amarela Grave


. Após os sintomas iniciais, algumas pessoas, podem acabar desenvolvendo uma
forma mais grave da infecção, que aparece depois de 1 ou 2 dias sem qualquer tipo de
sintoma.
Esta fase é conhecida como fase tóxica da febre amarela e é caracterizada por outros
sintomas mais sérios, como:

❖ Pele Amarelados;
❖ Vômitos com Sangue ;
❖ Dor Abdominal Intensa;
❖ Sangramentos do Nariz e dos Olhos.

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5. TRANSMISSÃO
A transmissão da febre amarela acontece através da picada de mosquitos infectados
pelo vírus, principalmente mosquitos do tipo Aedes Aegypti ou Haemagogus
Sabethes, que picaram anteriormente animais ou pessoas também infectadas.

5.1 Ciclo Evolutivo Da Febre Amarela


Compriende dois ciclos: um intrinseco que ocorre no homem e outro extrinseco
que ocorre no vector. A Viremia humana dura, no máximo 7 dias e vai de 24 à 48 horas
antes do aparecimento dos sintomas até 3 à 5 dias após o início da doença``Período em
Que o homem Pode Infectar o Mosquito´´
Nas áreas urbanas, o Aedes aegypti é o principal vetor, transmitindo o vírus da febre
amarela de 9 a 12 dias após ter picado uma pessoa infectada. Esse intervalo, chamado
de período de incubação extrínseca, varia de acordo com a temperatura, sendo menor
quanto maior for a temperatura. Embora não tenha participação comprovada na
transmissão do vírus amarílico, o Aedes albopictus apresenta ampla valência ecológica,
adaptando-se aos ambientes rurais, periurbanos e urbanos. Essa característica lhe
confere destaque pela possibilidade de fazer a ponte entre os ciclos silvestre e urbano de
transmissão. A fêmea do mosquito põe seus ovos em qualquer recipiente que contenha
água limpa, como caixas d'água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas,
etc. As bromélias, que acumulam água na parte central, chamada de aquário, são um dos
principais criadouros nas áreas urbanas. Os ovos ficam aderidos e sobrevivem mesmo
que o recipiente fique seco. A substituição da água, mesmo sendo feita com frequência,
é ineficiente. Dos ovos surgem as larvas, que depois de algum tempo na água, vão formar
novos mosquitos adultos.
Nas zonas rurais e silvestres, os mosquitos vetores do vírus da febre amarela
pertencem aos gêneros Haemagogus e Sabethes. A espécie que mais se destaca é
o Haemagogus janthinomys, embora o Haemagogus leucocelaenus tenha ganhado
importância na última década, assumindo a condição de vetor primário em alguns
Estados. Além do homem, a infecção pelo vírus também pode acometer outros
vertebrados. Os macacos também podem desenvolver a febre amarela silvestre de forma
inaparente, mas ter a quantidade de vírus suficiente para infectar mosquitos. Uma pessoa
não transmite a doença diretamente para outra.

6. DIAGNOSTICOS

O diagnóstico é feito através de reação em cadeia da polimerase (PCR), inoculação


de soro sanguíneo em culturas celulares; ou pela sorologia. Os sintomas iniciais da febre
amarela, dengue, malária e leptospirose são os mesmos. Portanto, é necessário a
realização de exames laboratoriais para a diferenciação. A confirmação do diagnóstico
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de febre amarela não exclui a possibilidade de malária. Da mesma forma que a febre
amarela, a dengue e a malária também podem se tornar graves quando o indivíduo
aparenta melhora
A maioria dos casos de Febre Amarela FA evolui para uma melhora natural depois
de alguns dias, porém, alguns doentes apresentam a forma grave da infecção, na qual,
depois de uma aparente melhora, os sintomas voltam a se intensificar e são
acompanhados de complicações hemorrágicas e severo comprometimento dos rins e do
fígado, requerendo cuidados médicos intensivos – nem sempre suficientes para reverter
o quadro.
6.1 Exames Laboratoriais Para Diagnóstico

Na verdade é difícil concluir um diagnóstico de febre amarela apenas com base nas
manifestações clínicas. Um histórico de viagem recente para áreas silvestres é
importante, pois outras doenças transmitidas por mosquitos também começam de forma
semelhante, como malária e dengue. Para emitir um diagnóstico, o médico necessita de
exames de sangue tradicionais, neste caso, inespecíficos, como hemograma, TGO,
TGP, uréia creatinina e outros. Além dos exames inespecíficos, será necessário realizar
testes laboratoriais específicos para confirmar o diagnóstico da doença.

6.2 Exames Inespecíficos para Diagnóstico


Hemograma

• Série Branca :
Nos primeiros dias da doença, ocorre leucopenia, de 3.000 a 4.000 células por cm3
com neutropenia e linfocitose. Podendo ter casos de leucócitos estarem em torno de
1.000 a 2.000 leucócitos/cm3. Quando o quadro vai progredindo se acentua a
leucopenia, salvo nos casos em que ocorre infecção bacteriana, onde podemos encontrar
contagens de 15.000 a 20.000 leucócitos.

• Série Vermelha:
Normalmente se encontra normal, entretanto ocorre casos com sangramento grave
em que há queda do hematócrito e da hemoglobina.

• Plaquetas:
Geralmente teremos valores em torno de 50.000/cm3 de sangue, mas
podem apresentar valores ainda mais baixos, uma plaquetopenia mais acentuada.
Velocidade de hemossedimentação VHS: muito baixa, eventualmente zero.

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• Coagulação:
Normalmente os fatores de coagulação são consumidos e quando dosados
apresentam-se alterados, principalmente protrombina, fator VIII e tromboplastina com
modificação dos tempos de sangria – TS, e de coagulação – TC.

• Bioquímica:
TGO e TGP muito elevados. Bilirrubinas elevadas, principalmente à custa de
bilirubbina direita.

• Exame de Urina EAS:


Presença de bilirrubina e de hemácias, mas o que é mais evidente é a proteinúria,
até valores acima de 500mg/100ml de urina. Também a densidade da urina pode estar
alterada.
Os exames inspecíficos ajudam o médico a direcionar seu diagnóstico, mas na
realidade o diagnóstico definitivo da febre amarela pode ser feito utilizando-se métodos
específicos.

6.3 Exames Específicos para Diagnóstico

• Isolamento do vírus:
Deve ser realizado em amostras de sangue (colhidas nos primeiros seis dias de
doença) ou fígado (biópsia post mortem), a partir do cultivo em células VERO, HELA,
clone C6/36 ou clone AP61.

• Biologia molecular:
O RNA do vírus amarílico pode ser identificado pela técnica de RT-PCR (reverse
transcription – polymerase chain reaction) no soro, plasma ou fragmento de tecidos
(especialmente fígado) – neste último caso, no exame post mortem.

• Pesquisa de anticorpos:
Os exames sorológicos podem ser realizados pelas técnicas de:
❖ Inibição da hemaglutinação.
❖ Fixação do complemento (empregado a partir do sétimo dia de doença).
❖ Neutralização.
❖ MAC-ELISA (capaz de demonstrar anticorpos da classe IgM já na primeira
semana), sendo este último o mais empregado pela especificidade e rapidez de
execução.

Vale ressaltar que independente do teste sorológico utilizado, o diagnóstico será


firmado pela demonstração de aumento de quatro vezes ou mais no título de anticorpos
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específicos, entre as amostras de soro colhidas nas fases aguda e de convalescença da
enfermidade.

As principais limitações dos exames sorológicos para a febre amarela incluem a


possibilidade de ocorrência de reação cruzada com infecções por outros flavivírus e a
não discriminação de anticorpos relacionados a resposta vacinal.

A presença de IgM decorre de infecção recente (2-3 meses) ou atual, deve obter a
história clínica completa para a boa interpretação do resultado laboratorial. ( febre
amarela)
Vale lembrar que a vacinação anti-amarílica também induz a formação de IgM e, por
isso, importa conhecer os antecedentes vacinais do caso suspeito.

• Detecção de antígenos específicos por imunohistoquímica em tecidos:


Em situações que o paciente foi a óbito, e por alguma circunstância não foi coletado
amostra de sangue in vivo.

Nestes casos, é possível a detecção de antígenos específicos por imunohistoquímica


em tecidos de fígado, rins, coração, baço ou cérebro.
Quando for necessário realizar este procedimento as amostras devem ser coletadas
preferencialmente dentro das primeiras oito horas após o óbito.
Duas amostras de tecidos de pelo menos 1 cm3 devem ser obtidas e colocadas em
frascos estéreis com tampa rosca.
Amostras acondicionadas e enviadas de duas formas: congelada a -70º C (para
isolamento viral) e outra fixada em formalina, à temperatura ambiente (para estudos
histopatológicos e/ou detecção de antígenos virais). Os materiais coletados devem ser
encaminhados para os Laboratórios de Referência dos locais de ocorrência dos casos.

• Rotinas De Coleta De Sangue Para Exames Laboratoriais:


Segue abaixo rotina para coleta de materiais biológicos para exame e diagnóstico de
febre amarela.

• Isolamento Viral

❖ Sangue Obtenção da amostra: punção venosa ou punção intracardíaca (Óbito) –


Crianças: 2-5mL Adultos: 10mL – 1° ao 5º dia de doença, armazenar a – 70º C –
no Freezer ou nitrogênio liquido, transporte em Nitrogênio líquido ou gelo seco
e menos de 24 horas após a coleta.
❖ Tecidos Obtenção da amostra: necropsia ou viscerotomia ou usando agulha de
biópsia – Fragmento de 1 cm, coleta: Logo após o óbito (menos de 12 horas e
máximo de 24 horas), armazenar a – 70 º C – Freezer ou nitrogênio líquido,
transporte em Nitrogênio líquido ou gelo seco e menos de 24 horas após a coleta.
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• Sorológico
Coleta – Sangue/soro – Obtenção da amostra: punção venosa ou punção
intracardíaca (óbito), Crianças: 2-5mL Adultos: 10mL, para S1: após o 5º dia de doença.
para S2: 14 a 21 dias após S1. S: amostra única após o 5º dia de doença, armazenar a –
20 º C – Freezer, e transporte em Gelox ou gelo seco.

• Histopatológico e ImunoHistoquímica
Tecido Obtenção da amostra: necropsia ou viscerotomia ou usando agulha de
biópsia, armazenar – Temperatura ambiente, em formalina tamponada, transporte em
temperatura ambiente até 24 horas.

7. TRATAMENTO
Não existe tratamento específico para febre amarela e, por isso, o tratamento é
feito para aliviar os sintomas e evitar o desenvolvimento da forma mais grave da doença,
podendo o tratamento ser realizado em casa desde que orientado pelo clínico geral ou
infectologista.
Nos casos mais graves, o tratamento deve ser feito em internamento no hospital
com soro e remédios na veia, assim como oxigênio para evitar complicações graves,
como hemorragias ou desidratação, que podem colocar em risco a vida da pessoa.

• 7.1. Repouso
O repouso é muito importante para a recuperação de qualquer tipo de infecção,
pois garante que o corpo tem a energia necessária para combater o vírus e acelerar a
recuperação, além de ajudar a aliviar a dor muscular e a sensação de cansaço. Dessa
forma, a pessoa com febre amarela deve ficar em casa e evitar ir à escola ou ao trabalho.

• 7.2. Boa hidratação


Uma correta hidratação é outro dos passos mais importante para combater o vírus
da febre amarela, pois a água é essencial para o bom funcionamento do corpo, incluindo
seu sistema de defesas naturais. Assim, é recomendado que a pessoa ingira cerca de 2
litros de água por dia, que pode ser na forma de água filtrada, água de coco, sucos
naturais ou chás, por exemplo.

• 7.3. Remédios indicados pelo médico

❖ Além do repousa e da hidratação, o médico pode também aconselhar o uso de


alguns remédios, dependendo do tipo de sintomas que a pessoa apresenta. Os
mais comuns incluem:

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❖ Remédios antipiréticos, como o Paracetamol, de 8 em 8 horas para diminuir a
febre e a dor de cabeça;

❖ Remédios analgésicos, como Paracetamol ou Dipirona, para aliviar as dores


musculares;
❖ Protetores do estômago, como Cimetidina e Omeprazol, para evitar gastrite,
úlcera e diminuir risco de sangramento;
❖ Remédio contra vômito, como Metoclopramida para controlar os vômitos.
Não são recomendados os remédios que contenham ácido acetilsalicílico porque
podem causar hemorragias e causar a morte, assim como acontece em caso de dengue.
Alguns remédios que são contraindicados em caso de febre amarela são AAS, aspirina,
Doril e Calmador.

8. PREVENÇÃO
Para prevenir a febre amarela, é importante adotar algumas medidas para evitar a
picada dos mosquitos transmissores, como:
❖ Passar repelente de mosquito várias vezes ao dia;
❖ Evitar focos de água limpa parada, como caixas d'água, latas, vasos de plantas ou
pneus;
❖ Colocar mosqueteiros ou telas de malha fina nas janelas e portas de casa;
❖ Utilizar roupas compridas durante períodos de surto de febre amarela.
❖ Utilizar água tratada com cloro (40 gotas de água sanitária a 2,5% para cada litro)
para regar plantas;
❖ Desobstruir as calhas do telhado, para não haver acúmulo de água;
❖ Não deixar pneus ou recipientes que possam acumular água expostos à chuva;
❖ Manter sempre tapadas as caixas de água, cisternas, barris e filtros;
❖ Colocar os resíduos domiciliares em sacos plásticos fechados ou latões com
tampa;
❖ Não deixar o bico das garrafas para cima.

É também possível prevenir o desenvolvimento da doença através da vacinação, que


é indicada principalmente para as pessoas que moram ou que vão viajar para locais em
que foram relatados casos de febre amarela. Nas áreas de risco, a vacinação deve ser
feita a partir dos seis meses de vida, enquanto nas outras áreas pode ser a partir dos nove
meses.

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• 8.1 Vacinação
A vacina contra a febre amarela faz parte do calendário básico de vacinação da
criança e do adulto em alguns estados do Brasil, sendo obrigatória para pessoas que
residam ou que pretendam viajar para áreas endêmicas da doença, como norte do Brasil
e alguns países de África.
Esta vacina pode ser administrada em pessoas com mais de 9 meses de vida,
especialmente até 10 dias antes de viajar para um local afetado, sendo aplicada por um
enfermeiro, no braço, num posto de saúde. Quem tomou a vacina pelo menos 1 vez na
vida, não precisa voltar a fazer a vacinação antes de viajar, já que se encontra protegido
para o resto da vida. No entanto, no caso dos bebês que fizeram a vacina até aos 9 meses,
é aconselhado fazer uma nova dose de reforço aos 4 anos.
A febre amarela é uma doença transmitida através da picada de mosquito pertencente
ao gênero Haemagogus, Sabethes ou Aedes aegypti, que provoca sintomas como dor de
cabeça intensa, febre, maior sensibilidade à luz, dor muscular e aumento dos batimentos
cardíacos. Conheça mais sobre a febre amarela.

• 8.2 Como tomar


O esquema de vacinação da febre amarela recomendado é:

Idade Como tomar

A partir dos 9 1 dose com reforço aos 4 anos


meses

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A partir dos 2 Tomar a dose de reforço da vacina caso seja morador de
anos região endêmica.

+ de 5 anos (sem Tomar a 1º dose e fazer reforço após 10 anos.


nunca ter tomado
esta vacina)

+ de 60 anos Avaliar cada caso com o médico.

Pessoas que
precisam viajar • Se for a primeira dose dessa vacina: Tomar 1 dose pelo
para áreas menos 10 dias antes da viagem;
endêmicas
• Se já tomou esta vacina antes: Não precisa tomar, já que
apenas uma dose da vacina é suficiente para garantir a
proteção. No entanto, caso a viagem seja para um local em
que está havendo um surto da doença, pode ser indicado
tomar mais uma dose, caso já tenha mais de 10 anos da
primeira.

Os estados brasileiros que requerem a vacinação contra febre amarela são Acre,
Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso, Maranhão e Minas Gerais. Algumas regiões dos seguintes estados
também podem ser indicados: Bahia, Piauí, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A vacina contra a febre amarela pode ser encontrada gratuitamente em Unidades Básicas
de Saúde ou em clínicas privadas de vacinação credenciadas junto à Anvisa.

• 8.3 Como funciona a vacina fracionada


Além da vacina completa da febre amarela, foi também liberada a vacinada
fracionada, que contém 1/10 da composição da vacina completa e que, em vez de
proteger para toda a vida, apenas protege por 8 anos. Durante esse período, a eficácia da
vacina permanece igual e não existe risco aumentado de pegar a doença.

Esta medida foi implementada para permitir que um maior número de pessoas seja
vacinada durante períodos de epidemia e a vacina fracionada pode ser feita nos postos
de saúde gratuitamente.

• 8.4 Como é aplicada a vacina

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A aplicação da vacina contra febre amarela é feita através de uma injeção na pele, por
um enfermeiro. A vacina pode ser aplicada em bebês com mais de 9 meses de vida e em
todas as pessoas que possam estar expostas à febre amarela.

• 8.5 Reações adversas mais comuns


A vacina da febre amarela é bastante segura, no entanto, em alguns casos é possível que
surjam algumas reações adversas, sendo que as mais comuns incluem dor no local da
picada, febre e mal-estar geral.

• 8.5.1 Dor e vermelhidão no local da picada:


A dor e a vermelhidão no local da picada são as reações adversas mais comuns que
podem ocorrer. Além disso, algumas pessoas também sentir que o local se encontra mais
duro e inchado. Estas reações ocorrem em cerca de 4% das pessoas, 1 a 2 dias após a
vacinação.

❖ O que fazer:
para aliviar a do e a inflamação, deve-se aplicar gelo na região, protegendo a
pele com um pano limpo. Caso se verifiquem lesões muito extensas ou limitação de
movimentos, deve-se ir imediatamente ao médico.

• 8.5.2 Febre, dor muscular e de cabeça


Também se podem manifestar efeitos colaterais como febre, dor muscular e dor de
cabeça, que podem ocorrer em cerca de 4% das pessoas, geralmente a partir do 3º dia
após a vacinação.
❖ O que fazer:
Para aliviar a febre, a pessoa pode tomar analgésicos e antipiréticos, como o
paracetamol ou a dipirona, por exemplo, idealmente com orientação de um
profissional de saúde.

• 8.5.3 Choque anafilático


O choque anafilático é uma reação alérgica muito grave, que embora seja rara, pode
ocorrer em algumas pessoas que recebem a vacina. Alguns dos sintomas característicos
incluem dificuldade para respirar, coceira e vermelhidão na pele, inchaço dos olhos e
aumento dos batimento cardíacos, por exemplo. Estas reações ocorrem geralmente nos
primeiros 30 minutos até 2 horas após a vacinação.
❖ O que fazer:

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O Caso se suspeite de choque anafilático deve-se ir rapidamente à urgência médica.
Veja o que fazer em caso de choque anafilático

• 8.5.4. Alterações neurológicas


As alterações neurológicas, como meningismo, convulsões, desordens motoras,
alterações do nível de consciência, rigidez na nuca, dor de cabeça intensa e prolongada
ou torpor são reações extremamente raras, mas também muito graves, que podem
acontecer cerca de 7 a 21 dias após a vacinação. A dor de cabeça intensa e prolongada
é um sintoma frequente e pode ocorrer logo após a vacinação, sendo um sinal de alerta
para possíveis complicações neurológicas.

❖ O que fazer:
perante qualquer um destes sintomas, deve-se ir ao médico o mais brevemente
possível, que deve investigar outras síndromes neurológicas graves.

• 8.6. Quem não deve tomar a vacina


A vacina não é recomendada nos seguintes casos:
❖ Crianças com menos de 6 meses: devido à imaturidade do sistema imune, além
de haver maior risco de reações neurológicas e maior chance da vacina não ter
efeito;
❖ Pessoas acima dos 60 anos: pelo fato do sistema imunológico já estar mais
enfraquecido devido à idade, o que aumenta a chance da vacina não funcionar e
de acontecer reações à vacina.
❖ Durante a gravidez: sendo recomendado apenas em caso de epidemia e após
liberação do médico. No caso das gestantes que moram em regiões com maior
risco de febre amarela, é recomendado que a vacina seja administrada durante o
planejamento da gestação, caso a mulher não tenha sido vacinada na infância;
❖ Mulheres que estejam amamentando bebês com menos de 6 meses: para
evitar reações graves;
❖ Pessoas portadoras de doenças que enfraqueçam o sistema imune: como
câncer ou infecção pelo vírus HIV, desde que sintomáticos e com
imunossupressão grave comprovada por exame laboratorial;
❖ Tratamento com corticoides, imunossupressores, quimioterapia ou
radioterapia: já que também diminui a eficiência do sistema imune;
❖ Pessoas que foram submetidas a transplante de órgãos;
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❖ Portadores de doenças auto-imunes: como o Lúpus Eritematoso Sistêmico e a
Artrite Reumatoide, por exemplo, pois também interferem na imunidade.

Além disso, pessoas que possuem histórico de reações alérgicas graves ao ovo ou
gelatina, também não devem tomar a vacina. Assim, as pessoas que não podem tomar a
vacina contra a febre amarela, devem tomar algumas atitudes para evitar o contato com
o mosquito, como por exemplo uso de calças e blusas de manga comprida, repelentes e
mosqueteiros, por exemplo.

9. COMPLICAÇÕES
As complicações afetam de 5 a 10% dos pacientes com febre amarela e neste caso o
tratamento deve ser feito com internamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Podem ser sinais de complicações a diminuição da urina, apatia, prostração, vômito com
sangue e insuficiência renal, por exemplo. Quando o paciente chega neste estado deve
ser levado para o hospital para que fique internado porque pode ser necessário fazer
hemodiálise ou ser intubado, por exemplo.

• 9.1. Sinais de melhora ou piora


Os sinais de melhora da febre amarela surgem 2 a 3 dias após o início do tratamento e
incluem diminuição da febre, alívio das dores musculares e da dor de cabeça, assim
como redução do número de vômitos.

Já os sinais de piora estão relacionados com a desidratação e, por isso, incluem aumento
do número de vômitos, diminuição da quantidade de urina, cansaço excessivo e apatia.
Nestes casos, é recomendado ir ao pronto-socorro para iniciar o tratamento adequado.

10. CUIDADOS DE ENFERMAGEM


Cuidados e orientações de enfermagem no tratamento e prevenção da febre amarela
incluem1 :

❖ Preoporcionar repouso ao paciente;


❖ Prescrição de Enfermagem;
❖ Incentivar o paciente ao uso de vestes que o cubram correctamente;

❖ Orientar ingestão hídrica adequada;


❖ Avaliar os sinais vitais em intervalos de 4 /4h dependendo muito do estado clinico
do paciente;
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❖ Incentivar alimentação;

❖ Prestar atenção a coloração das mucosa;

CONCLUSÃO

Com base as pesquisas feitas durante o tempo de elaboração do trabalho cocnluimos -


que febre amarela é uma doença infecciosa causada por vírus transmitido por mosquitos,
como o Aedes Aegypti e o Haemagogus sabethes. Após a picada do mosquito, os
sintomas da febre amarela podem demorar até 6 dias para surgirem, podendo haver dor
de cabeça intensa, febre alta e dor muscular generalizada.
Com tudo a sua prevenção, o tratamento, e os seus cuidados são fatores imprescindiveis
Para o Controlo da saude com relação a febre amarela e todas as outras doenças.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Escrito e atualizado por Marcela Lemos - Biomédica, em maio de 2023. Revisão


médica por Drª Sylvia Hinrichsen - Médica Infectologista, em novembro de 2020.
NEVES, David P. Parasitologia Humana. 12 ed. Atheneu, 395-398.

INSTITUTO DE TECNOLOGIA EM IMUNOBIOLÓGICOS - FIOCRUZ. Febre


amarela: sintomas, transmissão e prevenção. Disponível em:
<https://www.bio.fiocruz.br/index.php/febre-amarela-sintomas-transmissao-e-
prevencao>. Acesso em 31 mai 2011

«OMS - Febre amarela». WHO. Consultado em 14 de janeiro de 201 «Febre


Amarela». Portal da Saúde – Ministério da Saúde – www.saude.gov.br. Consultado em
14 de janeiro de 2017
Laboratório de Referência Nacional:
IEC/PA (MacELISA, PCR, Isolamento Viral, Sequenciamento).
Laboratórios de Referência Regional:

IEC/PA (MacELISA, PCR, Isolamento Viral, Sequenciamento): AC, AM, RO, RR, PA,
AP, AL, TO, PI, PE.
FIOCRUZ/RJ (MacELISA, PCR, Isolamento Viral, Sequenciamento): RJ, ES, BA, RN,
CE, MG (MacELISA, Isolamento Viral).
Escrito por Manuel Reis - Enfermeiro. Atualizado por Marcela Lemos - Biomédica,
em abril de 2023. Revisão clínica por Manuel Reis - Enfermeiro, em abril de 2023.
CDC. Yellow Fever Vaccine. Disponível em:
<https://www.cdc.gov/yellowfever/vaccine/vaccine-recommendations.html>. Acesso
em 10 abr 2023MINISTÉRIO DA SAÚDE. Febre amarela - Guia para Profissionais
de Saúde. 2018. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/26/Guia-febre-amarela-
2018.pdf>. Acesso em 13 jun 2019

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