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INTRODUÇÃO
A febre amarela infeta seres humanos, outros primatas e várias espécies de mosqutos.
Nas cidades e é transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti. O
vírus é um vírus ARN do género Flavivirus.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Conjunto de Estruturas conceituais
A febre amarela é uma doença infecciosa causada por vírus transmitido por
mosquitos, como o Aedes Aegypti e o Haemagogus sabethes. Após a picada do
mosquito, os sintomas da febre amarela podem demorar até 6 dias para surgirem,
podendo haver dor de cabeça intensa, febre alta e dor muscular generalizada. Algumas
pessoas podem desenvolver a forma mais grave da doença, que é caracterizada por
vômitos, dor abdominal intensa, olhos e pele amarelados e sangramentos.
Assim, na presença de sinais e sintomas possivelmente indicativos de febre amarela, é
importante que consultar o infectologista ou clínico geral para que sejam feitos exames
e possa ser iniciado o tratamento. Todos os casos de febre amarela devem ser notificados
para as autoridades sanitárias, pois esta é uma doença facilmente transmissível, com alto
risco de provocar um surto. Os sintomas geralmente melhoram ao fim de cinco dias. Em
algumas pessoas, no prazo de um dia após os sintomas melhorarem, a febre regressa,
aparecem dores abdominais e as lesões no fígado causam icterícia. Quando isto ocorre,
aumenta o risco de insuficiência renal.
3. ETIOLOGIA
Em cada ano, a febre amarela causa 200 000 infeções e 30 000 mortes, das quais
cerca de 90% ocorrem em África. Nas regiões do mundo onde a doença é endémica,
vivem cerca de mil milhões de pessoas. É comum nas regiões tropicais da América do
Sul e de África, mas não na Ásia. Desde a década de 1980 que o número de casos de
febre amarela tem vindo a aumentar. Acredita-se que isto seja devido à diminuição do
número de pessoas imunes, ao aumento da população urbana, ao aumento do número de
viagens e às alterações climáticas.
A doença teve origem em África, de onde se espalhou para a América do Sul através
do comércio de escravos no século XVII. Desde então que têm ocorrido vários surtos da
doença na América, em África e na Europa. Nos séculos século XVIII e século XIX, a
febre amarela era uma das mais perigosas doenças infeciosas. Em 1927, o vírus da febre
amarela foi o primeiro vírus humano a ser isolado.
Em 2016, dois surtos de febre amarela urbana relacionados entre si – um em Luanda
(Angola) e o outro em Kinshasa (República Democrática do Congo) – que também
geraram casos exportados da Angola para outros países, dentre os quais a China,
demonstraram que a febre amarela representa uma grave ameaça mundial que requer
novos planejamentos estratégicos.
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Está disponível uma vacina segura e eficaz contra a febre amarela. Alguns países
exigem que os viajantes sejam vacinados. Entre outras medidas para prevenir a infeção
está a diminuição da população dos mosquitos que a transmitem. Em áreas onde a febre
amarela é comum e a vacinação pouco comum, o diagnóstico antecipado e a vacinação
de grande parte da população é essencial para prevenir surtos. O tratamento de pessoas
infetadas destina-se a aliviar os sintomas, não existindo medidas específicas eficazes
contra o vírus A segunda fase da doença, mais grave, provoca a morte de metade das
pessoas que não recebem tratamento.
3.1. Agente Etiologico
Vírus Amarílico, gênero Flavivírus e família Flaviridae. Ele Pertence ao mesmo
gênero e família de outros vírus responsáveis por doença no homem, entre os quais a
Dengue.
4. SINAIS E SINTOMAS
4.1Período de Encubação
O perido de encubação, ou seja os sintomas iniciais da febre amarela surgem 3 a 6
dias após a picada do mosquito, caracterizando a fase aguda da doença.
❖ Pele Amarelados;
❖ Vômitos com Sangue ;
❖ Dor Abdominal Intensa;
❖ Sangramentos do Nariz e dos Olhos.
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5. TRANSMISSÃO
A transmissão da febre amarela acontece através da picada de mosquitos infectados
pelo vírus, principalmente mosquitos do tipo Aedes Aegypti ou Haemagogus
Sabethes, que picaram anteriormente animais ou pessoas também infectadas.
6. DIAGNOSTICOS
Na verdade é difícil concluir um diagnóstico de febre amarela apenas com base nas
manifestações clínicas. Um histórico de viagem recente para áreas silvestres é
importante, pois outras doenças transmitidas por mosquitos também começam de forma
semelhante, como malária e dengue. Para emitir um diagnóstico, o médico necessita de
exames de sangue tradicionais, neste caso, inespecíficos, como hemograma, TGO,
TGP, uréia creatinina e outros. Além dos exames inespecíficos, será necessário realizar
testes laboratoriais específicos para confirmar o diagnóstico da doença.
• Série Branca :
Nos primeiros dias da doença, ocorre leucopenia, de 3.000 a 4.000 células por cm3
com neutropenia e linfocitose. Podendo ter casos de leucócitos estarem em torno de
1.000 a 2.000 leucócitos/cm3. Quando o quadro vai progredindo se acentua a
leucopenia, salvo nos casos em que ocorre infecção bacteriana, onde podemos encontrar
contagens de 15.000 a 20.000 leucócitos.
• Série Vermelha:
Normalmente se encontra normal, entretanto ocorre casos com sangramento grave
em que há queda do hematócrito e da hemoglobina.
• Plaquetas:
Geralmente teremos valores em torno de 50.000/cm3 de sangue, mas
podem apresentar valores ainda mais baixos, uma plaquetopenia mais acentuada.
Velocidade de hemossedimentação VHS: muito baixa, eventualmente zero.
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• Coagulação:
Normalmente os fatores de coagulação são consumidos e quando dosados
apresentam-se alterados, principalmente protrombina, fator VIII e tromboplastina com
modificação dos tempos de sangria – TS, e de coagulação – TC.
• Bioquímica:
TGO e TGP muito elevados. Bilirrubinas elevadas, principalmente à custa de
bilirubbina direita.
• Isolamento do vírus:
Deve ser realizado em amostras de sangue (colhidas nos primeiros seis dias de
doença) ou fígado (biópsia post mortem), a partir do cultivo em células VERO, HELA,
clone C6/36 ou clone AP61.
• Biologia molecular:
O RNA do vírus amarílico pode ser identificado pela técnica de RT-PCR (reverse
transcription – polymerase chain reaction) no soro, plasma ou fragmento de tecidos
(especialmente fígado) – neste último caso, no exame post mortem.
• Pesquisa de anticorpos:
Os exames sorológicos podem ser realizados pelas técnicas de:
❖ Inibição da hemaglutinação.
❖ Fixação do complemento (empregado a partir do sétimo dia de doença).
❖ Neutralização.
❖ MAC-ELISA (capaz de demonstrar anticorpos da classe IgM já na primeira
semana), sendo este último o mais empregado pela especificidade e rapidez de
execução.
A presença de IgM decorre de infecção recente (2-3 meses) ou atual, deve obter a
história clínica completa para a boa interpretação do resultado laboratorial. ( febre
amarela)
Vale lembrar que a vacinação anti-amarílica também induz a formação de IgM e, por
isso, importa conhecer os antecedentes vacinais do caso suspeito.
• Isolamento Viral
• Histopatológico e ImunoHistoquímica
Tecido Obtenção da amostra: necropsia ou viscerotomia ou usando agulha de
biópsia, armazenar – Temperatura ambiente, em formalina tamponada, transporte em
temperatura ambiente até 24 horas.
7. TRATAMENTO
Não existe tratamento específico para febre amarela e, por isso, o tratamento é
feito para aliviar os sintomas e evitar o desenvolvimento da forma mais grave da doença,
podendo o tratamento ser realizado em casa desde que orientado pelo clínico geral ou
infectologista.
Nos casos mais graves, o tratamento deve ser feito em internamento no hospital
com soro e remédios na veia, assim como oxigênio para evitar complicações graves,
como hemorragias ou desidratação, que podem colocar em risco a vida da pessoa.
• 7.1. Repouso
O repouso é muito importante para a recuperação de qualquer tipo de infecção,
pois garante que o corpo tem a energia necessária para combater o vírus e acelerar a
recuperação, além de ajudar a aliviar a dor muscular e a sensação de cansaço. Dessa
forma, a pessoa com febre amarela deve ficar em casa e evitar ir à escola ou ao trabalho.
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❖ Remédios antipiréticos, como o Paracetamol, de 8 em 8 horas para diminuir a
febre e a dor de cabeça;
8. PREVENÇÃO
Para prevenir a febre amarela, é importante adotar algumas medidas para evitar a
picada dos mosquitos transmissores, como:
❖ Passar repelente de mosquito várias vezes ao dia;
❖ Evitar focos de água limpa parada, como caixas d'água, latas, vasos de plantas ou
pneus;
❖ Colocar mosqueteiros ou telas de malha fina nas janelas e portas de casa;
❖ Utilizar roupas compridas durante períodos de surto de febre amarela.
❖ Utilizar água tratada com cloro (40 gotas de água sanitária a 2,5% para cada litro)
para regar plantas;
❖ Desobstruir as calhas do telhado, para não haver acúmulo de água;
❖ Não deixar pneus ou recipientes que possam acumular água expostos à chuva;
❖ Manter sempre tapadas as caixas de água, cisternas, barris e filtros;
❖ Colocar os resíduos domiciliares em sacos plásticos fechados ou latões com
tampa;
❖ Não deixar o bico das garrafas para cima.
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• 8.1 Vacinação
A vacina contra a febre amarela faz parte do calendário básico de vacinação da
criança e do adulto em alguns estados do Brasil, sendo obrigatória para pessoas que
residam ou que pretendam viajar para áreas endêmicas da doença, como norte do Brasil
e alguns países de África.
Esta vacina pode ser administrada em pessoas com mais de 9 meses de vida,
especialmente até 10 dias antes de viajar para um local afetado, sendo aplicada por um
enfermeiro, no braço, num posto de saúde. Quem tomou a vacina pelo menos 1 vez na
vida, não precisa voltar a fazer a vacinação antes de viajar, já que se encontra protegido
para o resto da vida. No entanto, no caso dos bebês que fizeram a vacina até aos 9 meses,
é aconselhado fazer uma nova dose de reforço aos 4 anos.
A febre amarela é uma doença transmitida através da picada de mosquito pertencente
ao gênero Haemagogus, Sabethes ou Aedes aegypti, que provoca sintomas como dor de
cabeça intensa, febre, maior sensibilidade à luz, dor muscular e aumento dos batimentos
cardíacos. Conheça mais sobre a febre amarela.
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A partir dos 2 Tomar a dose de reforço da vacina caso seja morador de
anos região endêmica.
Pessoas que
precisam viajar • Se for a primeira dose dessa vacina: Tomar 1 dose pelo
para áreas menos 10 dias antes da viagem;
endêmicas
• Se já tomou esta vacina antes: Não precisa tomar, já que
apenas uma dose da vacina é suficiente para garantir a
proteção. No entanto, caso a viagem seja para um local em
que está havendo um surto da doença, pode ser indicado
tomar mais uma dose, caso já tenha mais de 10 anos da
primeira.
Os estados brasileiros que requerem a vacinação contra febre amarela são Acre,
Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso, Maranhão e Minas Gerais. Algumas regiões dos seguintes estados
também podem ser indicados: Bahia, Piauí, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A vacina contra a febre amarela pode ser encontrada gratuitamente em Unidades Básicas
de Saúde ou em clínicas privadas de vacinação credenciadas junto à Anvisa.
Esta medida foi implementada para permitir que um maior número de pessoas seja
vacinada durante períodos de epidemia e a vacina fracionada pode ser feita nos postos
de saúde gratuitamente.
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A aplicação da vacina contra febre amarela é feita através de uma injeção na pele, por
um enfermeiro. A vacina pode ser aplicada em bebês com mais de 9 meses de vida e em
todas as pessoas que possam estar expostas à febre amarela.
❖ O que fazer:
para aliviar a do e a inflamação, deve-se aplicar gelo na região, protegendo a
pele com um pano limpo. Caso se verifiquem lesões muito extensas ou limitação de
movimentos, deve-se ir imediatamente ao médico.
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O Caso se suspeite de choque anafilático deve-se ir rapidamente à urgência médica.
Veja o que fazer em caso de choque anafilático
❖ O que fazer:
perante qualquer um destes sintomas, deve-se ir ao médico o mais brevemente
possível, que deve investigar outras síndromes neurológicas graves.
Além disso, pessoas que possuem histórico de reações alérgicas graves ao ovo ou
gelatina, também não devem tomar a vacina. Assim, as pessoas que não podem tomar a
vacina contra a febre amarela, devem tomar algumas atitudes para evitar o contato com
o mosquito, como por exemplo uso de calças e blusas de manga comprida, repelentes e
mosqueteiros, por exemplo.
9. COMPLICAÇÕES
As complicações afetam de 5 a 10% dos pacientes com febre amarela e neste caso o
tratamento deve ser feito com internamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Podem ser sinais de complicações a diminuição da urina, apatia, prostração, vômito com
sangue e insuficiência renal, por exemplo. Quando o paciente chega neste estado deve
ser levado para o hospital para que fique internado porque pode ser necessário fazer
hemodiálise ou ser intubado, por exemplo.
Já os sinais de piora estão relacionados com a desidratação e, por isso, incluem aumento
do número de vômitos, diminuição da quantidade de urina, cansaço excessivo e apatia.
Nestes casos, é recomendado ir ao pronto-socorro para iniciar o tratamento adequado.
CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
IEC/PA (MacELISA, PCR, Isolamento Viral, Sequenciamento): AC, AM, RO, RR, PA,
AP, AL, TO, PI, PE.
FIOCRUZ/RJ (MacELISA, PCR, Isolamento Viral, Sequenciamento): RJ, ES, BA, RN,
CE, MG (MacELISA, Isolamento Viral).
Escrito por Manuel Reis - Enfermeiro. Atualizado por Marcela Lemos - Biomédica,
em abril de 2023. Revisão clínica por Manuel Reis - Enfermeiro, em abril de 2023.
CDC. Yellow Fever Vaccine. Disponível em:
<https://www.cdc.gov/yellowfever/vaccine/vaccine-recommendations.html>. Acesso
em 10 abr 2023MINISTÉRIO DA SAÚDE. Febre amarela - Guia para Profissionais
de Saúde. 2018. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/26/Guia-febre-amarela-
2018.pdf>. Acesso em 13 jun 2019
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