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Dengue / Chicungunha /

Zika Vírus / Febre Amarela

Profª. Ms. Érika Goulart Veloso Ferreira Escobar


7º Período de Fisioterapia
Clínica Médica
Vou te pegar!

Carnaval 2023
Morada do Parque / Moc
Dengue
Dengue

 O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do


Aedes aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em
depósitos de água parada acumulada nos quintais e dentro das
casas.
Dengue

 Existem 4 tipos diferentes desse vírus:

 Os sorotipos 1, 2, 3 e 4.

 Todos podem causar as diferentes formas da doença.


Dengue

 Depois de muitos anos sem registro de nenhum caso de


contaminação, o sorotipo 4 voltou a circular em alguns
estados do Brasil. Especialmente as crianças e os jovens não
desenvolveram imunidade contra ele.

 Por isso e para evitar a dispersão desse vírus, o Ministério da


Saúde determinou que todos os casos suspeitos de dengue 4
sejam considerados de comunicação compulsória às
autoridades sanitárias no prazo de 24 horas.
Sintomas da Dengue

 A grande maioria das infecções é assintomática.

 Quando surgem, os sintomas costumam evoluir em


obediência a duas formas clínicas:

- dengue clássica, forma benigna, similar à gripe.


- dengue hemorrágica, mais grave, caracterizada por alterações
da coagulação sanguínea.
Dengue Clássica

 Nos adultos, a primeira manifestação é a febre alta (39º a


40º), de início repentino, associada à dor de cabeça,
prostração, dores musculares, nas articulações, atrás
dos olhos, vermelhidão no corpo (exantema) e coceira.

 Num período de 3 a 7 dias, a temperatura começa a cair e os


sintomas geralmente regridem, mas pode persistir um
quadro de prostração e fraqueza durante algumas semanas.
Dengue Clássica

 Nas crianças, o sintoma inicial também é a febre alta


acompanhada apatia, sonolência, recusa da
alimentação, vômitos e diarreia. O exantema pode
estar presente ou não.
Dengue Hemorrágica

 As manifestações iniciais da dengue hemorrágica são as


mesmas da forma clássica.

 Entretanto, depois do terceiro dia, quando a febre começa a


ceder, aparecem sinais de hemorragia, como sangramento
nasal, gengival, vaginal, rompimento dos vasos
superficiais da pele (petéquias e hematomas). Em casos
mais raros, podem ocorrer sangramentos no aparelho
digestivo e nas vias urinárias.
Diagnóstico

 O diagnóstico de certeza da dengue é laboratorial.

 Pode ser obtido por isolamento direto do vírus no sangue nos


3 a 5 dias iniciais da doença ou por exames de sangue para
detectar anticorpos contra o vírus (testes sorológicos).

 A prova do laço está indicada nos casos com suspeita de


dengue, porque avalia a fragilidade capilar e pode refletir a
queda do número de plaquetas.
Vacina

 Foi aprovada nesta quinta-feira (02/03/2023), por meio da


Resolução RE 661/23, o registro de uma nova vacina para a
prevenção da dengue. A vacina Qdenga da empresa Takeda
Pharma Ltda é composta por quatro diferentes sorotipos do
vírus causador da doença, conferindo assim uma ampla
proteção contra a dengue.

 O produto está destinado à população pediátrica acima de 6


anos, adolescentes e adultos até 60 anos de idade. Estará
disponível para administração via subcutânea em esquema de
duas doses, com intervalo de 3 meses entre as aplicações.
Recomendações

 Dengue é uma doença que pode evoluir rapidamente da


forma clássica para quadros de maior gravidade.

 A pessoa só desenvolve imunidade para o tipo de vírus que


contraiu e pode infectar-se com outro sorotipo, o que
aumenta o risco de doença hemorrágica.
Recomendações

 A identificação precoce dos casos de dengue é de importância


fundamental para o controle das epidemias.

 Combater os focos do mosquito transmissor é a única


maneira de prevenir a transmissão da doença.
Chikungunya
Chikungunya

 A febre chicungunha é uma doença viral parecida com a


dengue, transmitida por um mosquito comum em algumas
regiões da África.

 Nos últimos anos, inúmeros casos da doença foram


registrados em países da Ásia e da Europa. Em seguida, o
vírus CHIKV foi identificado em ilhas do Caribe e na Guiana
Francesa, país latino-americano que faz fronteira com o
estado do Amapá.
Chikungunya

 O chicungunha está migrando e chegou às Américas.

 No Brasil, a preocupação é que o Aedes aegypti e o Aedes


albopictus, mosquitos transmissores da dengue e da febre
amarela, têm todas as condições de espalhar esse novo vírus
pelo País.
Chikungunya

 Seu ciclo de transmissão é mais rápido do que o da dengue.

 Em no máximo sete dias a contar do momento em que foi


infectado, o mosquito começa a transmitir o CHIKV para
uma população que não possui anticorpos contra ele.

 O objetivo é estar atento para bloquear a transmissão tão


logo apareçam os primeiros casos.
Sintomas da Chikungunya

 Embora os vírus da febre chicungunha e os da dengue tenham


características distintas, os sintomas das duas doenças
são semelhantes.
Sintomas da Chikungunya

 Na fase aguda da chicungunha, a febre é alta, aparece de


repente e vem acompanhada de dor de cabeça, dor
muscular, exantema, conjuntivite e dor nas
articulações.

 Esse é o sintoma mais característico da enfermidade:


dor forte nas articulações, tão forte que chega a impedir
os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre
vai embora.
Sintomas da Chikungunya

 Ao contrário do que acontece com a dengue (que provoca


dor no corpo todo), não existe uma forma
hemorrágica da doença e é raro surgirem complicações
graves, embora a artrite possa continuar ativa por muito
tempo.
Diagnóstico

 O diagnóstico depende de uma avaliação clínica cuidadosa e


do resultado de alguns exames laboratoriais. As amostras de
sangue para análise devem ser enviadas para os laboratórios
de referência nacional.

 Casos suspeitos de infecção pelo CHIKV devem ser


notificados em até 24 horas para os órgãos oficiais dos
serviços de saúde.
Zika Vírus
Zika Vírus

 O Zika virus foi isolado, pela primeira vez, em 1947, num


macaco Rhesus utilizado para pesquisas na Floresta de Zika,
em Uganda, no continente africano.

 Aproximadamente 20 anos depois, ele foi isolado em seres


humanos na Nigéria. Dali, ele se espalhou por diversas
regiões da África e da Ásia e alcançou a Oceania.
Zika Vírus

 É bem possível que o Zika virus tenha entrado no Brasil


trazido por turistas que vieram assistir à Copa Mundial de
Futebol, em 2014.

 Outra hipótese é que tenha sido trazido pelos atletas da


Polinésia Francesa, que participaram de uma competição de
remo no Rio de Janeiro.
Zika Vírus

 O fato é que o Zika virus só foi identificado no nosso país em


abril de 2015, por pesquisadores da Universidade Federal da
Bahia.

 Em pouco tempo, porém, ele se dispersou por 18 estados do


País, levado pelo mosquito Aedes aegipty, o mesmo que serve
de vetor para os vírus da dengue, da febre chikungunya
e da febre amarela.
Zika Vírus

 O Zika é um vírus novo, pouco conhecido. Desde que foi


descrito, pela primeira vez, em Uganda, possivelmente sofreu
várias mutações, que aumentaram sua capacidade de
replicação nas células humanas.

 Segundo os estudos demonstraram, existem duas linhagens


(cepas) diferentes desse vírus: a africana, que infecta
predominantemente macacos e mosquitos, e a asiática, que
infecta mais os seres humanos.
Zika Vírus

 De acordo com pesquisas recentes, ele afeta o sistema imune


e tem predileção pelas células jovens do sistema nervoso
central.

 Estudos indicam que a infecção não é contagiosa, isto é, não


passa de uma pessoa para outra, mas pode ter implicações
bastante graves.
Zika Vírus

 No início, a infecção pelo Zika não despertou maiores


cuidados das autoridades sanitárias, porque aparentemente
causava uma doença de evolução benigna.

 Não havia registro de mortes nem de complicações por esse


vírus na literatura científica mundial.
Zika Vírus

 No Brasil, entretanto, a experiência clínica está mostrando


exatamente o contrário:

- Já foram registradas mortes de pessoas infectadas e


- Há um surto crescente de casos de microcefalia e
síndrome de Guillain-Barré, especialmente nos estados
em que já ficou provada a proliferação do vírus.
Transmissão

 A infecção por ZIKAV é transmitida para uma pessoa sadia


pela picada da fêmea infectada do Aedes aegipty, que necessita
de proteína do sangue para o amadurecimento de seus ovos.

 O vírus já foi identificado no sangue, no leite materno, no sêmen,


na urina e na saliva das pessoas infectadas. No momento, a
atenção das autoridades sanitárias está voltada para o risco de
transmissão por transfusão de sangue e relações sexuais.
Sinais e Sintomas

 Em 80% dos casos a doença pode ser assintomática.

 Quando os sinais aparecem, em geral dez dias depois da


picada, podem ser semelhantes aos da dengue, porém
tão menos agressivos que chegam a ser confundidos com os
sintomas de uma virose banal e passageira.

 Como desaparecem espontaneamente depois de três a sete


dias, na maioria dos casos, as pessoas nem chegam a procurar
assistência médica e não recebem o diagnóstico da doença.
Sinais e Sintomas

 Por isso, é preciso estar atento aos seguintes sintomas que


fazem parte do quadro típico da infecção pelo Zika vírus:

 Febre por volta dos 38 graus;


 Aumento dos gânglios linfáticos;
 Dor de cabeça, no corpo e nas articulações (que pode
durar várias semanas);
Sinais e Sintomas

 Erupção cutânea (exantema maculopapular) acompanhada


de coceira intensa que pode tomar o rosto, o tronco, os
membros e atingir a palma das mãos e a planta dos pés;
 Fotofobia (sensibilidade à claridade intensa);
 Conjuntivite (olhos vermelhos, inflamados, lacrimejantes e
sem secreção purulenta);
 Diarreia, náuseas, mal-estar;
 Cansaço extremo.
Diagnóstico

 O diagnóstico é basicamente clinico. O médico leva em conta


os sintomas e o histórico do doente.

 Existem exames específicos para pesquisar a presença de


anticorpos ou fragmentos dos vírus no sangue do paciente.
Complicações

 Embora a infecção por Zika virus possa passar despercebida,


porque os sintomas não são valorizados, os casos confirmados
de microcefalia indicam que as mães foram infectadas pelo
vírus nos primeiros meses de gravidez.

 De alguma forma, ele provoca uma alteração no sistema


imune que lhe permite atravessar a placenta e alcançar o feto,
impedindo que seu cérebro se desenvolva normalmente. A
criança é considerada portadora de microcefalia, quando seu
perímetro cefálico é menor do que 32 cm.
Complicações

 Estudos recentes indicam também uma ligação entre o Zika


virus e a Síndrome de Guillain-Barré, doença autoimune
que se manifesta depois de infecções por vírus ou bactérias e
ataca os nervos periféricos, que perdem a bainha de mielina.

 Essa desordem do sistema imune provoca fraqueza muscular


e paralisia que, nos casos mais graves, podem pôr em risco a
vida .
Prevenção

 Não existe vacina contra o Zika virus.

 Por enquanto, a única forma de prevenir a infecção é


combater os criadouros dos mosquitos, que proliferam em
depósitos de água parada nas proximidades das residências.
Tratamento

 Não existe tratamento específico contra a infecção pelo Zika


virus.

 Como nas outras viroses, certos medicamentos – analgésicos,


anti-inflamatórios, antialérgicos e colírios – são úteis
para aliviar os sintomas.

 O importante durante a vigência da infecção, é permanecer


em casa, em repouso, redobrar os cuidados com a hidratação
e ingerir uma alimentação saudável e balanceada.
Tratamento

 Atenção: Como acontece nos casos de dengue, remédios que


contêm ácido acetilsalicílico são contraindicados, porque
podem aumentar o risco de hemorragias.
Recomendações

 Verifique, com frequência, se não existem condições para a


proliferação dos mosquitos Aedes aegipty, nos arredores de sua
casa.

 Lembre-se de que esse é um mosquito com hábitos urbanos,


que ataca mais de manhã e ao entardecer, especialmente nos
meses quentes e úmidos;
Recomendações

 Mantenha as janelas e portas fechadas, especialmente de


manhã cedo e no fim da tarde ou coloque telas para dificultar
a entrada dos mosquitos;

 Procure usar, nas horas maior atividade dos mosquitos, calças


compridas e camisas de mangas longas;
Recomendações

 Saiba que os repelentes industriais reduzem, mas não


eliminam o risco das picadas dos mosquitos;

 Aplique os repelentes na área exposta da pele e sobre a


roupa; não passe o produto perto da boca, dos olhos e do
nariz, nem em bebês com menos de seis meses;
Recomendações

 Não se descuide do acompanhamento pré-natal, se está


grávida; se não está, espere um pouco para engravidar.

 Não vale a pena correr o risco de entrar em contato com o


ZIKAV que está associado a complicações bastante graves.
Febre Amarela
Transmissão
Sintomas
Vacina

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