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Febre Amarela

Epidemiologia: Há 47 países, dos quais 34 na África e 13 nas Américas Central e do Sul, que
são endêmicos ou possuem regiões endêmicas de febre amarela. Um estudo modelo baseado
em fontes de dados africanas estima que, em 2013, houve entre 84 mil e 170 mil casos graves
e entre 29 mil e 60 mil mortes pela doença.

Fisiopatologia: O vírus da febre amarela é composto por uma fita simples de RNA com
envelope de sentido positivo que se replicam no citoplasma das células infectadas. O vírus
da febre amarela é um sorotipo único e é conservado antigenicamente, de modo que a vacina
protege contra todas as cepas do vírus.

Sinais e sintomas: A febre amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos infectados.
Os sintomas mais comuns são febres, dores musculares com dor lombar proeminente, dor de
cabeça, perda de apetite, náusea ou vômito. Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem
depois de 3 ou 4 dias.

Diagnóstico: O diagnóstico da febre amarela é realizado mediante métodos virológicos (a


saber, detecção do genoma viral, de antígenos virais ou isolamento viral) e/ou serológicos.
Igualmente a qualquer teste laboratorial, os resultados devem ser considerados de acordo
com o contexto epidemiológico e clínico.

Tratamento: Não há tratamento específico para a doença. O médico deve tratar os sintomas,
como febre, dores no corpo e cabeça, com analgésicos e antitérmicos, e oferecer suporte.

Prevenção: A melhor forma de evitar é por meio da vacinação, que está disponível nas
unidades de saúde. Também se recomenda proteção individual com o uso de roupas de
mangas compridas, repelentes e mosqueteiros.
Dengue

-Epidemiologia: Estimativas recentes indicam 390 milhões de infecções por dengue por ano
(95% de intervalo de credibilidade, 284-528 milhões), dos quais 96 milhões (67-136 milhões) se
manifestam clinicamente, com qualquer gravidade da doença.

Fisiopatologia: A fisiopatogênica da resposta imunológica à infecção aguda por dengue pode


ser primária e secundária. A resposta primária se dá em pessoas não expostas anteriormente
ao flavivírus e o título de anticorpos se eleva lentamente. A resposta secundária se dá em
pessoas com infecção aguda por dengue, mas que tiverem infecção prévia por flavivírus e o
título de anticorpos se eleva rapidamente em níveis bastante altos. A suscetibilidade em
relação à Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) não está totalmente esclarecida.

Sinais e sintomas: Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a


40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça,
dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e
coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns.

Diagnóstico: O diagnóstico da Dengue é feito pelo médico com base nos sintomas
apresentados e exames laboratoriais incluindo sorologia e biologia molecular. Para triagem dos
pacientes, geralmente, são utilizados testes imunocromatográficos, também conhecidos como
testes rápidos.

Tratamento: Não há tratamento específico. A medicação é apenas sintomática, com


analgésicos e antitérmicos (paracetamol e dipirona). Devem ser evitados os salicilatos e os
anti-inflamatórios não hormonais, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de
manifestações hemorrágicas e acidose.

Prevenção: A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito


Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis
criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas,
piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como
tampas de garrafas.
Zika Vírus

Epidemiologia: Em relação aos dados de Zika, até o final de abril, foram notificados 6,2 mil
casos da doença, com taxa de incidência de 3 casos por 100 mil habitantes no país. Houve um
aumento de 289% quando comparado ao mesmo período de 2022, quando 1,6 mil ocorrências
da doença foram notificadas.

Fisiopatologia: Ainda não se sabe exatamente como o vírus zika age no organismo de seres
humanos. De acordo com pesquisas recentes, ele afeta o sistema imune e tem predileção
pelas células jovens do sistema nervoso central

Sinais e sintomas: Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas
articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos.
Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos.

Diagnóstico: O diagnóstico do Zika Vírus é clínico e feito por um médico. O resultado é


confirmado por meio de exames laboratoriais de sorologia e biologia molecular. Todos os
exames estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

Tratamento: Não existe tratamento específico para a infecção pelo vírus Zika. Também não há
vacina contra o vírus. O tratamento recomendado para os casos sintomáticos é baseado no
uso de analgésicos para o controle da febre e da dor. No caso de manchas vermelhas e coceira
na pele, os anti-histamínicos podem ser considerados.

Prevenção: 1 - Mantenha bem tampados: caixas, tonéis e barris de água. 2 - Coloque o lixo em
sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada. 3 - Não jogue lixo em terrenos
baldios. 4 - Se for guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha sempre a boca para baixo.
Chicungunya

Epidemiologia: Foram 13,5 mil diagnósticos de dengue e 1,4 mil de chikungunya. Também
foram identificados 43 casos de Zika. Em 2023, no mesmo período, o cenário continua
preocupante. Os números atuais são 5,2 mil, 4,6 mil e 863, respectivamente.

Fisiopatologia: Os mecanismos fisiopatológicos da dor musculoesquelética e da artrite crônica


após infecção pelo vírus da chikungunya são parcialmente conhecidos. Acredita-se que esses
sintomas sejam decorrentes do escape precoce do vírus da chikungunya do interior dos
monócitos e consequente relocação nos macrófagos sinoviais.

Sinais e sintomas: Chikungunya - Sinais e Sintomas. Febre acima de 39 graus, de início


repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos - dedos, tornozelos e pulsos. Pode
ocorrer, também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de
30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas.

Diagnóstico: O diagnóstico laboratorial da infecção pelo CHIKV pode ser realizado de forma
direta, por meio do isolamento viral e da pesquisa do RNA viral em diferentes amostras
clínicas, ou de forma indireta por intermédio da pesquisa de anticorpos específicos.

Tratamento: O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas. Até o


momento, não há tratamento antiviral específico para chikungunya. A terapia utilizada é
analgesia e suporte.

Prevenção: Jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas,
potes, latas, copos, garrafas vazias etc. Remover folhas, ganhos e tudo que possa impedir a
água de correr pelas calhas. Manter a caixa d’água sempre fechada com tampas adequadas.
Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada.

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