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QUADRO CLÍNICO
A meningitese caracteriza por febre, convulções, cefaleia, intensa, vômitos e sinais de
irritação meníngea, acompanhadas de alterações do LCR. A irritação meníngea associa-
se aos seguintes sinais: Sinal de Kerning (resposta em flexão da articulação do joelho,
quando a coxa é colocada em certo grau de flexão, relativamente ao tronco) e Sinal de
Brudzinski (flexão involuntária da perna sobre a coxa e desta sobre a bacia, ao tentar
fletir a cabeça do paciente), (Peres, 2006).
Crianças de até nove meses podem não apresentar os sinais clássicos de irritação
meningea, sendo que outros sinais e sintomas permitem a suspeita diagnóstica, como
fedre, irritabilidade ou agitação, choro persistente, grito meningeo (criança grita ao ser
manipulada, principalmente quando se flete as pernas para trocar a fralda) e recusa
alimentação, acompanhado ou não de vômitos, convulções e abaulamento da fontanela.
O indivíduo que apresentar três ou mais sinais e sintomas descritos pode ser
considerado caso suspeito de meningite (Idem,2006).
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Três sinais clínicos são classicamente relevantes: rigidez da nuca, febre alta e alteração
do etado mental. No entanto, as três características conjuntamente presentes em menos
da metade dos casos, mas se nenhum desses sinais estiver presente é muito impossível
que se trate de meningite. Em crianças muito pequenas, o diagnóstico pode ser mais
dificil, porque não há queixas de dor de cabeça ea rigidez da nuca nem sempre ocorre
(Filho & Oliveira 2008). Portanto, os dados do exame clínico ajudam a levantar a
suspeita diagnóstica.
DIAGNÓSTICO LAORATORIAL
Segundo Santos (2007), como diagnóstico laboratorial da meningite o estudo do LCR,
hemocultura, raspado de lesões petequais, urina e fezes. A punção liquórica é realizada
naregião lombar, entre as vértebras L1 e S1, entre os espaços L3-L4, L4-L5 ou L5-S1.
Umadas contra-indicações para a punção lombar é a existência de infecção no local da
punção (pio-dermite).
Quando há hipertensão endocraniana grave, um especialistadeve fazer a retirada
cuidadosa do líquor, ou aguardar a melhora do quadro, priorizando-se a análise de
outros espécimes clínicos. Dentre os principais exames parao esclarecimento
diagnóstico de casos suspeitos de meningite, cita-se: Exame quimiocitológico do liquor:
bacterioscopia directa (líquor ou soro); cultura (liquor, sangue, peténquias ou fezes);
contra-imuneletrofonesecruzada (CIE) (liquor ou soro); aglutinação pelo látex (liquor
ou soro).
Perfis de Líquido Cefaloraquidiano nas Meninges
Tipos Leucócitos Proteina Glicose
Meningite 50-10.000
bacteriana (neutrófilos) Elevada Baixa
20-1.000
Meningite viral (infócitos) Ligeiramente elevada Normal
Meningite
tuberculosa 50-10.000 (mistos) Elevada Baixa
50-10.000(mistos ou
Meningite fúngica linfócitos) Elevada Normal
CLASSIFICAÇÃO
A meningite pode ser classificada de acordo com o microrganismo que a desencadeou,
isto é, de acordo com o seu agente etiológico: meningite bacteriana, meningite viral e
meningite fúngica (Devinsky,2001).
MENINGITE BACTERIANA
As meningites bacterianas caracterizam-se por um processo inflamatório das meninges,
em particular da aracnoide e da pia-máter, associado á invasão bacteriana no espaço
subaracnoide (Faria et al., 1999)
Nos países em desenvolvimento, as meninges bacterianas caracterizam um grave
problema de saúde pública, porsua alta taxa de mortalidade, alta prevalência
(especialmente em crianças) e sequelas muitas vezes irreversíveis. Tais caracteristicas
exigem um profundo conhecimento de sua fisiopatologia e indentificação de sinais e
sintomas precoces para que o diagnóstico etratamento melhorem este panorama
(Campéas, 2003).
ETIOLOGIA
Os agentes etiológicos mais frequêntes são a Neisseria meningitidis (meningococo),
Haemophilus influenzae e Streptococcus (pneumococo), estando este último
associamento a uma maior taxa de sequelas, graves e permanentes, e de mortalidade
(Ferreira et al., 2009).
QUADRO CLÍNICO
A meningite bacteriana normalmente apresentam cefaleia, febre, letalgia, vômitos
frequentemente com sinais neurológicos focais e convulsões. Os pacientes podem ter
antecedentes respiratórios ou infecções sinual. Cefaleia e dor nucal são proeminentes e
estão relacionadas á fotofobia, náusea, e vômitos. O meningismo écaracterizado pela
resistência a flesão do pescoço – rigidez da nuca. A proteção das vias aéreas podem ser
comprometidas pelas alterações de consciência e convulsões prolongadas (Santos,
2007).
DIAGNÓSTICO
De acordo com Machado e Gomes (2003), no diagnóstico das meningites bacterianas, as
principais alterações observadas são:
Aumento da pressão do LCR (meninges agudas): hipertensão intra-craniana, com
aumento do volume líquido total, dado pela dificuldade de reabsorção do LCR,
caracterizando a hidrocefalia do tipo comunicante;
Pleiocitose: aumento do número de células;
Predomínio de neutrófilos nucleares;
Proteinas totais elevadas;
Presença de bactéria no sedimento de amostra do LCR, em exame bacteriológico
directo, pelo método de Gram;
Cultura de sedimento positiva em 70 a 90% das amostras;
Pesquisa de antigeno bacteriano feito pelos métodos de contra imunoeletroforese e
provas de aglutinação do látex.