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A) PNEUMONIA
DEFINIÇÃO
Pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões. Pode acometer a região dos
alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às
vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro)
Inflamação do parênquima pulmonar com preenchimento alveolar por exsudato.
A pneumonia é o resultado de um processo infeccioso das vias aéreas inferiores através
da aspiração ou inalação de microrganismos patogênicos
EPIDEMIOLOGIA
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) registra, anualmente, mais de 600 mil
internações por Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) e Influenza. De acordo
com o Ministério da Saúde, houve 44.523 mortes por pneumonia de janeiro a agosto de
2022. No mesmo período do ano passado foram 31.027 óbitos.
Estima-se que ocorram cerca de 156 milhões de casos de pneumonia por ano no
mundo em crianças com idade até cinco anos. Esta ocorrência é predominante nos
países em desenvolvimento, onde são estimados 0,29 casos/criança/ano, enquanto nos
países desenvolvidos são estimados cerca de 0,05 casos/criança/ano.
FISIOPATOLOGIA (RESUMIDO)
Fisiopatologia:
DIAGNÓSTICO
Pneumonia lobar:
Broncopneumonia:
Pneumonia intersticial:
Pneumonia viral:
Exame de sangue e swab ou aspirados das secreções de nasofaringe e orofaringe:
1. Isolamento viral em cultura de células
2. Usado em métodos sorológicos para a detecção de anticorpos IgM, sugestivos de
infecção recente
3. Ou então, métodos imunoenzimáticos, para a detecção de IgG.
QUADRO CLÍNICO
Mal-estar
Febre
Tosse
Dor pleurítica, com piora na inspiração profunda
Taquipneia superficial: sinal que mais vai a favor da pneumonia
Taquicardia
Cianose
Crianças:
Analisaram-se alterações clínicas e de exames complementares
o Temperatura axilar > 39°C
o Exame hematológico com contagem total de neutrófilos > 8.000/mm3 de
sangue
o Exame radiológico exibindo infiltrado pulmonar bem definido, lobar ou
segmentar
Essas alterações clínicas e de exames complementares foram organizadas de
modo a, quando presentes, produzir notas cuja somatória
Elevada (maior que 4): indicaria uma alta probabilidade de pneumonia
bacteriana
Baixa (menor que 4): predição para a etiologia viral em casos infantis de
Pneumonia
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
TRATAMENTO
Viral:
Depende da gravidade do quadro e do agente infectante o A terapia
antiviral está indicada nos casos graves e em imunocomprometidos
Suporte ventilatório para o tratamento da hipóxia
A alta frequência com que infecções bacterianas se associam às virais faz
com que antibióticos, após a análise microbiológica, possam estar
indicados nesses casos
Bacteriana:
Antibiótico terapia específica para os microrganismos envolvidos
Primeira opção para tratar a PAC: betalactêmicos ou macrolídeos
Pacientes não-graves (tratamento domiciliar): o Amoxicilina.
ETIOLOGIA
A etiologia das pneumonias na infância varia de acordo com a faixa etária e o ambiente
onde a infecção é contraída. Vem sofrendo mudanças nos últimos anos devido à
vacinação, principalmente pelas vacinas anti-pneumocócica conjugada e
anti Haemofilus influenzae tipo B (Hib)
Os estudos para identificar a etiologia das pneumonias na infância são muito
heterogêneos e muitos são pré-vacinação contra Pneumococo e Hib. Como a cultura
direta de tecido pulmonar infectado requer técnicas invasivas, estudos publicados
utilizam principalmente exames laboratoriais que fornecem evidência indireta de
etiologia. Estes métodos indiretos incluem cultura nasofaríngea, hemocultura, reação em
cadeia da polimerase e sorologia. Além do uso de métodos indiretos, a interpretação dos
resultados é dificultada pela falta de identificação de um microorganismo em 15 a 35%
dos casos e pela frequência das infecções mistas em 23 a 33% dos casos
No Brasil a vacina para Hib foi introduzida em 1999, enquanto a vacina conjugada
pneumocócica 10-valente (PCV10) foi introduzida em 2010. Um estudo publicado em
2015 mostrou que a vacinação com a PCV10 foi associada à significativa redução das
hospitalizações por pneumonia na infância. Adicionalmente, o estudo evidenciou
importante redução das hospitalizações por pneumonia em grupos etários não vacinados,
sinalizando efeito benéfico indireto conferido pela vacina. Outro estudo publicado em
2016 mostrou que a prevalência de internação por pneumonia adquirida na comunidade
foi 19% menor no período pós‐vacinal em crianças. Os estudos apontam que existe uma
redução global na incidência de pneumonias por pneumococo, porém existe um aumento
de infecção por sorotipos não contemplados na vacina PCV10, principalmente os
sorotipos 19A e 3. Tais sorotipos são contemplados somente na vacina pneumocócica
conjugada 13 valente. No Brasil também existe uma discreta elevação da incidência de
infecção pelo sorotipo 6C além de maior resistência antimicrobiana do sorotipo 19.
DEFINIÇÃO
Infecção viral aguda do trato respiratório inferior que afeta lactentes < 24 meses e
caracteriza-se por disfunção respiratória, respiração ruidosa e crepitação
EPIDEMIOLOGIA.
FISIOPATOLOGIA (RESUMIDO)
DIAGNÓSTICO
QUADRO CLÍNICO
DIGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
A bronquiolite pode ser confundida com uma variedade de afecções agudas e crônicas.
A infecção de vias aéreas superiores é um diagnóstico diferencial que pode ser
descartado à ausculta, uma vez que não se encontra expiração prolongada, sibilos e
estertoração pulmonar nessa condição.
TRATAMENTO
ETIOLOGIA
VSR (76%)
Rinovírus (39%)
Influenza (10%)
Outros: Coronavírus, Bocavírus, Parainfluenza, Metapneumovíru
C) COQUELUCHE
DEFINIÇÃO
EPIDEMIOLOGIA
FISIOPATOLOGIA (RESUMIDO)
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Traqueobronquites
Bronquiolites
Adenoviroses
Laringite
QUADRO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
TRATAMENTO
ETIOLOGIA
Bordetella pertussis
TRATAMENTO
Hospitalização Isolamento Antibiótico terapia
CARACTERIZE INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES
A) FARINGOAMIGDALITE
DEFINIÇÃO
Irritação da orofaringe ou distúrbio inflamatório por infecção que pode estar associado a
uma inflamação podendo ter etiologia viral ou bacteriana.
Tonsilites e faringites são IVAS de ocorrência frequente e autolimitadas,
frequentemente de origem viral, mas podem ser causadas por bactérias, sobretudo o
estreptococo beta-hemolítico do grupo A (EBHGA), responsável pela única infecção
bacteriana na garganta.
As infecções de origem viral correspondem a 75% dos casos em crianças menores de 3
anos.
EPIDEMIOLOGIA
FISIOPATOLOGIA (RESUMIDO)
A Infecção viral com infecção bacteriana associada pode ser um dos mecanismos de
desencadeamento da infecção crônica, mas os efeitos do ambiente, fatores próprios do
indivíduo, dieta, entre outros, podem também estar envolvidos.
IMUNOLOGIA
DIAGNÓSTICO
Em caso duvidoso da etiologia, alguns testes podem ser realizados, como a cultura de
orofaringe (padrão-ouro) e o teste rápido para detecção do antígeno, através do método
de ELISA.
Observar a presença de irritação da região da garganta, presença de (edema e/ou
secreção), analisar o pescoço e verificar se há linfonodomegalia (> 2 centímetro) se
obter confirmação, suspeitar de infecção bacteriana.
QUADRO CLÍNICO
Etiologia viral
Etiologia bacteriana
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
TRATAMENTO
Analgésicos/antitérmicos e hidratação;
Cirurgia
ETIOLOGIA
Virus
Vírus Epstein-Barr, Adenovírus, Herpes simples, Coxsackievírus- A ,vírus sincicial
Bactérias
Estreptococo β-hemolítico do grupo A (EBHGA) (30%), frequente de 3-15 anos.
Haemophillus (15%)
Moraxella catarrhalis (15%)
Staphylococcus aureus (20%)
Pneumococo (1%)
B) RINOSSINUSITE
DEFINIÇÃO
A rinossinusite bacteriana aguda (RSA) é uma complicação comum das infecções das
vias aéreas superiores (IVAS). Patologia Inflamatória sintomática do nariz e dos seios
paranasais e acomete cerca de 7% dos casos. Contato com gotículas infectadas
proveniente de tosse, espirro ou fala.O diagnóstico da RSA é presuntivo em crianças
que apresentam os seguintes sintomas:
Secreção nasal persistente, de qualquer tipo, em qualquer período do dia, ou
tosse com duração maior de 10 dias, sem sinais de melhora;
Piora da evolução da doença, ou seja, recidiva da secreção nasal ou piora da
tosse com aparecimento de febre depois de certa melhora;
Instalação do quadro de forma mais grave, com febre elevada (T> 39º C),
secreção nasal purulenta por mais de três dias consecutivos.
Rinossinusite aguda (RSA): Durabilidade inferior a 12 semanas;
Rinossinusite crônica (RSC):Durabilidade superior a 12 semanas;
Rinossinusite recorrente (RSR):múltiplos episódios 3 episodio em 6 Meses
EPIDEMIOLOGIA
FISIOPATOLOGIA (RESUMIDO)
DIAGNÓSTICO
Avaliação clínica
Anamnese - Obstrução ou congestão nasal ,deve ser caracterizada como uni ou bilateral;
A rinossinusite aguda, geralmente, associada a sintomas bilaterais
Rinorréia
Dor facial ou sensação de pressão sem obstrução nasal
Mudança, redução ou perda do olfato
Exame Físisco
A percussão dos seios e o ato de inclinar-se para frente pode exacerbar a dor/pressão
facial, sendo um sinal indicativo,realizando rinoscopia anterior com otoscópio para
visualizar a secreção.
Exames
Radiologia simples dos seios paranasais, Tomografia computadorizada
QUADRO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Baseado na história e exame físico incluindo dor dental, dor facial nevrálgica (atípica),
dor nas articulações temporomandibulares, migrânea, neuralgia do trigêmeo
TRATAMENTO
ETIOLOGIA
C) LARINGOTRAQUEÍTES
DEFINIÇÃO
EPIDEMIOLOGIA
FISIOPATOLOGIA (RESUMIDO)
Inicio da infecção viral na cavidade nasal, progredindo para a Região da faringe através
do epitélio respiratório da laringe, podendo progredir e acometer a traqueia.
Mediante a lesão do epitélio respiratório, teremos diferentes achados no exame físico.
Há inflamação difusa, eritema e edema das paredes da traqueia e alteração de
mobilidade das cordas vocais. A mucosa da região subglótica é pouco aderente,
permitindo a formação de um edema significante com potencial comprometimento das
vias aéreas. Em lactentes, 1 mm de edema na região subglótica, causa 50% de
diminuição do calibre da traqueia.
DIAGNÓSTICO
Classificação de Wesley
Laringite leve: Sem estridor e sem tiragem em repouso.
Laringite moderada: Estridor e tiragem ligeira/moderada em repouso, alguma
limitação do discurso e alimentação.
Laringite grave: Estridor e tiragem grave em repouso, agitação ou prostração,
taquicardia, limitação franca do discurso e alimentação.
Exames Radiológicos
Estreitamento da traqueia subglótica (sinal da ponta de lápis ou torre da igreja),50% das
crianças com crupe viral clínica apresenta radiografia cervical norma, sendo mais
indicado em presença de corpo estranho.
QUADRO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
TRATAMENTO
ETIOLOGIA
DEFINIÇÃO
Comum até os 3 anos de vida, infecção bacteriana ou viral da região média da orelha,
podendo estar associado a infecção do trato respiratório superior, A otite média aguda é
definida como a presença de líquido preenchendo a cavidade da orelha média associada
a pressão, com início abrupto.
EPIDEMIOLOGIA
FISIOPATOLOGIA (RESUMIDO)
O sistema tuba auditiva-orelha média pode ser comparado a um frasco, onde a abertura
do frasco representa o orifício nasofaríngeo, a parte mais estreita é a região cervical, o
istmo da tuba; e a porção do bulbo (cavidade do frasco), a orelha média.
Na criança, o curto istmo não protege como no adulto, levando a refluxo para dentro do
frasco. Outro fator importante é a posição supina, adotada pela criança para
alimentação, que aumenta a possibilidade de refluxo e, dessa forma, a incidência de
otite média.
DIAGNÓSTICO
QUADRO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Perfuração traumática
TRATAMENTO
ETIOLOGIA
Bacteriana Viral
Streptococcus pneumoniae (40%) Vírus respiratório sincicial (RS)
Haemophilus influenza não tipável (25%) Influenza
Moraxella catarrhalis (10%) Parainfluenza
Streptococcus do grupo A (2%) Adenovírus
Staphylococcus aureus (2%)
E) RESFRIADO
DEFINIÇÃO
É o acometimento leve de vias aéreas superiores por um dos 200 subtipos de vírus
associados ao resfriado, dentre os mais frequentes são rinovírus (Resfriado) e seguido
do parainfluenza,coronavírus, vírus sincicial respiratório (VSR), influenza (Gripe) ,
coxsackie, adenovírus e outros mais raros.
Presença de inflamação da mucosa nasal, obstruindo os óstios dos seios paranasais e
tubária e acarretando a instalação de infecção bacteriana secundária (sinusite e otite
média aguda).
Apresentando febre alta, prostração, mialgia e calafrios. A Febre, diarréia, vômitos e dor
abdominal são comuns em crianças mais jovens. Tosse e fadiga podem durar várias
semanas .A gripe, causada pelo vírus da influenza é classificada separadamente do
resfriado comum, caracterizando-se por um quadro de IVAS com repercussão clínica.
Transmissão: contato direto ou indireto por gotículas produzidas pela tosse e espirros
Incubação: 2-5 dias
EPIDEMIOLOGIA
FISIOPATOLOGIA (RESUMIDO)
A mucosa nas regiões nasal e da garganta são infectadas algumas horas ou dias antes do
aparecimento dos primeiros sintomas do resfriado. Durante o período inicial de
incubação, a defesa imunológica do corpo ainda está tentando prevenir o aparecimento
do resfriado. Somente quando isso falhar, a infecção semelhante à gripe se
desenvolverá. Os primeiros sintomas se caracterizam um resfriado com o quadro
clássico de espirros, coriza, irritação na garganta.
3 Fases Típicas
DIAGNÓSTICO
QUADRO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
TRATAMENTO
ETIOLOGIA