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Asma, bronquiolite e pneumonia associada a disciplina

de Enfermagem na Saúde da Criança e do Adolescente


I

Unifran

Franca, Maio 2021


Curso: Bacharelado em Enfermagem

Disciplina: Enfermagem na Saúde da Criança e do Adolescente I

Docente: Prof: Ms. Fabrício Ribeiro de Campos

Alunos:
Graziela Ornellas Merli
RGM: 2326091577

Deborah Soares da Silva


RGM: 2082044-5

Sávio Pereira Guerra


RGM: 21338493

Vanessa Gabrieli dos Santos


RGM: 2089387-6
Asma
 Doença inflamatória crônica das vias
respiratórias, que se expressa pela
redução ou obstrução no fluxo do ar
respirado, devido ao edema da mucosa
dos brônquios, à hiperprodução de muco
nas vias aéreas.
 A asma é uma doença frequente na infância
e uma das principais causas de atendimento
médico eletivo ou de urgência, de
absenteísmo escolar e de internações
Prevalência da doença hospitalares. No Brasil, 13 a 20% das
crianças apresentam asma.
 Um terço dos casos começa ainda no
primeiro ano e 90% antes dos 5 anos. Em
muitos desses lactentes e pré-escolares, a
doença tende a regredir com a idade.
Fisiopatologia
Quando as vias aéreas
inflamadas são expostas a vários
estímulos ou fatores
desencadeantes tornam-se hiper-
reativas e obstruídas, limitando o
fluxo de ar através de bronco
constrição, produção de muco e
aumento da inflamação.
Manifestações Clínicas
 Os sintomas podem ocorrer em conexão com a exposição
ao alérgeno, exercícios, ar frio, ar seco e infecções das vias
aéreas. Outros irritantes, como odores fortes ou fumaça de
cigarro, também podem desencadear uma crise.
 Para realizar o gerenciamento da asma do paciente, é
importante identificar e minimizar a exposição dele aos
desencadeantes.
 Geralmente, a asma causa pelo menos um ou mais dos
seguintes sintomas:
 Respiração ofegante
 Tosse
 Falta de ar
 Aperto no peito
Diagnóstico  O diagnóstico de asma se dá mediante a
identificação de critérios clínicos e funcionais, obtidos
pela anamnese, exame físico e exames de função
pulmonar (espirometria).
 Em crianças até os cinco anos o diagnóstico é
eminentemente clínico, pela dificuldade de realização
de provas funcionais
Tratamento
Na crise aguda (exacerbação), empregamos medicamentos que abrem rapidamente os brônquios.
São os bronco dilatadores. Podem ser veiculados através de bombinhas pressurizadas, ou inaladores
de pó, ou por nebulizações. Estes medicamentos devem ser utilizados como drogas de alívio, ou
seja, quando há crises agudas de falta de ar.

A asma é considerada uma doença inflamatória. Deve ser tratada, portanto, com anti-inflamatórios, também se
usa corticoides

Controle ambiental
 Redução da exposição aos ácaros
 Redução da exposição ao cigarro
 Redução da exposição aos animais, principalmente os que tem mais pelos
 Redução da exposição ao mofo.
Assistência de Enfermagem

 A enfermagem pode assumir um papel


fundamental na prevenção e
consciencialização, promovendo a
importância do correto cumprimento do
tratamento, fundamental para o controlo da
asma, bem como fomentando medidas de
vida saudável e ensinando como evitar
fatores desencadeantes, sobretudo na
asma alérgica.
 A bronquiolite é a inflamação dos bronquíolos, uma das
regiões mais profundas das vias aéreas dos pulmões.
Bronquiolite  A doença é habitualmente causada por uma infecção viral e
acomete, principalmente, crianças com menos de dois anos.
 A maioria dos casos de bronquiolite são
causadas pelo vírus sincicial respiratório .
 Este é um vírus comum que costuma
infectar crianças até os dois anos de idade,
Agentes causadores principalmente durante as estações frias do
ano, com pico maior durante o inverno.
 Mas a bronquiolite também pode ser
causada por outros vírus incluindo
influenza, parainfluenza, metapneumovírus,
bocavírus e enterovírus.
Prevalência da doença

 Ocorre em menores de 2 anos de idade com


pico de incidência entre 2 e 6 meses.

 É a doença mais comum do trato respiratório


inferior no primeiro ano de vida.

 Pode acometer até 30% dos lactentes e a


maioria dos casos é leve.

 Aproximadamente 2% dos casos exigem


internação e, desses, 1 O a 15% necessitam
de terapia Intensiva e a mortalidade atinge
0,5%.
Fisiopatologia

 O vírus se alastra do trato


respiratório alto para o médio e
pequenos brônquios e bronquíolos,
causando necrose epitelial e
iniciando uma resposta inflamatória.

 O aparecimento de edema e
exsudato é o resultado da obstrução
parcial mais pronunciada na
expiração e leva ao aprisionamento
do ar nos alvéolos.

 A obstrução completa e a absorção


do ar aprisionado podem levar a
múltiplas áreas de atelectasia, o que
pode ser exacerbado ao respirar
concentrações altas de oxigênio
inspirado.
Manifestações clinicas

 Na bronquiolite os sintomas surgem após 2 a 5 dias de


resfriado, apresentando o seguinte quadro:
 Recusa alimentar.

 Cansaço para mamar.

 Letargia e sonolência.

 Broncoespasmo (chiado no peito).

 Tosse persistente, que pode durar por mais de 2


semanas.
 Nos casos de bronquiolite grave, a
criança pode apresentar:

 Dificuldade respiratória, caracterizada


por frequências respiratórias elevadas,
geralmente acima de 60 incursões por
minuto e uso da musculatura abdominal
e intercostal durante a respiração.

 Cianose (ponta dos dedos e lábios


arroxeados).

 Rebaixamento do nível de
consciência.
É essencialmente clínico, após obter os dados
da história e do exame físico do cliente.
O raio de tórax, hemograma e pesquisa de
vírus respiratório não é feito de rotina, mas
para aqueles que ficarão internados pode ser
Diagnóstico de grande valia.
O raio- X de tórax pode ser feito para
diferenciar a bronquiolite de outras doenças,
como uma pneumonia, ou uma atelectasia,
que ocorre quando uma região do brônquio
está fechada, seja por edema ou acúmulo de
secreção.
Tratamento

 Por segurança, todo bebê menor que 6 meses com quadro de infecção respiratória deve ser
avaliado pelo pediatra.
 Nos casos mais leves, o tratamento pode ser feito em casa, com repouso, antipiréticos e
soro nasal. Nebulização com soro também pode ajudar. Se houver algum grau de
broncospasmo, a nebulização com broncodilatadores está indicada conforme prescrição
médica
 Os bebês que ainda mamam costumam ficar mais cansados, não conseguindo mamar com
a mesma eficiência..
 Oxigenoterapia: Por cânula nasal tipo óculos ou máscara facial, é a medida terapêutica mais
importante.
 Antitérmicos conforme necessário
Assistência de Enfermagem

 Monitorar ruídos respiratórios: roncos, sibilos ou estertores com a finalidade de


identificar a presença de secreções ou estreitamento das vias aéreas;

 Monitorar padrão respiratório: dispneia, taquipneia, taquidispneia, bradispneia


são sinais que fornecem parâmetros para avaliar o tratamento;

 Observar expansibilidade pulmonar;

 Realizar ausculta pulmonar e determinar a necessidade de aspiração;

 Auscultar sons pulmonares após o tratamento e anotar resultado;

 Monitorar saturação menor que 94% aumento de agitação e ansiedade, pois a


criança pode estar em sofrimento respiratório;
 Manter o paciente lateralizado para prevenir broncoaspiração;

 Manter o paciente em decúbito elevado e a região cervical híper estendida,


abrindo assim as vias respiratórias facilitando a entrada e saída do ar através da
traqueia;

 Aspirar as vias aéreas quando necessário, para mantê-las pérvias;

 Identificar pacientes que requerem inserção potencial ou real de via aérea


artificial, evitando o estresse de uma intervenção de emergência;

 Monitorar saturação, administrar tratamento com aerossol de forma adequada;

 Monitorar a gasometria arterial para acompanhar a eficácia do tratamento;

 Administrar alimentação por sonda SOG ou SNE como medida preventiva para
evitar a broncoaspiração. Os lactentes com bronquiolite têm crises de tosse que
surgem de forma repentina.
Pneumonia
 A pneumonia é uma reação inflamatória do
pulmão causada por vários micro-
organismos, viros ou bactérias Pode
acometer a região dos alvéolos pulmonares
onde desembocam as ramificações terminais
dos brônquios e, às vezes, os interstícios.
Agentes causadores

 A pneumonia é definida como infecção dos alvéolos ou do espaço intersticial pulmonar


tendo como agentes etiológicos uma gama significante de microrganismos (Mycoplasma,
Chamidoplila vírus, Pneumococo haemophilus, Moraxella catarrhalis) ou até mesmo por
reações alérgicas e produtos tóxicos.
 Nesse sentido, a resposta inflamatória do organismo frente ao agente infecioso configura o
quadro da doença.
Prevalência da doença

 A pneumonia é a causa de cerca de 25%


das mortes de crianças em países
subdesenvolvidos e de 1 a 3% nos países
desenvolvidos.
 Essa diferença é explicada principalmente
por fatores de risco como desnutrição,
problemas socio econômicos, dificuldade
de acesso a atenção primária de saúde de
qualidade.
 A melhora desses índices vem reduzindo
em cerca de 25% a mortalidade por essa
causa em cada década. No Brasil, essa
queda foi maior, mas a mortalidade é
ainda muito alta.
Fisiopatologia  Um processo infeccioso das vias aéreas inferiores através da
aspiração ou inalação de microrganismos patogênicos.

 Ao chegar ao pulmão, microrganismos envolvidos colonizam e


invadem a região.

 Em indivíduos imunocomprometidos, até mesmo bactérias de


média e baixa virulência podem estar relacionadas.

 Assim, levam a um quadro de infecção do parênquima


pulmonar, região importante para as trocas gasosas de
competência do sistema respiratório.

 Logo, os bronquíolos e alvéolos são preenchidos por


exsudato inflamatório, dificultado a hematose e levando ao
quadro clássico de insuficiência respiratória.
 Febre

 Respiração acelerada

 Respiração ruidosa

Manifestações  Perda de apetite e recusa alimentar

clinicas
 Dor abdominal

 Muitas vezes, no entanto, a criança pode


apresentar os sintomas isoladamente, como
apenas febre e tosse; ou somente
dificuldade e aceleração da respiração.
Diagnóstico

 Diagnóstico da pneumonia bacteriana pode ser


feito através de exames

 Raio X do tórax

 Tomografia computadorizada do tórax

 Exame de sangue

 Exame de escarro.
Tratamento

 O tratamento da pneumonia requer o uso de antibióticos,


de acordo com a recomendação médica. No entanto, em
alguns casos, o médico pode recomendar que o
tratamento seja complementado com sessões diárias de
fisioterapia respiratória para retirar as secreções dos
pulmões e facilitar a respiração.

 Quando a pneumonia se encontra numa fase mais


avançada ou no caso de bebês , pode ser necessário ficar
hospitalizado para iniciar antibioticoterapia via
endovenosa e uso de oxigenoterapia.

 A internação hospitalar pode fazer-se necessária quando


a criança apresenta dificuldades para respirar, baixos
níveis de oxigênio no sangue, excesso de sono.
 Avaliar o cliente quanto à ocorrência de febre,
calafrios, sudorese noturna, dor do tipo pleurítico,
fadiga, taquipneia, uso dos músculos acessórios
para a respiração, bradicardia ou bradicardia
relativa, tosse e escarro purulento
 Monitorar o cliente: alterações na temperatura e no
pulso; quantidade, odor e coloração das secreções;
frequência e intensidade da tosse; grau de
Assistência de taquipneia ou falta de ar.

Enfermagem  Dor aguda.


 Padrão Respiratório insuficiente
 Intolerância a atividade.
 Nutrição desequilibrada: menor do que as
necessidades corporais.
 Hipertermia
Referências Bibliográficas

• https://www.thermofisher.com/diagnostic-education

• http://www.blog.saude.gov.br/

• http://www.sbai.org.br/

• https://www.minhavida.com.br/saude/temas/bronquiolite#:~:text=A%20maioria%20dos%20casos
%20de%20bronquiolite%20s%C3%A3o%20causadas,ano%20%E2%80%93%20com%20pico%2
0maior%20durante%20o%20inverno
.

• https://www.spsp.org.br/site/asp/boletins/AT2-2.pdf

• https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/dist%C3%BArbios-respirat%C3%B3rios-
em-crian%C3%A7as-pequenas/bronquiolite

• https://www.mdsaude.com/pediatria/bronquiolite/
• https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/174678/pdf/0

• https://www.minhavida.com.br/saude/temas/pneumonia

• https://www.tuasaude.com/pneumonia-bacteriana/

• https://www.tuasaude.com/pneumonia-bacteriana/

• http://hospitalsaomatheus.com.br/blog/pneumonia-sintomas-fatores-de-risco-e-como-tratar/

• file:///C:/Users/casa/Downloads/211-627-1-PB.pdf

• https://pebmed.com.br/pneumonia-saiba-como-e-a-abordagem-do-enfermeiro/

• http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132006000400013

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