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A rinite alérgica frequentemente coexiste com a asma, Pacientes com exacerbação grave e insuficiência
porém, não está estabelecido se as duas são respiratória iminente classicamente têm alguma
manifestações diferentes do mesmo processo alérgico combinação de alteração da consciência, cianose,
ou se a rinite é um deflagrador distinto de asma. pulso paradoxal > 15 mmHg, saturação de oxigênio <
90%, Paco2> 45 mm Hg ou hiperinsuflação. Raramente,
RESPOSTA observam-se pneumotórax e pneumomediastino na
radiografia do tórax.
Na presença de deflagradores, há estreitamento
reversível das vias respiratórias e ventilação pulmonar Os sinais e sintomas desaparecem entre as
desigual. A perfusão relativa excede a ventilação exacerbações, embora seja possível auscultar sibilos
relativa em regiões pulmonares distais às vias suaves durante a expiração forçada, após esforço e em
respiratórias estreitadas; assim, a tensão alveolar de repouso, em alguns pacientes assintomáticos. A
oxigênio cai e a de dióxido de carbono aumenta. A hiperinsuflação dos pulmões pode alterar a parede
maioria dos pacientes pode compensar pela torácica de pacientes com asma descontrolada e de
hiperventilação, mas em exacerbações graves, a ação prolongada, acarretando tórax em forma de
broncoconstrição difusa provoca aprisionamento barril.
intenso de gás, coloca os músculos respiratórios em
uma desvantagem mecânica profunda, de modo que o Todos os sinais e sintomas são inespecíficos, reversíveis
trabalho respiratório aumenta. Sob essas condições, com o tratamento em período apropriado e,
ocorre agravamento da hipoxemia e do esforço caracteristicamente, desencadeados pela exposição a
excessivo e eleva-se a Paco2. Podem ocorrer acidose um ou mais deflagradores.
respiratória e acidose metabólica que, se não tratadas,
causam parada respiratória e cardíaca. PNEUMONIA
prematuros, lactentes menores do que um ano, Os principais fatores de risco para PAC são:
desnutridos ou em pacientes com doença de base. desnutrição, baixa idade, comorbidades e gravidade da
Apresenta quadro radiológico multiforme, as lesões doença, que podem concorrer para o óbito. Outros
não respeitam a segmentação pulmonar, podem ser fatores, como baixo peso ao nascer, permanência em
únicas ou múltiplas, dispersas ou confluentes, de creche, episódios prévios de sibilos e pneumonia,
limites irregulares, uni ou bilaterais. Nos casos de ausência de aleitamento materno, vacinação
pneumonia pelo estafilococo é comum o encontro de incompleta, variáveis socioeconômicas e variáveis
pneumatoceles ou derrame pleural. ambientais, também contribuem para a morbidade e a
mortalidade.
PNEUMONIAS LOBARES O U SEGMENTARES
Etiologia: Vários estudos apontam os vírus como os
São processos inflamatórios comprometendo principais agentes de PAC em crianças até 5 anos em
homogeneamente um lobo, lobos ou segmentos países desenvolvidos. O vírus sincicial respiratório
pulmonares. Geralmente, são causados pelo (VSR) é o mais frequentemente encontrado, seguido
pneumococo ou outras bactérias. Podem ser dos vírus influenza, parainfluenza, adenovírus e
visualizados broncogramas aéreos. São mais rinovírus. Menos frequentemente, outros vírus podem
frequentes em lactentes acima de seis meses de idade causar PAC, como varicela-zóster, corona‑vírus,
e, principalmente, em crianças maiores. enterovírus, citomegalovírus, vírus Epstein-Barr,
herpes simples, vírus da caxumba e do sarampo e
PNEUMONIAS INTERSTIC IAIS hantavírus. Mais recentemente, o metapneumovírus
De forma geral, são causadas por vírus ou Mycoplasma, humano (HMPV), o bocavírus e um coronavírus
apresentandose com sinais de aumento da trama mutante – associado à síndrome respiratória aguda
broncovascular, espessamento peribrônquico e grave (SARS) – têm sido associados à PAC. Os vírus
hiperinsuflação. Progressivamente, podem ocorrer podem ser responsáveis por até 90% das pneumonias
áreas de consolidação associadas ao aparecimento de no 1º ano de vida e por 50% dos casos na idade escolar.
atelectasias.
Os agentes bacterianos, por outro lado, são os
principais responsáveis pela maior gravidade e
PNEUMONIA VIRAL
mortalidade por PAC na infância. O Streptococcus
O vírus sincicial respiratório (RSV) é responsável pela pneumoniae ou pneumococo é o principal agente
maioria dos casos de pneumonia, especialmente bacteriano de PAC.
durante a lactância, porém o parainfluenza,
adenovírus, rinovírus, varicela-zóster, influenza, CMV, Avaliação clínica e diagnóstico: Os principais sinais e
herpes-simples e enterovírus também podem causar sintomas da PAC são febre, tosse, frequência
pneumonia. respiratória elevada (taquipneia) e dispneia, de
intensidades variáveis. Sintomas gripais são comuns,
Manifestações Clínicas: A maioria das pneumonias bem como otite média. Algumas crianças apresentam
virais é precedida por vários dias de sintomas dor abdominal, principalmente quando há
respiratórios, como tosse, coriza e obstrução nasal. envolvimento dos lobos pulmonares inferiores.
Embora a febre geralmente esteja presente, a
temperatura costuma ser mais baixa do que na Sinais de perigo para crianças menores de 2 meses são:
pneumonia bacteriana (muito embora isso não seja FR ≥ 60 irpm, tiragem subcostal, febre alta, recusa do
critério absoluto). Uma infecção grave pode ser seio materno por mais de 3 mamadas, sibilância,
acompanhada de cianose e dificuldade respiratória. estridor em repouso, sensório alterado com letargia,
sonolência anormal ou irritabilidade excessiva. Entre as
maiores de 2 meses de vida, os sinais são: tiragem
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pneumoniae. Esses são agentes causadores de Sinais e sintomas semelhantes do resfriado comum,
pneumonias atípicas. Os métodos invasivos, como mas habitualmente em maior intensidade e duração
broncoscopia, lavado broncoalveolar e biópsias
Manifestações respiratórias de maior gravidade, como
pulmonares, seriam indicados em situações
falta de ar, podem estar presentes nos casos
excepcionais, quando a evolução da PAC for
complicados
desfavorável.
FORMAS DE PROPAGAÇÃO
DIFERENCIAR RESFRIADO E GRIPE
São semelhantes nos casos de gripe e resfriados.
A gripe é uma infecção respiratória, que pode ser mais
ou menos grave e é causada pelo vírus da Influenza. O
CONHECER AS INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
resfriado também é uma infecção respiratória viral,
mas existem dezenas de vírus diferentes que podem PNEUMONIA
provocar o resfriado, como Rinovírus, Adenovírus,
A pneumonia é a inflamação aguda dos pulmões
Parainfluenza.
causada por infecção. Em geral, o diagnóstico inicial
A febre não costuma aparecer nos resfriados, exceto baseia-se em radiografia de tórax e achados clínicos.
em crianças pequenas. Já na gripe, a febre é comum e Causas, sintomas, tratamento, medidas preventivas e
costuma ser acima de 38ºC, principalmente nas prognóstico diferem dependendo de a infecção ser
crianças. A gripe deixa o paciente mais prostrado, com bacteriana, micobacteriana, viral, fúngica ou
dor de cabeça e, frequentemente, com dor nos parasitária; se é adquirida na comunidade, no hospital
músculos e articulações. No resfriado, o paciente tem ou outro local associado a cuidados de saúde; ou se
coriza, tosse e espirros, mas encontra-se mais ou desenvolve-se em um paciente imunocompetente ou
menos bem-disposto. imunocomprometido.
Quando se trata de gripes e resfriados, o melhor A causa mais comum de pneumonia em adultos > 30
remédio é a prevenção. E, medidas simples podem anos é:
ajudar a não ter os incômodos sintomas dessas
• Infecção bacteriana
doenças. No dia a dia, lave com frequência as mãos,
procure uma alimentação balanceada consumindo Streptococcus pneumoniae é o patógeno mais comum
menos alimentos gordurosos e mais alimentos cheios em todas as faixas etárias, ambientes e regiões
de vitaminas e minerais. Uma boa estratégia é comer geográficas. No entanto, patógenos de qualquer
frutas e salada. Tomar bastante água é fundamental. espécie, de vírus a parasitas, podem causar
pneumonia.
SINAIS E SINTOMAS
As vias respiratórias e os pulmões são constantemente
RESFRIADOS: expostos a patógenos no ambiente externo; as vias
respiratórias superiores e a orofaringe em particular
Febre (menos comum e com temperaturas baixa)
são colonizadas pela assim chamada flora normal. A
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microaspiração desses agentes patogênicos do trato diagnósticos atualmente disponíveis. Entretanto, como
respiratório superior é uma ocorrência regular, mas os patógenos e resultados tendem a ser semelhantes
esses patógenos são prontamente combatidos pelos em pacientes em ambientes semelhantes e com
mecanismos de defesa do pulmão do hospedeiro. A fatores de risco semelhantes, as pneumonias podem
pneumonia se desenvolve quando ser categorizadas como
Os sintomas incluem obstrução e congestão nasal, à radiação, a menos que haja sinais de complicações
rinorreia purulenta, dor ou pressão facial; às vezes, há orbitais ou intracranianas
mal-estar, cefaleia e/ou febre.
RINITE
Sinusites agudas e crônicas ocasionam sinais e
Rinite é a inflamação da membrana mucosa nasal, com
sintomas similares, incluindo rinorreia purulenta, dor e
consequente congestão nasal, rinorreia e diversos
pressão facial, congestão e obstrução nasal, hiposmia,
sintomas associados, dependendo da etiologia (p. ex.,
halitose e tosse produtiva (especialmente noturna).
prurido, espirros, rinorreia aquosa ou purulenta,
Com frequência, a dor é mais intensa na sinusite aguda.
anosmia).
A área sobre o seio acometido pode ficar sensível,
inchada e eritematosa. A rinite é classificada como alérgica ou não alérgica. A
causa da rinite não alérgica geralmente é viral, embora
Sinusites maxilares causam dor na região maxilar,
substâncias irritantes possam desencadeá-la. O
dor dentária e cefaleia frontal.
diagnóstico costuma ser clínico.
A sinusite frontal provoca dor na região frontal e
O tratamento é feito com a umidificação do ar
cefaleia frontal.
ambiente, uso de aminas simpatomiméticas e anti-
A sinusite etmoidal causa dor atrás e entre os olhos, histamínicos. A superinfecção bacteriana requer
cefaleia frontal geralmente descrita como lancinante, tratamento antibiótico adequado.
celulite periorbitária e lacrimejamento.
RINITE NÃO ALÉRGICA
Sinusite esfenoidal causa dor referida menos bem
Tipos:
localizada na região frontal ou occipital.
a) Rinite aguda
Pode haver mal-estar. Febre e calafrios sugerem
extensão da infecção além dos seios paranasais. A rinite aguda, que se manifesta com edema e
vasodilatação da membrana mucosa nasal, rinorreia e
TRATAMENTO obstrução, é geralmente resultante de resfriado
O tratamento da infecção bacteriana suspeita é com comum; outras causas incluem infecções
antibióticos, como amoxicilina/clavulanato ou estreptocócicas, pneumocócicas e estafilocócicas.
doxiciclina, administrados por 5 a 7 dias para sinusites
b) Rinite crônica
agudas e por até 6 semanas para sinusites crônicas. O
uso de descongestionantes, sprays nasais de A rinite crônica geralmente é um prolongamento da
corticoides e a aplicação local de calor e umidade rinite subaguda inflamatória ou infecciosa viral (que
podem ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a desaparece em 30 a 90 dias). Ela raramente ocorre na
drenagem dos seios. A sinusite recorrente pode sífilis, tuberculose, rinoscleroma, rinosporidiose,
requerer cirurgia para melhorar a drenagem dos seios. leishmaniose, blastomicose, histoplasmose e
hanseníase — caracterizada, em todos esses casos,
Obs.: Pediatria:
pela formação de granuloma e destruição de tecidos
Inicialmente pode ser difícil distinguir a sinusite em moles, cartilagem e osso. Obstrução nasal, rinorreia
crianças causada por infecções respiratórias do trato purulenta e sangramentos nasais frequentes são
superior. Suspeita-se de sinusite bacteriana quando a resultantes.
rinorreia purulenta persiste por mais de 10 dias
c) Rinite atrófica
juntamente com fadiga e tosse. Febre é incomum. Dor
facial local ou desconforto pode estar presente. O A rinite atrófica, uma forma da rinite crônica, resulta
exame nasal revela drenagem purulenta e deve em atrofia e esclerose da membrana mucosa; ela sofre
descartar corpo estranho. alteração de epitélio pseudoestratificado colunar
ciliado para epitélio estratificado escamoso, e lâmina
O diagnóstico da sinusite aguda em crianças é clínico.
própria fica reduzida em volume e vascularização. A
Evita-se a TC por causa de questões sobre a exposição
rinite atrófica está associada à idade avançada,
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granulomatose com poliangiite (GPA, anteriormente oral ou nasal) ou com um anti-histamínico oral mais um
conhecida como granulomatose de Wegener) e descongestionante oral.
exérese cirúrgica excessiva iatrogenicamente induzida
do tecido nasal. A rinite alérgica pode ocorrer de maneira sazonal ou
durante todo o ano (como uma forma de rinite
d) Rinite vasomotora perene). A rinite sazonal geralmente é alérgica. Pelo
menos 25% das rinites perenes não são alérgicas.
Rinite vasomotora, também chamada rinite não
alérgica, é uma condição crônica em que o A rinite alérgica sazonal (febre do feno) é mais
ingurgitamento vascular intermitente da membrana frequentemente causada por alérgenos vegetais, que
mucosa nasal acarreta rinorreia aquosa e espirros. A variam entre uma estação e outra.
etiologia é incerta e não há evidência de alergia. O ar
seco inspirado parece agravar esta condição. A rinite perene é causada pela exposição durante o ano
todo a alérgenos inalados em ambientes internos (p.
Sinais e sintomas: ex., fezes de ácaros, baratas, pelos de animais) ou por
reatividade forte ao pólen de plantas nas sucessivas
A rinite aguda resulta em tosse, febre baixa, congestão estações.
nasal, rinorreia e espirro.
A rinite alérgica frequentemente coexiste com asma;
As manifestações da rinite crônica são semelhantes porém, não está claro se rinite e asma resultam do
àquelas da rinite aguda, mas, em casos prolongados ou mesmo processo alérgico (hipótese de uma única via
graves, os pacientes também podem ter drenagem aérea) ou se a rinite é um gatilho distinto da asma.
espessa, mucopurulenta e odor fétido; crostas na
mucosa; e/ou sangramento. Sinais e sintomas:
A rinite atrófica resulta em alargamento das cavidades Os pacientes têm prurido (no nariz, olhos ou boca),
nasais, formação de crostas e colonização bacterina sibilos, rinorreia e obstrução nasal e sinusal. A
malcheirosa, congestão nasal, anosmia e epistaxe que obstrução dos seios podem causar cefaleia frontal; a
podem ser recorrentes e graves. sinusite é uma complicação frequente. Pode haver
também tosse e respiração ofegante, especialmente se
A rinite vasomotora resulta em esternutação e houver asma associada.
rinorreia aquosa. A membrana mucosa turgescente
varia de vermelho vivo a arroxeada. Essa condição é A característica mais proeminente da rinite perene é a
marcada por períodos de exacerbação e remissão. obstrução nasal crônica que, em crianças, pode levar à
otite média crônica; os sintomas variam em gravidade
Tratamento: ao longo do ano. Prurido é menos proeminente do que
Para rinite viral, descongestionantes, anti- na rinite sazonal. Sinusite crônica e pólipos nasais
histamínicos, ou ambos. podem se desenvolver.
Para rinite atrófica, tratamento tópico. Os sinais incluem cornetos nasais edematosos
vermelho-azulados e, em alguns casos de rinite alérgica
Para rinite vasomotora, umidificação da mucosa e, às sazonal, hiperemia conjuntival e edema palpebral.
vezes, corticoides tópicos e pseudoefedrina oral.
Tratamento:
RINITE ALÉRGICA • Anti-histamínicos
A rinite alérgica consiste na presença de prurido
• Descongestionantes
sazonal ou perene, espirros, rinorreia, congestão nasal
e, às vezes, conjuntivite, causados pela exposição a • Corticoides nasais
pólen ou outros alérgenos. O diagnóstico é feito pela
história de exposição, exame e, às vezes, testes • Para rinite sazonal ou refratária grave, às vezes
cutâneos. O tratamento de primeira linha é com um dessensibilização
corticosteroide nasal (com ou sem um anti-histamínico
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O tratamento para a rinite alérgica sazonal e perene Crianças que convivem com fumantes têm maior risco,
geralmente é o mesmo, embora recomende-se realizar pois estão mais sujeitas a infecções do trato
tentativas de remoção ou evitação de alérgenos (p. ex., respiratório. Também são mais vulneráveis a essa
eliminar ácaros e baratas) para a rinite perene. Para infecção crianças com síndrome de Down, as que
rinite sazonal ou refratária grave, imunoterapia de possuem fenda palatina, fibrose cística e as que não
dessensibilização pode ajudar. foram amamentadas.
OTITE Sintomas:
Febre;
Perda de apetite;
Secreção local;
Tratamento:
Também pode surgir devido ao inchaço das tubas Nas crianças, as tubas auditivas, que fazem a ligação da
auditivas por conta de alergias ou inflamações. O orelha com o nariz, são mais estreitas e têm posição
inchaço faz com que as secreções da orelha não sejam mais horizontal, o que dificulta a drenagem de
adequadamente drenadas para a garganta e se secreções e favorece a migração de micro-organismos
acumulem na orelha média, tornando a região propícia infecciosos das vias respiratórias para a orelha. Além
à proliferação de micro-organismos. É um tipo de otite disso, elas ainda estão com o sistema imunológico em
comum em crianças, mas pode acometer pessoas de desenvolvimento e costumam ficar por mais tempo em
qualquer idade. locais fechados com aglomerações — como creches e
escolas –, o que facilita a transmissão de vírus e
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OTITE EXTERNA A otite externa leve pode ser tratada por alteração do
pH do canal auditivo, com ácido acético 2% (ou vinagre
Otite externa é uma infecção grave da pele do canal
branco) e aliviando a inflamação com hidrocortisona
auditivo, geralmente causada por bactérias
tópica; são administradas 5 gotas, de 8/8h, durante 7
(Pseudomonas é mais comum).
dias. Otite externa moderada requer a adição de
A otite externa pode se manifestar como furúnculo solução ou suspensão antibacteriana. Otite externa
localizado ou como infecção difusa de todo o canal grave ou presença de celulite se estendendo para além
(otite externa difusa grave). Esta última é muitas vezes do canal auditivo pode exigir antibióticos sistêmicos.
chamada ouvido do nadador; a combinação de água no
canal e uso de cotonetes é o principal fator de risco. A OTITE INTERNA
otite externa maligna é uma infecção grave do osso A otite interna atinge os canais internos do ouvido
temporal, causada por Pseudomonas, normalmente (cóclea e canais semicirculares), que são responsáveis
afeta idosos, diabéticos e pacientes pelo equilíbrio. Qualquer inflamação nessa região pode
imunocomprometidos. causar vertigem, tontura e outros sinais comuns da
labirintite. Por ser considerada outro tipo de doença,
Os sintomas incluem dor, secreção e perda auditiva se
requer acompanhamento médico para que seja
o canal auditivo inchou e se fechou; manipulação da
tratada.
aurícula provoca dor.
Esse tipo de otite pode ocorrer como consequência de
O tratamento é feito com desbridamento e fármacos
uma otite média mal-curada. Há também outros
tópicos, incluindo antibióticos, corticoides e ácido
fatores que podem desencadear a otite interna, como
acético, ou uma combinação deles, e precauções para
tumores, doenças neurológicas e propensão genética.
manter a orelha seca.
Para identificar esse tipo de otite, é comum que o
Etiologia: paciente sinta vertigens frequentes e um zumbido no
ouvido.
Otite externa difusa aguda costuma ser provocada por
bactérias como Pseudomonas aeruginosa, Proteus Quando adequadamente tratada, a otite interna pode
vulgaris, Staphylococcus aureus ou Escherichia coli. A eliminar todos os sintomas em até três semanas, de
otite externa fúngica (otomicose), tipicamente causada forma que o paciente poderá voltar a ter uma vida
por Aspergillus niger ou Candida albicans, é menos normal. Em casos crônicos é recomendado que o
comum. Furúnculos geralmente são causados por S. paciente evite andar sozinho, dirigir e operar
aureus maquinário pesado.
Os pacientes têm dor e secreção. Às vezes, otorreia A bronquiolite é uma infecção viral aguda do trato
fétida e perda auditiva podem ocorrer, sobretudo se o respiratório inferior que afeta lactentes < 24 meses e
canal estiver edemaciado ou preenchido com secreção caracteriza-se por disfunção respiratória, respiração
purulenta. Extrema sensibilidade acompanha a tração ruidosa e crepitação.
do pavilhão auditivo ou pressão no trago. A otoscopia
O diagnóstico é lembrado pela história, incluindo
é dolorosa e difícil de conduzir. Ela mostra o canal
apresentação durante epidemia conhecida; a causa
auditivo externo hiperemiado, inchado, com detritos
primária é o vírus sincicial respiratório, identificável
úmidos e purulentos e epitélio descamado.
com um rápido ensaio.
Tratamento:
ETIOLOGIA
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Febre alta que começa subitamente e pode chegar a Às vezes, inchaço dos gânglios do pescoço e da
39℃. mandíbula;
Algumas pessoas podem sentir dor de ouvido; O Programa Nacional de Imunizações tem avançado
ano a ano para proporcionar melhor qualidade de vida
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– Influenza (1 ou 2 doses
anuais; de 6 meses a
menores de 6 anos)
9 meses – Febre Amarela**** 1ª
dose
12 meses – Pneumocócica
conjugada reforço
– Meningocócica C
conjugada reforço
– Hepatite A (1 dose de
15 meses até 5 anos)
Idade Vacinas
Ao nascer – BCG (dose única)
– Tetra viral (Tríplice
– Hepatite B
Viral 2ª dose + Varicela)
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Vacinas conjugadas são aquelas em que um antí-geno nas primeiras duas horas depois da vacinação; e
pouco potente (ex.: polissacarídeo) é anexa-do a outro síndrome hipotônicahiporresponsiva– definida pela
de maior poder imunogênico (ex.: pep-tídeos e instalação nas primeiras 48 horas depois da aplicação
proteínas) com a finalidade de induzir uma resposta da vacina, de hipotonia muscular e diminuição da
imune T-dependente duradoura e eficaz. São exemplos resposta a estímulos externos.
de vacinas conjugadas: anti-hemófilo,
antipneumocócica conjugada e antime-ningocócica As vacinas vivas atenuadas produzem efeitos
sistêmicos iniciados em um intervalo maior após a
conjugada.
aplicação, tempo este correspondente ao período de
As vacinas combinadas são aquelas que em um mesmo incubação do agente infeccioso.
frasco são misturadas vacinas vivas atenu-adas (ex.:
tríplice viral) ou vacinas não vivas (ex.: tríplice Eventos decorrentes de reações de hipersensibilidade,
bacteriana; tetra = tríplice bacteriana + anti- que são de acordo com a classificação de Gell e
hemófilos). Mas veja: nunca se combina em um mesmo Coombs:
frasco uma vacina viva atenuada com uma vacina não 1. Reação Tipo I – mediada por IgE. Tempo de início: 2-
viva! 30 minutos. São representadas pelas reações
Vacinação simultânea é aquela em que duas ou mais anafiláticas que se manifestam dentro de minutos após
vacinas são aplicadas com seringas diferen-tes em a aplicação da vacina. Geralmente são desencadeadas
locais diferentes, mas em um mesmo dia de por algum componente da vacina, e não pelo agente
atendimento. Por exemplo, é possível a aplicação no infeccioso em si. Os soros heterólogos (ex.: equinos)
mesmo dia das vacinas tetra (tétano + coquelu-che + também podem desencadear este tipo de reação.
difteria + anti-hemófilos) + pólio oral + trí-plice viral Reações principais: urticária, prurido, broncoespasmo,
(sarampo + rubéola + caxumba). coriza, etc.
As vacinas de bactérias e vírus vivo atenuado não As crianças que têm mais probabilidade de ser
devem ser aplicadas em: Imunodeficiência congênita e diagnosticadas com asma incluem crianças que
adquirida; Neoplasia maligna; Tratamento apresentam um ou mais dos seguintes fatores de risco:
imunossupressor com prednisona; Outros tratamentos
imunossupressores: quimioterapia e radioterapia; Alguns tipos de erupções cutâneas (por exemplo,
Gravidez. Exceção a esta regra é feita à vacina contra a eczema)
febre amarela, que poderá ser administrada quando a Episódios de sibilos mais graves
gestante está sob alto risco de exposição à infecção.
Familiares com asma
ENTENDER O QUE É A CRISE DE SIBILÂNCIA E
SUAS CAUSAS Uma tendência familiar a ter muitas alergias
Sibilos são sons sibilantes relativamente agudos que Sibilo com doenças virais (sobretudo as causadas
ocorrem durante a respiração quando há bloqueio pelo vírus sincicial respiratório e pelo rinovírus
parcial das vias respiratórias. humano)
• Os sibilos são causados por um estreitamento das Contudo, na maioria das crianças, os episódios de
vias respiratórias. sibilos param entre os seis e os dez anos de idade, e os
médicos não diagnosticam essas crianças como tendo
• A depender da causa, outros sintomas podem incluir asma. Essas crianças têm outros fatores que causam
tosse, febre e coriza. seus episódios recorrentes de sibilos.
• O diagnóstico da causa se baseia em radiografias do A causa mais comum de um único, episódio súbito de
tórax e, algumas vezes, outros exames. sibilos em bebês e crianças pequenas é geralmente
uma infecção respiratória viral.
• O tratamento pode incluir broncodilatadores e
corticosteroides. As causas mais comuns de episódios recorrentes de
sibilos são:
Os sibilos são causados por um estreitamento ou
bloqueio (obstrução) das vias respiratórias. O Infecções pulmonares virais frequentes
estreitamento pode ser causado por:
Alergias
Inchaço dos tecidos nas vias respiratórias
Asma
Espasmo dos músculos minúsculos nas paredes das
vias respiratórias (broncoespasmo) Causas menos comuns de sibilos recorrentes incluem
dificuldade de deglutição crônica que causa a inalação
Acúmulo de muco nas vias respiratórias recorrente de alimentos e líquido para dentro dos
pulmões, refluxo gastroesofágico, um corpo estranho
Episódios recorrentes de sibilos são comuns nos
nos pulmões ou insuficiência cardíaca.
primeiros anos de vida. Até recentemente, os médicos
diagnosticavam estes episódios como sendo asma
porque, assim como a asma, os episódios podiam ser
aliviados ao inalar medicamentos que abrem as vias
respiratórias (broncodilatadores) e porque o
desenvolvimento desses sintomas teve início na
infância para a maioria dos adultos que tem asma. No
entanto, os médicos atualmente sabem que apenas
alguns bebês e crianças pequenas que apresentam os
referidos episódios de sibilos de fato vêm a ter asma
mais tarde na infância ou na adolescência.
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Para alívio das crises, broncodilatadores e algumas SIBILOS E ASMA EM RE CÉM-NASCIDOS E CRIANÇAS
vezes corticosteroides. Para sibilos graves, o uso diário PEQUENAS
de broncodilatadores e medicamentos anti- Sibilo é um ruído de assobio relativamente agudo
inflamatórios usados para asma. produzido pelo movimento do ar em vias respiratórias
A importância de se investigar os pacientes com de pequeno calibre estreitadas ou comprimidas. É
sibilância recorrente é por terem risco elevado de comum nos primeiros anos de vida e é normalmente
desenvolverem asma persistente ao atingirem a causado por asma ou infecção viral do trato
adolescência, sobretudo se atópicos pois têm maior respiratório, mas outras possíveis causas incluem
probabilidade. Além disso, a intensidade dos sintomas irritantes ou alérgenos inalados, refluxo esofágico e
de asma durante os dois primeiros anos de vida está insuficiência cardíaca.
fortemente relacionada ao seu prognóstico tardio. Episódios recorrentes de sibilância são comuns nos
Assim, a identificação dos diferentes fenótipos de primeiros anos de vida; 1 em cada 3 crianças tem pelo
sibilância e a sua expressão futura de asma tem sido menos um episódio agudo de sibilância antes dos 3
objeto de estudo por muitos pesquisadores. O anos de idade. Como esses sibilos normalmente
Consenso PRACTALL, documento conjunto elaborado respondem a broncodilatadores, historicamente o
por especialistas das Academias Européia e Americana problema era considerado asma. Entretanto,
de Asma, Alergia e Imunologia, recentemente evidências recentes de que muitas crianças que
publicado, descreve quatro padrões distintos de tiveram sibilos recorrentes na infância não têm asma
sibilância durante a infância assim como sua evolução. mais tarde na infância ou adolescência sugerem que
São eles: diagnósticos alternativos deve ser considerados em
a) sibilância transitória (sibilos durante os dois e três crianças novas com sibilos recorrentes.
primeiros anos de vida e não mais após essa idade) Etiologia
b) sibilância não-atópica (sibilância desencadeada Em algumas crianças, episódios recorrentes de sibilos
principalmente por vírus que tende a desaparecer com são as manifestações iniciais da asma, e essas crianças
o avançar da idade) continuarão a ter sibilos mais tarde na infância ou
c) asma persistente, caracterizada por sibilância adolescência. Em outras crianças, episódios de sibilos
associada a um dos seguintes itens: cessam aos 6 anos a 10 anos de idade e não são
considerados asma. Em bebês e crianças pequenas,
• manifestações clínicas de atopia: eczema; sibilos com doenças virais, particularmente as
rinite e conjuntivite; alergia alimentar; causadas por vírus sincicial respiratório e rinovírus
eosinofilia e/ou níveis séricos elevados de humano, estão associados a maior risco de desenvolver
imunoglobulina E (IgE) total asma infantil. Um futuro diagnóstico de asma é mais
provável em crianças com sintomas atópicos, episódios
• sensibilização comprovada pela presença de
mais graves de sibilos e/ou história familiar de atopia
IgE específica a alimentos na infância precoce
ou asma.
e a seguir IgE específica a aeroalérgenos
Sibilos geralmente resultam de broncoespasmos, que
• sensibilização a aeroalérgenos antes dos três
podem ser agravados por inflamação das vias
anos de idade especialmente se exposto a
respiratórias de pequeno e médio calibre que provoca
níveis elevados de alérgenos perenes no
edema e mais estreitamento das vias respiratórias. Um
domicílio
episódio de sibilos agudos em lactentes e crianças
• ter pai e/ou mãe com asma pequenas é geralmente causado por infecções virais
respiratórias, mas a inflamação das vias respiratórias
d) sibilância intermitente grave (episódios pouco também pode ser causada (ou agravada) por alergias
frequentes de sibilância aguda associados a poucos ou irritantes inalados (p. ex., tabagismo). Sibilos
sintomas fora dos quadros agudos e com a presença de recorrentes podem ser causados por infecções virais
características de atopia: eczema; sensibilização respiratórias frequentes, alergias ou asma. Causas
alérgica; e eosinofilia em sangue periférico). menos comuns dos sibilos recorrentes incluem disfagia
Tutoria UC7 – problema 4 Manoella Evelyn 17
Sinais e sintomas