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DISCENTES:

Aline Raquel Ludmila Cleyde


Geraldo Paulo Rachel Jorge Docente: Drª. Rosa
Laura Alexandre Maida Alexandre
Lina Inácio Queen Aventina
 A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) representa uma condição de
saúde crónica que afeta os pulmões, caracterizada pelo desenvolvimento
progressivo e parcialmente reversível de obstrução ao fluxo aéreo. Essa
enfermidade engloba duas principais formas de apresentação: a bronquite
crónica e o enfisema pulmonar, cada uma contribuindo para a complexidade e
variabilidade da DPOC.
 Além disso, as doenças pulmonares restritivas ou intersticiais formam um
grupo heterogéneo de condições que impactam o interstício e/ou o lúmen
alveolar, com etiologia diversificada, seja conhecida ou desconhecida.
Objetivo Geral
Proporcionar uma compreensão abrangente das características, apresentação
clínica e fatores de risco associados à Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
(DPOC)
Objetivos Específicos
Investigar as características distintas da bronquite crónica;
Analisar as doenças pulmonares restritivas e sua heterogeneidade;
Examinar as implicações das doenças ocupacionais e ambientais;
 Doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) é uma doença crónica, que afecta
os pulmões, caracterizada pelo desenvolvimento progressivo e parcialmente
reversível de obstrução ao fluxo aéreo.
 Este termo é usado para designar um grupo de patologias:
 Bronquite Crónica: Na bronquite crónica a lesão pulmonar se localiza nos
brônquios e bronquíolos, tornando-os cronicamente inflamados, espessos e
com constante produção de muco.
 Enfisema Pulmonar: É uma doença crónica no qual o tecido pulmonar é
destruído tornando-se híper insuflado.
 Os principais factores de risco envolvidos no desenvolvimento da DPOC são:
Fumo de tabaco; Poluição ambiental; Infecções pulmonares recorrentes;
Consumo de drogas (Cannabis); Outros: factores genéticos, hiper-reactividade
brônquica; e Idade superior aos 35 anos.

 A fisiopatologia da DPOC envolve hiperreatividade brônquica, inflamação


crônica, produção excessiva de muco e obstrução bronquiolar. Isso resulta em
dificuldade expiratória, aprisionamento de ar nos pulmões e perda de
elasticidade, levando ao enfisema. As complicações avançadas afetam a função
cardíaca direita, causando distúrbios anatômicos e funcionais, aumentando o
esforço respiratório,
 O quadro clínico da DPOC varia com a
predominância de bronquite ou enfisema.
Tosse crônica, inicialmente matinal, define a
apresentação, sendo mucosa em casos
enfisematosos e purulenta em bronquíticos.
Dispneia evolui de esforços grandes para
pequenos, acompanhada por pieira em fases
avançadas. Hemoptises podem ocorrer nas
exacerbações. O exame físico revela sinais
como cianose, taquipneia, tórax em barril na
origem enfisematosa, tiragem, redução da
expansibilidade torácica e alterações
auscultatórias.
 Complicações incluem infecções respiratórias recorrentes devido à ventilação
deficiente e eliminação inadequada de secreções. Pneumotórax pode ocorrer
pelo rompimento de bolhas de ar, enquanto a insuficiência respiratória se
manifesta nas fases avançadas pela ineficácia das trocas gasosas.
 O cor pulmonale surge com alterações irreversíveis, levando à hipertensão
vascular pulmonar, esforço crônico do ventrículo direito e eventual hipertrofia
e dilatação cardíaca.
Exames auxiliares Diagnóstico Conduta Medidas Prognóstico Prevenção
e Diagnóstico Diferencial Farmacológicas

Hemograma Diagnóstico Manejo por clínico Oxigenoterapia Progressiva, Interrupção do


(leucocitose em diferencial com experiente, seguido por ambulatória ou piorando com a tabagismo é crucial.
exacerbações, asma, TMG. Medidas não institucional em idade. Vacinas anuais
policitemia em bronquiectasias, farmacológicas incluem casos de hipoxia e Complicações contra gripe e
hipoxemia crônica, tuberculose e suspensão do hipercapnia. Uso incluem pneumonia, evitar
eosinofilia em insuficiência tabagismo, exercício, de insuficiência ambientes poluídos,
bronquite cardíaca. Difícil fisioterapia respiratória, broncodilatadores respiratória e contato com pessoas
asmática); distinguir asma de hidratação e prevenção e corticosteroides cardíaca. doentes e exposição
Radiografia DPOC na prática de infecções. Medidas conforme a a baixas
torácica (tórax em clínica. farmacológicas variam gravidade. temperaturas.
barril no enfisema, de broncodilatadores a Antibióticos para Controle nutricional
espessamento corticosteroides e infecções. importante.
brônquico na antibióticos em casos de
bronquite). infecção.
Espirometria para
demonstrar
redução do fluxo
aéreo.
Figura 1: Enfisema (à esquerda) e Bronquite crónica (à direita)
 As doenças pulmonares restritivas incluem um grupo heterogéneo de
condições que podem afectar o interstício e/ou o lúmen alveolar (doenças
intersticiais, DIP), ou a parede torácica (cifoescoliose, deformidades
congénitas ou adquiridas do tórax) ou doenças neuromusculares (distrofia
muscular, miastenia gravis, poliomielite, síndrome de Guillaim – Barré e
quadriplegia).
 As doenças restritivas são caracterizadas por redução do volume total do
pulmão.
 A apresentação e história natural das condições é muito variável, mas em geral
todas partilham sinais, sintomas e alterações radiológicas similares.
Complicações Hipoventilação Crônica Exames Auxiliares e
Diagnóstico
A evolução das DPIs A hipoventilação crônica, O diagnóstico das DPIs é
pode levar a presente em DPIs restritivas, desafiador no TMG, requerendo
insuficiência ventricular leva a aumento do trabalho suspeição clínica. História de
direita, insuficiência respiratório e pode progredir tabagismo, exposição ambiental,
respiratória e cor para insuficiência respiratória. ocupacional e infecção por HIV
pulmonale. Causas incluem obesidade, auxiliam. Aspectos pulmonares
doenças neuromusculares e da variam na radiografia, incluindo
parede torácica. vidro despolido, opacidades
nodulares e padrões reticulo-
nodulares ou de favo de mel.
Etiologia Patogênese Quadro Clínico
DPIs podem resultar de diversas A patogênese é complexa, Caracterizam-se por
causas, como exposição a agentes dividida em DPIs dispneia progressiva,
tóxicos (tabaco, poluentes), associadas à inflamação e taquipneia, tosse seca, e
medicamentos, pneumonia fibrose, e DPIs associadas podem incluir
aspirativa e PIL. DPIs de causa à reação granulomatosa. hemoptises, sibilância e
desconhecida incluem doenças Ambos reduzem a dor torácica. O exame
hereditárias, do tecido capacidade pulmonar. físico revela fervores
conjuntivo, pneumonias sub-crepitantes, roncos,
idiopáticas e síndromes cianose e hipocratismo
hemorrágicas pulmonares. digitálico.
Conduta Doenças Pulmonares Pneumoconiose por Inalação de
Ocupacionais e Ambientais Carvão
Perante suspeita de DPIs, o Doenças ocupacionais e A pneumoconiose por inalação de
TMG estabiliza o paciente, trata ambientais são pulmonares carvão, ou antracose, afeta
infecções bacterianas e restritivas, intersticiais, resultantes mineiros expostos ao pó de carvão.
encaminha para estudo da inalação de partículas orgânicas Classifica-se em antracose simples
avançado. (algodão) ou inorgânicas (sílica, (assintomática) ou complicada,
asbesto, carvão). As causadas por com fibrose pulmonar. Comum no
partículas inorgânicas são sul do país, pode expandir-se para
pneumoconioses. a zona central devido à abertura de
minas em Tete. Desenvolve-se
após 15-20 anos de exposição,
com manifestações tardias mesmo
após cessar a exposição. Agravada
pelo tabagismo.
Figura 2: Pneumonia intersticial linfocitária.
 Em síntese, a DPOC e as doenças pulmonares restritivas representam desafios
significativos para a saúde pública, exigindo uma abordagem integrada para
diagnóstico, tratamento e prevenção. A pesquisa destaca a necessidade de uma
compreensão abrangente das diferentes formas de apresentação dessas
condições, bem como a importância de estratégias preventivas, como a
cessação do tabagismo e planos de saúde ocupacional eficazes.
 Ao fornecer uma visão detalhada dessas enfermidades, esta pesquisa visa
contribuir para a promoção da saúde pulmonar e o aprimoramento das práticas
clínicas e preventivas.

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