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Aula 01 (Prof.

Guilherme Gasparini)
SES-DF (Agente de Vigilância Ambiental
em Saúde - (AVAS) Conhecimentos
Específicos parte III - 2023 (Pós-Edital)

Autor:
Ana Paula Salim, Guilherme
Gasparini

11 de Janeiro de 2023

03546944135 - Nilton Sergio Neto


Ana Paula Salim, Guilherme Gasparini
Aula 01 (Prof. Guilherme Gasparini)

Sumário

1. Infecções Transmissíveis e IST - II ......................................................................................................... 5

2 - Hepatites ................................................................................................................................. 5

2.1 – Hepatite A ......................................................................................................................... 5

2.2 - Hepatite B.......................................................................................................................... 6

2.3 – Hepatite C......................................................................................................................... 8

2.4 – Sinais e Sintomas ..................................................................................................................... 10

2.5 – Tratamento hepatite Aguda ........................................................................................ 11

2.6 – Tratamento hepatite crônica ....................................................................................... 12

3 – HPV (Papilomavírus Humano) e Herpes ............................................................................... 18

3.1 - Aspectos clínicos ............................................................................................................. 19

3.2 – Diagnóstico e Prevenção ............................................................................................ 20

3.3 – Tratamento ................................................................................................................. 21

3.4 – Herpes ........................................................................................................................ 21

4 - Cancro Mole e Danovanose .................................................................................................. 22

5 – Gonorreia e Clamídia ............................................................................................................ 22

6 - Tricomoníase ......................................................................................................................... 24

7 - Candidíase............................................................................................................................. 24

8 – Vaginose Bacteriana ............................................................................................................. 26

9 – Linfogranuloma Venéreo (LGV) ............................................................................................ 27

Doenças Transmissíveis – Parte II ................................................................................................. 41

10- Influenza e H1N1 .................................................................................................................. 41

Sinais e Sintomas .......................................................................................................................... 42

Tratamento .......................................................................................................................... 45

Precauções ......................................................................................................................... 45

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Quimioprofilaxia................................................................................................................... 45

11 - Leptospirose ........................................................................................................................ 49

Sinais e Sintomas .......................................................................................................................... 50

Sinais de Alerta ................................................................................................................... 51

Tratamento .......................................................................................................................... 51

12 - Raiva ................................................................................................................................... 51

Medidas de Controle e Prevenção ...................................................................................... 52

Esquema de pré exposição ................................................................................................. 53

Esquema pós exposição com vacina................................................................................... 53

Sinais e Sintomas .......................................................................................................................... 54

Tratamento .......................................................................................................................... 55

Profilaxia pós-exposição: condutas em possíveis exposições ao vírus da raiva ........................... 56

13 – Teníase e Cisticercose .................................................................................................................. 56

Sinais e sintomas ........................................................................................................................... 57

Período de incubação .......................................................................................................... 57

Tratamento .......................................................................................................................... 57

Prevenção ........................................................................................................................... 57

14- Leishmaniose ....................................................................................................................... 58

Leishmaniose Visceral......................................................................................................... 58

Tratamento .......................................................................................................................... 59

Lista de Questões .......................................................................................................................... 63

Gabarito............................................................................................................................................................77

APRESENTAÇÃO DO CURSO

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Iniciamos nosso Módulo de Infecções Transmissíveis e IST em teoria e questões, voltado para provas
objetivas de concurso público.

Temos acompanhado provas de Infecções Transmissíveis e IST (como Dengue, Tuberculose, Hanseníase
H1N1, Influenza, Hepatites, entre outras) e percebendo a tendência das bancas, assuntos mais cobrados
e novos conceitos relevantes, resolvemos atualizar todo o material para que você saia na frente. Trata-
se, portanto, da reformulação de um módulo dos nossos cursos da área da saúde.

Assim, caso tenha estudado nossos cursos, notará que apresentamos vários pontos adicionais.
Reduzimos alguns conteúdos e acrescentamos outros, segundo a evolução da cobrança da matéria em
provas de concurso público.

Os assuntos serão tratados para atender aquele que está iniciando os estudos na área, como aquele que
está estudando há mais tempo. Os conceitos serão expostos de forma didática, dinâmica, expositiva e
sempre que pertinente, auxiliadas por mapas mentais e organogramas.

Confira, a seguir, com mais detalhes, nossa metodologia.

Algumas constatações sobre a metodologia são importantes!

Podemos afirmar que as aulas levarão em consideração as seguintes fontes.

FONTES

Manuais da
Manuais do Ministério Portarias Ministeriais
Organização Mundial
da Saúde Brasileiras
da Saúde

Para tornar o nosso estudo mais completo, é muito importante resolver questões anteriores para nos
situarmos diante das possibilidades de cobrança. Traremos questões de todos os níveis, inclusive
questões cobradas em concursos municipais, estaduais e nacionais.

Essas observações são importantes pois permitirão que possamos organizar o curso de modo focado,
voltado para acertar questões objetivas e discursivas.

Esta é a nossa proposta!

Vistos alguns aspectos gerais da matéria, teçamos algumas considerações acerca da metodologia de
estudo.

As aulas em .pdf tem por característica essencial a didática. Para tanto, o material será permeado de
esquemas, gráficos informativos, resumos, figuras, tudo com a pretensão de “chamar atenção” para
as informações que realmente importam.

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Com essa estrutura e proposta pretendemos conferir segurança e tranquilidade para uma preparação
completa, sem necessidade de recurso a outros materiais didáticos.

Finalmente, destaco que um dos instrumentos mais relevantes para o estudo em .PDF é o contato direto
e pessoal com o Professor. Além do nosso fórum de dúvidas, estamos disponíveis por e-mail e,
eventualmente, pelo Facebook e Instagram. Aluno nosso não vai para a prova com dúvida! Por vezes,
ao ler o material surgem incompreensões, dúvidas, curiosidades, nesses casos basta acessar o
computador e nos escrever. Assim que possível respondemos a todas as dúvidas. É notável a evolução
dos alunos que levam a sério a metodologia.

Além disso, teremos videoaulas! Essas aulas destinam-se a complementar a preparação. Quando estiver
cansado do estudo ativo (leitura e resolução de questões) ou até mesmo para a revisão, abordaremos
alguns pontos da matéria por intermédio dos vídeos. Com outra didática, você disporá de um conteúdo
complementar para a sua preparação. Ao contrário do PDF, evidentemente, AS VIDEOAULAS NÃO
ATENDEM A TODOS OS PONTOS QUE VAMOS ANALISAR NOS PDFS, NOSSOS MANUAIS
ELETRÔNICOS. Por vezes, haverá aulas com vários vídeos; outras que terão videoaulas apenas
em parte do conteúdo; e outras, ainda, que não conterão vídeos. Nosso foco é, sempre, o estudo
ativo!

Assim, cada aula será estruturada do seguinte modo:

Teoria objetiva e Referência e análise


Muitas questões
direta sobre a da legislação
METODOLOGIA anteriores de provas
Doenças pertinente ao
comentadas.
Transmissíveis assunto.

Vídeoaulas
Resumo dos
complementares
principais tópicos da APROVAÇÃO!
sobre determinados
matéria.
pontos da matéria

APRESENTAÇÃO PESSOAL
Por fim, resta uma breve apresentação pessoal. Meu nome é Guilherme Gasparini Camargo! Sou
graduado em Enfermagem, pós-graduado pelo programa de Residência em Oncologia da Universidade
Federal de São Paulo (UNIFESP) e Mestrando pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Estou envolvido com concurso público desde minha formação. Atualmente trabalho com a docência. Fui
aprovado, por duas vezes, para o cargo Enfermeiro no concurso nacional da Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares (EBSERH), em 2018 e 2020, respectivamente, ambas aprovações com o
Estratégia Concursos.

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Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Terei o prazer em orientá-los da
melhor forma possível nesta caminhada que estamos iniciando.

E-mail: enf.gasparini@gmail.com

Instagram: https://www.instagram.com/guilhermegasparini/

CRONOGRAMA DE AULAS
Vejamos a distribuição das aulas:

AULAS TÓPICOS ABORDADOS DATA


Aula 00 Controle de Infecção Hospitalar 13/04
Aula 01 Doenças Transmissíveis e IST Parte I 11/05
Aula 02 Doenças Transmissíveis e IST Parte II 08/06
Aula 03 PNI e Doenças Imunopreviníveis 06/07
Aula 04 Desinfecção e Esterilização 03/08
Aula 05 Biossegurança 26/08
Aula 06 PGRSS 21/09

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1. INFECÇÕES TRANSMISSÍVEIS E IST - II


Na aula de hoje vamos nos aprofundar mais nas doenças Transmissíveis e IST e sua relação com o
cuidado de enfermagem. Abordamos na aula anterior os conceitos de Doenças Transmissíveis e IST,
portanto, neste slide abordaremos tópicos pontuais e focados nas doenças mais comuns nos concursos
públicos do Brasil. Vamos?

2 - Hepatites
Segundo o Ministério da Saúde, as hepatites viriais são um grave problema no Brasil. Tal doença
relaciona-se não apenas com aspectos fisiológicos e pontuais do indivíduo, mas tem abrangência
multidimensional de característica social e epidemiológica.

Pessoal, sabe-se que as hepatites virais já afetaram bilhões de pessoas por todo o mundo, ou seja, em
algum momento da vida, essas pessoas já tiveram contato com algum agente etiológico da hepatite, é
sabido também que milhões de pessoas convivem com a doença tornando-se portadores crônicos da
mesma.

Abordaremos inicialmente 3 tipos de hepatite: A, B e C. Existem ainda outros tipos, porém estes não são
comuns de serem cobrados em provas de concurso público, ok?

Segundo o Ministério da Saúde, as hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes
etiológicos, com tropismo primário pelo tecido hepático, que apresentam características
epidemiológicas, clínicas e laboratoriais semelhantes, porém, com importantes particularidades. A
característica epidemiológica irá depender de região para região no Brasil, pois como foi dito
anteriormente, a hepatite tem cunho social e vocês verão adiante a importância deste contexto para a
atenção à saúde do indivíduo e do cuidado em enfermagem.

2.1 – Hepatite A

Galera, a principal via de transmissão da hepatite A é a via fecal-oral, porém pode ocorrer a
transmissão ainda por contato inter-humano ou através de água ou alimentos contaminados. O Vírus
da Hepatite A (HAV) tem FORTE RELAÇÃO com o nível socioeconômico da população afetada, pois está
intimamente relacionado às práticas de higiene, promoção da saúde e saneamento básico. A
transmissão percutânea (inoculação acidental) ou parenteral (transfusão) dos vírus A é muito rara,
devido ao curto período de viremia dos mesmos.

Entendo a relação entre o HAV e saneamento básico, é correto afirmar que este vírus afeta
geralmente as crianças em fase pré-escolar, pois estas já estão expostas, podendo apresentar formas
subclínicas ou anictéricas.

Pessoal, a mortalidade da hepatite A é baixíssima, sendo denominada como uma doença autolimitada.
Pessoas que já tiveram hepatite A apresentam imunidade para esse tipo de agravo, mas permanecem
susceptíveis às outras hepatites. Há disponível a vacina contra o vírus da Hepatite A recomendada pela
Sociedade Brasileira de Imunização para todas as pessoas a partir de 12 meses de vida e com
esquema de duas doses com intervalo de seis meses.

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O período de incubação do vírus da Hepatite A é em média de 30 dias.

Para fins de diagnóstico, os exames sorológicos para a Hepatite A são os:

- Anti-HAV IgM: Sempre lembre de quem IgM tem relação com a infecção AGUDA.

- Anti-HAV IgG: Sempre lembre de quem IgG tem relação com a infecção CRÔNICA ou
funciona como marcador biológico. Pessoas que já entraram em contato com o vírus
A sempre positivará neste quesito.

- Anti-HAV Total: Este teste refere-se à contagem total do vírus no corpo, tanto IgM
quanto IgG.

Para interpretação do exame, leia-se:

Observe que o que define a infecção da pelo vírus da hepatite A, é o IgM. Quando o mesmo está
negativo, a infecção já ocorreu e passou ou nem ocorreu.

2.2 - Hepatite B

Já na Hepatite B (HBV) o negócio é diferente. A transmissão se faz por via parenteral, e, sobretudo, pela
via sexual, sendo considerada uma doença sexualmente transmissível.

Pessoal, veja bem! A hepatite B e C são consideradas como Infecções Sexualmente Transmissível
(IST), o que não compete à Hepatite A. Sabe-se ainda que a suscetibilidade de se transmitir por via
sexual o vírus da hepatite B é muito maior do que o vírus C.

Além disso, a transmissão vertical na hepatite B existe e é muito relacionada à infecção do RN pelo
vírus. Geralmente ocorre no momento do parto, sendo a via transplacentária incomum. A transmissão
vertical do HBV ocorre em 70% a 90% dos casos de mães com replicação viral e a conduta a ser tomada

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no RN que houve tal exposição será de: vacinação e imunoglobulina nas primeiras doze horas de
vida.

Resumindo: O modo de transmissão do HBV pode ser por via parenteral, sexual e vertical, sendo seu
período de incubação em média de 60 a 90 dias.

Galera, diferentemente da hepatite A, este vírus tem uma incidência maior para provocar lesões e
mortalidade. Aproximadamente 5% a 10% dos indivíduos adultos infectados cronificam, podendo
evoluir para doença hepática avançada como cirrose hepática, ascite, hemorragias digestivas,
encefalopatia hepática e carcinoma hepatocelular

Para fins de diagnóstico, há vários marcadores para o vírus da hepatite B, abordaremos os principais
adiante. Vamos lá!

 HBsAg - É o primeiro marcador que aparece no curso da infecção pelo HBV. Na


hepatite aguda, ele declina a níveis indetectáveis em até 24 semanas.

 Anti-HBc IgM - É marcador de infecção recente (lembre-se do IgM), encontrado no


soro até 32 semanas após a infecção.

 Anti-HBc IgG - É marcador de longa duração (lembre-se do IgG), presente nas


infecções agudas e crônicas. Representa contato prévio com o vírus.

 HBeAg - É marcador de replicação viral. Sua positividade indica alta


infecciosidade.

 Anti-HBe - Surge após o desaparecimento do HBeAg, indica o fim da fase


replicativa.

 Anti-HBs - É o único anticorpo que confere imunidade ao HBV. Indica cura e


imunidade. Está presente isoladamente em pessoas vacinadas.

A hepatite B tem bastante marcador, não? Nós iremos ver mais para frente como as bancas costumam
cobrar esta parte, fiquem tranquilo!

Veremos agora COMO interpretar estes marcadores do HBV, veja só:

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*** Em alguns casos, pessoas com Hepatite B curada, o anti-Hbs é indetectável por estar muito baixo.

Galera, para facilitar a memorização dos marcadores imunológicos do HBV, veja como o IgM e IgG são
fiéis quando se trata de infecção aguda e crônica, a partir deste conhecimento, você consegue visualizar
os momentos da hepatite B através de seus marcadores.

2.3 – Hepatite C

Pessoal, a Hepatite C é muito mais conhecida pela população com relação aos outros vírus devido ao
momento em que foi descoberto, meados de 1989, mesmo época do vírus HIV. Sua transmissão ocorre
principalmente por via parenteral. São considerados como população de risco os indivíduos que
receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993, usuários de drogas
intravenosas ou usuários de cocaína inalada que compartilham os equipamentos de uso, pessoas com
tatuagem, piercings ou que apresentem outras formas de exposição percutânea.

A transmissão sexual é pouco frequente, porém pode ocorrer principalmente quando relacionada a
outras doenças como o HIV. Porém, se a banca perguntar se o HCV é transmitido por via sexual,
sim, ele é, ok? Isto serve também para a transmissão vertical da doença. Mães infectadas podem
transmitir o vírus para ser filhos.

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A cronificação ocorre em 70 a 85% dos casos, sendo que, em média, um quarto a um terço deles evolui
para formas histológicas graves no período de 20 anos. O restante evolui de forma mais lenta e talvez
nunca desenvolva hepatopatia grave.

Pessoal, perceberam como as hepatites são INCIDIOSAS? Ou seja, elas evoluem lentamente, às vezes
sem sinais e sintomas expressivos e algumas, como HBV e HCV podem causar doenças graves e levar a
óbito.

Para fins de diagnóstico, A Hepatite C tem alguns marcadores também, tais como:

 Anti-HCv: Indica contato prévio com o vírus da hepatite C, mas não define se recente
ou tardio. O diagnóstico de infecção aguda só pode ser feito com a viragem sorológica
documentada

 HDVAg: Há controvérsias entre os autores. Porém, a antigenemia permite o


diagnóstico em amostras de soro obtidas durante a primeira semana da doença.

 Anti-delta IgM: Estes anticorpos aparecem com os sintomas agudos da doença


(observe o IgM)

 Anti-delta IgG: Este anticorpo é marcador de infecção passada e imunidade


(observe o IgG)

Veremos agora COMO interpretar estes marcadores do HCV, veja bem:

*Co-infecção: Infecção aguda simultânea pelos vírus B e delta da hepatite.

**Superinfecção: Infecção pelo vírus delta da hepatite em paciente portador crônico do vírus B da
hepatite.

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2.4 – Sinais e Sintomas

Os sinais e sintomas das hepatites podem ser subdivido em 2 famílias: Agudas e Crônicas, tendo
variações entre elas. Alguns indivíduos desenvolvem os quadros assintomáticos e leves da doença, o
que dificulta a identificação do quadro patológico ou podem migrar para o quadro sintomático.

No primeiro caso (assintomático ou leve), as manifestações clínicas estão ausentes ou são bastante leves
e atípicas, simulando um quadro gripal. No segundo, a apresentação é típica, com os sinais e sintomas
característicos da hepatite como febre, icterícia e colúria.

Pessoal, por se trata de uma doença de acometimento hepático, os sinais e sintomas estarão
intimamente relacionados ao fígado, sendo os sinais e sintomas clássicos: Febre, Icterícia e Colúria.

Fase Aguda

Pessoal, a fase aguda é caracterizada por 3 subclassificações, sendo:

• Período prodrômico ou pré-ictérico: é o período após a fase de incubação do agente etiológico


e anterior ao aparecimento da icterícia. Os sintomas são inespecíficos como anorexia, náuseas,
vômitos, diarréia (ou raramente constipação), febre baixa, cefaléia, mal-estar, astenia e fadiga,
aversão ao paladar e/ou olfato, mialgia, fotofobia, desconforto no hipocôndrio direito, urticária,
artralgia ou artrite e exantema papular ou maculopapular.

• Fase ictérica: com o aparecimento da icterícia, em geral há diminuição dos sintomas


prodrômicos. Existe hepatomegalia dolorosa, com ocasional esplenomegalia. Ocorre
hiperbilirrubinemia intensa e progressiva, com aumento da dosagem de bilirrubinas totais,
principalmente à custa da fração direta. Naturalmente, há alteração das aminotransferases,
podendo variar de 10 a 100 vezes o limite superior da normalidade. Este nível retorna ao
normal no prazo de algumas semanas, porém se persistirem alterados por um período
superior a seis meses, deve-se considerar a possibilidade de cronificação da infecção.

• Fase de convalescença: período que se segue ao desaparecimento da icterícia, quando


retorna progressivamente a sensação de bem-estar. A recuperação completa ocorre após algumas
semanas, mas a fraqueza e o cansaço podem persistir por vários meses.

Galera, vem comigo!

Evoluindo para a fase crônica da doença, caracterizada pela presença do vírus por mais de 6 meses
após o início da infecção, teremos mais duas subclassificações. O paciente pode se portar com hepatite
crônica de forma assintomática, chamados de Portador Assintomático, ou podem evoluir para a
Hepatite Crônica, esta sim caracterizada pela inflamação crônica e sintomática do fígado.

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Portanto, o Portador Assintomático, como o próprio nome diz não apresentam manifestações
clínicas, que têm replicação viral baixa ou ausente e que não apresentam evidências de alterações
graves à histologia hepática. Em tais situações, a evolução tende a ser benigna, sem maiores
consequências para a saúde.

Pessoal, apesar de serem assintomáticos, estes indivíduos são capazes de transmitir


hepatite e têm importância epidemiológica na perpetuação da endemia.

Já os pacientes com Hepatite Crônica apresentam sinais histológicos de atividade da doença


(inflamação, com ou sem deposição de fibrose) e que do ponto de vista virológico caracterizam-se pela
presença de marcadores de replicação viral. Apresentam maior propensão para uma evolução
desfavorável, com desenvolvimento de cirrose e suas complicações. Eventualmente, a infecção
crônica só é diagnosticada quando a pessoa já apresenta sinais e sintomas de doença hepática
avançada (cirrose e/ou hepatocarcinoma).

Pessoal, como já mencionado, a doença é insidiosa, portanto, a maioria dos diagnósticos realizados
são ao acaso, devido elevação das transaminases e aumento da bilirrubina no sangue.

2.5 – Tratamento hepatite Aguda

Galera, não existe tratamento específico para as formas agudas das hepatites virais. O que se tem até
hoje são os tratamentos sintomáticos do quadro da hepatite aguda, lembra que acabamos de comentar
que esses sinais e sintomas podem variar desde febre à vômitos, pois bem. Mas atenção, se estamos
falando de hepatite e já chegamos a um consenso que é uma inflamação no fígado, deve-se se atentar
quanto às medicações utilizadas para controle sintomático.

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Além disso, é recomendado o repouso relativo até normalização das aminotransferases e liberação das
atividades pouco a pouco. A única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que deve ser
suspensa por seis meses, no mínimo, preferencialmente, por um ano. As drogas consideradas
“hepatoprotetoras”, associadas ou não a complexos vitamínicos, não tem nenhum valor terapêutico. A
administração de vitamina K durante um a três dias pode ser recomendada nos casos de queda da
atividade de protrombina devido à absorção intestinal inadequada desta vitamina. A
administração de corticosteroide é totalmente contraindicada.

Galera, o paciente deve ir de alta quando atingir alguns critérios estabelecidos pelo MS, sendo:

• Remissão dos sintomas, podendo persistir discreta adinamia e sintomas digestivos


vagos;

• Normalização das bilirrubinas

• normalização do tempo de protrombina;

• normalização das aminotransferases, com pelo menos duas dosagens normais com
intervalo de quatro semanas, devido à possibilidade de recrudescência.

Pessoal, para quem ficou na dúvida, recrudescência é o ato da patologia voltar, porém com maior
intensidade que anteriormente. Portanto, memorize que para as HEPATITES, seja ela aguda ou crônica,
a palavra é: ACOMPANHAMENTO e VIGILÂNCIA. É recomendado pelo MS, portanto, que realize os
exames de acompanhamento das aminotransferases e coagulação a cada 4 semanas.

2.6 – Tratamento hepatite crônica

Pessoal, vimos anteriormente que uma parcela das pessoas desenvolve a hepatite crônica, e dessas,
outra parcela acaba sendo acometida de cirrose ou hepatocarcinoma. A orientação para o não consumo
de bebidas alcoólicas, prevenção da co-infecção com HIV, controle de distúrbios metabólicos como a
hiperlipidemia, obesidade e diabetes são essenciais. O tratamento se baseará no grau de
acometimento hepático. Portanto, Pacientes sem manifestações de hepatopatia e com
aminotransferases normais devem ser avaliados clinicamente e repetir os exames a cada seis meses.

Via de regra, as hepatites serão tratadas de acordo com as regras da Sociedade Brasileira de Patologia,
são vários os critérios e não abordaremos pois RARAMENTE é cobrado nas provas de concursos.
Portanto, memorize que a biópsia hepática é o maior e melhor indicador para o tratamento da
hepatite crônica, ok?

 Hepatite A: Geralmente paciente recuperado após 3 meses. Mais comum na infância devido
saneamento básico e modo de transmissão. Existe vacina no SUS.

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 Hepatite B: Normalmente apresenta bom prognóstico. Transmissão por contato sexual, vertical e
parenteral. Raramente evolui para hepatite crônica. Existe vacina no SUS.

 Hepatite C: Cronificação ocorre em 60 a 90% dos pacientes, podendo evoluir para cirrose ou
hepatocarcinoma. Transmissão sexual, parenteral e vertical. Não existe vacina no SUS.

Antes de prosseguir, vamos para alguns exercícios de fixação:

(Inst. Excelência – Pref. Paraitinga/SP 2018) – A Hepatite Viral é uma infecção viral sistêmica, na
qual a necrose e a inflamação das células hepáticas produzem um agrupamento característico
de alterações clínicas, bioquímicas e celulares. Existem cinco principais tipos de Hepatite viral:
A, B, C, D e E. Quanto às modalidades de transmissão dos tipos de Hepatite, é CORRETO afirmar:

a) A Hepatite C é transmitida normalmente na transfusão de sangue e produtos sanguíneos, ou seja,


exposição do sangue contaminado por meio de equipamentos. É possível também haver transmissão no
ato sexual com um parceiro infectado.
b) A Hepatite B normalmente é transmitida via fecal-oral, em locais onde existem más condições
sanitárias. É possível ainda ser transmitida pela água ou pelo alimento.
c) A Hepatite A, na maioria das vezes, é transmitida via parenteral. Pode ser transmitida também via
perinatal - de mães para filhos.
d) Nenhuma das alternativas estão corretas.

Comentário:
Gabarito A.
Galera, essa questão é bem bacana para treinarmos. Vimos na aula que a hepatite que é transmitida pela
via fecal-oral, por alimentos contaminados e intimamente relacionada ao saneamento básico é a
HEPATITE A. Já a HEPATITE B sua transmissão ocorre por via parenteral, sexual ou vertical. Portanto,
o gabarito correto conduz exatamente o modo de transmissão da HEPATITE C. Além disso, o Ministério
da Saúde adverte em seus boletins epidemiológicos o risco de transmissão da hepatite C em objetos
domésticos, como lâmina de barbear e até escova de dente.
Portanto, gabarito A.

(IDECAN – Pref. Simonésia 2016) – A hepatite C é uma doença viral com infecções assintomáticas
ou sintomáticas. Quando sintomáticas são caracterizadas por mal-estar, cefaleia, febre baixa,
anorexia, astenia, fadiga, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e
aversão a alguns alimentos e cigarro. De acordo com o Ministério da Saúde (2015), “a hepatite
viral C aguda apresenta evolução subclínica: cerca de 80% dos casos têm apresentação
assintomática e anictérica, o que dificulta o diagnóstico. A minoria dos pacientes eventualmente

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apresenta icterícia (<10%), ao passo que não mais do que 20% apresentam sintomas
inespecíficos mais intensos, como anorexia, astenia, mal-estar e dor abdominal”. A fase aguda da
hepatite C pode durar até

a) 06 meses.
b) 03 meses.
c) 12 semanas.
d) 10 semanas.

Comentários:
Gabarito letra A.
Galera, como vimos na matéria, uma doença como a hepatite (seja ela A,B,C, D ou E) se CRÔNICA APÓS
6 MESES de agudização.
Portanto, letra A.

(VUNESP – Pref. Campinas 2019) – Em 10/09/2019, F.S., 26 anos, primigesta, compareceu à


unidade básica de saúde para consulta de enfermagem de pré-natal. Informou que já não sentia
enjoos e estava mais disposta. Referiu que seus ciclos menstruais eram regulares, com duração
de 28 dias, não fazia uso de anticoncepcionais hormonais e que sua última menstruação ocorrera
em 24/06/2019. Ao analisar os resultados de exames solicitados na consulta anterior, o
enfermeiro constatou: sorologia para hepatite B: HBsAg = não reagente; VDRL = não reagente.
Ao exame físico e obstétrico, o enfermeiro não constatou anormalidades. Ao solicitar a carteira
de vacinação, a gestante informou que não possuía esse documento e não sabia se havia tomado
vacinas na infância.
Em relação à sorologia para hepatite B, é correto afirmar que, de acordo com o preconizado pelo
Ministério da Saúde, o enfermeiro deve, entre outros cuidados,

a) orientar a gestante a comparecer à sala de vacinas para tomar a 1ª dose da vacina hepatite B ao
completar 12 semanas de gestação.
b) orientar a gestante a comparecer à sala de vacinas para tomar a 1ª dose da vacina hepatite B ao
completar 24 semanas de gestação.
c) esclarecer que o resultado do exame está normal, deverá ser repetido com 32 semanas de idade
gestacional e a aplicação da vacina hepatite B não é a indicada para sua faixa etária.
d) solicitar os exames HBeAg e transaminases para avaliar a possibilidade de a gestante estar
apresentando um quadro de hepatite crônica.
e) encaminhar a gestante ao pré-natal de alto risco para avaliação e conduta.

Comentários:
Gabarito correto letra A.

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Galera, vamos analisar as afirmativas.


Vimos no estudo de caso que a gestante já havia coleta o HBsAg, que indica que a gestante não está
infectada pelo vírus da hepatite B, bem como a sífilis (VDRL). Deve-se ater também com relação à
possível ausência de vacinação prévia pela hepatite B. Neste caso, a gestante deve ser orientada e
encaminhada para a UBS ou clínica de vacinação devido recomendação do Ministério da Saúde em
imuniza-la o quanto antes, preferencialmente no primeiro trimestre de gestação. A vacinação está
indicada, além de outros motivos, devido risco de transmissão vertical e risco de cronificação da doença.
Portanto, gabarito letra A.

(COVEST/COPSET – UFPE – 2019) O século XX desvendou os mistérios sobre a etiologia das


hepatites virais, identificando cinco agentes distintos responsáveis por essas viroses: vírus da
hepatite A (HAV), vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV), vírus da hepatite D (HDV)
e vírus da hepatite E (HEV). Acerca das hepatites virais, assinale a alternativa correta.

a) As hepatites A ou E são transmitidas pela forma fecal-oral.


b) Esses vírus têm em comum a predileção para infectar os mielócitos (células mieloides).
c) A forma de transmissão dos cinco vírus é por meio da água.
d) A pessoa infectada pelo vírus C apresenta sorologia antiHCV não reagente, por um período definido.
e) O tratamento específico para a hepatite aguda é a biópsia hepática.

Comentários:
Bora lá, gabarito letra A.
Pessoal, não abordamos a hepatite E devido baixa tendência em concurso e similaridade com a hepatite
A. Ambas possuem tais características de transmissibilidade, via fecal-oral e relacionada ao
saneamento básico.
b) Errada! O vírus tem em comum a predileção para infectar os HEPATÓCITOS.
c) Errada! Vimos anteriormente que as transmissões, dependendo da hepatite, pode ser vertical,
parenteral e sexual.
d) Errada! O Anti-HCV indica contato prévio com o vírus da hepatite C, mas não define se recente ou
tardio. O diagnóstico de infecção aguda só pode ser feito com a viragem sorológica documentada.
e) Errada! O tratamento irá variar a depende das hepatites, mas via de regra é caracterizado por repouso
relativo, observação, controle de sinais e sintomas e adequação de hábitos de vida. A biópsia serve
como medida diagnóstica.
Portanto, gabarito letra A.

(CESPE/CEBRASPE- HUB – 2018) As hepatites virais constituem importantes problemas de


saúde pública no Brasil e no mundo. Seus agentes etiológicos, os vírus hepatotrópicos (vírus A,
vírus B, vírus C, vírus D e vírus E), infectam primordialmente as células hepáticas (hepatócitos),
mas diferem quanto às formas de transmissão e quanto às consequências clínicas decorrentes
da infecção. Acerca das hepatites virais, julgue o item subsecutivo.

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A infecção do feto pelo vírus da hepatite B por transmissão vertical de mães infectadas depende
do estado imune dessas mães e da carga viral, fatores que podem permitir ao vírus atravessar a
barreira placentária.

( ) Certo
( ) Errado

Comentários:
Galera, gabarito CERTO
Como a própria banca afirma, a hepatite B é transmitida também pelo contato sexual, sendo necessária
a contabilização da carga viral da mãe. O risco de transmissão vertical ocorre cerca de 70-90%
quando há replicação viral na mãe (HBeAg), além disso, a carga viral materna é o principal fator
associado ao fracasso da profilaxia do recém-nascido
Portanto, gabarito letra CERTO.

(CESPE/CEBRASPE- HUB – 2018) As hepatites virais constituem importantes problemas de


saúde pública no Brasil e no mundo. Seus agentes etiológicos, os vírus hepatotrópicos (vírus A,
vírus B, vírus C, vírus D e vírus E), infectam primordialmente as células hepáticas (hepatócitos),
mas diferem quanto às formas de transmissão e quanto às consequências clínicas decorrentes
da infecção. Acerca das hepatites virais, julgue o item subsecutivo.
Os vírus A, C e E são de transmissão parenteral, sexual e vertical, por diversos mecanismos, como
o compartilhamento de materiais contaminados por sangue e fluidos corpóreos.

( ) Certo
( ) Errado
Comentários:
Gabarito ERRADO.
Galera, vamos relembrar: Hepatite A e E são similares, geralmente autolimitadas e de transmissão
fecal-oral. Este conceito da questão é correto e exclusivo da Hepatite C.

(CESPE/CEBRASPE- HUB – 2018) As hepatites virais constituem importantes problemas de


saúde pública no Brasil e no mundo. Seus agentes etiológicos, os vírus hepatotrópicos (vírus A,
vírus B, vírus C, vírus D e vírus E), infectam primordialmente as células hepáticas (hepatócitos),
mas diferem quanto às formas de transmissão e quanto às consequências clínicas decorrentes
da infecção. Acerca das hepatites virais, julgue o item subsecutivo.

As vacinas contra a hepatite A e a hepatite B fazem parte do calendário de vacinação do Sistema


Único de Saúde para crianças de doze a vinte e três meses de idade; elas estão disponíveis nos
centros de referência para imunobiológicos especiais (CRIE).

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( ) Certo
( ) Errado

Comentários:
Gabarito ERRADO.
Galera, primeiramente, a vacina da HEPATITE A é de dose única e deve ser aplicada aos 15 meses de
idade, até aí tudo bem! Porém, a vacina da HEPATITE B, segundo a Sociedade Brasileira de Imunologia,
é constituída de 3 doses, sendo:
Ao nascer, 2 meses e 6 meses de idade.
Portanto, gabarito Errado.

(Pref. Rio de janeiro – Pref. Rio de Janeiro – 2019) Na confirmação laboratorial e no


acompanhamento do tratamento dos casos de hepatite viral B, o exame específico utilizado é
denominado:
a) HBV-DNA
b) HBsAg
c) HBeAg
d) Anti-HBs

Comentários:
Gabarito correto letra A.
Pessoal, vamos um por um.
a) Correta! A presença do HBsAg (assim como o HBV-DNA), que determina a condição de portador
do HBV (sintomático ou assintomático), indica a existência de risco de transmissão do vírus,
porém, o HBsAg é um marcador que costuma a declinar na fase aguda.
b) Errada! Como dito, é o primeiro marcador que aparece no curso da infecção pelo HBV. Na hepatite
aguda, ele declina a níveis indetectáveis em até 24 semanas, caracterizando sua diferença para o
HBV-DNA.
c) Errada! É marcador de replicação viral. Sua positividade indica alta infecciosidade.
d) Errada! É o único anticorpo que confere imunidade ao HBV. Está presente no soro após o
desaparecimento do HBsAg, sendo indicador de cura e imunidade. Está presente isoladamente em
pessoas vacinadas.
Portanto, gabarito correto LETRA A.

(VUNESP- TJ-SP – 2019) Ao analisar os resultados do exame de sorologia para hepatite B de um


indivíduo considerado anteriormente como suscetível, que refere ter recebido a terceira dose
da vacina hepatite B há seis meses, espera-se encontrar positivo(s) o(s)
anticorpo(s)/antígeno(s)

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a) apenas HBsAg.
b) HBs-Ag, AntiHBc total e AntiHBc IGG.
c) apenas anti-HBs ( ≥ 10 UI/mL).
d) anti-HBe e HBsAg.
e) HBs-Ag, AntiHBc total e AntiHBc IGM.

Comentários:
Gabarito correto letra C.
Galera, veja bem. Acabamos de resolver uma questão parecida, e se você prestar atenção, verá que a
resposta se encontra na alternativa anterior. Além disso, observe que a questão quer saber qual
desses marcadores são específicos para imunidade, pois o paciente já tomou a terceira dose da
vacina.
Vamos resolver uma por uma para não ter sombra de dúvidas, ok?
a) Errada! O HBsAg é o primeiro marcador que aparece no curso da infecção pelo HBV. Na hepatite
aguda, ele declina a níveis indetectáveis em até 24 semanas.
b) Errada! A banca coloca HBs-Ag (indica fase aguda), AntiHBc total e AntiHBc IGG (indica fase aguda ou
crônica, mas refere-se ao contato prévio com o vírus).
c) Correta! É o único anticorpo que confere imunidade ao HBV. Está presente no soro após o
desaparecimento do HBsAg, sendo indicador de cura e imunidade. Está presente isoladamente em
pessoas vacinadas.
d) Errada! Nenhum dos marcadores confere imunidade. O Anti HBe surge após o desaparecimento do
HBeAg, indica o fim da fase replicativa.
e) Errada! O HBs-Ag, AntiHBc total e AntiHBc IGM. Lembre-se de que eu disse no começo da aula, sempre
quando virem IGM, remetem-se à infecção recente. Nenhum deste marcadores confirma imunidade.
Portanto, gabarito correto letra C.

3 – HPV (Papilomavírus Humano) e Herpes


Pessoal, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo e do Ministério da Saúde, o HPV
(papilomavírus humano) é um vírus que infecta a pele e mucosas e se desenvolve em várias partes do
corpo humano. Enquanto alguns tipos de HPV atingem mãos ou pés, outros têm preferência pela área
genital, sendo transmitidos, em geral, sexualmente.

A maior parte das informações ressalta a relação deste vírus com o câncer que, apesar de existir de fato,
não é uma relação direta: o fato de ter HPV não quer dizer, necessariamente, que o paciente terá
um câncer. Muito pelo contrário: a maioria das infecções pelo HPV nem chegam a causar doenças e,
quando causam, a maioria resolve-se mesmo sem tratamento. Mas, apesar do vírus não causar doenças
em todos os indivíduos infectados, verifica-se o aumento da incidência do câncer de colo uterino,
por exemplo, em decorrência do baixo número de coleta de exames de prevenção, como a colpocitologia
oncótica e colposcopia.

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Galera, apesar do HPV ser uma IST, alguns estudos estimam que de 50 a 75% das pessoas sexualmente
ativas já entraram em contato com algum tipo de HPV um dia na vida. Apesar deste dado ser assustador,
veremos posteriormente que existem DIVERSOS tipos de HPV e que alguns tipos estão relacionados ao
aparecimento de câncer de colo de útero (pode apresentar-se também na vulva, vagina e na região anal).

3.1 - Aspectos clínicos

Uma de suas formas de manifestação é a de condilomas ou verrugas, que podem aparecer nas regiões
genitais, comumente conhecidas como “crista de galo”, mas também podem apresentar formas de lesão
plana, microscópica ou às vezes nem aparentar lesões. Estas lesões na maioria das vezes têm caráter
transitório, desaparecendo sem deixar vestígios, podendo ressurgir tempos depois ou nunca mais
causar lesões. Ele penetra no novo hospedeiro através de microtraumatismos (como a maioria das
ISTs) , chegando até a camada basal do epitélio e atravessa o citoplasma celular. O genoma viral é
transportado ao núcleo, onde é traduzido e transcrito.

O período de incubação varia de duas-três semanas a oito meses e está relacionado com a competência
imunológica individual.

Como mencionamos, a doença é heterogênea e apresentar mais de 100 tipos de HPV, porém apenas 20
podem infectar o trato genital. O vírus pode estar latente por anos, mas ainda assim permanecer ativo
e presenta nas regiões afetadas. Nos homens, o aparecimento do HPV dá-se geralmente na glande,
sulco bálano-prepucial e região perianal, e na mulher, na vulva, períneo, região perianal, vagina
e colo.

A existência de HPV de alto risco oncogênico não representa necessariamente o


desenvolvimento de neoplasias. O câncer de colo uterino, da vulva, da vagina e da
região anal, deve estar associado à presença do vírus oncogênico com outros
fatores, como a queda de resistência imunológica, entre outros.

Há 2 tipos de classificações para o HPV, o primeiro é caracterizado como:

➔ Alto Risco: Possuem alta correlação com as lesões intra-epiteliais de alto grau e carcinomas
do colo uterino, da vulva, do ânus e do pênis, como os subtipos 16, 18, 31, 33 e 35, entre outros.

** Pessoal, memorizem estes dois subtipos de HPV como de alto risco: 16 e 18.

➔ Baixo Risco: estão associados às infecções benignas do trato genital, como condiloma
acuminado ou plano e lesões intra-epiteliais de baixo grau, subtipos 6, 11, 42, 43 e 44.

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** Pessoal, memorizem estes dois subtipos de HPV como de baixo risco: 6 e 11.

3.2 – Diagnóstico e Prevenção

Pessoal, como vimos o diagnóstico ele será caracterizado através da clínica e história pregressa da
pessoa, porém há dispositivos acessórios que nos auxiliam no diagnóstico do HPV, como a
Colpocitologia Oncótica e a Colposcopia.

A intenção neste exame é detectar lesões precursoras ou malignas. Estas lesões são atualmente
divididas entre

Lesões de baixo Grau: NIC I (Infecção pelo HPV; Displasia Leve)

Lesões de alto grau: NIC II (Neoplasia Intraepitelial) e NIC III (Displasia Moderado-
Acentuada/Acentuada/Carcinoma in situ)

Como o HPV não afeta apenas mulheres, recomenda-se realizar de acordo com os critérios
estabelecidos, a peniscopia e anuscopia.

Com relação à prevenção, sabemos que o uso de preservativo é a melhor opção. Porém, há disponível
no SUS e é MUITO COBRADO EM PROVA, a vacina contra o HPV para homens e mulheres.

Alunos, atenção: Em Setembro de 2022 o Ministério da Saúde atualizou a indicação da VACINA HPV.
Dessa forma, ANTERIORMENTE a indicação era: Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14, certo?

Hoje com a atualização NÃO HÁ MAIS DIFERENÇA. Tanto meninos quanto meninas receberão a vacina
HPV na MESMA IDADE, OU SEJA, DE 9 A 14 ANOS PARA AMBOS OS SEXOS. A mudança é
permanente e poderá cair na sua prova.

Apesar da notícia, até esta data a imagem do Calendário Anual de Vacinação do Adolescente ainda não
foi atualizado na fonte, porém já está valendo a regra: vacina HPV para ambos os sexos de 9 a 14 anos.

Para os que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 45 anos) e o esquema vacinal é de três
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doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição
médica.

Pessoal, lembra-se que falei para vocês memorizarem o TIPO de HPV de alto risco e baixo risco?
pois bem, este é o motivo:

Há dois tipos de vacinas contra o HPV disponível no SUS. A quadrivalente que protege contra o HPV 6,
11, 16 e 18 e a vacina bivalente, que confere proteção contra HPV tipos 16 e 18.

A quadrivalente está aprovada no Brasil para prevenção (veja bem que é PREVENÇÃO E NÃO
TRATAMENTO) de lesões genitais pré-cancerosas de colo do útero, de vulva e de vagina em mulheres,
de pênis em homens e anal em ambos os sexos, relacionadas aos HPV 16 e 18, e verrugas genitais em
mulheres e homens, relacionadas aos HPV 6 e 11. A vacina bivalente está aprovada para prevenção de
lesões genitais pré-cancerosas do colo do útero em mulheres, relacionadas aos HPV 16 e 18.

3.3 – Tratamento

Galera, várias são as formas de tratamento, cujo objetivo principal é a eliminação das lesões
condilomatosas. Não há evidências de que os tratamentos disponíveis eliminem ou alterem o curso natural
da infecção pelo HPV.

Os tratamentos disponíveis para condilomas são: ácido tricloroacético (ATA), crioterapia,


eletrocoagulação, podofilina, podofilotoxina , imiquimod , interferon, vaporização a laser e exérese
cirúrgica.

A transmissão vertical do HPV ainda é discutível, porém há estudos que encontraram DNA do vírus no
líquido amniótico. O acompanhamento da gestante deve ser feito no intuito de se evitar a transmissão
vertical que podem causar no neonato, lesões verrucosas anogenitais, conjuntivais, orais e laríngeas.
Apesar de a contaminação ser freqüente, apenas poucos neonatos acabam por desenvolver lesões
clínicas, como a Papilomatose laríngea, sendo uma situação clínica muito rara e por isso não
abordaremos aqui, ok?

3.4 – Herpes

Pessoal, 3 tipos de herpes, sendo o tipo 1, relacionado geralmente à manifestação e lesão oral, o tipo 2
associado à região genital e tipo 3 relacionado à varicela zoster, atacando nervos. Apesar dos tipos, a
herpes é uma infecção causada pelo Herpes simplex vírus (HSV), geralmente dos tipos 1 e 2
pertencentes à família Herpesviridae, da qual fazem parte o citomegalovírus (CMV), o vírus da varicela
zoster, o vírus Epstein-Barr o vírus do herpes humano 8.

Assim como o HPV, muitas pessoas já tiveram contato com o agente da Herpes, porém poucos
desenvolvem a manifestação clínica da doença. Já as pessoas que desenvolvem as características clínicas
da doença, podem fazê-la de dois modos:

➔ Primoinfecção Herpética: O período médio de incubação do vírus é de 6 dias. Em geral, é uma


manifestação mais severa caracterizada pelo surgimento de lesões eritemato-papulosas de um
a três milímetros de diâmetro, que rapidamente evoluem para vesículas sobre base
eritematosa, muito dolorosas e de localização variável na região genital. O conteúdo dessas
vesículas é geralmente citrino, raramente turvo.

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Podem estar presentes sinais e sintomas gerais, como febre, mal-estar, mialgia e disúria, com ou sem
retenção urinária. Em especial, nas mulheres, pode simular quadro de infeção urinária baixa. A
linfadenomegalia inguinal dolorosa bilateral está presente em 50% dos casos.

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A outra manifestação do herpes é denominada de intermitente e isso ocorre devido ao tropismo pelos
NERVOS, pois após a infecção genital, o HSV ascende pelos nervos periféricos sensoriais, penetra nos
núcleos das células dos gânglios sensitivos e entra em um estado de latência.

Após a infecção genital primária por HSV-2 ou HSV-1, respectivamente, 90% e 60% dos pacientes
desenvolvem novos episódios nos primeiros 12 meses, por reativação viral. Essa reativação pode dever-
se a quadros infecciosos, exposição à radiação ultravioleta, traumatismos locais, menstruação, estresse
físico ou emocional, antibioticoterapia prolongada e/ou imunodeficiência. As lesões têm regressão
espontânea em sete a dez dias, com ou sem cicatriz. A tendência natural dos surtos é a de se tornarem
menos intensos e menos frequentes com o passar do tempo. A utilização do antiviral é indicada para
casos mais graves e frequentes.

4 - Cancro Mole e Danovanose


O Cancro Mole, também conhecido como Cancro Venéreo, é uma afecção causada pelo agente
Haemophilus ducreyi enquanto a Donovanose é ocasionada pela Klebsiella granulomatis.

A transmissão de ambas patologias ocorre por via sexual. O período de incubação do Cancro Mole é
geralmente de três a cinco dias, podendo se estender por até duas semanas.

A lesão do Cancro Mole é bem característica, sendo dolorosas, geralmente múltiplas e devidas à auto
inoculação. A borda é irregular, apresentando contornos eritemato-edematosos e fundo irregular,
recoberto por exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido e que, quando removido, revela tecido
de granulação com sangramento fácil. Pode ocorrer a infecção nos gânglios linfáticos, sendo mais
comum nos homens devido anatomia.

Já a Donovanose é uma IST crônico progressiva, pouco frequente e que acomete pele e regiões genitais.
O quadro clínico inicia-se com ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo
granuloso, de aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil. A ulceração evolui lenta e
progressivamente, podendo tornar-se vegetante ou úlcero-vegetante. Não raramente há o
acometimento das regiões linfáticas, o que pode levar a quadros de elefantíase caso haja obstrução
desta via.

5 – Gonorreia e Clamídia
Pessoal, gostaria de comentar que este tema não é muito frequente nas provas hoje em dia. Elas são
melhores elaboradas e cobradas em provas específicas de atenção básica para técnico de enfermagem
e enfermeiro, portanto, não aprofundaremos como fomos em hepatite e HPV, ok?

Vamos focar no que interessa.

A Gonorreia e a Clamídia são um dos causadores das cervicites mucopurulenta ou endocervicite. As


mulheres mais acometidas por esses agentes são sexualmente ativas com idade inferior a 25 anos,

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novas ou múltiplas parcerias sexuais, par-cerias com IST, história prévia ou presença de outra
IST e uso irregular de preservativo. O agente patológico da Gonorreia e da Clamídia são Neisseria
gonorrhoeae e Chlamydia Trachomatis. Sua transmissão ocorre exclusivamente por via sexual através
do sexo desprotegido e pode ocorrer a infecção do RN no ato do parto.

A infecção gonocócica na gestante poderá estar associada a um maior risco de prematuridade, ruptura
prematura de membrana, perdas fetais, retardo de crescimento intrauterino e febre puerperal. No RN,
a principal manifestação clínica é a conjuntivite, podendo levar a criança à cegueira.

Muitos casos (cerca de 70% são assintomáticos), porém os que apresentam sinais e sintomas ambas
doenças são corrimento vaginal, sangramento intermenstrual, dispareunia e disúria. Ao exame físico,
podem estar presentes dor à mobilização do colo uterino, material mucopurulento no orifício
externo do colo e sangramento ao toque da espátula ou swab. No homem, pode haver ardor à
micção, corrimento/pus ou dor nos testículos.

Os tratamentos são baseados em antibióticos, anote apenas as que eu circular abaixo.

Pessoal, observem que os tratamentos de ambas patologias são basicamente propostos por
Ciprofloxacina e Azitromicina.

Para prevenção de oftalmina neonatal, quadro grave no RN associado à gonorreia, é recomendado


utilizar Nitrato de prata a 1% na primeira hora após nascimento.

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6 - Tricomoníase

A tricomoníase é causada pelo T. vaginalis, um protozoário flagelado, tendo como reservatório o colo
uterino, a vagina e a uretra. Os sinais e sintomas são:

• Corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso/espumoso;

• Prurido e/ou irritação vulvar;

• Dor pélvica (ocasionalmente);

• Sintomas urinários (disúria, polaciúria);

• Hiperemia da mucosa (colpite difusa e/ou focal, com aspecto de framboesa)

Pessoal, o que as bancas costumam cobrar com relação à Tricomoníase é justamente esta característica
da mucosa de aspecto de framboesa.

O diagnóstico da tricomoníase é feito por meio da visualização dos protozoários móveis em ma-terial
do ectocérvice, por exame bacterioscópico a fresco ou pela coloração de Gram, Giemsa, Papa-nicolaou,
entre outras.

O tratamento proposto é o Metronidazol 400 mg, 5 comprimidos e dose única. Além disso, o parceiro
ou parceira sexual também deve ser tratada.

7 - Candidíase
É a infecção da vulva e vagina, causada por um fungo comensal (80% das infecção é relacionada à
Candida Albicans) que habita a mucosa vaginal e digestiva, o qual cresce quando o meio se torna
favorável ao seu desenvolvimento, por exemplo, uma queda na imunidade. Outro exemplo, é a
candidíase oral é um marcador clínico precoce de imunodepressão grave, e foi associada ao
subsequente desenvolvimento de pneumonia por P. jirovecii

Embora a candidíase vulvovaginal não seja transmitida sexualmente, é vista com maior frequência
em mulheres em atividade sexual, provavelmente, devido a microrganismos colonizadores que
penetram no epitélio via microabrasões.

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Os sinais e sintomas variam, mas frequentemente são encontrados:

• Prurido vulvovaginal (principal sintoma, e de intensidade variável)

• Disúria

• Dispareunia

• Corrimento branco, grumoso e com aspecto caseoso (“leite coalhado”)

• Hiperemia

• Edema vulvar

• Fissuras e maceração da vulva

• Placas brancas ou branco-acinzentadas, recobrindo a vagina e colo uterino

Pessoal, o que as bancas costumam cobrar é justamente o ASPECTO do corrimento, caracterizado


como branco de aparência de “Leite Coalhado” e as características das placas no colo uterino,
portanto, memorizem.

Como vimos anteriormente, esta infecção depende de outros fatores para sua instalação, portanto,
algumas situações propiciam o aparecimento da Candida Albicans no organismo, como:

 Gravidez

 DM descompensada

 Obesidade

 Uso de contraceptivos Orais

 Uso de antibiótico, corticosteroides, imunossupressores, quimioterapia e radioterapia

 Hábitos de higiene e vestuário que aumentem a umidade e o calor local

 Alterações na resposta imunológica (imunodeficiência), incluindo a infecção pelo HIV

O tratamento é baseado no Miconazol creme a 2%, via vaginal, um aplicador cheio, à noite ao
deitar-se, por 7 dias ou Nistatina 100.000 UI, uma aplicação, via vaginal, à noite ao deitar-se, por

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14 dias. O tratamento em gestante deve ser realizado apenas por via vaginal. As parcerias sexuais não
precisam ser tratadas, exceto as sintomáticas.

É comum durante a gestação, podendo apresentar recidivas pelas condições propícias do pH vaginal
que se estabelecem nesse período.

8 – Vaginose Bacteriana
Pessoal, a Vaginose Bacteriana não é necessariamente uma IST, já que sua transmissão não ocorre
por via sexual. Assim como a Candidíase, o seu aparecimento ocorre devido desequilíbrios
homeostáticos do corpo humano. Sendo assim, a Vaginose Bacteriana é caracterizada por um
desequilíbrio da microbiota vaginal normal, com diminuição acentuada ou desaparecimento de
lactobacilos acidófilos (Lactobacillus spp) e aumento de bactérias anaeróbias (ex: Prevotella sp,
Mobiluncus sp, G. vaginalis, Ureaplasma sp, Mycoplasma sp e outros). É a causa mais comum de
corrimento vaginal, afetando cerca de 10% a 30% das gestantes e 10% das mulheres atendidas na
atenção básica. Em alguns casos, pode ser assintomática.

Os sintomas incluem:

• Corrimento vaginal fétido, mais acentuado após a relação sexual sem o uso do
preservativo, e durante o período menstrual

• Corrimento vaginal branco-acinzentado, de aspecto fluido ou cremoso, algumas


vezes bolhoso;

• Dispareunia (pouco frequente).

Apesar de não ser transmissível, a vaginose propicia ambiente favorável para contrair outras IST
(incluindo o HIV), e pode trazer complicações às cirurgias ginecológicas e à gravidez.

Para confirmação do diagnóstico de vaginose bacteriana, deve-se confirmar pelo menos 3 itens dos
Critérios diagnósticos de Amsel, sendo:

Critério de Amsel

 Corrimento vaginal homogêneo, geralmente acinzentado e de quantidade variável

 pH vaginal > 4,5

 Teste de Whiff** ou teste da amina (KOH 10%) positivo

 Presença de clue cells na bacterioscopia corada por Gram

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Galera, o teste de WHIFF ou “teste do cheiro” coloca-se uma gota de KOH a 10% sobre o conteúdo vaginal
depositado numa lâmina de vidro. Se houver “odor de peixe”, o teste é considerado positivo e
sugestivo de vaginose bacteriana.

Interessante, não?

O tratamento é à base de Metronidazol 250 mg VO 2x/dia por 7 dias e deve ser recomendado para
mulheres sintomáticas, grávidas, que apresentem comorbidades ou potencial risco de
complicações.

9 – Linfogranuloma Venéreo (LGV)


O LGV é causado por Chlamydia trachomatis e sua manifestação clínica mais comum do LGV é a
linfadenopatia inguinal e/ou femoral (trombolinfangite e perilinfangite). Esta doença está muito
relacionada à homens portadores do vírus HIV que fazem sexo com homens (HSH).

A evolução da infecção ocorre em três fases: inoculação, disseminação linfática regional e seque-las.

A fase de inoculação é iniciada por pápula, pústula ou exulceração indolor, que desaparece sem deixar
sequela. Muitas vezes, não é notada pelo paciente e raramente é observada pelo profissional de saúde.
Já a fase de disseminação linfática regional é caracterizada por linfadenopatia inguinal desenvolve-
se entre uma a seis semanas após a lesão inicial, sendo geralmente unilateral (em 70% dos casos),
enquanto que, na fase de Sequelas, aqueles gânglios linfáticos acometidos supuram e formam-se
fístulas por orifícios múltiplos, além disso, podem ocorrer sintomas gerais, como febre, mal-estar,
anorexia, emagrecimento, artralgia, sudorese noturna e meningismo.

O uso de preservativos ou outros métodos de barreira para sexo oral, vaginal e anal previnem a infecção
por C. trachomatis. Acessórios sexuais devem ser limpos antes da utilização, sendo necessariamente de
uso individual.

O tratamento deve ser estabelecido o quantos antes, uma vez que pode ocorrer sequelas irreversíveis
com o tratamento usual, como a elefantíase escrotal e estenose retal. Utiliza-se a Doxiciclina como
terapia, sendo recomendado o tratamento dos parceiros sexuais, mesmo assintomáticos.

Infecção Sexualmente Agente Etiológico


Transmissível

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Gonorreia Neisseria Gonorrhoeae

Clamídia Chlamydia trachomatis

Sífilis Treponema pallidum

Cancro Mole Haemophilusducreyi

Danovanose Klebsiella granulomatis

Linfogranuloma venéreo Chlamydia trachomatis

Candidíase Candida albicans

Tricomoníase Trichomonas vaginalis

Vaginose Bacteriana Gardnerela vaginalis; Haemophilus; Bacteroides


sp;

Vamos aproveitar para treinar os conhecimentos adquiridos e rever alguns conceitos que são
importantes para o concurso. Vamos lá!

(AOCP- Pref. Vitória - 2019) - São denominadas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)
aquelas causadas por vírus, bactérias ou micróbios e que são transmitidas, principalmente, nas
relações sexuais. São exemplos de doenças sexualmente transmissíveis:
a) Caxumba, Gonorreia, Aids, Salmonella, Clamídia.
b) Gonorreia, Sífilis, Hepatite B, Cancro Mole, Aids.
c) Haemophilus influenzae, Rotavírus, Salmonella, Zica vírus.
d) Cancro Mole, HPV, Sífilis, Herpes, Caxumba.

Comentários:
Gabarito correto letra B.
Galera, essa é apenas para aquecer. Tranquilo, não?
As IST que mencionamos na aula de hoje são justamente essas: Gonorreia, Sífilis, hepatite B, Cancro
Mole. A AIDS/HIV comentamos na aula passada, na parte I.
Portanto, Caxumba, Salmonella, Haemophilus Influenzae, Rotavírus e Zika não são denominados IST.
Portanto, gabarito letra B.

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(IDECAN- Pref. Damianópolis - 2016) “Pedro Paulo, 41 anos de idade, chegou ao pronto-socorro
com intensa dor abdominal. Sua temperatura era de 38,5°C; ao urinar queixa-se de dor e
ardência, secreção abundante de pus pela uretra. Ao ser questionado sobre sua vida sexual,
relatou possuir vida sexual ativa, com várias parceiras sem a utilização do preservativo”.
Os sintomas apresentados referem-se a:

a) Sífilis.
b) Gonorreia.
c) Herpes genital.
d) Verrugas genitais.

Comentários:
Gabarito letra B
Pessoal, neste caso vamos marcar a Gonorreia pois ela é a única, dentre todas as outras doenças, que
tem sintomas secretivo na região acometida. A Sífilis, Herpes e verrugas são classificadas como Úlceras
Genitais, enquanto que a gonorreia e clamídia, por exemplo, são classificadas como Corrimentos
Genitais.
Portanto, gabarito letra B.

(IDECAN- Pref. Damianópolis - 2016) “O Brasil será o primeiro país da América do Sul e o sétimo
do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de
imunizações. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta terça-feira (11),
em Brasília (DF). A partir de janeiro do próximo ano, o Ministério da Saúde passa a disponibilizar
a vacina contra o HPV para a população masculina de 12 a 13 anos na rotina do Calendário
Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS)”.
O Human Papiloma Virus, ou HPV, é um vírus que vive na pele e nas mucosas dos seres humanos,
tais como vulva, vagina, colo de útero e pênis. Quando não é tratado nas meninas, torna-se a
principal causa do desenvolvimento do câncer de

a) pele.
b) mama.
c) Bexiga
d) colo do útero

Comentários:
Gabarito letra D.
Se lembram dos tipos de HPV que pedi para vocês gravarem?

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Pois bem, estes HPV como o 16 e 18 estão associados à maior probabilidade de as mulheres
desenvolverem o câncer de colo de útero.
Portanto, gabarito D.

(FUNDEP- Pref. De Uberlândia – 2019) Sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs),


assinale a alternativa incorreta.

a) A equipe de saúde deve orientar o uso de preservativos masculinos ou femininos para pessoas
sexualmente ativas, pois é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão do HIV e de
outros agentes sexualmente transmissíveis.
b) A equipe de saúde deve atentar quanto à notificação compulsória das DSTs, pois nem todas as
doenças sexualmente transmissíveis são de notificação compulsória.
c) No tratamento da candidíase, é necessário orientar a mulher a suspender o tratamento se menstruar.
d) A sífilis é curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum, pode
apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e
terciária), e a equipe de saúde deve estar atenta aos sinais e sintomas apresentados pelo paciente.

Comentários:
Gabarito letra C. Olha a pegadinha, pessoal.
Observe que a banca pede a questão INCORRETA.
a) Correta! A equipe de saúde deve orientar a população, principalmente as vulneráveis e de alto risco
quando a prevenção da IST, estabelecendo um vínculo com o paciente através do acolhimento.
b) Correta! Nem todas as IST’s são de notificação compulsória.
c) Nosso gabarito! Vamos relembrar o tratamento da candidíase: Miconazol creme a 2%, via vaginal,
um aplicador cheio, à noite ao deitar-se, por 7 dias. Não se deve suspender o tratamento em caso de
menstruação.
d) Correta! A sífilis, abordada na primeira parte da aula está descrita corretamente. É uma doença com
alta incidência devido ao período de latência que pode chegar a 10 anos.

(AOCP – Pref. Pinhais – 2017) Qual das doenças citadas a seguir é considerada exclusivamente
de transmissão sexual?

a) Hepatite B.
b) Cancro mole.
c) AIDS
d) Candidíase.
e) Sífilis Congênita

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Comentários:
Gabarito letra B.

a) Errada. A hepatite B pode ser transmitida também pela via parenteral, percutânea e vertical
b) Correta, nosso gabarito! O Cancro Mole é uma IST causada pelo agente Haemophilus Ducreyi e só
pode ser transmitido por via sexual.
c) Errada. Sabemos que a AIDS é a manifestação ou a síndrome da imunodeficiência adquiridas do HIV,
portanto, tal vírus pode ser contraído através das vias parenterais, percutâneas e verticais.
d) Errada. A Candidíase NÃO É transmitida pela via sexual. Lembrem-se que a candidíase é um fungo
comensal que habita a mucosa vaginal e digestiva, o qual cresce quando o meio se torna favorável ao
seu desenvolvimento.
e) Errada. Como o próprio nome diz, a Sífilis congênita é adquirida pela transmissão transplacentária,
ou seja, da mãe para o filho.
Portanto, gabarito letra B.

(IBADE- Pref. Aracruz – 2019) Segundo o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e


Infecções Sexualmente Transmissíveis, do Ministério da Saúde, a terminologia Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST) passa a ser adotada em substituição à expressão Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DST) porque:

a) infecções implicam em sintomas e sinais visíveis no organismo do indivíduo.


b) doenças podem ter períodos assintomáticos (sífilis, herpes genital, condiloma acuminado, por
exemplo).
c) o termo IST é mais adequado, mas é utilizado apenas no Brasil
d) destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.
e) as IST são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos e a transmissão ocorre,
unicamente, através do contato sexual sem o uso de preservativo com uma pessoa que esteja infectada.

Comentários:
Gabarito letra D.
Segundo o Ministério da Saúde, a terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou
a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque
destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e
sintomas. A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotada em
substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade
de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.
O candidato poderia confundir, principalmente com a letra E, porém, observe a palavra “unicamente”.
Este termo restringe muito a alternativa, e geralmente as bancas colocam como pegadinhas.
Portanto, gabarito letra D.

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(IBFC- Pref. Divinópolis – 2018) Considerando a infecção por HPV (papilomavírus humano), leia
as afirmativas e a seguir assinale a alternativa correta.
I. A vacina no Brasil é segura e eficaz, prevenindo contra 2 tipos do HPV (16, 18). Essa imunização
ajuda a prevenir o aparecimento do câncer do colo de útero.
II. Dentre os HPV de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de
câncer do colo do útero.
III. As lesões clínicas se assemelham as verrugas, são tecnicamente denominadas condilomas
acuminados e popularmente chamadas “crista de galo”, “figueira” ou “cavalo de crista”. Têm
aspecto de couve-flor e tamanho variável.
IV. A transmissão ocorre frequentemente por via sexual.

a) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas


b) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas
c) Apenas a afirmativa I está correta
d) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas

Comentários:
Gabarito letra D.
Galera, veja bem. Comentamos em sala de aula que há 2 tipos de vacinas contra o HPV no Brasil. A vacina
quadrivalente, que protegem contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 e a vacina bivalente, que protege dos
subtipos 16 e 18.
A banca considerou o item I incorreto, devido ao calendário vacinal do Brasil, que considera a vacina
quadrivalente como a principal, portanto, protegendo contra os subtipos 6, 11, 16 e 18.
A vacina do HPV quadrivalente deve ser administrada em 2 (duas) doses, com intervalo de 6 (seis)
meses entre as doses, nas meninas de 9 a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias) e nos
meninos de 11 a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias).
As demais alternativas estão corretas, portanto, gabarito correto letra D.
(MDS- Pref. Bom Repouso – 2019) A “Candida Albicanis” é o agente etiológico do (a):
a) Cancro mole
b) Herpes simples
c) Gonorreia
d) Monilíase

Comentário:
Gabarito letra D. Olha a pegadinha!
Pessoal, essa a banca foi brincalhona. Monolíase é o famoso “sapinho”, sendo causada pelo mesmo
agente da Candidíase. A imunidade cai e ela entra e ação.

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Vamos aproveitar o momento para relembrar os agentes etiológicos das demais patologias:
-Cancro Mole: Haemophilus ducreyi
-Herpes Simples: HSV 1 e 2.
-Gonorreia: Neisseria gonorrhoeae

(ADM&TEC – Pref. De Pedra – 2019) Leia as afirmativas a seguir:


I. A identificação de uma doença sexualmente transmissível (DST) em um paciente não constitui
evento sentinela para a busca de outra DST ou possibilidade de associação com o HIV.
II. Os preservativos masculinos e femininos previnem a transmissão do Herpes Simples em todas
as áreas de pele, protegendo, inclusive, as lesões na base do pênis, na bolsa escrotal ou em áreas
expostas da vulva.
Marque a alternativa CORRETA:

a) As duas afirmativas são verdadeiras.


b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.

Comentário:
Gabarito letra D.
Pessoal, como vimos na aula, a maioria das IST RECOMENDAM a busca ativa para o tratamento do
parceiro. Muitas patologias podem estar associadas ao HIV devido sua ação na imunidade do portador,
ocasionando, portanto, doenças oportunistas de características infecciosas.
Além disso, a infecção pelo Herpes Simples (HSV 1 e 2) pode estar presenta em boa parte da população
devido infecção remota. Áreas expostas ou que tenham tido contato com secreções da pessoa infectada
está susceptível à infecção pelo mesmo. A própria questão menciona tais áreas durante o ato sexual,
como bolsa escrotal, vulva e base do pênis.

(MS CONCURSOS – Pref. Sonora – 2019) A IST aparece, principalmente, no órgão genital, mas
pode surgir também em outra parte do corpo, como por exemplo: palma das mãos, olhos, língua.
São três as principais manifestações clínicas das IST. Sendo assim, qual alternativa não
corresponde a uma dessas manifestações clínicas?

a) Necrose.
b) Corrimento.
c) Feridas.
d) Verrugas anogenitais.

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Comentário:
Gabarito letra A.

Galera, tranquila essa. Vimos que a maioria das IST estão associadas ao Corrimento, Feridas e
verrugas. A necrose não apareceu em nossa aula, isso porque ela inexiste nas IST.

(IF-RR – 2015) Doença sexualmente transmissível com as seguintes características: lesão


geralmente única, indolor, com fundo liso e brilhante e secreção serosa escassa. Assinale a
alternativa correta:

a) Sífilis primária;
b) Herpes simples;
c) Linfogranuloma venéreo;
d) Donovanose;
e) Cancro mole.

Comentário:
Gabarito letra A.
Pessoal, o estudo sobre sífilis foi abordado na aula I. Devemos lembrar de suas fases e nos atentar com
relação à sua característica da lesão na sífilis primária. Geralmente é uma ferida em região genital, bem
delimitada, INDOLOR (aqui está o pulo do gato! As bancas adoram relacionar a ausência de dor com
a sífilis primária), de aspecto liso e pouca secreção.

Vamos abordar as outras patologias:


b) Incorreta. As lesões da herpes simples são eritemato-papulosas de um a três milímetros de diâmetro,
que rapidamente evoluem para vesículas sobre base eritematosa, muito dolorosas e de localização
variável na região genital. O conteúdo dessas vesículas é geralmente citrino, raramente turvo
c) Incorreta. Vimos que o Linfogranuloma venéreo tem grande predileção pela rede linfática. Podemos
distinguir isso até pelo nome, pessoal. Veja: LINFOgranuloma.
d) Incorreta. As lesões da donovanose são pouco cobradas devido a raridade da doença, porém a mesma
apresenta ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granuloso, de
aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil.
e) Incorreta. O Cancro Mole produz lesões múltiplas e dolorosas.

Portanto, gabarito letra A.

(FCC – ALESE – 2018) A cervicite mucopurulenta ou endocervicite é a inflamação da mucosa


endocervical. Nos casos sintomáticos, as principais queixas são, entre outras,

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a) a dispneia e a hemoptise.
b) o corrimento uretral e a anúria.
c) a hipertermia e a rigidez de nuca.
d) a inapetência e a diarreia.
e) o corrimento vaginal e o sangramento intermenstrual.

Comentário:
Gabarito letra E.
A cervicite mucopurulenta ou endocervicite é a inflamação da mucosa endocervical (epitélio co-lunar
do colo uterino). Os agentes etiológicos mais frequentes são C. trachomatis e N. gonorrhoeae. Pessoal,
tais doenças são frequentemente assintomáticas (em torno de 70% a 80%). Nos casos sintomáticos,
as principais queixas são corrimento vaginal, sangramento intermenstrual, dispareunia e disúria
Os demais sinais e sintomas não fazem parte da cervicite ou endocervicite.
Portanto, gabarito letra E.

(IF-TO – 2019) Sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis, assinale a alternativa correta.

a) Condiloma acuminado é uma infecção causada pelo vírus da Herpes.


b) Sífilis latente é uma variante clínica da infecção em que se observam sinais e sintomas clínicos.
c) A candidíase vulvovaginal é uma doença transmitida pela via sexual.
d) O uso de dois preservativos é recomendado para proteção dupla contra Infeções Sexualmente
Transmissíveis.
e) Quando o nível de células T CD4+ cai abaixo de 200 células/mm³ de sangue na infecção por HIV, diz-
se que a pessoa tem AIDS.

Comentários:
Gabarito letra E.
Galera, esta questão é muito bacana pois podemos rever alguns conceitos abordados.
Vamos comentando item por item.
a) Incorreto. O condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira
ou cavalo de crista, é uma IST causada pelo Papilomavírus humano (HPV) e não Herpes.
b) Incorreto. A Sífilis latente é a fase da patologia na qual ela fica quietinha, se reproduzindo para
posteriormente ressurgir com mais força, ou seja, nesta latência ela não produz sinais e
sintomas. Observe o nome: Latente.
c) Incorreto. Vimos em algumas questões anteriores que a Candidíase NÃO É transmitida sexualmente.
Ela é uma infecção oportunista, comensal e espera apenas o momento correto para se sobrepor
às outras bactérias.

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d) Incorreto. Não se deve usar dois preservativos devido risco de rompimento de ambos (fricção entre
as camisinhas).
e) Correto, nosso gabarito! Conforme estudamos na aula I, a AIDS é uma manifestação sindrômica da
imunodeficiência adquirida. As células T CD34+, que são responsáveis pela proteção de infecções
adquiridas e oportunistas ficam abaixo de 200 céls/mm³, conferindo ao portador de HIV a AIDS.

(IADES- SEASTER-PA – 2019) Alguns processos infecciosos e inflamatórios favorecem a


transmissão do HIV, a exemplo de doenças sexualmente transmissíveis (DST) não ulcerativas
como a (o)

a) Sífilis.
b) Cancro mole
c) herpes genital.
d) Cancro duro
e) tricomoníase.

Comentários:
Gabarito letra E.
Pessoal, o segredo da questão está nesta pequena parte da frase “DST não ulcerativas”
A única IST que temos que não é ulcerativa é a Tricomoníase, causada pelo T. vaginalis. Um sinal bem
característico é o corrimento abudante, amarelado/esverdeado e bolhoso.
Todas as outras doenças são caracterizadas como ulcerativas, portanto, gabarito letra E.

(FUNDATEC – IMESF – 2019) Mulher, 32 anos, solteira, vem à UBS para realização do exame de
citopatológico. Ao exame, a paciente apresenta secreção amarelo-esverdeada, bolhosa e fétida e
colo com petéquias e em “framboesa”. Diante desses sintomas, qual a provável doença dessa
paciente?

a) Candidíase
b) Clamídia.
c) Vaginose bacteriana (Gardnerella vaginalis).
d) Tricomoníase.
e) Gonorreia.

Comentário:
Gabarito letra D.

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Galera, lembra que comentei quando abordamos a tricomoníase “Olha, as bancas gostam de cobrar esses
aspectos de framboesa do colo do útero e o aspecto da secreção amarelado/esverdeado bolhosa”
Olha aí.
Vamos relembrar?
Os sinais e sintomas da Tricomoníase são:
• Corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso
• Prurido e/ou irritação vulvar
• Dor pélvica (ocasionalmente)
• Sintomas urinários (disúria, polaciúria)
• Hiperemia da mucosa (colpite difusa e/ou focal, com aspecto de framboesa).

Portanto, gabarito letra D.

(CESPE/CEBRASPE – EBSERH- 2018) Uma mulher de vinte e dois anos de idade compareceu a
unidade básica de saúde com queixa de corrimento com mau cheiro e coceira intensa havia três
dias. No exame especular, a enfermeira obstétrica observou secreção vaginal amarelo-
esverdeada, bolhosa e fétida.
Considerando esse caso clínico, julgue o seguinte item.

Trata-se de uma infecção sexualmente transmissível, conhecida como tricomoníase, situação em


que todos os parceiros devem ser tratados

( ) Certo
( ) Errado

Comentários:
Correto!
Pessoal, lembra do que comentamos? A cobrança acerca da tricomoníase gira nas características da
secreção e aspecto do colo uterino (framboesa).

(CESPE/CEBRASPE – TRT - 2013) Em relação a doenças sexualmente transmissíveis (DSTs),


assinale a opção correta.
a) A sífilis congênita não pode ser considerada um indicador no processo de avaliação de qualidade da
assistência à gestante.
b) As lesões das fases primária e secundária da sífilis apresentam baixa infectividade, o que torna
dispensável o uso de luvas pelo profissional de saúde durante a manipulação das lesões.
c) A vigilância epidemiológica das DSTs tem como base a notificação tardia, procedimento que se
completa com o estado de prevalência nos grupos de risco.

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d) A gonorreia acomete apenas as regiões dos órgãos genitais.


e) A doença infecciosa causada pelo papilomavírus (HPV), conhecida como condiloma acuminado,
verruga genital ou crista de galo, é transmitida frequentemente por meio de contato sexual.

Comentários:
Gabarito letra E.
a) Errado. Pessoal, o controle da sífilis congênita é um indicador de qualidade em saúde, ok?
b) Errado. Como vimos na matéria, as lesões primárias e secundárias da sífilis são altamente
infectantes, uma vez que o treponema pallidum está contido nos condilomas.
c) Errado. A vigilância epidemiológica tem por base a notificação precoce!
d) Errado. Podem ocorrer manifestações clínicas sistêmicas como febre, mialgia, dor à mobilização do
colo uterino, infertilidade e gravidez ectópica.
e) Correto! Veja que a questão não coloca como a transmissão exclusiva pelo contato sexual, mas
frequentemente, portanto, a questão está correta.

(CESPE/CEBRASPE – EBSERH – 2018) Acerca do controle das doenças sexualmente


transmissíveis (DSTs), cujas incidências têm tornado esse controle uma prioridade para os
órgãos de vigilância epidemiológica brasileiros, julgue o item subsequente.
A conjuntivite do recém-nascido causada pela clamídia tende a ser mais severa que a causada
pela Neisseria gonohrroeae e de início mais precoce.
( ) Certo
( ) Errado

Comentários:
Errado, pessoal!
Vamos ver o que diz o Manual de Controle e Tratamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis do
Ministério da Saúde:
“A oftalmia neonatal, definida como conjuntivite purulenta do RN, ocorre no primeiro mês de vida e
pode levar à cegueira, especialmente, quando causada pela N. gonohrroeae. Por isso a doença deve
ser tratada imediatamente, para prevenir dano ocular. Geralmente, o RN é levado ao serviço de saúde
por causa de eritema e edema de pálpebras e conjuntiva e/ou presença de material mucopurulento nos
olhos.
A infecção por clamídia durante a gravidez poderá estar relacionada a partos pré-termo, ruptura
prematura de membrana e endometrite puerperal, além de conjuntivite e pneumonia do RN.
A conjuntivite por clamídia é bem menos severa e seu período de incubação varia de cinco a 14
dias.”

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(CESPE/CEBRASPE – EBSERH – 2018) Acerca do controle das doenças sexualmente


transmissíveis (DSTs), cujas incidências têm tornado esse controle uma prioridade para os
órgãos de vigilância epidemiológica brasileiros, julgue o item subsequente.

Quando forem indicados para a confirmação diagnóstica de DST, os exames laboratoriais


deverão ser agendados para sete dias após a primeira consulta, com o objetivo de minimizar as
chances de resultados falsos-negativos decorrentes de possíveis janelas imunológicas.
( ) Certo
( ) Errado

Comentários:
Correto, pessoal!
Quando nos referimos à detecção, diagnóstico e tratamento de IST, estes processos e procedimentos
devem ser IMEDIATOS, uma vez que há níveis variados de gravidade e transmissibilidade da doença.
Um exemplo claro disto são os testes rápidos disponibilizados pelas instituições de saúde, como os de
HIV e Sífilis.

(CESPE/CEBRASPE – TRT – 2013) Assinale a opção em que são apresentadas as manifestações


clínicas da infecção causada pelo agente Trichomonas Vaginalis.
a) prurido vulvovaginal, corrimento branco, grumoso, com aspecto caseoso, acompanhado de fissuras e
maceração da pele
b) secreção vaginal amarelada, acompanhada de lesões exofíticas (crista de galo), dor pélvica intensa e
polaciúria
c) secreção vaginal em pequena quantidade, com odor assemelhado a odor de peixe, associada a
sintomas de poliúria
d) prurido, dor, área infectada edemaciada e lesões vesiculares que coalescem em formato de crosta
e) secreção vaginal abundante, espumosa, de coloração amarelada a amarelo-esverdeada, irritativa, de
odor fétido, acompanhada de sintomas urinários e hiperemia de mucosa

Comentários:
Gabarito letra E.
Pessoal, a primeira coisa que devemos abordar é que o Trichomonas Vaginalis é o agente etiológico da
TRICOMONÍASE. Sendo assim, o que as bancas costumam cobrar mesmo com relação à tricomoníase?
Isso mesmo! Aspecto da secreção e do colo uterino. Vamos rever?
• Corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso
• Prurido e/ou irritação vulvar
• Dor pélvica (ocasionalmente)
• Sintomas urinários (disúria, polaciúria)

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• Hiperemia da mucosa (colpite difusa e/ou focal, com aspecto de framboesa)

(CESPE/CEBRASPE – UEPA – 2008) Assinale a opção correta acerca das doenças sexualmente
transmissíveis.
a) O condiloma acuminado provoca o surgimento de verrugas genitais, é de difícil diagnóstico e é
causado por uma bactéria.
b) O gonococo que causa a gonorreia provoca sintomas de dor ao urinar e limita-se a uma infecção
superficial local, pois não é capaz de migrar para outros sítios.
c) A sífilis, causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, pode atingir qualquer órgão e
evoluir cronicamente.
d) O herpes genital é causado pelo mesmo microrganismo da donovanose e tem o tratamento
semelhante à base de antibióticos.

Comentários:
Gabarito Correto letra C.
a) Errado. O condiloma acuminado, causado pelo HPV, não é de difícil diagnóstico devido características
da lesão, como a ausência de sensibilidade e dor.
b) Errado. Pessoal, a Gonorreia é uma doença infecciosa de abrangência sistêmica.
c) Correto, nosso gabarito! Os sinais e sintomas que o treponema causam na etapa primária e
secundária da Sífilis são localizadas, porém após evolução da mesma, torna-se sistêmica e grave.
d) Errado. A Herpes genital é causada pelo HSV 1 e 2, enquanto a donovanose tem como agente
etiológico a Klebsiella granulomatis.

(UFPR- UFPR – 2018) As doenças sexualmente transmissíveis ou infecções sexualmente


transmissíveis (IST) são infecções do trato reprodutivo causadas por microrganismos
transmitidos por relação sexual vaginal, anal ou oral. A respeito do assunto, identifique como
verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:

( ) A candidíase vulvovaginal é uma das etiologias mais comuns de corrimento vaginal. Também
é conhecida como infecção por leveduras, monilíase ou micose. Não é considerada uma IST, pois
seu agente etiológico faz parte da flora vaginal e se torna patológica somente quando ocorre uma
modificação do meio vaginal.
( ) A tricomoníase é uma infecção vaginal que provoca corrimento. A mulher é sintomática. Já os
homens são portadores assintomáticos.
( ) A clamídia é uma IST causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Frequentemente, é difícil
de ser detectada, o que implica problemas para as mulheres, em virtude das consequências
crônicas da infecção não tratada. Nas mulheres, a infecção por clamídia está associada a
cervicite, síndrome uretral aguda, salpingite, doença inflamatória pélvica (DIP) e infertilidade.
( ) A gonorreia é uma infecção bacteriana séria e potencialmente muito grave, transmitida quase
que exclusivamente por atividade sexual. Nas gestantes está associada a corioamnionite,
trabalho de parto prematuro, descolamento prematuro das membranas e endometrite pós-

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parto. A doença pode ser transmitida ao recém-nascido sob a forma de oftalmia neonatal
durante o parto, por meio do contato direto com gonococos na cérvice.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) V – F – F – V.
b) F – V – F – F.
c) V – F – V – V.
d) V – V – F – F.
e) F – V – V – V.

Comentário:
Gabarito letra C (V-F-V-V).
Vamos analisar:
Já comentamos que as bancas gostam de colocar a candidíase como uma doença sexualmente
transmissível, porém estudamos que a mesma se dá através do desequilíbrio hemostático da flora
vaginal associado à elevação do PH > 4,5. Portanto, a afirmativa está correta.
A única alternativa falsa da questão consta na afirmação de que a tricomoníase nos homens é
assintomático. Realmente os homens não costumam ter sintomas, mas alguns têm uma secreção
espumosa do pênis e leve dor ou desconforto durante a micção.
As outras duas afirmativas encontram-se corretas, transcritas de forma literal no Manual de Prevenção
e Tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde.
Portanto, gabarito letra C.

DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS – PARTE II


Pessoal, deste ponto em diante iremos dar continuidade à aula de Doenças Transmissíveis. Esta
matéria nós iniciamos lá no PDF anterior, o qual abordamos Hanseníase, Tuberculose, COVID-19,
Dengue, entre outros. Nesta aula, portanto, iremos incluir a Influenza/H1N1, Leptospirose, Raiva, Teníase
e Cisticercose, ok?

10- Influenza e H1N1


A influenza ocorre durante todo o ano, mas é mais frequente no outono e no inverno, quando as
temperaturas caem. Algumas pessoas, como idosos, crianças, gestantes e pessoas com alguma

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comorbidade, possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à influenza. A melhor


maneira de se prevenir contra a doença é vacinar-se anualmente.

Existem 3 tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções


respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. O
vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A
responsável pelas grandes pandemias.

Por isso a importância da vacinação como profilaxia anual.

A vacina é ofertada para indivíduos com 60 anos ou mais de idade, crianças na faixa etária de 6 meses a
menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto),
trabalhadores da saúde, povos indígenas, grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e
outras condições clínicas especiais. Além disso, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob
medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional e
professores das escolas públicas e privadas também tem o direito de receber a “vacina da gripe”.

Mas afinal, o que é Gripe?

Pessoal, gripe é a infecção das vias aéreas pelo vírus Influenza humano (período de incubação médio
de 3 a 5 dias), em geral, com evolução clínica aguda e febril, em surtos anuais, preferencialmente no
inverno – vírus sazonal –, de grande contagiosidade e gravidade variável. Acomete ao mesmo tempo
vários membros da família, sendo confundida, em geral, com o resfriado comum, rinite e rinite alérgica.
É capaz de favorecer a infecção humana por outros microrganismos, além de diversas complicações

Portanto, não confunda RESFRIADO com GRIPE.

RESFRIADO: Tem evolução aguda e autolimitada sendo, em geral, afebril e


caracterizada pelo predomínio de rinorreia, obstrução nasal e, algumas vezes, por
dor e prurido orofaríngeo e / ou tosse. É determinada pelos vírus Rino (50%),
Corona (10-15%) e outros (Adeno, Influenza, ECHO, Coxsackie, Parainfluenza,
Respiratório Sincicial)

GRIPE: Infecção das vias aéreas pelo vírus Influenza humano, em geral, com
evolução clínica aguda e febril, em surtos anuais, preferencialmente no inverno –
vírus sazonal –, de grande contagiosidade e gravidade variável.

Sinais e Sintomas

Infecção aguda das vias aéreas que cursa com quadro febril (temperatura ≥37,8°C), com a curva
térmica usualmente declinando após dois ou três dias e normalizando em torno do sexto dia de
evolução.

Basicamente, o diagnóstico é definido quando há presença de febre com sinais de comprometimento


de vias aéreas superiores e com pelo menos um sinal de comprometimento sistêmico.

• Comprometimento sistêmico: mal-estar, calafrios, cefaleia e mialgia.

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As queixas respiratórias tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se,


em geral, por três a quatro dias após o desaparecimento da febre.

** A junção destes sintomas: Febre, sinais e sintomas de comprometimento da VAS e sinal de


comprometimento sistêmico caracteriza o quadro como SÍNDROME GRIPAL (o que é MUITO
DIFERENTE da Síndrome Respiratória Aguda Grave - SRAG)

Geralmente a doença tem resolução espontânea, perdurando em média por uma semana. Em crianças
este tempo pode se prolongar um pouco mais, devido ao sistema imunológico.

Nos pacientes de grupo de risco (que são basicamente os mesmos que tomam a vacina) como os idosos,
gestantes e crianças, podem desenvolver complicações da Gripe, sendo de intensidade variável.

• Pneumonia bacteriana.

• Sinusite.

• Otite.

• Desidratação.

• Piora de doenças crônicas como insuficiência cardíaca, asma ou diabetes.

• Pneumonia primária por influenza.

Podemos observar a complicação do quadro clínico pelo vírus influenza por alguns sinais e
sintomas apresentados pelo paciente. Alguns desses sintomas são muito semelhantes com os sinais
de choque, caracterizado por:

 Dispnéia

 Oligúria ou Anúria / Elevação da creatinina

 Hipotensão

 Descontrole da Doença de base

 Confusão Mental, caracterizado por sonolência e letargia

Pessoal, aqui chegamos em um ponto importante!

Vamos diferenciar a Síndrome gripal e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A piora do quadro
clínico da Síndrome Gripal pode levar à SRAG, o que vemos muito com relação à COVID-19, pandemia
que atingiu milhões de pessoas por todo o mundo.

Sua principal complicação era justamente esta, a SRAG. Porém, não é só o Coronavírus que induz esta
complicação, a Influenza e H1N1 também são responsáveis pelo agravamento do quadro clínico e
aumento do tempo de internação. Na maioria das vezes o paciente é assistido em uma Unidade de
Terapia Intensiva até sua estabilização hemodinâmica, respiratória e de doenças de base.

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Afinal, o que é a SRAG?

Indivíduo de qualquer idade com quadro de insuficiência respiratória aguda, durante período
sazonal ou pessoas com síndrome gripal (conforme definição anterior) e que apresente dispneia ou
os seguintes sinais de gravidade:

• Saturação de SpO2 <95% em ar ambiente.

• Sinais de desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória avaliada de acordo com


a idade.

• Piora nas condições clínicas de doença de base.

• Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente.

Resumindo, a SRAG pode evoluir para outras patologias secundárias, conforme descrito pelo Ministério
da Saúde.

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Tratamento

Para o manejo clínico da Síndrome Gripal, além dos medicamentos sintomáticos e da hidratação, está
indicado o uso de fosfato de oseltamivir (Tamiflu®) nas primeiras 48 horas após o início da
doença. O tratamento com o antiviral, de maneira precoce, pode reduzir a duração dos sintomas e,
principalmente, a redução da ocorrência de complicações da infecção pelo vírus influenza.

Esta indicação se fundamenta no benefício que a terapêutica precoce propor-ciona, tanto na redução da
duração dos sintomas quanto na ocorrência de complicações da infecção pelos vírus da influenza em
pacientes com condições e fatores de risco para complicações.

Já para SRAG, o tratamento é diferente. Já vimos que o quadro clínico muda e o agravamento pode levar
ao óbito.

Deve-se além de indicar intenção do paciente, monitorar os SSVV, indicar Osetalmivir imediatamente,
coletar amostras de secreções respiratórias e exames laboratoriais, realizar exame físico e avaliação
criteriosa de medidas de conforto.

Precauções

Galera, a banca irá perguntar: Qual tipo de isolamento usamos em pacientes com vírus Influenza?

Você deve saber que, além da precaução padrão (já comentada em PDF anterior) deve-se utilizar a
PRECAUÇÃO DE GOTÍCULAS

As gotículas respiratórias que têm cerca de >5 μm de tamanho, provocadas por tosse, espirro ou fala,
não se propagam por mais de 1 metro da fonte e se relacionam à transmissão de contato da gotícula
com mucosa ou conjuntiva da boca ou nariz de indivíduo susceptível. Agora, caso haja procedimentos
hospitalares que disseminem partículas de aerossóis (como intubação ou extubação) aí sim devemos
utilizar a precaução de aerossóis, ok?

Quimioprofilaxia

Os medicamentos antivirais apresentam de 70% a 90% de efetividade na prevenção da influenza e


constituem ferramenta adjuvante da vacinação. Entretanto, a quimioprofilaxia indiscriminada NÃO
é recomendável, pois pode promover o aparecimento de resistência viral.

A quimioprofilaxia com antiviral não é recomendada se o período após a última exposição* a uma
pessoa com infecção pelo vírus for maior que 48 horas.

*Considera-se exposição a pessoa que teve contato com caso suspeito ou confirmado para
influenza até 48 horas

Para que a quimioprofilaxia seja efetiva, o antiviral deve ser administrado durante a potencial
exposição à pessoa com influenza e continuar por mais sete dias após a última exposição
conhecida.

A quimioprofilaxia pós-exposição não reduz nem elimina o risco da gripe, e a proteção é


interrompida quando a administração do antiviral é suspensa.

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Embora menos comum em provas de concurso, a H1N1 pode ser cobrada devido similaridade da
pandemia que começou em 2019 pelo novo coronavírus. Porém, não há diferença significativa e
relevante frente ao que acabamos de abordar do vírus Influenza, Síndrome gripal e SRAG.

Vamos praticar o conhecimento adquirido com algumas questões!

(CONSULPLAN - Pref. Suzano – 2019) A imunidade aos vírus influenza é adquirida a partir da
infecção natural ou pela vacinação, sendo que esta garante imunidade apenas em relação aos
vírus homólogos da sua composição. Em geral, o seu período de incubação é de:
a) 1 ano.
b) 10 dias.
c) 20 dias.
d) 1 a 4 dias.

Comentários:
Gabarito letra D.
Pessoal, em literatura temos a média de incubação do vírus influenza de 1 a 5 dias, sendo a média
descrita pelo Ministério da Saúde e FRIOCRUZ de 5 dias. Porém, qual dessas alternativas condiz mais
com a realidade?
Justamente por isso o gabarito é a letra D, ok?

(CONSULPLAN – Pref. Suzano – 2019) O vírus influenza, pertencente à família Ortomixiviridae,


possui RNA de hélice única e se subdivide em três tipos antigenicamente distintos: A, B e C. O
vírus tipo A é mais suscetível às variações antigênicas e, periodicamente, sofre alterações em sua
estrutura genômica, o que contribui para a existência de diversos subtipos. São responsáveis
pela ocorrência da maioria das epidemias de influenza e classificados de acordo com os tipos de
proteínas que se localizam em sua superfície, chamadas de hemaglutinina (H) e neuraminidase
(N). São considerados os principais reservatórios do vírus influenza, EXCETO:
a) Aves.
b) Suínos.
c) Répteis.
d) Humanos.

Comentários:
Gabarito letra C.
Tranquilo, pessoal? A única classe de animal que não é considerada reservatório do vírus influenza são
os répteis, portanto, gabarito letra C.

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(IDECAN- Pref. Conquista – 2016) A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem
viral, que pode levar ao agravamento e ao óbito, especialmente nos indivíduos que apresentam
fatores ou condições de risco para as complicações da infecção (crianças menores de 5 anos de
idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não
transmissíveis e outras condições clínicas especiais).
A doença pode ser causada pelos vírus influenza A, B e C.
Quais são os tipos de vírus que sofrem frequentes mutações e são responsáveis pelas epidemias
sazonais são associadas com o aumento das taxas de hospitalização e morte por pneumonia,
especialmente em pacientes que apresentam condições e fatores de risco?

a) A e B.
b) A e C.
c) B e C.
d) A, B e C.

Comentários:
Gabarito letra A.
Galera, como vimos existem 3 tipos de classes da influenza (A, B e C).
Acabamos de ver que o vírus do tipo C é mais brando e não causa problema para a saúde pública e nem
epidemia. Já os vírus do tipo A e B são responsáveis pelas epidemias sazonais, especialmente o
tipo A, causador das maiores complicações e epidemias, como a do H1N1 em 2009.
Portanto, gabarito letra A.

(FGV – SEE-PE – 2016) Assinale a opção que indica as doenças que requerem medidas de
precaução por gotículas.
a) Herpes zoster e sarampo.
b) Influenza A e meningococcemia.
c) Malária e leptospirose.
d) Gripe aviária e donovanose.
e) Impetigo e hanseníase.

Comentários:
Gabarito letra B.
Como vimos na aula, a Influenza tem como medida de proteção a precaução por gotículas (> que 5
micras).
Além disso, Herpes zoster requer precaução de contato e aerossol, bem como o Sarampo requer
aerossol.
A donovanose é uma IST e não requer precaução além da padrão e a Hanseníase

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Portanto, gabarito letra B.

(COMPERVE – UFRN – 2019) Mulher com 35 anos de idade, portadora de lúpus eritematoso
sistêmico em tratamento com corticoide, é atendida em uma UPA. Tem histórico de febre (38,5°
C) há 4 dias, tosse, mialgia, mal-estar geral e inapetência. Diante do quadro clínico da paciente,
o médico prescreve hidratação venosa e medicação sintomática. Além disso, solicita um raio-x
de tórax, exames laboratoriais e coleta de swab de orofaringe e nasofaringe, devido à situação
epidemiológica atual de influenza sazonal no município.
Caso a paciente desenvolva a SRAG pelo vírus influenza e haja indicação de internamento, ela
deverá ser internada em

a) enfermaria mista desde que instituídas as precauções padrão.


b) quarto comum com pacientes com qualquer doença respiratória.
c) enfermaria mista com pacientes com qualquer outra doença.
d) quarto privativo, preferencialmente.

Comentários:
Gabarito letra D.
Como vimos na aula, as medidas de isolamento dos pacientes são essenciais para conter a proliferação
do vírus que é transmitido por tosse, espirro, gotículas e em alguns casos, aerossóis. Sabemos
também que as medidas preventivas devem ser pautadas pelo isolamento do paciente,
preferencialmente em quarto privativo e restrito apenas aos profissionais da saúde com
medidas de precaução de gotículas.
Portanto, gabarito letra D.

(COMPERVE – UFRN – 2019) Mulher com 35 anos de idade, portadora de lúpus eritematoso
sistêmico em tratamento com corticoide, é atendida em uma UPA. Tem histórico de febre (38,5°
C) há 4 dias, tosse, mialgia, mal-estar geral e inapetência. Diante do quadro clínico da paciente,
o médico prescreve hidratação venosa e medicação sintomática. Além disso, solicita um raio-x
de tórax, exames laboratoriais e coleta de swab de orofaringe e nasofaringe, devido à situação
epidemiológica atual de influenza sazonal no município.
Na assistência a casos suspeitos e confirmados de infecção pelo vírus influenza nos serviços de
saúde e nos casos de procedimentos sem risco de geração de aerossol, recomenda-se que sejam
instituídas medidas de precaução

a) para gotícula, somente.


b) padrão, somente.
c) respiratória, somente.
d) padrão e para gotícula.

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Comentários:
Gabarito letra D.
Pessoal, como vimos na aula o recomendado é a precaução padrão e para gotícula (exceto quando for
realizado procedimentos geradores de aerossóis, como intubação, RCP e extubação)

(FCC – TRT – 2018) Ao atender um paciente com suspeita de infecção pelo vírus Influenza, a
equipe de saúde constatou a necessidade de transferi-lo para uma unidade hospitalar de
referência. Uma das medidas a serem adotadas no transporte desse paciente é:

a) Receitar o antiviral para a equipe de transporte e disponibilizar Equipamento de Proteção Coletiva.


b) Manter as janelas do veículo fechadas para evitar a disseminação do vírus.
c) Recomendar ao paciente o uso de máscara N95, exclusivamente, em casos confirmados da doença.
d) Limpar e desinfetar as superfícies internas do veículo com álcool a 70% ou hipoclorito de sódio, após
a realização do transporte.
e) Orientar o paciente para evitar tossir ou espirrar, caso necessário, retirar a máscara para evitar a
concentração do vírus.

Comentários:
Gabarito letra D.
A banca colocou algumas pegadinhas nas alternativas para confundir o candidato, como por exemplo:
a) Equipamento de proteção coletiva – utiliza-se EPI (padrão e isolamento de gotículas).
b) Manter janelas fechadas. É justamente este meio em que o vírus se prolifera.
c) Uso de máscara N95 é para pacientes em isolamento por aerossol.
d) Correto! Álcool 70% e hipoclorito matam o vírus. Vale lembrar que álcool em menor concentração
que 70% não tem eficácia, bem como a de maior concentração pois antes de eliminar o vírus, o mesmo
evapora.
e) Não se deve retirar a máscara para não contaminar o ambiente.

11 - Leptospirose
Muitos de vocês já ouviram falar na Leptospirose ou doença do rato. Acontece que esta doença tem uma
grande característica voltada para a questão social, como moradia, planejamento urbano, saneamento
básico, saúde e fatores econômicos envolvidos. Tal doença afeta principalmente as populações de baixa
renda submetidas a riscos diários de contrair várias outras patologias.

A leptospirose é uma zoonese causada pela bactéria Leptospira de grande incidência no Brasil, uma vez
que a Desigualdade Social no país é gritante. Os principais reservatórios são os roedores
(especialmente o rato de esgoto); outros reservatórios são os suínos, bovinos, equinos, ovinos e cães.

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O homem, hospedeiro terminal e acidental da doença, infecta-se ao entrar em contato com a urina
de animais infectados de modo direto ou indireto, por meio do contato com água, lama ou solo
contaminados. A penetração do microrganismo ocorre através da pele com lesões, pele íntegra
quando imersa em água por longo tempo ou mucosas.

O período de incubação da doença varia de 1 a 30 dias, sendo mais frequente entre 5 e 14 dias.

Sinais e Sintomas

O quadro clínico da Leptospirose é dividido em três fases, sendo a primeira a Fase Precoce, a segunda a
Fase Tardia e a terceira a Fase da Convalescença.

Fase Precoce

A fase precoce da doença é caracterizada pela instalação abrupta de febre, comumente acompanhada
de cefaleia e mialgia (principalmente na lombar e panturrilha), náusea e vômitos e, frequentemente, não
pode ser diferenciada de outras causas de doenças febris agudas. Ou seja, são sinais e sintomas
inespecíficos e generalistas, por isso boa parte das notificações da Leptospirose não ocorre nesta fase.
Nesta etapa, a doença é autolimitada e regride em três a sete dias sem deixar sequelas. É
frequentemente diagnosticada como “síndrome gripal”, “virose” ou outras doenças que ocorrem na
mesma época, como dengue ou influenza.

Pessoal, vale ressaltar que alguns sinais são característicos da doença, como a Sufusão Conjuntival. Esse
sinal aparece no final da fase precoce da doença e é caracterizado por hiperemia e edema da
conjuntiva, ao longo das fissuras palpebrais

Fase Tardia

Pessoal, cerca de 10 a 15% das pessoas desenvolvem a Fase tardia da doença, que geralmente se iniciar
após 1 semana da fase precoce. Nesta fase os sinais e sintomas são bem característicos da leptospirose
e apresentam gravidade no quadro clínico. Um dos sinais mais clássicos da fase tardia é a Síndrome de
Weil.

Síndrome de Weil

- Icterícia

- Insuficiência Renal

- Hemorragias (principalmente pulmonar)

Tais sinais e sintomas podem aparecer concomitantemente ou isoladamente.

A suspeita e hemorragia pulmonar dá-se através da observação de tosse seca, dispneia, expectoração
hemoptoica, cianose e dor torácica.

Além da Síndrome, destaca-se alguns sinais de maior frequência em pacientes na Fase tardia, como:
miocardite, acompanhada ou não de choque e arritmias agravadas por distúrbios eletrolíticos,

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pancreatite, anemia e distúrbios neurológicos como confusão, delírio, alucinações e sinais de irritação
meníngea.

Sinais de Alerta

*Observe a inclusão da Síndrome de Weil nos quadrados vermelhos

Fase da Convalescença

A fase da convalescença é caracterizada pela melhora do paciente. Astenia e anemia podem ser
observadas. A eliminação de leptospiras pela urina (leptospirúria) pode continuar por uma semana ou,
mais raramente, por vários meses após o desaparecimento dos sintomas. A icterícia desaparece
lentamente, podendo durar dias ou semanas.

Tratamento

Galera, a antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença. Porém, os medicamentos são
diferentes a depender de cada etapa da doença. Por exemplo, na Fase Precoce os medicamentos
utilizados na são a Amoxicilina e Doxiciclina, enquanto que na Fase Tardia utiliza-se a Penicilina G
Cristalina, Ampicilina e Ceftriaxona.

12 - Raiva
A raiva é caracterizado como uma antropozoonose. Sua transmissão ocorre através da inoculação do
vírus presente na saliva e secreções do animal infectado, principalmente pela mordedura e
lambedura. Caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda que apresenta letalidade de
aproximadamente 100%. Os principais transmissores no Brasil são os caninos e os felinos.
Basicamente, o vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema

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nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central. A partir daí, dissemina-se para vários
órgãos e glândulas salivares, onde também se replica, sendo eliminado pela saliva das pessoas ou
animais enfermos

O período de incubação na literatura é extremamente variável pois está diretamente relacionado à


localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura, lambedura ou contato com a saliva de
animais infectados; distância entre o local do ferimento, do cérebro e troncos nervosos; concentração
de partículas virais inoculadas e cepa viral, mas dura em média de 45 dias no homem.

Todos os mamíferos estão susceptíveis para contrair o vírus. A imunidade é conferida por meio de
vacinação, acompanhada ou não por soro. Dessa maneira, pessoas que se expuseram a animais
suspeitos de raiva devem receber o esquema profilático, inclusive indivíduos com profissões que
favorecem a exposição.

Medidas de Controle e Prevenção

➔ Vacina antirrábica: Medida PROFILÁTICA ANTES da exposição. São vacinas potentes e


isentas de risco.

A Vacina raiva (inativada) é indicada para a profilaxia da raiva humana, sendo administrada
em indivíduos expostos ao vírus da doença. Dose única de 0,5mL ou 1,0mL IM ou ID. Caso
a administração ocorra por via IM, deve proceder EXCLUSIVAMENTE na região GLÚTEA.

➔ Soro Antirrábico ou heterólogo: Medida de controle PÓS-EXPOSIÇÃO.

Para profilaxia da raiva humana após exposição ao vírus rábico. Sua indicação depende
da natureza da exposição e das condições do animal agressor. O SAR não deve ser utilizado
em situação de reexposição ao vírus da raiva ou em caso de pessoas que já tenham
feito seu uso anteriormente. Administração via IM.

Importante: A infiltração no local do ferimento proporciona proteção local importante,


pois impede a disseminação e neutraliza as toxinas produzidas pelo vírus rábico para
as terminações nervosas. Esta conduta é fundamental para a neutralização local do vírus
rábico (diminui a replicação viral local), e se constitui em um procedimento que evita falhas
da terapêutica. Deve-se infundir o máximo de soro possível nas lesões afetadas.

Após receber o soro, o paciente deverá ser observado por um prazo de 2 horas.

➔ Imunoglobulina Antirrábica Humana (IGHAR) ou Soro Homólogo: Medida PÓS-


EXPOSIÇÃO. A IGHAR é uma solução concentrada e purificada de anticorpos, preparada
a partir de hemoderivados de indivíduos imunizados com antígeno rábico. É o
produto mais seguro, porém mais raro e de alto custo. Dose única, IM e no local da lesão.

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Pessoal, existem dois tipos de esquema de profilaxia da raiva humana: esquema de pré exposição e
esquema de pós exposição.

Esquema de pré exposição

- 3 Doses nos dias 0, 7 e 28.

• Interpretação do resultado: são considerados satisfatórios títulos de anticorpos >0,5UI/ml

Esquema pós exposição com vacina

O esquema de pós exposição irá depender do TIPO de lesão, conforme vemos na tabela abaixo.

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Sinais e Sintomas

Inicialmente, os quadros clínicos do paciente com raiva são inespecíficos. O paciente apresenta mal-
estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta,
entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia.

Os sinais começam a ficar claros após manifestações de linfoadenopatia dolorosa à palpação,


hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, bem
como alterações de comportamento (Sugerindo acometimento do SNP).

Após evolução da doença a infecção progride, surgindo manifestações de ansiedade e


hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos musculares involuntários, generalizados. e/ou
convulsões. Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou
tenta ingerir líquido, apresentando sialorreia intensa.

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→ Galera, aqui é o pulo do gato! As bancas adoram cobrar do candidato essa parte: Hidrofobia,
caratcerizado pelos espasmos na laringe, faringe e língua quando em contato com a água e a Sialorréia
(hipersalivação).

Tratamento

O tratamento do paciente com raiva quando não imunizado deve ser realizado através do Protocolo de
Recife.

Vale ressaltar que o tratamento deve ser aplicado o mais precocemente possível. O protocolo preconiza,
basicamente, na indução de coma, uso de antivirais e reposição de enzimas, além da manutenção
dos sinais vitais do paciente.

Há ainda as classificações pelo Ministério da Saúde sobre o TIPO de acidente, sendo denominados duas
categorias: Acidentes Leves e Acidentes Graves.

Acidentes leves: Caracterizado por ferimentos superficiais, pouco extensos,


geralmente únicos, em tronco e membros (exceto mãos, polpas digitais e planta
dos pés); podem acontecer em decorrência de mordeduras ou arranhaduras
causadas por unha ou dente. Com relação à lambedura, ela também é caracterizada
como lesão superficial (exceto mucosas).

Acidentes Graves: Caracterizado por ferimentos na cabeça, face, pescoço, mão, polpa
digital e/ou planta do pé

- Ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo;

- Lambeduras de mucosas;

- Lambeduras de pele onde já existe lesão grave

- Ferimentos profundos causados por unhas de animais

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- Qualquer ferimento provocado por morcego

Profilaxia pós-exposição: condutas em possíveis exposições ao vírus da raiva

 É imprescindível a limpeza do ferimento com água corrente abundante e sabão, ou outro


detergente, pois isso diminui, comprovadamente, o risco de infecção.

- Realizar o mais rápido possível após a agressão, e repetir na unidade de saúde,


independentemente do tempo transcorrido.

- A limpeza deve ser cuidadosa, visando eliminar as sujidades sem agravar o ferimento; em seguida,
devem ser utilizados antissépticos que inativem o vírus da raiva (como o livinilpirrolidona-iodo,
por exemplo, o polvidine ou gluconato de clorexidine ou álcool-iodado).

 Os antissépticos deverão ser utilizados uma única vez, na primeira consulta, e, posteriormente,
sempre que possível, a região deve ser lavada com solução fisiológica.

Não se recomenda a sutura dos ferimentos. Quando for absolutamente necessário, aproximar as
bordas com pontos isolados. Havendo necessidade de aproximar as bordas, o soro antirrábico, se
indicado, deverá ser infiltrado 1 hora antes da sutura.

 Proceder à profilaxia do tétano segundo o esquema preconizado (caso o paciente não seja vacinado
ou tenha sido submetido a esquema vacinal incompleto) e uso de antibióticos nos casos indicados, após
avaliação médica

13 – Teníase e Cisticercose

A primeira coisa que devemos saber é que Teníase e Cisticercose são doenças distintas, porém causada
pelo mesmo agente etiológico. Além disso, esta doença também está intimamente ligada aos
Determinantes Sociais de Saúde e questões sociais, como moradia, educação e higiene.

A teníase é provocada pela presença da forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata, no
intestino delgado do homem. A cisticercose é causada pela larva da Taenia solium nos tecidos, ou
seja, é uma enfermidade somática.

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Sendo assim, a teníase é uma parasitose intestinal adquirida através do consumo de carne crua ou
insuficientemente cozida contendo os cisticercos (larvas) que pode causar dores abdominais,
náuseas, debilidade, perda de peso, flatulência, diarréia ou constipação. Quando o parasita permanece na
luz intestinal, o parasitismo pode ser considerado benigno e só, excepcionalmente, requer intervenção
cirúrgica por penetração em apêndice, colédoco, ducto pancreático, devido ao crescimento exagerado
do parasita.

O homem é o hospedeiro definitivo e consequentemente a principal fonte de infecção deste parasita,


sendo responsável pela transmissão aos animais e a si próprio, sendo assim, a transmissão da
Cisticercose ocorre justamente através do consumo de alimentos contaminados com os ovos da
tênia, frutas, verduras, hortaliças que não são higienizados corretamente, através do consumo de
água contaminada, ou ainda, no homem com teníase pode haver a auto infestação já que os ovos
podem ser encontrados nas mãos do hospedeiro, na região perianal (ânus) e perineal, nas roupas e
até mesmo na mobília da residência.

Sinais e sintomas

O quadro clínico é muito variado, pois depende da localização da Tênia ou dos ovos, sua quantidade,
tamanho, capacidade imunológica do hospedeiro e fase do cisticerco. Em alguns casos, pode ocorrer
retardo no crescimento da criança, já no adulto observa-se baixa produtividade. As formas graves estão
localizadas no sistema nervoso central e apresentam sintomas neuropsiquiátricos (convulsões,
distúrbio de comportamento, hipertensão intracraniana) e oftálmicos.

Período de incubação

Da cisticercose humana, varia de 15 dias a anos após a infecção. Para a teníase, em torno de 3 meses
após a ingesta da larva, o parasita adulto já é encontrado no intestino delgado humano.

Tratamento

De moro geral, utiliza-se antiparasitários para eliminação do agente agressor. Para a Teníase, usa-se o
Mebendazol como principal medicamento e para a Cisticercose, Praziquantel associado à dexametasona
para diminuir respostas inflamatórias, consequente da morte de cisticercos no organismo.

Prevenção

A única medida efetiva contra a doença ainda é a prevenção, uma vez que a Tênia pode se instalar no
organismo e muitas vezes não se tem o conhecimento do fato. Portanto, tais medidas descritas abaixo
deve ser tomadas:

• Não ingerir carne crua ou insuficientemente cozida, ou ainda, proveniente de abate clandestino,
sem inspeção oficial.

• Consumir apenas água tratada, fervida ou de fonte segura.

• Lavar bem as mãos

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• Lavar bem os alimentos como verduras, frutas e hortaliças com água limpa.

• Irrigar hortas e pastagens com água limpa

• Construir sanitários com fossa séptica.

• Realizar o tratamento dos efluentes de esgotos de forma adequada para que estes não contaminem
o solo, a água e os alimentos.

• Fazer periodicamente exames de fezes em moradores de área rurais.

14- Leishmaniose
Galera, a Leishmaniose não costuma ter muita frequência nos concursos públicos, porém iremos
aborda-la por fazer parte do grupo de doenças infecciosas, ok?

A Leishmaniose é uma doença não contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoários do
gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas. No Brasil, seus principais vetores são insetos
denominados flebotomíneos e a transmissão ocorre através de picadas destes insetos, portanto,
não há transmissão de pessoa para pessoa, sendo o período de incubação de 2 a 3 meses.

A manifestação clínica da doença é variável e pode apresentar deste sinais e sintomas leves
(oligossintomáticos) até a evolução rápida e grave da doença. O paciente sintomático pode apresentar
algumas formas de apresentação da doença, sendo uma delas a Leishmaniose Visceral.

Leishmaniose Visceral

O diagnóstico clínico da leishmaniose visceral deve ser suspeitado quando o paciente apresentar: febre
e esplenomegalia associado ou não à hepatomegalia. O período caracterizado como “Inicial” tem
como sintomas a febre com duração inferior a quatro semanas, palidez cutaneomucosa e
hepatoesplenomegalia. O estado geral do paciente está preservado e ao exame físico o baço geralmente
não ultrapassa a 5 cm do rebordo costal esquerdo. Com a evolução da doença, o paciente entra no
“Período de Estado”, caracterizado por febre irregular, geralmente associada a emagrecimento
progressivo, palidez cutaneomucosa e aumento da hepatoesplenomegalia. Apresenta um quadro clínico
arrastado geralmente com mais de dois meses de evolução, na maioria das vezes associado a
comprometimento do estado geral. No último estágio da doença, denominado de “Período Final”, a
doença evolui progressivamente com febre contínua e comprometimento mais intenso do estado geral.
Instala-se a desnutrição (cabelos quebradiços, cílios alongados e pele seca), edema dos membros
inferiores que pode evoluir para anasarca. Outras manifestações importantes incluem hemorragias
(epistaxe, gengivorragia e petéquias), icterícia e ascite. Nestes pacientes, o óbito geralmente é
determinado por infecções bacterianas e/ou sangramentos.

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Tratamento

Para o tratamento da doença, utiliza-se a classe medicamentosa denominada com antimoniais, que
atuam nas formas amastigotas do parasita, inibindo sua atividade glicolítica e a via oxidativa de ácidos
graxos.

Antes de iniciar o tratamento dos pacientes alguns cuidados devem ser observados, entre eles: avaliação
e estabilização das condições clínicas (principalmente no sistema cardiovascular, uma vez que os
medicamentos antimoniais são cardiotóxicos), tratamento das infecções concomitantes. Em situações
onde existam condições de seguimento, o tratamento pode e deve ser feito a nível ambulatorial.

Pois bem pessoal, vamos agora praticar o conteúdo abordado!

(COMPERVE – UFRN – 2015) Em relação à profilaxia ao vírus da Raiva Humana, é correto afirmar:

a) Nos casos de pacientes imunodeprimidos, não deve ser usado o esquema de sorovacinação,
independentemente do tipo de acidente, pois não há resposta imunológica adequada para esses
pacientes.
b) O consumo de produtos de origem animal suspeitos de raiva deve ser evitado. Se ocorrer, é necessário
iniciar o esquema profilático para raiva humana o mais precocemente possível.
c) O tratamento após exposição, em caso de suspeita de raiva humana, deve ser iniciado nas primeiras
horas. Transcorridas muitas horas ou dias, após a exposição, não há mais indicação de início de
profilaxia.
d) Nas agressões por morcegos, deve-se proceder à sorovacinação, independentemente do tipo de
morcego agressor, do tempo decorrido e da gravidade da lesão

Comentários:
Gabarito letra D.
Galera, as pessoas imunodeprimidas são pacientes de risco, caracterizando mais um motivo para ofertar
a sorovacinação. Além disso, a indicação do Ministério da Saúde é iniciar o tratamento o quanto antes,
independentemente do tempo transcorrido.
Agressões por morcegos devem ser tratadas de forma imediata pois é caracterizada como lesão
GRAVE.
Portanto, gabarito letra D.

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(Marinha do Brasil – Marinha – 2015) Suponha que ao ser atendido em um serviço de Pronto-
atendimento, um homem diz ter sido mordido por um cão sem suspeita de raiva. Em sua
avaliação, o enfermeiro observa que esse homem possui ferimentos graves na cabeça, face e
mãos. Considerando o esquema para tratamento profilático antirrábico humano com a vacina
de cultivo celular, disponível no guia de bolso de doenças infecto parasitárias do Ministério da
Saúde (2010), qual a conduta que deverá ser adotada?

a) Lavar os ferimentos com água e sabão, observar o animal e não tratar.


b) Iniciar o tratamento com duas doses da vacina, uma no dia da ocorrência e outra no terceiro dia.
c) Iniciar o tratamento com soro e cinco doses da vacina.
d) Iniciar imediatamente o tratamento com soro.
e) Iniciar imediatamente o tratamento com cinco doses da vacina.

Comentários:
Gabarito letra B.
Pessoal, observe esta parte e saiba que é o item mais importante do enunciado “... um homem diz ter
sido mordido por um cão sem suspeita de raiva. Em sua avaliação, o enfermeiro observa que esse
homem possui ferimentos graves na cabeça, face e mãos”
Segundo o manual do Ministério da Saúde, as medidas devem ser:
- Lavar com água e sabão
- Observar o animal durante 10 dias após exposição
- Iniciar tratamento com duas doses: uma no dia 0 e outra no dia 3
- Se o animal permanecer sadio no período de observação, encerrar o caso
- Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, dar continuidade ao tratamento,
administrando o soro e completando o esquema até 5 (cinco) doses. Aplicar uma dose entre o 7º e
o 10º dia e uma dose nos dias 14 e 28
Portanto, gabarito letra B. Deve-se iniciar o tratamento com duas doses da vacina, uma no dia da
ocorrência e outra no terceiro dia.

(HU-UFS/ EBSERH/ Instituto AOCP/2014) A profilaxia pré-exposição deve ser indicada para
pessoas com risco de exposição permanente aovírus da Raiva, durante atividades ocupacionais
exercidas por profissionais como biólogos e médicos veterinários. Assim, o esquema pré-
exposição e os dias de aplicação nestes casos são:

a) Esquema: 3 doses; Dias de aplicação: 0,7,28.


b) Esquema: 2doses; Dias de aplicação: 0,3.
c) Esquema: Dose única; Dias de aplicação: 0.
d) Esquema: 5 doses; Dias de aplicação: 0,3,7,14,28.

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e) Esquema: 4 doses; Dias de aplicação: 0, 3, 7,14.


Comentários:
Gabarito letra A.
Galera, acabamos de ver que a existem dois tipos de profilaxia: Pré exposição e pós exposição.
A pré exposição é determinada por 3 doses nos dias 0, 7 e 28.
Portanto, gabarito letra A.

(CESPE/CEBRASPE – HUB – 2017) As precárias condições sanitárias de determinadas áreas de


regiões metropolitanas, em que há infestação de roedores, especialmente nos meses chuvosos,
criam condições favoráveis para o surgimento da leptospirose, zoonose de importância
epidemiológica causada por leptospiras patogênicas.

( ) Certo
( ) Errado

Comentários:
Gabarito Certo.
Como vimos na aula, a Leptospirose é transmitida principalmente por ratos de esgoto e tem relação
intrínseca com condições sociais.
Portanto, questão correta.

(CESPE/CEBRASPE – HUB – 2017) Os reservatórios conhecidos da leptospirose são os animais


selvagens e o rato de esgoto, que contaminam o homem por um único meio: a penetração de
urina infectada pelo microrganismo na pele que esteja lesionada.
( ) Certo
( ) Errado

Comentários:
Gabarito Certo.
Veja pessoal, acabamos de comentar exatamente isso na questão acima. A infecção pela leptospirose
pode advir através da passagem do agente pelas lesões ou ingestão do material contaminado.
Portanto, correto.

(CESPE/CEBRASPE – HUB – 2017) Nos casos suspeitos de leptospirose, justifica a internação a


presença de algum dos sinais clínicos de alerta como dispneia, tosse, oligúria, hemoptise,
arritmias e icterícia.
( ) Certo

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( ) Errado

Comentários:
Gabarito Certo.
Os sinais de alerta caracterizam a gravidade do caso. Dispneia, SpO2 < 95%, hemoptise, oligúria,
arritmia e icterícia são sinais de alerta e critério para internação.
Portanto, correto.

(FUMARC – Pref. Belo Horizonte – 2011) Leia as informações para responder à questão:
Modo de transmissão: Pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos das diferentes espécies de
importância médico-sanitária do gênero Lutzomyia. São conhecidos popularmente como
mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outro”.
Baseando-se nas informações acima, marque a alternativa que corresponde à doença infecto
contagiosa.

a) Linfogranuloma Venéreo.
b) Leishmaniose Tegumentar Americana.
c) Oncocercose.
d) Paracoccidioidomicose.

Comentários:
Gabarito letra B.
Como comentamos, o agente transmissor da Leishmaniose são os insetos flebomíneos.
Portanto, gabarito letra B.

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LISTA DE QUESTÕES

1. (Inst. Excelência – Pref. Paraitinga/SP 2018) – A Hepatite Viral é uma infecção viral sistêmica,
na qual a necrose e a inflamação das células hepáticas produzem um agrupamento característico
de alterações clínicas, bioquímicas e celulares. Existem cinco principais tipos de Hepatite viral:
A, B, C, D e E. Quanto às modalidades de transmissão dos tipos de Hepatite, é CORRETO afirmar:

a) A Hepatite C é transmitida normalmente na transfusão de sangue e produtos sanguíneos, ou seja,


exposição do sangue contaminado por meio de equipamentos. É possível também haver transmissão no
ato sexual com um parceiro infectado.
b) A Hepatite B normalmente é transmitida via fecal-oral, em locais onde existem más condições
sanitárias. É possível ainda ser transmitida pela água ou pelo alimento.
c) A Hepatite A, na maioria das vezes, é transmitida via parenteral. Pode ser transmitida também via
perinatal - de mães para filhos.
d) Nenhuma das alternativas estão corretas.

2. (IDECAN – Pref. Simonésia 2016) – A hepatite C é uma doença viral com infecções
assintomáticas ou sintomáticas. Quando sintomáticas são caracterizadas por mal-estar, cefaleia,
febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio
direito e aversão a alguns alimentos e cigarro. De acordo com o Ministério da Saúde (2015), “a
hepatite viral C aguda apresenta evolução subclínica: cerca de 80% dos casos têm apresentação
assintomática e anictérica, o que dificulta o diagnóstico. A minoria dos pacientes eventualmente
apresenta icterícia (<10%), ao passo que não mais do que 20% apresentam sintomas
inespecíficos mais intensos, como anorexia, astenia, mal-estar e dor abdominal”. A fase aguda da
hepatite C pode durar até

a) 06 meses.
b) 03 meses.
c) 12 semanas.
d) 10 semanas.

3. (VUNESP – Pref. Campinas 2019) – Em 10/09/2019, F.S., 26 anos, primigesta, compareceu à


unidade básica de saúde para consulta de enfermagem de pré-natal. Informou que já não sentia
enjoos e estava mais disposta. Referiu que seus ciclos menstruais eram regulares, com duração
de 28 dias, não fazia uso de anticoncepcionais hormonais e que sua última menstruação ocorrera
em 24/06/2019. Ao analisar os resultados de exames solicitados na consulta anterior, o
enfermeiro constatou: sorologia para hepatite B: HBsAg = não reagente; VDRL = não reagente.
Ao exame físico e obstétrico, o enfermeiro não constatou anormalidades. Ao solicitar a carteira
de vacinação, a gestante informou que não possuía esse documento e não sabia se havia tomado
vacinas na infância.

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Em relação à sorologia para hepatite B, é correto afirmar que, de acordo com o preconizado pelo
Ministério da Saúde, o enfermeiro deve, entre outros cuidados,

a) orientar a gestante a comparecer à sala de vacinas para tomar a 1ª dose da vacina hepatite B ao
completar 12 semanas de gestação.
b) orientar a gestante a comparecer à sala de vacinas para tomar a 1ª dose da vacina hepatite B ao
completar 24 semanas de gestação.
c) esclarecer que o resultado do exame está normal, deverá ser repetido com 32 semanas de idade
gestacional e a aplicação da vacina hepatite B não é a indicada para sua faixa etária.
d) solicitar os exames HBeAg e transaminases para avaliar a possibilidade de a gestante estar
apresentando um quadro de hepatite crônica.
e) encaminhar a gestante ao pré-natal de alto risco para avaliação e conduta.

4. (COVEST/COPSET – UFPE – 2019) O século XX desvendou os mistérios sobre a etiologia das


hepatites virais, identificando cinco agentes distintos responsáveis por essas viroses: vírus da
hepatite A (HAV), vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV), vírus da hepatite D (HDV)
e vírus da hepatite E (HEV). Acerca das hepatites virais, assinale a alternativa correta.

a) As hepatites A ou E são transmitidas pela forma fecal-oral.


b) Esses vírus têm em comum a predileção para infectar os mielócitos (células mieloides).
c) A forma de transmissão dos cinco vírus é por meio da água.
d) A pessoa infectada pelo vírus C apresenta sorologia antiHCV não reagente, por um período definido.
e) O tratamento específico para a hepatite aguda é a biópsia hepática.

5. (CESPE/CEBRASPE- HUB – 2018) As hepatites virais constituem importantes problemas de


saúde pública no Brasil e no mundo. Seus agentes etiológicos, os vírus hepatotrópicos (vírus A,
vírus B, vírus C, vírus D e vírus E), infectam primordialmente as células hepáticas (hepatócitos),
mas diferem quanto às formas de transmissão e quanto às consequências clínicas decorrentes
da infecção. Acerca das hepatites virais, julgue o item subsecutivo.

A infecção do feto pelo vírus da hepatite B por transmissão vertical de mães infectadas depende
do estado imune dessas mães e da carga viral, fatores que podem permitir ao vírus atravessar a
barreira placentária.

( ) Certo
( ) Errado

6. (CESPE/CEBRASPE- HUB – 2018) As hepatites virais constituem importantes problemas de


saúde pública no Brasil e no mundo. Seus agentes etiológicos, os vírus hepatotrópicos (vírus A,
vírus B, vírus C, vírus D e vírus E), infectam primordialmente as células hepáticas (hepatócitos),

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mas diferem quanto às formas de transmissão e quanto às consequências clínicas decorrentes


da infecção. Acerca das hepatites virais, julgue o item subsecutivo.
Os vírus A, C e E são de transmissão parenteral, sexual e vertical, por diversos mecanismos, como
o compartilhamento de materiais contaminados por sangue e fluidos corpóreos.

( ) Certo
( ) Errado

7. (CESPE/CEBRASPE- HUB – 2018) As hepatites virais constituem importantes problemas de


saúde pública no Brasil e no mundo. Seus agentes etiológicos, os vírus hepatotrópicos (vírus A,
vírus B, vírus C, vírus D e vírus E), infectam primordialmente as células hepáticas (hepatócitos),
mas diferem quanto às formas de transmissão e quanto às consequências clínicas decorrentes
da infecção. Acerca das hepatites virais, julgue o item subsecutivo.

As vacinas contra a hepatite A e a hepatite B fazem parte do calendário de vacinação do Sistema


Único de Saúde para crianças de doze a vinte e três meses de idade; elas estão disponíveis nos
centros de referência para imunobiológicos especiais (CRIE).

( ) Certo
( ) Errado

8. (Pref. Rio de janeiro – Pref. Rio de Janeiro – 2019) Na confirmação laboratorial e no


acompanhamento do tratamento dos casos de hepatite viral B, o exame específico utilizado é
denominado:
a) HBV-DNA
b) HBsAg
c) HBeAg
d) Anti-HBs

9. (VUNESP- TJ-SP – 2019) Ao analisar os resultados do exame de sorologia para hepatite B de


um indivíduo considerado anteriormente como suscetível, que refere ter recebido a terceira
dose da vacina hepatite B há seis meses, espera-se encontrar positivo(s) o(s)
anticorpo(s)/antígeno(s)

a) apenas HBsAg.
b) HBs-Ag, AntiHBc total e AntiHBc IGG.
c) apenas anti-HBs ( ≥ 10 UI/mL).
d) anti-HBe e HBsAg.
e) HBs-Ag, AntiHBc total e AntiHBc IGM.

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10. (AOCP- Pref. Vitória - 2019) - São denominadas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)
aquelas causadas por vírus, bactérias ou micróbios e que são transmitidas, principalmente, nas
relações sexuais. São exemplos de doenças sexualmente transmissíveis:
a) Caxumba, Gonorreia, Aids, Salmonella, Clamídia.
b) Gonorreia, Sífilis, Hepatite B, Cancro Mole, Aids.
c) Haemophilus influenzae, Rotavírus, Salmonella, Zica vírus.
d) Cancro Mole, HPV, Sífilis, Herpes, Caxumba.

11. (IDECAN- Pref. Damianópolis - 2016) “Pedro Paulo, 41 anos de idade, chegou ao pronto-
socorro com intensa dor abdominal. Sua temperatura era de 38,5°C; ao urinar queixa-se de dor
e ardência, secreção abundante de pus pela uretra. Ao ser questionado sobre sua vida sexual,
relatou possuir vida sexual ativa, com várias parceiras sem a utilização do preservativo”.
Os sintomas apresentados referem-se a:

a) Sífilis.
b) Gonorreia.
c) Herpes genital.
d) Verrugas genitais.

12. (IDECAN- Pref. Damianópolis - 2016) “O Brasil será o primeiro país da América do Sul e o
sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de
imunizações. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta terça-feira (11),
em Brasília (DF). A partir de janeiro do próximo ano, o Ministério da Saúde passa a disponibilizar
a vacina contra o HPV para a população masculina de 12 a 13 anos na rotina do Calendário
Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS)”.
O Human Papiloma Virus, ou HPV, é um vírus que vive na pele e nas mucosas dos seres humanos,
tais como vulva, vagina, colo de útero e pênis. Quando não é tratado nas meninas, torna-se a
principal causa do desenvolvimento do câncer de

a) pele.
b) mama.
c) Bexiga
d) colo do útero

13. (FUNDEP- Pref. De Uberlândia – 2019) Sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs),
assinale a alternativa incorreta.

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a) A equipe de saúde deve orientar o uso de preservativos masculinos ou femininos para pessoas
sexualmente ativas, pois é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão do HIV e de
outros agentes sexualmente transmissíveis.
b) A equipe de saúde deve atentar quanto à notificação compulsória das DSTs, pois nem todas as
doenças sexualmente transmissíveis são de notificação compulsória.
c) No tratamento da candidíase, é necessário orientar a mulher a suspender o tratamento se menstruar.
d) A sífilis é curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum, pode
apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e
terciária), e a equipe de saúde deve estar atenta aos sinais e sintomas apresentados pelo paciente.

14. (AOCP – Pref. Pinhais – 2017) Qual das doenças citadas a seguir é considerada
exclusivamente de transmissão sexual?

a) Hepatite B.
b) Cancro mole.
c) AIDS
d) Candidíase.
e) Sífilis Congênita

15. (IBADE- Pref. Aracruz – 2019) Segundo o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e
Infecções Sexualmente Transmissíveis, do Ministério da Saúde, a terminologia Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST) passa a ser adotada em substituição à expressão Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DST) porque:

a) infecções implicam em sintomas e sinais visíveis no organismo do indivíduo.


b) doenças podem ter períodos assintomáticos (sífilis, herpes genital, condiloma acuminado, por
exemplo).
c) o termo IST é mais adequado, mas é utilizado apenas no Brasil
d) destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.
e) as IST são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos e a transmissão ocorre,
unicamente, através do contato sexual sem o uso de preservativo com uma pessoa que esteja infectada.

16. (IBFC- Pref. Divinópolis – 2018) Considerando a infecção por HPV (papilomavírus humano),
leia as afirmativas e a seguir assinale a alternativa correta.
I. A vacina no Brasil é segura e eficaz, prevenindo contra 2 tipos do HPV (16, 18). Essa imunização
ajuda a prevenir o aparecimento do câncer do colo de útero.
II. Dentre os HPV de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de
câncer do colo do útero.

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III. As lesões clínicas se assemelham as verrugas, são tecnicamente denominadas condilomas


acuminados e popularmente chamadas “crista de galo”, “figueira” ou “cavalo de crista”. Têm
aspecto de couve-flor e tamanho variável.
IV. A transmissão ocorre frequentemente por via sexual.

a) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas


b) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas
c) Apenas a afirmativa I está correta
d) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas

17. (MDS- Pref. Bom Repouso – 2019) A “Candida Albicanis” é o agente etiológico do (a):
a) Cancro mole
b) Herpes simples
c) Gonorreia
d) Monilíase

18. (ADM&TEC – Pref. De Pedra – 2019) Leia as afirmativas a seguir:


I. A identificação de uma doença sexualmente transmissível (DST) em um paciente não constitui
evento sentinela para a busca de outra DST ou possibilidade de associação com o HIV.
II. Os preservativos masculinos e femininos previnem a transmissão do Herpes Simples em todas
as áreas de pele, protegendo, inclusive, as lesões na base do pênis, na bolsa escrotal ou em áreas
expostas da vulva.
Marque a alternativa CORRETA:

a) As duas afirmativas são verdadeiras.


b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.

19. (MS CONCURSOS – Pref. Sonora – 2019) A IST aparece, principalmente, no órgão genital, mas
pode surgir também em outra parte do corpo, como por exemplo: palma das mãos, olhos, língua.
São três as principais manifestações clínicas das IST. Sendo assim, qual alternativa não
corresponde a uma dessas manifestações clínicas?

a) Necrose.
b) Corrimento.
c) Feridas.

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d) Verrugas anogenitais.

20. (IF-RR – 2015) Doença sexualmente transmissível com as seguintes características: lesão
geralmente única, indolor, com fundo liso e brilhante e secreção serosa escassa. Assinale a
alternativa correta:

a) Sífilis primária;
b) Herpes simples;
c) Linfogranuloma venéreo;
d) Donovanose;
e) Cancro mole.
21. (FCC – ALESE – 2018) A cervicite mucopurulenta ou endocervicite é a inflamação da mucosa
endocervical. Nos casos sintomáticos, as principais queixas são, entre outras,

a) a dispneia e a hemoptise.
b) o corrimento uretral e a anúria.
c) a hipertermia e a rigidez de nuca.
d) a inapetência e a diarreia.
e) o corrimento vaginal e o sangramento intermenstrual.

22. (IF-TO – 2019) Sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis, assinale a alternativa


correta.
a) Condiloma acuminado é uma infecção causada pelo vírus da Herpes.
b) Sífilis latente é uma variante clínica da infecção em que se observam sinais e sintomas clínicos.
c) A candidíase vulvovaginal é uma doença transmitida pela via sexual.
d) O uso de dois preservativos é recomendado para proteção dupla contra Infeções Sexualmente
Transmissíveis.
e) Quando o nível de células T CD4+ cai abaixo de 200 células/mm³ de sangue na infecção por HIV, diz-
se que a pessoa tem AIDS.

23. (IADES- SEASTER-PA – 2019) Alguns processos infecciosos e inflamatórios favorecem a


transmissão do HIV, a exemplo de doenças sexualmente transmissíveis (DST) não ulcerativas
como a (o)

a) Sífilis.
b) Cancro mole
c) herpes genital.

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d) Cancro duro
e) tricomoníase.
24. (FUNDATEC – IMESF – 2019) Mulher, 32 anos, solteira, vem à UBS para realização do exame
de citopatológico. Ao exame, a paciente apresenta secreção amarelo-esverdeada, bolhosa e
fétida e colo com petéquias e em “framboesa”. Diante desses sintomas, qual a provável doença
dessa paciente?

a) Candidíase
b) Clamídia.
c) Vaginose bacteriana (Gardnerella vaginalis).
d) Tricomoníase.
e) Gonorreia. ==26f57c==

25. (CESPE/CEBRASPE – EBSERH- 2018) Uma mulher de vinte e dois anos de idade compareceu
a unidade básica de saúde com queixa de corrimento com mau cheiro e coceira intensa havia
três dias. No exame especular, a enfermeira obstétrica observou secreção vaginal amarelo-
esverdeada, bolhosa e fétida.
Considerando esse caso clínico, julgue o seguinte item.

Trata-se de uma infecção sexualmente transmissível, conhecida como tricomoníase, situação em


que todos os parceiros devem ser tratados

( ) Certo
( ) Errado

26. (CESPE/CEBRASPE – TRT - 2013) Em relação a doenças sexualmente transmissíveis (DSTs),


assinale a opção correta.
a) A sífilis congênita não pode ser considerada um indicador no processo de avaliação de qualidade da
assistência à gestante.
b) As lesões das fases primária e secundária da sífilis apresentam baixa infectividade, o que torna
dispensável o uso de luvas pelo profissional de saúde durante a manipulação das lesões.
c) A vigilância epidemiológica das DSTs tem como base a notificação tardia, procedimento que se
completa com o estado de prevalência nos grupos de risco.
d) A gonorreia acomete apenas as regiões dos órgãos genitais.
e) A doença infecciosa causada pelo papilomavírus (HPV), conhecida como condiloma acuminado,
verruga genital ou crista de galo, é transmitida frequentemente por meio de contato sexual.
27. (CESPE/CEBRASPE – EBSERH – 2018) Acerca do controle das doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs), cujas incidências têm tornado esse controle uma prioridade para os
órgãos de vigilância epidemiológica brasileiros, julgue o item subsequente.

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A conjuntivite do recém-nascido causada pela clamídia tende a ser mais severa que a causada
pela Neisseria gonohrroeae e de início mais precoce.
( ) Certo
( ) Errado

28. (CESPE/CEBRASPE – EBSERH – 2018) Acerca do controle das doenças sexualmente


transmissíveis (DSTs), cujas incidências têm tornado esse controle uma prioridade para os
órgãos de vigilância epidemiológica brasileiros, julgue o item subsequente.
Quando forem indicados para a confirmação diagnóstica de DST, os exames laboratoriais
deverão ser agendados para sete dias após a primeira consulta, com o objetivo de minimizar as
chances de resultados falsos-negativos decorrentes de possíveis janelas imunológicas.
( ) Certo
( ) Errado

29. (CESPE/CEBRASPE – TRT – 2013) Assinale a opção em que são apresentadas as manifestações
clínicas da infecção causada pelo agente Trichomonas Vaginalis.
a) prurido vulvovaginal, corrimento branco, grumoso, com aspecto caseoso, acompanhado de fissuras e
maceração da pele
b) secreção vaginal amarelada, acompanhada de lesões exofíticas (crista de galo), dor pélvica intensa e
polaciúria
c) secreção vaginal em pequena quantidade, com odor assemelhado a odor de peixe, associada a
sintomas de poliúria
d) prurido, dor, área infectada edemaciada e lesões vesiculares que coalescem em formato de crosta
e) secreção vaginal abundante, espumosa, de coloração amarelada a amarelo-esverdeada, irritativa, de
odor fétido, acompanhada de sintomas urinários e hiperemia de mucosa

30. (CESPE/CEBRASPE – UEPA – 2008) Assinale a opção correta acerca das doenças sexualmente
transmissíveis.
a) O condiloma acuminado provoca o surgimento de verrugas genitais, é de difícil diagnóstico e é
causado por uma bactéria.
b) O gonococo que causa a gonorreia provoca sintomas de dor ao urinar e limita-se a uma infecção
superficial local, pois não é capaz de migrar para outros sítios.
c) A sífilis, causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, pode atingir qualquer órgão e
evoluir cronicamente.
d) O herpes genital é causado pelo mesmo microrganismo da donovanose e tem o tratamento
semelhante à base de antibióticos.

31. (UFPR- UFPR – 2018) As doenças sexualmente transmissíveis ou infecções sexualmente


transmissíveis (IST) são infecções do trato reprodutivo causadas por microrganismos

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transmitidos por relação sexual vaginal, anal ou oral. A respeito do assunto, identifique como
verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:

( ) A candidíase vulvovaginal é uma das etiologias mais comuns de corrimento vaginal. Também
é conhecida como infecção por leveduras, monilíase ou micose. Não é considerada uma IST, pois
seu agente etiológico faz parte da flora vaginal e se torna patológica somente quando ocorre uma
modificação do meio vaginal.
( ) A tricomoníase é uma infecção vaginal que provoca corrimento. A mulher é sintomática. Já os
homens são portadores assintomáticos.
( ) A clamídia é uma IST causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Frequentemente, é difícil
de ser detectada, o que implica problemas para as mulheres, em virtude das consequências
crônicas da infecção não tratada. Nas mulheres, a infecção por clamídia está associada a
cervicite, síndrome uretral aguda, salpingite, doença inflamatória pélvica (DIP) e infertilidade.
( ) A gonorreia é uma infecção bacteriana séria e potencialmente muito grave, transmitida quase
que exclusivamente por atividade sexual. Nas gestantes está associada a corioamnionite,
trabalho de parto prematuro, descolamento prematuro das membranas e endometrite pós-
parto. A doença pode ser transmitida ao recém-nascido sob a forma de oftalmia neonatal
durante o parto, por meio do contato direto com gonococos na cérvice.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) V – F – F – V.
b) F – V – F – F.
c) V – F – V – V.
d) V – V – F – F.
e) F – V – V – V.
32. (CONSULPLAN - Pref. Suzano – 2019) A imunidade aos vírus influenza é adquirida a partir da
infecção natural ou pela vacinação, sendo que esta garante imunidade apenas em relação aos
vírus homólogos da sua composição. Em geral, o seu período de incubação é de:
a) 1 ano.
b) 10 dias.
c) 20 dias.
d) 1 a 4 dias.

33. (CONSULPLAN – Pref. Suzano – 2019) O vírus influenza, pertencente à família


Ortomixiviridae, possui RNA de hélice única e se subdivide em três tipos antigenicamente
distintos: A, B e C. O vírus tipo A é mais suscetível às variações antigênicas e, periodicamente,
sofre alterações em sua estrutura genômica, o que contribui para a existência de diversos
subtipos. São responsáveis pela ocorrência da maioria das epidemias de influenza e classificados
de acordo com os tipos de proteínas que se localizam em sua superfície, chamadas de

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hemaglutinina (H) e neuraminidase (N). São considerados os principais reservatórios do vírus


influenza, EXCETO:
a) Aves.
b) Suínos.
c) Répteis.
d) Humanos.

34. (IDECAN- Pref. Conquista – 2016) A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem
viral, que pode levar ao agravamento e ao óbito, especialmente nos indivíduos que apresentam
fatores ou condições de risco para as complicações da infecção (crianças menores de 5 anos de
idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não
transmissíveis e outras condições clínicas especiais).
A doença pode ser causada pelos vírus influenza A, B e C.
Quais são os tipos de vírus que sofrem frequentes mutações e são responsáveis pelas epidemias
sazonais são associadas com o aumento das taxas de hospitalização e morte por pneumonia,
especialmente em pacientes que apresentam condições e fatores de risco?

a) A e B.
b) A e C.
c) B e C.
d) A, B e C.
35. (FGV – SEE-PE – 2016) Assinale a opção que indica as doenças que requerem medidas de
precaução por gotículas.
a) Herpes zoster e sarampo.
b) Influenza A e meningococcemia.
c) Malária e leptospirose.
d) Gripe aviária e donovanose.
e) Impetigo e hanseníase.

36. (COMPERVE – UFRN – 2019) Mulher com 35 anos de idade, portadora de lúpus eritematoso
sistêmico em tratamento com corticoide, é atendida em uma UPA. Tem histórico de febre (38,5°
C) há 4 dias, tosse, mialgia, mal-estar geral e inapetência. Diante do quadro clínico da paciente,
o médico prescreve hidratação venosa e medicação sintomática. Além disso, solicita um raio-x
de tórax, exames laboratoriais e coleta de swab de orofaringe e nasofaringe, devido à situação
epidemiológica atual de influenza sazonal no município.
Caso a paciente desenvolva a SRAG pelo vírus influenza e haja indicação de internamento, ela
deverá ser internada em

a) enfermaria mista desde que instituídas as precauções padrão.

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b) quarto comum com pacientes com qualquer doença respiratória.


c) enfermaria mista com pacientes com qualquer outra doença.
d) quarto privativo, preferencialmente.

37. (COMPERVE – UFRN – 2019) Mulher com 35 anos de idade, portadora de lúpus eritematoso
sistêmico em tratamento com corticoide, é atendida em uma UPA. Tem histórico de febre (38,5°
C) há 4 dias, tosse, mialgia, mal-estar geral e inapetência. Diante do quadro clínico da paciente,
o médico prescreve hidratação venosa e medicação sintomática. Além disso, solicita um raio-x
de tórax, exames laboratoriais e coleta de swab de orofaringe e nasofaringe, devido à situação
epidemiológica atual de influenza sazonal no município.
Na assistência a casos suspeitos e confirmados de infecção pelo vírus influenza nos serviços de
saúde e nos casos de procedimentos sem risco de geração de aerossol, recomenda-se que sejam
instituídas medidas de precaução

a) para gotícula, somente.


b) padrão, somente.
c) respiratória, somente.
d) padrão e para gotícula.

38. (FCC – TRT – 2018) Ao atender um paciente com suspeita de infecção pelo vírus Influenza, a
equipe de saúde constatou a necessidade de transferi-lo para uma unidade hospitalar de
referência. Uma das medidas a serem adotadas no transporte desse paciente é:

a) Receitar o antiviral para a equipe de transporte e disponibilizar Equipamento de Proteção Coletiva.


b) Manter as janelas do veículo fechadas para evitar a disseminação do vírus.
c) Recomendar ao paciente o uso de máscara N95, exclusivamente, em casos confirmados da doença.
d) Limpar e desinfetar as superfícies internas do veículo com álcool a 70% ou hipoclorito de sódio, após
a realização do transporte.
e) Orientar o paciente para evitar tossir ou espirrar, caso necessário, retirar a máscara para evitar a
concentração do vírus.

39. (COMPERVE – UFRN – 2015) Em relação à profilaxia ao vírus da Raiva Humana, é correto
afirmar:

a) Nos casos de pacientes imunodeprimidos, não deve ser usado o esquema de sorovacinação,
independentemente do tipo de acidente, pois não há resposta imunológica adequada para esses
pacientes.
b) O consumo de produtos de origem animal suspeitos de raiva deve ser evitado. Se ocorrer, é necessário
iniciar o esquema profilático para raiva humana o mais precocemente possível.

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c) O tratamento após exposição, em caso de suspeita de raiva humana, deve ser iniciado nas primeiras
horas. Transcorridas muitas horas ou dias, após a exposição, não há mais indicação de início de
profilaxia.
d) Nas agressões por morcegos, deve-se proceder à sorovacinação, independentemente do tipo de
morcego agressor, do tempo decorrido e da gravidade da lesão

40. (Marinha do Brasil – Marinha – 2015) Suponha que ao ser atendido em um serviço de Pronto-
atendimento, um homem diz ter sido mordido por um cão sem suspeita de raiva. Em sua
avaliação, o enfermeiro observa que esse homem possui ferimentos graves na cabeça, face e
mãos. Considerando o esquema para tratamento profilático antirrábico humano com a vacina
de cultivo celular, disponível no guia de bolso de doenças infecto parasitárias do Ministério da
Saúde (2010), qual a conduta que deverá ser adotada?

a) Lavar os ferimentos com água e sabão, observar o animal e não tratar.


b) Iniciar o tratamento com duas doses da vacina, uma no dia da ocorrência e outra no terceiro dia.
c) Iniciar o tratamento com soro e cinco doses da vacina.
d) Iniciar imediatamente o tratamento com soro.
e) Iniciar imediatamente o tratamento com cinco doses da vacina.

41. (HU-UFS/ EBSERH/ Instituto AOCP/2014) A profilaxia pré-exposição deve ser indicada para
pessoas com risco de exposição permanente aovírus da Raiva, durante atividades ocupacionais
exercidas por profissionais como biólogos e médicos veterinários. Assim, o esquema pré-
exposição e os dias de aplicação nestes casos são:

a) Esquema: 3 doses; Dias de aplicação: 0,7,28.


b) Esquema: 2doses; Dias de aplicação: 0,3.
c) Esquema: Dose única; Dias de aplicação: 0.
d) Esquema: 5 doses; Dias de aplicação: 0,3,7,14,28.
e) Esquema: 4 doses; Dias de aplicação: 0, 3, 7,14.
Comentários:
Gabarito letra A.
Galera, acabamos de ver que a existem dois tipos de profilaxia: Pré exposição e pós exposição.
A pré exposição é determinada por 3 doses nos dias 0, 7 e 28.
Portanto, gabarito letra A.

42. (CESPE/CEBRASPE – HUB – 2017) As precárias condições sanitárias de determinadas áreas


de regiões metropolitanas, em que há infestação de roedores, especialmente nos meses
chuvosos, criam condições favoráveis para o surgimento da leptospirose, zoonose de
importância epidemiológica causada por leptospiras patogênicas.

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( ) Certo
( ) Errado

43. (CESPE/CEBRASPE – HUB – 2017) Os reservatórios conhecidos da leptospirose são os animais


selvagens e o rato de esgoto, que contaminam o homem por um único meio: a penetração de
urina infectada pelo microrganismo na pele que esteja lesionada.
( ) Certo
( ) Errado

44. (CESPE/CEBRASPE – HUB – 2017) Nos casos suspeitos de leptospirose, justifica a internação
a presença de algum dos sinais clínicos de alerta como dispneia, tosse, oligúria, hemoptise,
arritmias e icterícia.
( ) Certo
( ) Errado

45. (FUMARC – Pref. Belo Horizonte – 2011) Leia as informações para responder à questão:
Modo de transmissão: Pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos das diferentes espécies de
importância médico-sanitária do gênero Lutzomyia. São conhecidos popularmente como
mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outro”.
Baseando-se nas informações acima, marque a alternativa que corresponde à doença infecto
contagiosa.

a) Linfogranuloma Venéreo.
b) Leishmaniose Tegumentar Americana.
c) Oncocercose.
d) Paracoccidioidomicose.

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GABARITO

1. A 17. D 33. C
2. A 18. D 34. A
3. A 19. A 35. B
4. A 20. A 36. D
5. C 21. E 37. D
6. E 22. E 38. D
7. E 23. E 39. D
8. A 24. D 40. B
9. C 25. C 41. A
10. B 26. E 42. C
11. B 27. E 43. C
12. D 28. C 44. C
13. C 29. E 45. B
14. B 30. C
15. D 31. C
16. D 32. D

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