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Doenças

Transmissíveis - AVAS
SES-DF (Agente de Vigilância Ambiental
em Saúde - (AVAS) Conhecimentos
Específicos parte III - 2023 (Pós-Edital)

Autor:
Ana Paula Salim, Guilherme
Gasparini

30 de Abril de 2023

03546944135 - Nilton Sergio Neto


Ana Paula Salim, Guilherme Gasparini
Doenças Transmissíveis - AVAS

Sumário

Doenças Transmissíveis – Parte II ................................................................................................................. 4

Febre Amarela .......................................................................................................................................... 4

11 - Leptospirose....................................................................................................................................... 9

Sinais e Sintomas ............................................................................................................................ 10

Sinais de Alerta ............................................................................................................................... 11

Tratamento..................................................................................................................................... 11

12 - Raiva ................................................................................................................................................ 12

Medidas de Controle e Prevenção................................................................................................... 12

Esquema de pré exposição .............................................................................................................. 13

Esquema pós exposição com vacina ............................................................................................... 13

Sinais e Sintomas ............................................................................................................................ 14

Tratamento..................................................................................................................................... 15

Profilaxia pós-exposição: condutas em possíveis exposições ao vírus da raiva................................ 16

13 – Teníase e Cisticercose ...................................................................................................................... 16

Sinais e sintomas ............................................................................................................................ 17

Período de incubação...................................................................................................................... 17

Tratamento..................................................................................................................................... 17

Prevenção ....................................................................................................................................... 17

14- Leishmaniose .................................................................................................................................... 18

Leishmaniose Visceral .................................................................................................................... 18

Tratamento..................................................................................................................................... 19

Lista de Questões ....................................................................................................................................... 22

Gabarito...................................................................................................................................................... 29

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APRESENTAÇÃO DO CURSO
Iniciamos nosso Módulo de Doenças Transmissíveis para AVAS SES-DF em teoria e questões, voltado
para provas objetivas de concurso público.

Os assuntos serão tratados para atender aquele que está iniciando os estudos na área, como aquele que
está estudando há mais tempo. Os conceitos serão expostos de forma didática, dinâmica, expositiva e
sempre que pertinente, auxiliadas por mapas mentais e organogramas.

Confira, a seguir, com mais detalhes, nossa metodologia.

Algumas constatações sobre a metodologia são importantes!

Podemos afirmar que as aulas levarão em consideração as seguintes fontes.

FONTES

Manuais do Manuais da Portarias


Ministério da Organização Ministeriais
Saúde Mundial da Brasileiras
Saúde

Para tornar o nosso estudo mais completo, é muito importante resolver questões anteriores para nos
situarmos diante das possibilidades de cobrança. Traremos questões de todos os níveis, inclusive questões
cobradas em concursos municipais, estaduais e nacionais.

Essas observações são importantes pois permitirão que possamos organizar o curso de modo focado,
voltado para acertar questões objetivas e discursivas.

Esta é a nossa proposta!

Vistos alguns aspectos gerais da matéria, teçamos algumas considerações acerca da metodologia de
estudo.

As aulas em .pdf tem por característica essencial a didática. Para tanto, o material será permeado de
esquemas, gráficos informativos, resumos, figuras, tudo com a pretensão de “chamar atenção” para as
informações que realmente importam.

Com essa estrutura e proposta pretendemos conferir segurança e tranquilidade para uma preparação
completa, sem necessidade de recurso a outros materiais didáticos.

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Finalmente, destaco que um dos instrumentos mais relevantes para o estudo em .PDF é o contato direto e
pessoal com o Professor. Além do nosso fórum de dúvidas, estamos disponíveis por e-mail e,
eventualmente, pelo Facebook e Instagram. Aluno nosso não vai para a prova com dúvida! Por vezes, ao
ler o material surgem incompreensões, dúvidas, curiosidades, nesses casos basta acessar o computador e
nos escrever. Assim que possível respondemos a todas as dúvidas. É notável a evolução dos alunos que
levam a sério a metodologia.

Além disso, teremos videoaulas! Essas aulas destinam-se a complementar a preparação. Quando estiver
cansado do estudo ativo (leitura e resolução de questões) ou até mesmo para a revisão, abordaremos alguns
pontos da matéria por intermédio dos vídeos. Com outra didática, você disporá de um conteúdo
complementar para a sua preparação. Ao contrário do PDF, evidentemente, AS VIDEOAULAS NÃO
ATENDEM A TODOS OS PONTOS QUE VAMOS ANALISAR NOS PDFS, NOSSOS MANUAIS
ELETRÔNICOS. Por vezes, haverá aulas com vários vídeos; outras que terão videoaulas apenas em
parte do conteúdo; e outras, ainda, que não conterão vídeos. Nosso foco é, sempre, o estudo ativo!

Assim, cada aula será estruturada do seguinte modo:

Teoria Referência e Muitas


objetiva e análise da questões
METODOLOGIA direta sobre a legislação anteriores de
Doenças pertinente ao provas
Transmissíveis assunto. comentadas.

Vídeoaulas
Resumo dos complementares
principais sobre
tópicos da determinados APROVAÇÃO!
matéria. pontos da
matéria

APRESENTAÇÃO PESSOAL
Por fim, resta uma breve apresentação pessoal. Meu nome é Guilherme Gasparini Camargo! Sou graduado
em Enfermagem, pós-graduado pelo programa de Residência em Oncologia da Universidade Federal de
São Paulo (UNIFESP) e Mestrando pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Estou envolvido com concurso público desde minha formação. Atualmente trabalho com a docência. Fui
aprovado, por duas vezes, para o cargo Enfermeiro no concurso nacional da Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares (EBSERH), em 2018 e 2020, respectivamente, ambas aprovações com o Estratégia Concursos.

Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Terei o prazer em orientá-los da
melhor forma possível nesta caminhada que estamos iniciando.

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E-mail: enf.gasparini@gmail.com

Instagram: https://www.instagram.com/guilhermegasparini/

CRONOGRAMA DE AULAS
Vejamos a distribuição das aulas:

AULAS TÓPICOS ABORDADOS


Aula 00 Controle de Infecção Hospitalar
Aula 01 Doenças Transmissíveis e IST Parte I
Aula 02 Doenças Transmissíveis e IST Parte II
Aula 05 Biossegurança e PGRSS

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DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS – PARTE II


Na aula de hoje vamos nos aprofundar mais nas doenças Transmissíveis e IST e sua relação com o cuidado
de enfermagem. Abordamos na aula anterior os conceitos de Doenças Transmissíveis e IST, portanto, neste
slide abordaremos tópicos pontuais e focados nas doenças mais comuns nos concursos públicos do Brasil.
Vamos?

Febre Amarela

A FA é uma doença infecciosa febril aguda transmitida por mosquitos. Há 2 tipos de cadeia de transmissão
da FA, sendo a Febre Amarela Silvestre e a Febre Amarela Urbana. Ambas são as mesmas doenças, porém
o que difere é o VETOR.

A FA Silvestre é transmitida pelo mosquito Haemagogus Sabethes, enquanto na FA Urbana temos como o
principal transmissor o Aedes Aegypti e minimamente o Aedes Albopictus, inoculando o vírus do gênero
Flavivirus. Observe a imagem abaixo:

Atualmente é caracterizada como uma doença endêmica no Brasil (especialmente na região amazônica),
enquanto na região extra-amazônica, períodos epidêmicos são registrados ocasionalmente, caracterizando
a reemergência do vírus no País.

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Corujas, lembre-se que doenças Reemergentes são doenças que surgiram, ou foram identificadas, em
período recente, ou aquelas que assumiram novas condições de transmissão, seja devido a modificações
das características do agente infeccioso, seja passando de doenças raras e restritas para constituírem
problemas de saúde pública e acabam, por vezes, “Reemergindo”, ou seja, vindo à tona novamente.

A transmissão ocorre quando o hospedeiro (macaco ou ser humano contaminado) é picado pelo vetor
(mosquito Aedes Aegypti e Aedes Albopictus) e este transmite para outro ser humano saudável, mantendo a
cadeia de transmissão. O Hospedeiro pode transmitir a doença ao vetor cerca de 24 a 48 horas antes até
3 a 5 dias após o início dos sintomas. O mosquito infectado transmite o vírus por seis a oito semanas.

O período de incubação varia de 3 a 6 dias, podendo varias de 10 a 15 dias.

Sinais e Sintomas

Os sinais e sintomas clássicos da FA são inespecíficos, caracterizado por:

- Surgimento súbito de febre alta, geralmente contínua.

- Cefaleia intensa e duradoura

- Inapetência, náuseas e mialgia.

As especificidades dos sintomas começam a ficar aparente através do surgimento de Icterícia, hemorragia,
plaquetopenia e aumento da bilirrubina e transaminases hepáticas ao exame laboratorial. O Sinal de
Faget (bradicardia acompanhando febre alta) pode ou não estar presente.

Conceitualmente, as formas clínicas podem ser dividias em 3 fases, sendo em algumas literaturas descritas
como Período de Infecção, Período Agudo (1º ao 10º dia após o início dos sintomas) e Período de
Convalescença (15º ao 30º dia após o início dos sintomas), podendo ser caracterizada como Leve, Grave
ou Maligna, conforme quadro abaixo:

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O tratamento proposto irá depender da gravidade da situação, podendo ocorrer em ambiente ambulatorial
ou internação.

Corujas, a doença é NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA IMEDIATA.

Após estabilização do quadro clínico, o hospedeiro adquire imunidade adquirida contra a FA, ou seja, não
se infecta novamente com a doença, pois a variabilidade gênica da FA é baixa, diferentemente com o que
ocorre com a Dengue.

Vacinas que contenham profilaxia contra a Febre Amarela

 Vacina da Febre Amarela (FA) – Dose única, para pessoas que nunca foram vacinadas ou sem
comprovante de vacinação. O reforço é apenas indicado caso a pessoa tenha recebido uma dose da vacina
antes de completar 5 anos de idade até 59 anos.

(FUNDATEC 2022) Febre amarela é doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de evolução
abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves. O agente etiológico é
transmitido por artrópodes (vetores), habitualmente conhecidos como mosquitos e pernilongos. A
importância epidemiológica decorre da gravidade clínica, da elevada letalidade e do potencial de
disseminação e impacto, sobretudo quando a transmissão for urbana. Sendo assim, analise as
assertivas abaixo:
I. A suscetibilidade é universal e a infecção confere imunidade duradoura, podendo se estender por toda
a vida. Os filhos de mães imunes podem apresentar imunidade passiva e transitória durante os 6
primeiros meses de vida.
II. O quadro clínico clássico caracteriza-se pelo início súbito de febre alta, cefaleia intensa e duradoura,
inapetência, náuseas e mialgia.
III. O sinal de Faget (bradicardia acompanhando febre alta) está presente em todos os casos de febre
amarela.
IV. É apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente, que, sob hospitalização, deve
permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas

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formas graves, o paciente deve ser atendido em unidade de terapia intensiva (UTI), com intuito de
reduzir as complicações e o risco de óbito.
Quais estão corretas?
a) Apenas III.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I, II e IV.
d) Apenas II, III e IV.
e) I, II, III e IV.

Gabarito: C
Comentário:
Corujas, a única alternativa incorreta é o item III, pois o sinal de Faget (bradicardia acompanhando febre
alta) pode estar ou não presente em nos casos de febre amarela.

(COPESE-UFPI 2022) A importância epidemiológica da febre amarela decorre da gravidade clínica, da


elevada letalidade e do potencial de disseminação e impacto, sobretudo quando a transmissão for
urbana. Sobre a febre amarela, identifique a opção CORRETA:
a) A vigilância de epizootias de primatas não humanos (macacos) não é necessária no programa de vigilância
da febre amarela.
b) A notificação da morte de macaco e/ou epizootia não precisa ser sempre notificada.
c) Os primatas não humanos (PNHs) podem ser vítimas da doença assim como o ser humano.
d) A transmissão de pessoa para pessoa sempre existe.
e) A sobreposição de ecossistemas é irrelevante para a investigação da febre amarela.

Gabarito: C
Comentário:
Alunos, vamos corrigir os itens incorretos
a) A vigilância de epizootias de primatas não humanos (macacos) é necessária no programa de vigilância
da febre amarela, uma vez que os PNHs fazem parte do ciclo silvestre da FA, desta forma, deve ser
monitorizado os casos advindos desta região.
b) A notificação da morte de macaco e/ou epizootia precisa ser sempre notificada.
d) A transmissão de pessoa para pessoa NÃO EXISTE. Lembre-se de que é necessário o VETOR para a
transmissão de humanos para humanos, como no caso do Aedes Aegypt.
e) A sobreposição de ecossistemas é relevante para a investigação da febre amarela, uma vez que a FA
possui dois ciclos de transmissão, Silvestre e Urbano. Desta forma, a sobreposição de ecossistema (à
exemplo: invasão da cidade sobre a floresta) pode elevar os casos e gravidade da FA no ser humano.

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(CESPE/CEBRASPE – 2020) Acerca da febre amarela, assinale a opção correta.


a) A transmissão da febre amarela ocorre principalmente por meio da picada do vetor infectado, mas há
pequena porcentagem de casos transmitidos de pessoa a pessoa.
b) Existem dois ciclos epidemiológicos de transmissão da doença, o silvestre e o urbano, cujas
características etiológicas e clínicas são distintas.
c) No ciclo silvestre, macacos e roedores são os principais hospedeiros, e os vetores e amplificadores são
mosquitos com hábitos preferencialmente silvestres.
d) No ciclo urbano, o ser humano é o único hospedeiro com importância epidemiológica, e o vetor é o
mosquito Aedes aegypti.
e) A erradicação dos vetores é a principal ferramenta de prevenção da febre amarela.

Gabarito: D
Comentário:
Corujas, como sabemos a transmissão ela ocorre principalmente pelo vetor (silvestre e urbano) e NÃO HÁ
transmissão direta de pessoa a pessoa. Os dois ciclos de transmissão são idênticos e as manifestações
clínicas também, diferenciando o vetor (Haemagogus Sabethes e Aedes Aegypti) e local de acometimento
da doença, apenas. Desta forma não há roedores na cadeia de transmissão. Com relação ao item E, as
formas de erradicação da doença tornam-se difíceis no Brasil, uma vez a meta, segundo Manual do
Ministério da Saúde é reduzir a incidência de casos do ciclo silvestre da doença, a qual, sendo uma zoonose,
não é passível de erradicação e manter nula a incidência de casos do ciclo urbano, isto é, prevenir a
reurbanização da doença.
Quanto ao primeiro desafio, há um consenso sobre a necessidade de vacinação de todos os residentes e
visitantes de áreas com risco de transmissão que são dinâmicas, ou seja, a erradicação do vetor não é a
única solução.

(IPEFAE – 2020) Sobre a febre amarela assinale a alternativa incorreta:


a) A febre amarela é uma doença infecciosa febril crônica, causada por um vírus transmitido por mosquitos
vetores, e possui dois ciclos de transmissão: silvestre e urbano.
b) No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e
amplificadores do vírus e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os
gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. Nesse ciclo, o homem participa
como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata.
c) No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre
a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados.
d) Os sintomas iniciais, que surgem de 3 a 6 dias após a pessoa ter sido infectada, incluem o início súbito de
febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga
e fraqueza.

Gabarito: A
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Comentário:
Alunos, a letra A encontra-se incorreta pelo simples fato de caracterizar a FA como uma doença CRÔNICA.
Sabemos trata-se de uma doença febril AGUDA, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores,
e possui dois ciclos de transmissão: silvestre e urbano.

(UNOESC – 2021) A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de evolução
abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves. O agente etiológico são
artrópodes (vetores), da família Culicidae, habitualmente conhecidos como mosquitos e pernilongos.
Analise as afirmativas a seguir e assinale V para verdadeiro e F para falso:
( ) O período de incubação da doença varia de três a seis dias e, em situações esporádicas, considera-se
que pode se estender até́15 dias.
( ) A suscetibilidade éuniversal, e a infecção confere imunidade duradoura, podendo se estender por
toda a vida.
( ) O espectro clínico da febre amarela pode variar desde infecções assintomáticas até́quadros graves e
fatais.
( ) Não existe vacina para febre amarela, porém estudos estão em progresso.

Assinale a alternativa que contém a sequência correta.


a) V – F – V – F.
b) V – V – F – F.
c) V – V – V – V.
d) V – V – V – F.

Gabarito: D
Comentário:
O último item encontra-se errado, pois a vacina encontra-se disponível o calendário anual de vacina do
Ministério da Saúde em dose única para pessoas que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de
vacinação. O reforço é apenas indicado caso a pessoa tenha recebido uma dose da vacina antes de
completar 5 anos de idade até 59 anos.

11 - Leptospirose

Muitos de vocês já ouviram falar na Leptospirose ou doença do rato. Acontece que esta doença tem uma
grande característica voltada para a questão social, como moradia, planejamento urbano, saneamento
básico, saúde e fatores econômicos envolvidos. Tal doença afeta principalmente as populações de baixa
renda submetidas a riscos diários de contrair várias outras patologias.

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A leptospirose é uma zoonese causada pela bactéria Leptospira de grande incidência no Brasil, uma vez que
a Desigualdade Social no país é gritante. Os principais reservatórios são os roedores (especialmente o rato
de esgoto); outros reservatórios são os suínos, bovinos, equinos, ovinos e cães.

O homem, hospedeiro terminal e acidental da doença, infecta-se ao entrar em contato com a urina de
animais infectados de modo direto ou indireto, por meio do contato com água, lama ou solo
contaminados. A penetração do microrganismo ocorre através da pele com lesões, pele íntegra quando
imersa em água por longo tempo ou mucosas.

O período de incubação da doença varia de 1 a 30 dias, sendo mais frequente entre 5 e 14 dias.

Sinais e Sintomas

O quadro clínico da Leptospirose é dividido em três fases, sendo a primeira a Fase Precoce, a segunda a Fase
Tardia e a terceira a Fase da Convalescença.

Fase Precoce

A fase precoce da doença é caracterizada pela instalação abrupta de febre, comumente acompanhada de
cefaleia e mialgia (principalmente na lombar e panturrilha), náusea e vômitos e, frequentemente, não pode
ser diferenciada de outras causas de doenças febris agudas. Ou seja, são sinais e sintomas inespecíficos e
generalistas, por isso boa parte das notificações da Leptospirose não ocorre nesta fase. Nesta etapa, a
doença é autolimitada e regride em três a sete dias sem deixar sequelas. É frequentemente diagnosticada
como “síndrome gripal”, “virose” ou outras doenças que ocorrem na mesma época, como dengue ou
influenza.

Pessoal, vale ressaltar que alguns sinais são característicos da doença, como a Sufusão Conjuntival. Esse
sinal aparece no final da fase precoce da doença e é caracterizado por hiperemia e edema da conjuntiva,
ao longo das fissuras palpebrais

Fase Tardia

Pessoal, cerca de 10 a 15% das pessoas desenvolvem a Fase tardia da doença, que geralmente se iniciar após
1 semana da fase precoce. Nesta fase os sinais e sintomas são bem característicos da leptospirose e
apresentam gravidade no quadro clínico. Um dos sinais mais clássicos da fase tardia é a Síndrome de Weil.

Síndrome de Weil

- Icterícia

- Insuficiência Renal

- Hemorragias (principalmente pulmonar)

Tais sinais e sintomas podem aparecer concomitantemente ou isoladamente.

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A suspeita e hemorragia pulmonar dá-se através da observação de tosse seca, dispneia, expectoração
hemoptoica, cianose e dor torácica.

Além da Síndrome, destaca-se alguns sinais de maior frequência em pacientes na Fase tardia, como:
miocardite, acompanhada ou não de choque e arritmias agravadas por distúrbios eletrolíticos, pancreatite,
anemia e distúrbios neurológicos como confusão, delírio, alucinações e sinais de irritação meníngea.

Sinais de Alerta

*Observe a inclusão da Síndrome de Weil nos quadrados vermelhos

Fase da Convalescença

A fase da convalescença é caracterizada pela melhora do paciente. Astenia e anemia podem ser
observadas. A eliminação de leptospiras pela urina (leptospirúria) pode continuar por uma semana ou, mais
raramente, por vários meses após o desaparecimento dos sintomas. A icterícia desaparece lentamente,
podendo durar dias ou semanas.

Tratamento

Galera, a antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença. Porém, os medicamentos são
diferentes a depender de cada etapa da doença. Por exemplo, na Fase Precoce os medicamentos utilizados
na são a Amoxicilina e Doxiciclina, enquanto que na Fase Tardia utiliza-se a Penicilina G Cristalina,
Ampicilina e Ceftriaxona.

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12 - Raiva

A raiva é caracterizado como uma antropozoonose. Sua transmissão ocorre através da inoculação do vírus
presente na saliva e secreções do animal infectado, principalmente pela mordedura e lambedura.
Caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda que apresenta letalidade de aproximadamente
100%. Os principais transmissores no Brasil são os caninos e os felinos. Basicamente, o vírus penetra no
organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o
sistema nervoso central. A partir daí, dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, onde também
se replica, sendo eliminado pela saliva das pessoas ou animais enfermos

O período de incubação na literatura é extremamente variável pois está diretamente relacionado à


localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura, lambedura ou contato com a saliva de
animais infectados; distância entre o local do ferimento, do cérebro e troncos nervosos; concentração de
partículas virais inoculadas e cepa viral, mas dura em média de 45 dias no homem.

Todos os mamíferos estão susceptíveis para contrair o vírus. A imunidade é conferida por meio de
vacinação, acompanhada ou não por soro. Dessa maneira, pessoas que se expuseram a animais suspeitos
de raiva devem receber o esquema profilático, inclusive indivíduos com profissões que favorecem a
exposição.

Medidas de Controle e Prevenção

 Vacina antirrábica: Medida PROFILÁTICA ANTES da exposição. São vacinas potentes e


isentas de risco.

A Vacina raiva (inativada) é indicada para a profilaxia da raiva humana, sendo administrada em
indivíduos expostos ao vírus da doença. Dose única de 0,5mL ou 1,0mL IM ou ID. Caso a
administração ocorra por via IM, deve proceder EXCLUSIVAMENTE na região GLÚTEA.

 Soro Antirrábico ou heterólogo: Medida de controle PÓS-EXPOSIÇÃO.

Para profilaxia da raiva humana após exposição ao vírus rábico. Sua indicação depende da
natureza da exposição e das condições do animal agressor. O SAR não deve ser utilizado em
situação de reexposição ao vírus da raiva ou em caso de pessoas que já tenham feito seu uso
anteriormente. Administração via IM.

Importante: A infiltração no local do ferimento proporciona proteção local importante, pois


impede a disseminação e neutraliza as toxinas produzidas pelo vírus rábico para as
terminações nervosas. Esta conduta é fundamental para a neutralização local do vírus rábico
(diminui a replicação viral local), e se constitui em um procedimento que evita falhas da
terapêutica. Deve-se infundir o máximo de soro possível nas lesões afetadas.

Após receber o soro, o paciente deverá ser observado por um prazo de 2 horas.

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 Imunoglobulina Antirrábica Humana (IGHAR) ou Soro Homólogo: Medida PÓS-


EXPOSIÇÃO. A IGHAR é uma solução concentrada e purificada de anticorpos, preparada a
partir de hemoderivados de indivíduos imunizados com antígeno rábico. É o produto mais
seguro, porém mais raro e de alto custo. Dose única, IM e no local da lesão.

Pessoal, existem dois tipos de esquema de profilaxia da raiva humana: esquema de pré exposição e
esquema de pós exposição.

Esquema de pré exposição

- 3 Doses nos dias 0, 7 e 28.

• Interpretação do resultado: são considerados satisfatórios títulos de anticorpos >0,5UI/ml

Esquema pós exposição com vacina

O esquema de pós exposição irá depender do TIPO de lesão, conforme vemos na tabela abaixo.

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Sinais e Sintomas

Inicialmente, os quadros clínicos do paciente com raiva são inespecíficos. O paciente apresenta mal-estar
geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento,
irritabilidade, inquietude e sensação de angústia.

Os sinais começam a ficar claros após manifestações de linfoadenopatia dolorosa à palpação, hiperestesia
e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, bem como alterações de
comportamento (Sugerindo acometimento do SNP).

Após evolução da doença a infecção progride, surgindo manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade


crescentes, febre, delírios, espasmos musculares involuntários, generalizados. e/ou convulsões. Espasmos

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dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido,
apresentando sialorreia intensa.

 Galera, aqui é o pulo do gato! As bancas adoram cobrar do candidato essa parte: Hidrofobia,
caratcerizado pelos espasmos na laringe, faringe e língua quando em contato com a água e a Sialorréia
(hipersalivação).

Tratamento

O tratamento do paciente com raiva quando não imunizado deve ser realizado através do Protocolo de
Recife.

Vale ressaltar que o tratamento deve ser aplicado o mais precocemente possível. O protocolo preconiza,
basicamente, na indução de coma, uso de antivirais e reposição de enzimas, além da manutenção dos
sinais vitais do paciente.

Há ainda as classificações pelo Ministério da Saúde sobre o TIPO de acidente, sendo denominados duas
categorias: Acidentes Leves e Acidentes Graves.

Acidentes leves: Caracterizado por ferimentos superficiais, pouco extensos,


geralmente únicos, em tronco e membros (exceto mãos, polpas digitais e planta dos
pés); podem acontecer em decorrência de mordeduras ou arranhaduras causadas por
unha ou dente. Com relação à lambedura, ela também é caracterizada como lesão
superficial (exceto mucosas).

Acidentes Graves: Caracterizado por ferimentos na cabeça, face, pescoço, mão, polpa
digital e/ou planta do pé

- Ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo;

- Lambeduras de mucosas;

- Lambeduras de pele onde já existe lesão grave

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- Ferimentos profundos causados por unhas de animais

- Qualquer ferimento provocado por morcego

Profilaxia pós-exposição: condutas em possíveis exposições ao vírus da raiva

 É imprescindível a limpeza do ferimento com água corrente abundante e sabão, ou outro detergente,
pois isso diminui, comprovadamente, o risco de infecção.

- Realizar o mais rápido possível após a agressão, e repetir na unidade de saúde, independentemente
do tempo transcorrido.

- A limpeza deve ser cuidadosa, visando eliminar as sujidades sem agravar o ferimento; em seguida,
devem ser utilizados antissépticos que inativem o vírus da raiva (como o livinilpirrolidona-iodo, por
exemplo, o polvidine ou gluconato de clorexidine ou álcool-iodado).

 Os antissépticos deverão ser utilizados uma única vez, na primeira consulta, e, posteriormente, sempre
que possível, a região deve ser lavada com solução fisiológica.

Não se recomenda a sutura dos ferimentos. Quando for absolutamente necessário, aproximar as bordas
com pontos isolados. Havendo necessidade de aproximar as bordas, o soro antirrábico, se indicado, deverá
ser infiltrado 1 hora antes da sutura.

 Proceder à profilaxia do tétano segundo o esquema preconizado (caso o paciente não seja vacinado ou
tenha sido submetido a esquema vacinal incompleto) e uso de antibióticos nos casos indicados, após
avaliação médica

13 – Teníase e Cisticercose

A primeira coisa que devemos saber é que Teníase e Cisticercose são doenças distintas, porém causada pelo
mesmo agente etiológico. Além disso, esta doença também está intimamente ligada aos Determinantes
Sociais de Saúde e questões sociais, como moradia, educação e higiene.

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A teníase é provocada pela presença da forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata, no intestino
delgado do homem. A cisticercose é causada pela larva da Taenia solium nos tecidos, ou seja, é uma
enfermidade somática.

Sendo assim, a teníase é uma parasitose intestinal adquirida através do consumo de carne crua ou
insuficientemente cozida contendo os cisticercos (larvas) que pode causar dores abdominais, náuseas,
debilidade, perda de peso, flatulência, diarréia ou constipação. Quando o parasita permanece na luz intestinal,
o parasitismo pode ser considerado benigno e só, excepcionalmente, requer intervenção cirúrgica por
penetração em apêndice, colédoco, ducto pancreático, devido ao crescimento exagerado do parasita.

O homem é o hospedeiro definitivo e consequentemente a principal fonte de infecção deste parasita,


sendo responsável pela transmissão aos animais e a si próprio, sendo assim, a transmissão da Cisticercose
ocorre justamente através do consumo de alimentos contaminados com os ovos da tênia, frutas,
verduras, hortaliças que não são higienizados corretamente, através do consumo de água contaminada,
ou ainda, no homem com teníase pode haver a auto infestação já que os ovos podem ser encontrados nas
mãos do hospedeiro, na região perianal (ânus) e perineal, nas roupas e até mesmo na mobília da residência.

Sinais e sintomas

O quadro clínico é muito variado, pois depende da localização da Tênia ou dos ovos, sua quantidade,
tamanho, capacidade imunológica do hospedeiro e fase do cisticerco. Em alguns casos, pode ocorrer
retardo no crescimento da criança, já no adulto observa-se baixa produtividade. As formas graves estão
localizadas no sistema nervoso central e apresentam sintomas neuropsiquiátricos (convulsões, distúrbio de
comportamento, hipertensão intracraniana) e oftálmicos.

Período de incubação

Da cisticercose humana, varia de 15 dias a anos após a infecção. Para a teníase, em torno de 3 meses após
a ingesta da larva, o parasita adulto já é encontrado no intestino delgado humano.

Tratamento

De moro geral, utiliza-se antiparasitários para eliminação do agente agressor. Para a Teníase, usa-se o
Mebendazol como principal medicamento e para a Cisticercose, Praziquantel associado à dexametasona
para diminuir respostas inflamatórias, consequente da morte de cisticercos no organismo.

Prevenção

A única medida efetiva contra a doença ainda é a prevenção, uma vez que a Tênia pode se instalar no
organismo e muitas vezes não se tem o conhecimento do fato. Portanto, tais medidas descritas abaixo deve
ser tomadas:

• Não ingerir carne crua ou insuficientemente cozida, ou ainda, proveniente de abate clandestino, sem
inspeção oficial.

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• Consumir apenas água tratada, fervida ou de fonte segura.

• Lavar bem as mãos

• Lavar bem os alimentos como verduras, frutas e hortaliças com água limpa.

• Irrigar hortas e pastagens com água limpa

• Construir sanitários com fossa séptica.

• Realizar o tratamento dos efluentes de esgotos de forma adequada para que estes não contaminem o
solo, a água e os alimentos.

• Fazer periodicamente exames de fezes em moradores de área rurais.

14- Leishmaniose

Galera, a Leishmaniose não costuma ter muita frequência nos concursos públicos, porém iremos aborda-la
por fazer parte do grupo de doenças infecciosas, ok?

A Leishmaniose é uma doença não contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoários do gênero
Leishmania, que acomete pele e mucosas. No Brasil, seus principais vetores são insetos denominados
flebotomíneos e a transmissão ocorre através de picadas destes insetos, portanto, não há transmissão
de pessoa para pessoa, sendo o período de incubação de 2 a 3 meses.

A manifestação clínica da doença é variável e pode apresentar deste sinais e sintomas leves
(oligossintomáticos) até a evolução rápida e grave da doença. O paciente sintomático pode apresentar
algumas formas de apresentação da doença, sendo uma delas a Leishmaniose Visceral.

Leishmaniose Visceral

O diagnóstico clínico da leishmaniose visceral deve ser suspeitado quando o paciente apresentar: febre e
esplenomegalia associado ou não à hepatomegalia. O período caracterizado como “Inicial” tem como
sintomas a febre com duração inferior a quatro semanas, palidez cutaneomucosa e hepatoesplenomegalia. O
estado geral do paciente está preservado e ao exame físico o baço geralmente não ultrapassa a 5 cm do
rebordo costal esquerdo. Com a evolução da doença, o paciente entra no “Período de Estado”,
caracterizado por febre irregular, geralmente associada a emagrecimento progressivo, palidez
cutaneomucosa e aumento da hepatoesplenomegalia. Apresenta um quadro clínico arrastado geralmente
com mais de dois meses de evolução, na maioria das vezes associado a comprometimento do estado geral.
No último estágio da doença, denominado de “Período Final”, a doença evolui progressivamente com febre
contínua e comprometimento mais intenso do estado geral. Instala-se a desnutrição (cabelos quebradiços,
cílios alongados e pele seca), edema dos membros inferiores que pode evoluir para anasarca. Outras
manifestações importantes incluem hemorragias (epistaxe, gengivorragia e petéquias), icterícia e ascite.
Nestes pacientes, o óbito geralmente é determinado por infecções bacterianas e/ou sangramentos.

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Tratamento

Para o tratamento da doença, utiliza-se a classe medicamentosa denominada com antimoniais, que atuam
nas formas amastigotas do parasita, inibindo sua atividade glicolítica e a via oxidativa de ácidos graxos.

Antes de iniciar o tratamento dos pacientes alguns cuidados devem ser observados, entre eles: avaliação e
estabilização das condições clínicas (principalmente no sistema cardiovascular, uma vez que os
medicamentos antimoniais são cardiotóxicos), tratamento das infecções concomitantes. Em situações onde
existam condições de seguimento, o tratamento pode e deve ser feito a nível ambulatorial.

Pois bem pessoal, vamos agora praticar o conteúdo abordado!

(COMPERVE – UFRN – 2015) Em relação à profilaxia ao vírus da Raiva Humana, é correto afirmar:
a) Nos casos de pacientes imunodeprimidos, não deve ser usado o esquema de sorovacinação,
independentemente do tipo de acidente, pois não há resposta imunológica adequada para esses pacientes.
b) O consumo de produtos de origem animal suspeitos de raiva deve ser evitado. Se ocorrer, é necessário
iniciar o esquema profilático para raiva humana o mais precocemente possível.
c) O tratamento após exposição, em caso de suspeita de raiva humana, deve ser iniciado nas primeiras
horas. Transcorridas muitas horas ou dias, após a exposição, não há mais indicação de início de profilaxia.
d) Nas agressões por morcegos, deve-se proceder à sorovacinação, independentemente do tipo de
morcego agressor, do tempo decorrido e da gravidade da lesão

Comentários:
Gabarito letra D.
Galera, as pessoas imunodeprimidas são pacientes de risco, caracterizando mais um motivo para ofertar a
sorovacinação. Além disso, a indicação do Ministério da Saúde é iniciar o tratamento o quanto antes,
independentemente do tempo transcorrido.
Agressões por morcegos devem ser tratadas de forma imediata pois é caracterizada como lesão GRAVE.
Portanto, gabarito letra D.

(Marinha do Brasil – Marinha – 2015) Suponha que ao ser atendido em um serviço de Pronto-
atendimento, um homem diz ter sido mordido por um cão sem suspeita de raiva. Em sua avaliação, o
enfermeiro observa que esse homem possui ferimentos graves na cabeça, face e mãos. Considerando

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o esquema para tratamento profilático antirrábico humano com a vacina de cultivo celular, disponível
no guia de bolso de doenças infecto parasitárias do Ministério da Saúde (2010), qual a conduta que
deverá ser adotada?

a) Lavar os ferimentos com água e sabão, observar o animal e não tratar.


b) Iniciar o tratamento com duas doses da vacina, uma no dia da ocorrência e outra no terceiro dia.
c) Iniciar o tratamento com soro e cinco doses da vacina.
d) Iniciar imediatamente o tratamento com soro.
e) Iniciar imediatamente o tratamento com cinco doses da vacina.

Comentários:
Gabarito letra B.
Pessoal, observe esta parte e saiba que é o item mais importante do enunciado “... um homem diz ter sido
mordido por um cão sem suspeita de raiva. Em sua avaliação, o enfermeiro observa que esse homem possui
ferimentos graves na cabeça, face e mãos”
Segundo o manual do Ministério da Saúde, as medidas devem ser:
- Lavar com água e sabão
- Observar o animal durante 10 dias após exposição
- Iniciar tratamento com duas doses: uma no dia 0 e outra no dia 3
- Se o animal permanecer sadio no período de observação, encerrar o caso
- Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, dar continuidade ao tratamento, administrando
o soro e completando o esquema até 5 (cinco) doses. Aplicar uma dose entre o 7º e o 10º dia e uma dose
nos dias 14 e 28
Portanto, gabarito letra B. Deve-se iniciar o tratamento com duas doses da vacina, uma no dia da
ocorrência e outra no terceiro dia.

(HU-UFS/ EBSERH/ Instituto AOCP/2014) A profilaxia pré-exposição deve ser indicada para pessoas
com risco de exposição permanente aovírus da Raiva, durante atividades ocupacionais exercidas por
profissionais como biólogos e médicos veterinários. Assim, o esquema pré-exposição e os dias de
aplicação nestes casos são:

a) Esquema: 3 doses; Dias de aplicação: 0,7,28.


b) Esquema: 2doses; Dias de aplicação: 0,3.
c) Esquema: Dose única; Dias de aplicação: 0.
d) Esquema: 5 doses; Dias de aplicação: 0,3,7,14,28.
e) Esquema: 4 doses; Dias de aplicação: 0, 3, 7,14.
Comentários:

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Gabarito letra A.
Galera, acabamos de ver que a existem dois tipos de profilaxia: Pré exposição e pós exposição.
A pré exposição é determinada por 3 doses nos dias 0, 7 e 28.
Portanto, gabarito letra A.

(CESPE/CEBRASPE – HUB – 2017) As precárias condições sanitárias de determinadas áreas de regiões


metropolitanas, em que há infestação de roedores, especialmente nos meses chuvosos, criam
condições favoráveis para o surgimento da leptospirose, zoonose de importância epidemiológica
causada por leptospiras patogênicas.

( ) Certo
( ) Errado

Comentários:
Gabarito Certo.
Como vimos na aula, a Leptospirose é transmitida principalmente por ratos de esgoto e tem relação
intrínseca com condições sociais.
Portanto, questão correta.

(CESPE/CEBRASPE – HUB – 2017) Os reservatórios conhecidos da leptospirose são os animais


selvagens e o rato de esgoto, que contaminam o homem por um único meio: a penetração de urina
infectada pelo microrganismo na pele que esteja lesionada.
( ) Certo
( ) Errado

Comentários:
Gabarito Certo.
Veja pessoal, acabamos de comentar exatamente isso na questão acima. A infecção pela leptospirose pode
advir através da passagem do agente pelas lesões ou ingestão do material contaminado.
Portanto, correto.

(CESPE/CEBRASPE – HUB – 2017) Nos casos suspeitos de leptospirose, justifica a internação a presença
de algum dos sinais clínicos de alerta como dispneia, tosse, oligúria, hemoptise, arritmias e icterícia.
( ) Certo
( ) Errado

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Comentários:
Gabarito Certo.
Os sinais de alerta caracterizam a gravidade do caso. Dispneia, SpO2 < 95%, hemoptise, oligúria, arritmia
e icterícia são sinais de alerta e critério para internação.
Portanto, correto.

(FUMARC – Pref. Belo Horizonte – 2011) Leia as informações para responder à questão:
Modo de transmissão: Pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos das diferentes espécies de
importância médico-sanitária do gênero Lutzomyia. São conhecidos popularmente como mosquito
palha, tatuquira, birigui, entre outro”.
Baseando-se nas informações acima, marque a alternativa que corresponde à doença infecto
contagiosa.

a) Linfogranuloma Venéreo.
b) Leishmaniose Tegumentar Americana.
c) Oncocercose.
d) Paracoccidioidomicose.

Comentários:
Gabarito letra B.
Como comentamos, o agente transmissor da Leishmaniose são os insetos flebomíneos.
Portanto, gabarito letra B.

LISTA DE QUESTÕES

1. (FUNDATEC 2022) Febre amarela é doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de evolução
abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves. O agente etiológico é
transmitido por artrópodes (vetores), habitualmente conhecidos como mosquitos e pernilongos. A
importância epidemiológica decorre da gravidade clínica, da elevada letalidade e do potencial de

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disseminação e impacto, sobretudo quando a transmissão for urbana. Sendo assim, analise as
assertivas abaixo:
I. A suscetibilidade é universal e a infecção confere imunidade duradoura, podendo se estender por toda
a vida. Os filhos de mães imunes podem apresentar imunidade passiva e transitória durante os 6
primeiros meses de vida.
II. O quadro clínico clássico caracteriza-se pelo início súbito de febre alta, cefaleia intensa e duradoura,
inapetência, náuseas e mialgia.
III. O sinal de Faget (bradicardia acompanhando febre alta) está presente em todos os casos de febre
amarela.
IV. É apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente, que, sob hospitalização, deve
permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas
formas graves, o paciente deve ser atendido em unidade de terapia intensiva (UTI), com intuito de
reduzir as complicações e o risco de óbito.
Quais estão corretas?
a) Apenas III.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I, II e IV.
d) Apenas II, III e IV.
e) I, II, III e IV.

2. (COPESE-UFPI 2022) A importância epidemiológica da febre amarela decorre da gravidade clínica,


da elevada letalidade e do potencial de disseminação e impacto, sobretudo quando a transmissão for
urbana. Sobre a febre amarela, identifique a opção CORRETA:
a) A vigilância de epizootias de primatas não humanos (macacos) não é necessária no programa de vigilância
da febre amarela.
b) A notificação da morte de macaco e/ou epizootia não precisa ser sempre notificada.
c) Os primatas não humanos (PNHs) podem ser vítimas da doença assim como o ser humano.
d) A transmissão de pessoa para pessoa sempre existe.
e) A sobreposição de ecossistemas é irrelevante para a investigação da febre amarela.

3. (CESPE/CEBRASPE – 2020) Acerca da febre amarela, assinale a opção correta.


a) A transmissão da febre amarela ocorre principalmente por meio da picada do vetor infectado, mas há
pequena porcentagem de casos transmitidos de pessoa a pessoa.
b) Existem dois ciclos epidemiológicos de transmissão da doença, o silvestre e o urbano, cujas
características etiológicas e clínicas são distintas.
c) No ciclo silvestre, macacos e roedores são os principais hospedeiros, e os vetores e amplificadores são
mosquitos com hábitos preferencialmente silvestres.

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d) No ciclo urbano, o ser humano é o único hospedeiro com importância epidemiológica, e o vetor é o
mosquito Aedes aegypti.
e) A erradicação dos vetores é a principal ferramenta de prevenção da febre amarela.

4. (IPEFAE – 2020) Sobre a febre amarela assinale a alternativa incorreta:


a) A febre amarela é uma doença infecciosa febril crônica, causada por um vírus transmitido por mosquitos
vetores, e possui dois ciclos de transmissão: silvestre e urbano.
b) No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e
amplificadores do vírus e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os
gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. Nesse ciclo, o homem participa
como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata.
c) No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre
a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados.
d) Os sintomas iniciais, que surgem de 3 a 6 dias após a pessoa ter sido infectada, incluem o início súbito de
febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga
e fraqueza.

5. (UNOESC – 2021) A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de
evoluçaõ abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves. O agente
etiológico são artrópodes (vetores), da família Culicidae, habitualmente conhecidos como mosquitos
e pernilongos. Analise as afirmativas a seguir e assinale V para verdadeiro e F para falso:
( ) O período de incubação da doença varia de três a seis dias e, em situações esporádicas, considera-se
que pode se estender até́15 dias.
( ) A suscetibilidade éuniversal, e a infecção confere imunidade duradoura, podendo se estender por
toda a vida.
( ) O espectro clínico da febre amarela pode variar desde infecções assintomáticas até́quadros graves e
fatais.
( ) Não existe vacina para febre amarela, porém estudos estão em progresso.

Assinale a alternativa que contém a sequência correta.


a) V – F – V – F.
b) V – V – F – F.
c) V – V – V – V.
d) V – V – V – F.

6. (CONSULPLAN - Pref. Suzano – 2019) A imunidade aos vírus influenza é adquirida a partir da
infecção natural ou pela vacinação, sendo que esta garante imunidade apenas em relação aos vírus
homólogos da sua composição. Em geral, o seu período de incubação é de:
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a) 1 ano.
b) 10 dias.
c) 20 dias.
d) 1 a 4 dias.

7. (CONSULPLAN – Pref. Suzano – 2019) O vírus influenza, pertencente à família Ortomixiviridae,


possui RNA de hélice única e se subdivide em três tipos antigenicamente distintos: A, B e C. O vírus tipo
A é mais suscetível às variações antigênicas e, periodicamente, sofre alterações em sua estrutura
genômica, o que contribui para a existência de diversos subtipos. São responsáveis pela ocorrência da
maioria das epidemias de influenza e classificados de acordo com os tipos de proteínas que se localizam
em sua superfície, chamadas de hemaglutinina (H) e neuraminidase (N). São considerados os principais
reservatórios do vírus influenza, EXCETO:
a) Aves.
b) Suínos.
c) Répteis.
d) Humanos.

8. (IDECAN- Pref. Conquista – 2016) A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral,
que pode levar ao agravamento e ao óbito, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou
condições de risco para as complicações da infecção (crianças menores de 5 anos de idade, gestantes,
adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições
clínicas especiais).
A doença pode ser causada pelos vírus influenza A, B e C.
Quais são os tipos de vírus que sofrem frequentes mutações e são responsáveis pelas epidemias
sazonais são associadas com o aumento das taxas de hospitalização e morte por pneumonia,
especialmente em pacientes que apresentam condições e fatores de risco?

a) A e B.
b) A e C.
c) B e C.
d) A, B e C.

9. (FGV – SEE-PE – 2016) Assinale a opção que indica as doenças que requerem medidas de precaução
por gotículas.
a) Herpes zoster e sarampo.
b) Influenza A e meningococcemia.
c) Malária e leptospirose.

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d) Gripe aviária e donovanose.


e) Impetigo e hanseníase.

10. (COMPERVE – UFRN – 2019) Mulher com 35 anos de idade, portadora de lúpus eritematoso
sistêmico em tratamento com corticoide, é atendida em uma UPA. Tem histórico de febre (38,5° C) há
4 dias, tosse, mialgia, mal-estar geral e inapetência. Diante do quadro clínico da paciente, o médico
prescreve hidratação venosa e medicação sintomática. Além disso, solicita um raio-x de tórax, exames
laboratoriais e coleta de swab de orofaringe e nasofaringe, devido à situação epidemiológica atual de
influenza sazonal no município.
Caso a paciente desenvolva a SRAG pelo vírus influenza e haja indicação de internamento, ela deverá
ser internada em

==26f57c==

a) enfermaria mista desde que instituídas as precauções padrão.


b) quarto comum com pacientes com qualquer doença respiratória.
c) enfermaria mista com pacientes com qualquer outra doença.
d) quarto privativo, preferencialmente.

11. (COMPERVE – UFRN – 2019) Mulher com 35 anos de idade, portadora de lúpus eritematoso
sistêmico em tratamento com corticoide, é atendida em uma UPA. Tem histórico de febre (38,5° C) há
4 dias, tosse, mialgia, mal-estar geral e inapetência. Diante do quadro clínico da paciente, o médico
prescreve hidratação venosa e medicação sintomática. Além disso, solicita um raio-x de tórax, exames
laboratoriais e coleta de swab de orofaringe e nasofaringe, devido à situação epidemiológica atual de
influenza sazonal no município.
Na assistência a casos suspeitos e confirmados de infecção pelo vírus influenza nos serviços de saúde e
nos casos de procedimentos sem risco de geração de aerossol, recomenda-se que sejam instituídas
medidas de precaução

a) para gotícula, somente.


b) padrão, somente.
c) respiratória, somente.
d) padrão e para gotícula.

12. (FCC – TRT – 2018) Ao atender um paciente com suspeita de infecção pelo vírus Influenza, a equipe
de saúde constatou a necessidade de transferi-lo para uma unidade hospitalar de referência. Uma das
medidas a serem adotadas no transporte desse paciente é:

a) Receitar o antiviral para a equipe de transporte e disponibilizar Equipamento de Proteção Coletiva.


b) Manter as janelas do veículo fechadas para evitar a disseminação do vírus.

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c) Recomendar ao paciente o uso de máscara N95, exclusivamente, em casos confirmados da doença.


d) Limpar e desinfetar as superfícies internas do veículo com álcool a 70% ou hipoclorito de sódio, após a
realização do transporte.
e) Orientar o paciente para evitar tossir ou espirrar, caso necessário, retirar a máscara para evitar a
concentração do vírus.

13. (COMPERVE – UFRN – 2015) Em relação à profilaxia ao vírus da Raiva Humana, é correto afirmar:

a) Nos casos de pacientes imunodeprimidos, não deve ser usado o esquema de sorovacinação,
independentemente do tipo de acidente, pois não há resposta imunológica adequada para esses pacientes.
b) O consumo de produtos de origem animal suspeitos de raiva deve ser evitado. Se ocorrer, é necessário
iniciar o esquema profilático para raiva humana o mais precocemente possível.
c) O tratamento após exposição, em caso de suspeita de raiva humana, deve ser iniciado nas primeiras
horas. Transcorridas muitas horas ou dias, após a exposição, não há mais indicação de início de profilaxia.
d) Nas agressões por morcegos, deve-se proceder à sorovacinação, independentemente do tipo de
morcego agressor, do tempo decorrido e da gravidade da lesão

14. (Marinha do Brasil – Marinha – 2015) Suponha que ao ser atendido em um serviço de Pronto-
atendimento, um homem diz ter sido mordido por um cão sem suspeita de raiva. Em sua avaliação, o
enfermeiro observa que esse homem possui ferimentos graves na cabeça, face e mãos. Considerando
o esquema para tratamento profilático antirrábico humano com a vacina de cultivo celular, disponível
no guia de bolso de doenças infecto parasitárias do Ministério da Saúde (2010), qual a conduta que
deverá ser adotada?

a) Lavar os ferimentos com água e sabão, observar o animal e não tratar.


b) Iniciar o tratamento com duas doses da vacina, uma no dia da ocorrência e outra no terceiro dia.
c) Iniciar o tratamento com soro e cinco doses da vacina.
d) Iniciar imediatamente o tratamento com soro.
e) Iniciar imediatamente o tratamento com cinco doses da vacina.

15. (HU-UFS/ EBSERH/ Instituto AOCP/2014) A profilaxia pré-exposição deve ser indicada para pessoas
com risco de exposição permanente aovírus da Raiva, durante atividades ocupacionais exercidas por
profissionais como biólogos e médicos veterinários. Assim, o esquema pré-exposição e os dias de
aplicação nestes casos são:

a) Esquema: 3 doses; Dias de aplicação: 0,7,28.


b) Esquema: 2doses; Dias de aplicação: 0,3.
c) Esquema: Dose única; Dias de aplicação: 0.

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d) Esquema: 5 doses; Dias de aplicação: 0,3,7,14,28.


e) Esquema: 4 doses; Dias de aplicação: 0, 3, 7,14.
Comentários:
Gabarito letra A.
Galera, acabamos de ver que a existem dois tipos de profilaxia: Pré exposição e pós exposição.
A pré exposição é determinada por 3 doses nos dias 0, 7 e 28.
Portanto, gabarito letra A.

16. (CESPE/CEBRASPE – HUB – 2017) As precárias condições sanitárias de determinadas áreas de


regiões metropolitanas, em que há infestação de roedores, especialmente nos meses chuvosos, criam
condições favoráveis para o surgimento da leptospirose, zoonose de importância epidemiológica
causada por leptospiras patogênicas.

( ) Certo
( ) Errado

17. (CESPE/CEBRASPE – HUB – 2017) Os reservatórios conhecidos da leptospirose são os animais


selvagens e o rato de esgoto, que contaminam o homem por um único meio: a penetração de urina
infectada pelo microrganismo na pele que esteja lesionada.
( ) Certo
( ) Errado

18. (CESPE/CEBRASPE – HUB – 2017) Nos casos suspeitos de leptospirose, justifica a internação a
presença de algum dos sinais clínicos de alerta como dispneia, tosse, oligúria, hemoptise, arritmias e
icterícia.
( ) Certo
( ) Errado

19. (FUMARC – Pref. Belo Horizonte – 2011) Leia as informações para responder à questão:
Modo de transmissão: Pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos das diferentes espécies de
importância médico-sanitária do gênero Lutzomyia. São conhecidos popularmente como mosquito
palha, tatuquira, birigui, entre outro”.
Baseando-se nas informações acima, marque a alternativa que corresponde à doença infecto
contagiosa.

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a) Linfogranuloma Venéreo.
b) Leishmaniose Tegumentar Americana.
c) Oncocercose.
d) Paracoccidioidomicose.

GABARITO

1. C 9. B 17. C
2. C 10. D 18. C
3. D 11. D 19. B
4. A 12. D
5. D 13. D
6. D 14. B
7. C 15. A
8. A 16. C

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