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Atendente de Farmácia -

Balconista

Myrian Augusta Araujo Neves do Valle

Formação Inicial e
Continuada

+
IFMG
Myrian Augusta Araujo Neves do Valle

Atendente de Farmácia-Balconista
1ª Edição

Belo Horizonte
Instituto Federal de Minas Gerais
2021
© 2021 by Instituto Federal de Minas Gerais
Todos os direitos autorais reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico
ou mecânico. Incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito do
Instituto Federal de Minas Gerais.

Pró-reitor de Extensão Carlos Bernardes Rosa Júnior


Diretor de Programas de Extensão Niltom Vieira Junior
Coordenação do curso Myrian Augusta Araujo Neves do Valle
Arte gráfica Ângela Bacon
Diagramação Eduardo dos Santos Oliveira

FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

V181a Valle, Myrian Augusta Araujo Neves do.


Atendente de Farmácia: Balconista [recurso eletrônico] /
Myrian Augusta Araujo Neves do.Valle. – Belo Horizonte :
Instituto Federal de Minas Gerais, 2021.
49 p. : il. color.

E-book, no formato PDF.


Material didático para Formação Inicial e Continuada.
ISBN 978-65-5876-074-0

1. Farmácia 2. Medicamentos. 3. Farmacocinética. I. Título.

CDD 615
Catalogação: Rejane Valéria Santos- CRB-6/2907

Índice para catálogo sistemático


Farmacologia Remédio. Farmácia - 615

2021
Direitos exclusivos cedidos ao
Instituto Federal de Minas Gerais
Avenida Mário Werneck, 2590,
CEP: 30575-180, Buritis, Belo Horizonte – MG,
Telefone: (31) 2513-5157
Sobre o material

Este curso é autoexplicativo e não possui tutoria. O material didático,


incluindo suas videoaulas, foi projetado para que você consiga evoluir de forma
autônoma e suficiente.
Caso opte por imprimir este e-book, você não perderá a possiblidade de
acessar os materiais multimídia e complementares. Os links podem ser
acessados usando o seu celular, por meio do glossário de Códigos QR
disponível no fim deste livro.
Embora o material passe por revisão, somos gratos em receber suas
sugestões para possíveis correções (erros ortográficos, conceituais, links
inativos etc.). A sua participação é muito importante para a nossa constante
melhoria. Acesse, a qualquer momento, o Formulário “Sugestões para
Correção do Material Didático” clicando nesse link ou acessando o QR Code a
seguir:

Formulário de
Sugestões

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Palavra do autor

Prezado (a) participante!


Seja bem-vindo ao curso: Atendente de Farmácia – Balconista!
Os estabelecimentos farmacêuticos são fundamentais para a sociedade
e, tendo em vista o crescimento constante desse setor, observa-se a
importância de se ter uma equipe de profissionais, bem preparada e
capacitada, a fim de proporcionar um atendimento de qualidade à população.
O presente curso tem como principal finalidade formar profissionais para
atuarem em estabelecimentos farmacêuticos, auxiliando os farmacêuticos
responsáveis técnicos.
O curso está dividido em três módulos, onde será discutida a importância
da atuação do atendente de farmácia junto ao farmacêutico, no atendimento ao
público, na organização da farmácia, no recebimento, armazenamento,
estocagem e controle de estoque de medicamentos, perfumaria e correlatos,
bem como sua exposição, organização e dispensação.
Este curso é composto por atividades no ambiente virtual,
experimentações, materiais de apoio e avaliações, sendo, no entanto, a prática
e a reflexão importantes para o processo de aprendizagem e, por isso, a
sugestão de estudos indica sua realização do curso em três semanas.

Espero contribuir para sua aprendizagem, ótimos estudos!


A Autora.
Bons estudos!
Nome do autor.
Apresentação do curso

Este curso está dividido em três semanas, cujos objetivos de cada uma são
apresentados, sucintamente, a seguir.

Nesta semana, você irá compreender sobre a estrutura e


SEMANA 1 organização de uma farmácia e sobre a dispensação de
medicamentos.

Nesta semana, você aprenderá sobre os conceitos básicos


da farmacologia. Conhecerá as principais diferenças entre
SEMANA 2
fármacos e medicamentos; entenderá as formulações e as
principais vias de administração.

Nesta semana, você aprenderá as classificações dos


SEMANA 3 medicamentos, bem como as principais classes de
farmacológicas e os principais serviços farmacêuticos.

Carga horária: 30 horas.


Estudo proposto: 2h por dia em cinco dias por semana (10 horas semanais).
Apresentação dos Ícones

Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento quando
eles aparecem no texto. Veja aqui o seu significado:

Atenção: indica pontos de maior importância


no texto.

Dica do professor: novas informações ou


curiosidades relacionadas ao tema em estudo.

Atividade: sugestão de tarefas e atividades


para o desenvolvimento da aprendizagem.

Mídia digital: sugestão de recursos


audiovisuais para enriquecer a aprendizagem.
Sumário

Semana 1 – Estruturação de farmácias......................................................... 15


1.1 Introdução .......................................................................................... 15
1.2 Instalação das farmácias .................................................................... 16
1.3 Estrutura Física .................................................................................. 17
1.4 Programação de medicamentos ......................................................... 17
1.5 Dispensação de medicamentos ......................................................... 19
Semana 2 – Conceitos em farmacologia ....................................................... 23
2.1 Diferenças entre fármaco e medicamento .......................................... 23
2.2 Formulações farmacêuticas ............................................................... 23
2.3 Vias de administração ........................................................................ 24
2.4 Farmacocinética e farmacodinâmica .................................................. 24
Semana 3 – Conceitos básicos sobre medicamentos ................................... 27
3.1 Classificação de medicamentos ......................................................... 27
3.2 Principais classes farmacológicas ...................................................... 30
3.3 Serviços farmacêuticos ...................................................................... 31
Referências ................................................................................................... 33
Glossário de códigos QR (Quick Response) ................................................. 41
Semana 1 – Estruturação de farmácias Plataforma +IFMG

Objetivos
Nesta semana, você irá compreender sobre a estrutura e
organização de uma farmácia e sobre a dispensação de
medicamentos.

Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala


virtual e assista ao vídeo “Apresentação do curso”.

1.1 Introdução

Tendo em vista a grande demanda pelo atendimento farmacêutico, e sendo a


farmácia um estabelecimento de atendimento primário à saúde presente em todos os
municípios e capitalizado em seus bairros, é fundamental que esses estabelecimentos
possuam em seu quadro de pessoal, profissionais qualificados a realizar o atendimento ao
público externo com máxima qualidade.
O farmacêutico, responsável-técnico pela farmácia necessita de uma equipe
preparada para auxiliá-lo nas diversas atividades desenvolvidas nesse estabelecimento, o
balconista de farmácia deve possuir uma qualificação que o prepare para o desenvolvimento
correto das atividades por ele desenvolvidas.
O número de farmácias cresce em média 3% ao ano no Brasil. Atualmente, o País
tem 78,3 mil drogarias. Isso significa uma farmácia para cada 2,8 mil brasileiros. Esse índice
é quase duas vezes maior do que o dos Estados Unidos. Para manter a curva ascendente
no número de estabelecimentos, são abertas, anualmente, milhares de novas vagas de
atendentes de farmácia (Oliveira et al., 2017). Segundo os dados do CAGED (Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados), no período de 05/2019 até 12/2019 houve 44.142
contratações formais com carteira assinada e 38.685 demissões, resultando num saldo
positivo de 5457 empregos formais gerados pelo mercado de trabalho para o cargo de
Atendente de Farmácia/Balconista.
Com o crescimento constante na demanda por medicamentos, o trabalho dos
atendentes torna-se cada vez mais relevante. Por mais que a variedade de produtos nas
farmácias tenha crescido, e o consumidor possa apanhar alguns produtos diretamente nas
prateleiras, recorrer ao balconista ainda é o mais comum.

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1.2 Instalação das farmácias

A farmácia, como estabelecimento responsável pela dispensação de medicamentos,


correlatos e insumos farmacêuticos, requer autorização e licenciamento de órgãos sanitários
competentes, para seu funcionamento, respeitadas as disposições da lei n.º 5.991/73 (Brasil,
1973), lei n.º 13.021/14 (Brasil, 2014) e RDC n.º 275 de 9/04/19 (Brasil, 2019). Podem existir
variações nas exigências relativas às instalações e condições de funcionamento da farmácia
de um município para outro, devido as diferentes normas municipais ou estaduais.
Conforme o artigo 3.º da lei n.º 13.021, de 8 de agosto de 2014, a farmácia é definida
como (BRASIL, 2014):
Art. 3.º - A Farmácia é uma unidade de prestação de serviços destinada a prestar
assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e
coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou dispensação de medicamentos
magistrais, oficinais, farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos
farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos.
Parágrafo único. As farmácias serão classificadas segundo sua natureza como:
I. Farmácia sem manipulação ou drogaria: estabelecimento de dispensação e
comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas
embalagens originais;
II. Farmácia com manipulação: estabelecimento de manipulação de fórmulas
magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos
e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de
unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica.

Atualmente, a farmácia e a drogaria são entendidas como unidades de atendimento


primário à saúde, sendo o local mais acessível à população; não são apenas
estabelecimentos comerciais de medicamentos, as farmácias oferecem um grande número
de produtos e serviços voltados a atender a população.
Abaixo se encontra a documentação necessária para regularização da farmácia:
 Certidão de regularidade técnica (Expedido pelo CRF da jurisdição);
 Licença de autoridade sanitária local - Alvará Sanitário (Serviço de vigilância
municipal)
 Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) (Expedida pela Anvisa);
 Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando
aplicável (Expedida pela Anvisa);
 Manual de boas práticas Farmacêuticas.
 Plano de gerenciamento de resíduos sólios de saúde (PGRSS), conforme
Resolução RDC Anvisa n° 306/04.
Em local visível ao público deve-se fixar a certidão de regularidade técnica e o alvará
sanitário. Deve também ficar visível a Razão social, o número de inscrição no Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ); número da Autorização de Funcionamento da Empresa
(AFE); número da Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando
aplicável; nome do Farmacêutico Responsável Técnico, e de seu(s) substituto(s), seguido
do número de inscrição no CRF com seus respectivos horários de trabalho e também dos

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números atualizados de telefone do Conselho Regional de Farmácia e dos órgãos Estadual


e Municipal de Vigilância Sanitária.

Dica do Professor: Para se aprofundar, leia a RDC


Nº 275 de 9/04/19 (download).

1.3 Estrutura Física

A farmácia ou drogaria deve apresentar infraestrutura adequada, que permita o


desenvolvimento das atividades. A área mínima deve ser definida com a vigilância sanitária
e legislação vigente. O número de salas ficará de acordo com as atividades desenvolvidas
pelo estabelecimento, como dispensação de medicamentos, sala de aplicação de injetáveis,
recebimento e armazenamento de produtos, sanitário, administrativo (com computador e
acesso ao SNGP - Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados, e armário
pessoal para funcionários) e copa.
As áreas devem ser isoladas por paredes, de modo a separar e identificar cada área
específica, suas paredes devem ser lisas, livre de rachaduras e laváveis.
O piso deve ser lavável e não ter porosidade.
A ventilação deve ser garantida, temperatura e umidade do ambiente devem ser
controladas e registradas diariamente, mantendo uma temperatura de 15 a 30 °C e umidade
até 75%.
O sistema de iluminação deve ser suficiente para permitir clareza em todas as salas.
Caso existam medicamentos termolábeis, estes devem estar armazenados
adequadamente.

1.4 Programação de medicamentos

“Programar medicamentos consiste em estimar quantidades a serem adquiridas, para


atender determinada demanda de serviços, em um período definido de tempo, possuindo
influência direta sobre o abastecimento e o acesso ao medicamento”. (BRASIL, 2006).
Uma programação adequada garante a disponibilidade de medicamentos nas
quantidades e no tempo adequado com o objetivo de atender a uma determinada população.
 Aquisição

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A farmácia deve adquirir suas mercadorias através de fornecedores credenciados e


somente aquelas que tenham registro no ministério da saúde, garantindo, dessa
forma, a qualidade dos produtos comercializados.

 Recebimento

Para realizar o recebimento dos medicamentos, devem-se ter profissionais


qualificados, além da área física e instalações adequadas. Deve ser feita a
conferência das especificações técnicas e administrativas dos produtos.
As especificações técnicas são relacionadas aos aspectos qualitativos
(nomenclatura, forma farmacêutica, concentração, apresentação, validade e
condições de conservação dos medicamentos e embalagens, e outras contidas no
edital de aquisição). As especificações administrativas referem-se às características
quantitativas relativas à conformidade da solicitação em relação ao medicamento
recebido, nesse caso, deve-se realizar a contagem física da quantidade recebida em
relação à declarada/atendida. (Brasil).
A conferência dos produtos deve ser feita com muito critério, para detectar possíveis
divergências e garantir a qualidade dos medicamentos ao consumidor.

 Armazenamento:

A farmácia deve garantir as condições ambientais para o correto armazenamento dos


medicamentos, tais como, circulação de ar, não haver incidência direta de radiação
solar, controle de umidade e temperatura adequada. Essas são medidas essenciais
para que a estabilidade do medicamento seja mantida.
Medicamentos termolábeis devem ser mantidos sob refrigeração obedecendo às
condições especificadas nas embalagens.
Os medicamentos sujeitos a controle especial “medicamentos controlados” devem ser
armazenados separados dos demais, em armários com chave que deve ficar restrito
e sob responsabilidade do responsável técnico.

 Organização e exposição

Existem várias maneiras de se organizar uma farmácia. Os medicamentos podem ser


organizados em prateleiras segundo o laboratório, ordem alfabética do medicamento
e o grupo ou seção em que ele se enquadra, obedecendo à forma de apresentação
e uso do remédio. Os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) podem ser
expostos fora do balcão, em área de circulação de clientes, pois não precisam ser
prescritos por profissional de saúde.

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1.5 Dispensação de medicamentos

Mídia digital: Antes de iniciar este tópico, vá até


a sala virtual e assista a videoaula “Dispensação
de medicamentos”.

A dispensação não é apenas entregar medicamentos; é durante o ato de dispensação


que o farmacêutico orienta o paciente sobre o uso correto, seguro e racional de
medicamentos, dando ênfase à dosagem, possíveis interações (com medicamentos e/ou
com alimentos), reações adversas potenciais e condições de conservação (SÃO PAULO,
2017), sendo o último momento para identificar, corrigir ou reduzir possíveis riscos
associados a medicação prescrita. Como descrito por, D. Galato e colaboradores (2008), a
dispensação faz parte do processo de atenção à saúde e deve ser considerada como uma
ação integrada do farmacêutico com os outros profissionais da saúde, em especial, com os
prescritores.
A prescrição é um documento com valor legal, pelo qual se responsabilizam aqueles
que prescrevem, dispensam e administram os medicamentos, e tem por objetivo tornar
claras as instruções aos pacientes e demais profissionais de saúde, garantindo a fidelidade
da interpretação e a objetividade da informação (SÃO PAULO, 2017). Ela deve ser escrita
de forma legível e não conter rasuras, e somente deverão ser aviadas receitas que
contiverem os itens descritos na Figura 1, que mostra um modelo de prescrição.

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Figura 1 - Modelo de prescrição.


Fonte: SÃO PAULO, 2017, pág. 48.
São considerados medicamentos sob prescrição médica aqueles cuja dispensação
exija apresentação de prescrição e que apresentarem tarja (vermelha ou preta) em sua
embalagem. Algumas classes de medicamentos possuem regras especiais para prescrição
e dispensação, dentre elas estão os antimicrobianos e os medicamentos sujeitos a controle
especial.
Como disposto na RDC n.º 471/2021 (Brasil, 2021), que regulamenta o controle de
medicamentos à base de substâncias antimicrobianas, a prescrição dos medicamentos
abrangidos por esta resolução deverá ser realizada por profissionais legalmente habilitados.
O receituário deve ser escrito de forma legível, sem rasuras e em duas vias, sendo que:

1.ª via: será devolvida ao paciente com anotação comprovando atendimento;


2.ª via: será retida no estabelecimento farmacêutico.
A prescrição contendo antimicrobiano poderá conter outras categorias de
medicamentos, exceto aqueles sujeitos ao controle da Portaria SVS/MS n.º 344/1998
(BRASIL, 1998).

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Plataforma +IFMG

No ato da dispensação, o farmacêutico deve registrar os dados abaixo nas duas vias
e reter a segunda via no estabelecimento:
I - data da dispensação;
II - quantidade aviada do antimicrobiano;
III - número do lote do medicamento dispensado;
IV - rubrica do farmacêutico, atestando o atendimento, no verso da receita.
Os produtos à base de neomicina ou neomicina associada com bacitracina (com
indicação terapêutica para infecções de pele) são enquadrados como MIPs e, desta forma,
não é necessária sua retenção de receita e escrituração no SNGPC, segundo Instrução
Normativa Anvisa n.º 11/2016 (BRASIL, 2016).
Em relação à classificação em medicamentos de referência, genéricos e similares,
estes podem ser dispensados da seguinte maneira:
- Medicamento de referência: pode ser dispensado se estiver prescrito como
medicamento de referência ou como genérico.

- Medicamento genérico: poderá ser dispensado quando a receita indicar o nome


genérico do fármaco componente ativo do medicamento, mas no caso de constar o
nome de marca do produto de referência, o genérico pode ser dispensado no lugar,
desde que obedecendo a três pontos fundamentais: ser desejo do cliente, não existir
oposição formal (por escrito, na própria receita) e ocorrer mediante o farmacêutico.

- Medicamentos similares: somente podem ser dispensados quando a receita indicar o


nome de marca do medicamento em questão.
Para que um medicamento similar possa substituir seu respectivo medicamento de
referência é necessário que ele tenha passado por testes laboratoriais que
comprovem sua equivalência, os que cumpriram esses testes, são chamados de
“similares intercambiáveis”.

Dica do Professor: Como saber se um medicamento


é similar? Desde 2014, a Anvisa publica a lista dos
similares intercambiáveis, assim como seus
medicamentos de referência. A lista é atualizada à
medida que novos similares são registrados e
renovados com a análise dos estudos comparativos.

Os critérios de dispensação de substâncias e medicamentos sujeitos a controle


especial são estabelecidos pela Portaria SVS/MS n° 344/1998 (BRASIL, 1998). Esta pratica
pode ser realizada exclusivamente por farmacêutico, como descrito no artigo 37 da
Resolução Conselho Federal de Farmácia n.º 357/2001 (BRASIL, 2001):

“Art. 37 - A dispensação das substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial,


deverá ser feita exclusivamente por farmacêutico, sendo vedado delegar a responsabilidade
sobre a chave dos armários a outros funcionários da farmácia que não sejam farmacêuticos.”

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Plataforma +IFMG

Dica do professor: Para contextualizar, leia o texto de


Fonseca e Frade (2005): “Automedicação, velho hábito
brasileiro” (download)

Atividade: Para concluir a primeira semana de estudos,


vá até a sala virtual e participe do Fórum “Uso racional
de medicamentos”.
Inicie um tópico descrevendo sua opinião sobre os riscos
da automedicação.

Caros alunos, chegamos ao fim da nossa primeira semana de estudos, é hora de


refletir sobre sua aprendizagem e como este módulo influenciará na sua vida profissional,
se necessário releia o material didático, material de apoio e vídeo aula. Sabemos que um
curso à distância requer muita dedicação e que a profissão de atendente de farmácia -
balconista requer muito conhecimento. Aproveitem a oportunidade para aliar a teoria do
nosso curso a todo seu conhecimento prático.

Encontramo-nos na próxima semana.


Bons estudos!

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Semana 2 – Conceitos em farmacologia Plataforma +IFMG

Objetivos
Nesta semana, você aprenderá alguns conceitos importantes
da farmacologia. Conhecerá as principais diferenças entre
fármacos e medicamentos; entenderá as formulações e as
principais vias de administração. Além de entender o que é
farmacocinética e farmacodinâmica.

Mídia digital: Antes de iniciar a segunda semana, vá até à


sala virtual e assista a videoaula “Conceitos importantes
em Farmacologia”.

2.1 Diferenças entre fármaco e medicamento

Entendem-se como fármacos as substâncias com atividade farmacológica que,


quando administrada a um organismo, promovem um efeito benéfico. Pode ser definido
também como princípio ativo ou princípio biológico ativo. Os fármacos são utilizados na
produção de determinados produtos biológicos, os medicamentos. Os medicamentos são,
portanto, o produto final, que contém um ou mais fármacos e outras inúmeras substâncias
chamadas excipientes, que não possuem nenhuma atividade farmacológica, mas são
essenciais para composição da forma farmacêutica.
Como exemplo temos o medicamento PROZAC® na apresentação em forma
farmacêutica de cápsula, contendo 20 mg de cloridrato de fluoxetina (princípio ativo ou
fármaco), excipientes amido em pó e amido em pó com silicone 5%. O medicamento então
é formado pelo princípio ativo (possui atividade farmacológica) e excipientes (não possuem
atividade farmacológica).

2.2 Formulações farmacêuticas

As formas farmacêuticas são as formas físicas de apresentação do medicamento, e


elas podem ser classificadas em sólidas, semissólidas, liquidas e gasosas.
Para facilitar a compreensão citaremos os exemplos dessas formas farmacêuticas.
 Formas sólidas: comprimidos, drágeas, cápsulas, pó, pastilhas, supositórios, óvulos,
etc.
 Formas semissólidas: géis, emplastos, cremes, pasta e pomadas.

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Plataforma +IFMG

 Formas líquidas: soluções, xaropes, elixires, suspensões, emulsões, esmalte, óleo,


xampu, injetáveis.
 Formas gasosas: gás.

2.3 Vias de administração

Como já aprendemos o que é um fármaco e que ele precisa ser adicionado a outras
substâncias sem atividade farmacológica (os excipientes) para dar origem ao produto final
que é o medicamento, e que esse medicamento possui características físicas e químicas
que irá definir sua forma farmacêutica. Agora, aprenderemos sobre as principais vias de
administração dos medicamentos. Existe uma relação entre forma farmacêutica e via de
administração, sendo que uma vez definida a forma farmacêutica, sua via de administração
a ser utilizada é orientada, por exemplo, uma capsula deve ser administrada pela via oral,
uma pomada deve ser de uso tópico.
Mas o que é a via de administração?
Vamos defini-la como a maneira pela qual o medicamento é colocado em contato com
o organismo.
Existem duas classificações para as vias de administração, enterais e parenterais.
A via enteral é aquela mais comum, em que o medicamento é absorvido por qualquer parte
do trato gastro intestinal (TGI) (via oral, bucal, sublingual, retal), já a via parenteral o
medicamento não é absorvido pelo TGI. Exemplos de vias parenterais são as vias
intramuscular, intravenosa, subcutânea, vias capilares, dermatológica, nasal, oftálmica,
otológica, vaginal, etc. O conhecimento das diferentes vias de administração é muito
importante para se determinar a via de administração de determinado agente
terapêutico.
Dica do professor: No Vocabulário Controlado de
Formas Farmacêuticas, Vias de administração e
Embalagens de Medicamentos (2011) elaborado pela
ANVISA você terá acesso as principais vias de
administração e seus conceitos (download).

2.4 Farmacocinética e farmacodinâmica

A farmacocinética e farmacodinâmica, são processos farmacológicos que acontecem


no seu organismo quando você utiliza um medicamento.
Farmacocinética é a ciência que estuda a movimentação do fármaco no organismo.
A palavra cinética vem do grego Kinetkós, que significa “movimento”, isto é, movimento que
o fármaco faz pelo organismo da sua administração até a eliminação. Ela pode ser dividida

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Plataforma +IFMG

didaticamente em quatro processos principais: absorção, distribuição, metabolização e


excreção.
A absorção está compreendida da administração até o momento em que o fármaco
chega à circulação sanguínea. A via de administração e a forma farmacêutica influencia a
absorção, os fármacos administrados pelas vias enterais são mais lentamente absorvidos.
O caminho que o fármaco percorre depois que ele é absorvido e chega à corrente
sanguínea é chamado de distribuição. O fármaco poderá se dirigir a diversos tecidos, locais
onde ele terá efeito farmacológico esperado; tecidos onde ele ficará acumulado e não
causará efeito algum; locais onde ele causará efeitos indesejados, os efeitos colaterais;
fígado onde será metabolizado, rins e outros órgãos onde serão excretados.
A metabolização é o processo de biotransformação do fármaco em um metabólito
mais hidrofílico, de natureza enzimática, o que facilitará sua excreção e o fim de sua
atividade biológica (BRUNTON L.L., 2012). O principal órgão que realiza a metabolização é
o fígado, outros órgãos com importante capacidade metabólica são o trato digestivo, rins e
pulmões. Os fármacos podem ser metabolizados em produtos inativos ou ativos. Quando o
metabólito é um produto ativo o seu composto de origem é chamado de pró-fármaco, esses
são, portanto, compostos farmacologicamente inativos, que se transformam rapidamente em
seus metabólitos farmacologicamente ativos, sendo projetados para maximizar a quantidade
da espécie ativa que alcança o local de ação (BRUNTON, L.L. 2012).
Depois da metabolização o fármaco precisa ser eliminado do organismo. A
eliminação pode acontecer em diferentes formas, como pelo trato gastrointestinal, pulmões,
glândulas mamárias e suor, sendo a mais comum e importante a eliminação pelos rins.
BRUNTON L.L. (2012), define farmacodinâmica como a ciência que estuda os
efeitos das drogas ou fármacos nos organismos, seus mecanismos de ação e a relação entre
a dose do fármaco e efeito.
Os efeitos da maioria dos fármacos são atribuídos à sua interação com os
componentes macromoleculares do organismo. Essas interações alteram a função do
componente envolvido e iniciam as alterações bioquímicas e fisiológicas que caracterizam a
resposta ao fármaco. O termo receptor ou alvo farmacológico refere-se à macromolécula (ou
ao complexo macromolecular) com o qual o fármaco interage para produzir uma resposta
celular (i.e., uma alteração da função celular) (BRUNTON, 2012).
A interação do fármaco com o receptor ocorre de forma específica, como se fosse
uma chave sendo inserida em uma fechadura. Os fármacos podem ser classificados em
agonistas e antagonistas, o fármaco agonista pode ser entendido como uma chave que
consegue entrar na fechadura (o receptor farmacológico) e abri-la. Já um fármaco
antagonista é o que ocupa um receptor, mas não faz efeito. O antagonista seria a chave que
entra em uma fechadura, mas não consegue abri-la.

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Plataforma +IFMG

Atividade: Para concluir a segunda semana de estudos,


vá até a sala virtual e participe do Fórum “Vias de
administração”.
Inicie um tópico, escolha duas vias de administração
estudadas e descreva suas principais vantagens e
desvantagens.

Concluímos nossa segunda semana de estudos, aproveite e releia os textos


propostos. É hora de dar pausa e fazer uma reflexão sobre o que essa etapa acrescentou.

Encontramo-nos na próxima semana.


Bons estudos!

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Semana 3 – Conceitos básicos sobre medicamentos

Objetivos
Nesta semana, você será aprenderá as classificações dos
medicamentos, bem como as principais classes de
farmacológicas e os principais serviços farmacêuticos.

3.1 Classificação de medicamentos

Mídia digital: Antes de iniciar este tópico, vá até


a sala virtual e assista a videoaula “Classificação
dos medicamentos”.

Os medicamentos podem ser classificados como alopáticos ou homeopáticos.


Primeiramente, estudaremos os medicamentos homeopáticos. A homeopatia, é um
sistema médico de caráter holístico, baseada no princípio vitalista e no uso da cura pelos
semelhantes, e foi desenvolvida pelo alemão, Samuel Hahnemann, no século XVIII. No
Brasil, a homeopatia tem maior notoriedade a partir da década de 80 com o reconhecimento
de especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina e na década de 90 como
especialidade farmacêutica e medico veterinária pelos respectivos conselhos (BRASIL,
2015).

Os medicamentos homeopáticos são produzidos pelo processo de dinamização,


onde um insumo ativo é diluído sucessivamente em um insumo inerte em proporção definida
e constante, sofrendo agitação (no caso de líquidos) ou trituração (no caso de sólidos) depois
de cada diluição. O farmacêutico homeopata possui capacidade técnica para produzir os
medicamentos homeopáticos conforme respectiva farmacopeia, além de orientar os
pacientes quanto ao uso racional e aos cuidados com os medicamentos homeopáticos (SÃO
PAULO, 2019).

Por um lado, temos os medicamentos homeopáticos que se baseiam na cura pelo


semelhante, por outro temos os medicamentos alopáticos, utilizados para tratar sintomas e
doenças utilizando substancias que produzam efeito contrário aos sintomas produzidos pela
doença, podemos citar os mais comuns como antitérmicos, antibióticos, anti-inflamatórios e
outros. Os medicamentos alopáticos são os produtos farmacêuticos mais vendidos em
farmácias e drogarias. Dentre o grupo dos alopáticos, existem os medicamentos fitoterápicos
que são aqueles produzidos de matéria-prima vegetal.

As plantas medicinais são popularmente utilizadas, sendo capazes de aliviar ou


curar enfermidades. Quando uma planta medicinal é industrializada para se obter um

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medicamento, tem-se como resultado o fitoterápico. A RDC 26, de 13 de maio de 2014 define
os medicamentos fitoterápicos como aqueles obtidos com emprego exclusivo de matérias-
primas ativas vegetais cuja segurança e eficácia sejam baseadas em evidências clínicas e
serem caracterizados pela constância de sua qualidade (BRASIL, 2014).

Os fitoterápicos são caracterizados pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de


seu uso, como também pela constância de sua qualidade (BRASIL,2014). O processo de
industrialização tem o objetivo de reduzir contaminações por micro-organismos, agrotóxicos
e substâncias estranhas, além de padronizar a quantidade e a forma certa que deve ser
usada, permitindo uma maior segurança de uso (BRASIL, 2020).

Assim, como qualquer medicamento, os fitoterápicos podem provocar efeitos


colaterais. É falso pensar que o que é natural não faz mal. Se usado incorretamente os
fitoterápicos podem causar efeitos adversos indesejados. Os extratos vegetais quando são
associados a vitaminas, aminoácidos e minerais não são considerados fitoterápicos.
Os medicamentos alopáticos podem ainda ser classificados como medicamentos de
referência, genéricos e similares.
A Política Nacional de Medicamentos Genéricos foi implantada no Brasil em 1999 (Lei
9.787 de 1999). Criou-se, com ela, meios de oferecer medicamentos com qualidade e com
menor preço, da maneira que toda população tenha acesso aos tratamentos, através de
medicamentos de qualidade, seguros, eficazes e de custos reduzidos.
O medicamento genérico é aquele que contém o(s) mesmo(s) princípio(s) ativo(s),
na mesma dose e forma farmacêutica, sendo administrado pela mesma via e com a mesma
posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência, apresentando eficácia e
segurança equivalentes à do medicamento de referência e podendo, com este, ser
intercambiável. A intercambialidade, ou seja, a segura substituição do medicamento de
referência pelo seu genérico é assegurada por testes de equivalência terapêutica, que
incluem comparação in vitro, através dos estudos de equivalência farmacêutica e in vivo,
com os estudos de bioequivalência apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(BRASIL, 2020a).
Os medicamentos genéricos podem ser identificados pela tarja amarela, onde se lê
“Medicamento Genérico”. Além disso, deve constar na embalagem a frase “Medicamento
Genérico Lei n.º 9.787, de 1999”. Como os genéricos não têm marca, o que você lê na
embalagem é o princípio ativo do medicamento. A substituição do medicamento prescrito
pelo medicamento genérico correspondente somente pode ser realizada pelo farmacêutico
responsável pela farmácia ou drogaria e deverá ser registrada na prescrição médica
(BRASIL, 2020a).
O preço do medicamento genérico é menor, já que os fabricantes de medicamentos
genéricos não necessitam realizar todas as pesquisas que são realizadas quando se
desenvolve um medicamento inovador, visto que suas características são as mesmas do
medicamento de referência, com o qual são comparados (Brasil, 2020a).
Segundo Araújo e colaboradores (2010), o medicamento inovador ou referência é
o primeiro produto registrado e detentor da patente, sendo normalmente indicado como
medicamento referência. Sua biodisponibilidade foi determinada durante o desenvolvimento

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do produto e que teve sua eficácia e segurança comprovadas através de ensaios clínicos
antes da obtenção do registro para comercialização.

Figura 2 - Embalagem de medicamento genérico, com a inscrição “Medicamento genérico Lei 9.787/99” e tarja
amarela.
Fonte: BRASIL, 2020a, s/p.

Segundo (BRASIL, 2020b), o medicamento similar é aquele que contém o mesmo


ou os mesmos princípios ativos, e pode substituir seu respectivo medicamento de referência
após passar por testes laboratoriais que comprovem a equivalência. É identificado por nome
comercial ou marca.
Os medicamentos genéricos e similares podem ser considerados “cópias” do
medicamento de referência. Para o registro de ambos os medicamentos, genérico e similar,
há obrigatoriedade de apresentação dos estudos de biodisponibilidade relativa e
equivalência farmacêutica.
É importante ressaltar que às três categorias de medicamentos, referência, genéricos
e similar, possuem os mesmos efeitos farmacológicos, quando possuem o mesmo princípio
ativo.
Como identificar pela embalagem às três categorias de medicamentos: referência,
genéricos e similares?
O medicamento de referência é um medicamento de marca, com nome comercial e,
normalmente com logotipo específico. No genérico há uma faixa amarela e a lei dos
genéricos inscrita na caixa. Já o similar tem um nome comercial parecido com o do
medicamento de marca. Como vimos anteriormente, quando não for possível identificar pela
embalagem, acesse o site da ANVISA onde está disponível uma lista de medicamentos
genéricos e de referência registrados, se não estiverem nesta lista, eles são similares.

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3.2 Principais classes farmacológicas

Existem várias formas de classificar os fármacos que podem ser segundo a estrutura
química, ação farmacológica, ação sobre os sistemas fisiológicos entre outras. A
classificação fisiológica dos medicamentos foi adotada pela organização mundial de saúde
que classificou os medicamentos pelos sistemas do organismo que atuam. É importante que
o atendente de farmácia tenha noção das principais classes de medicamentos
comercializados em uma farmácia. Esse é um tema muito amplo e abrangente, neste
capítulo, estudaremos informações básicas sobre algumas das principais classes (Brunton,
2012).
- Fármacos que atuam no sistema renal e cardiovascular: diuréticos: furosemida,
hidroclorotiazida, anti-hipertensivos: indicados para o tratamento da hipertensão arterial,
insuficiência cardíaca, isquemia miocárdica, hipercolesterolemia e dislipidemia.
- Fármacos que atuam no Sistema Nervoso Central: são os antidepressivos,
estabilizadores de humor, ansiolíticos, hipnóticos e sedativos, anticonvulsivantes e
antiparkinsonianos.
- Fármacos que atuam no Sistema Respiratório: antitussígenos, expectorantes e
mucolíticos, antiasmáticos.
- Fármacos que atuam no trato gastrintestinal: antissecretores, antiácidos,
antidiarreicos, utilizados para prisão de ventre, usados em doença inflamatória intestinal,
utilizados em doença biliar e pancreática.
- Fármacos utilizados nas infecções parasitárias: fármacos utilizados nas
infecções por protozoários, fármacos utilizados nas infecções por helmintos.
- Fármacos utilizados nas infecções microbianas: fármacos utilizados nas
infecções causadas por bactérias (antibióticos), agentes antifúngicos e agentes antivirais.
- Fármacos utilizados na terapia da inflamação: agentes anti-inflamatórios,
analgésicos, antipiréticos, fármacos usados no tratamento da gota, fármacos usados no
tratamento da asma
- As Vitaminas: vitaminas hidrossolúveis (complexo B e vitamina C), Vitaminas
lipossolúveis A, K e E.
- Hormônios e antagonistas de hormônios: hormônios hipofisários, tireoide e
antitireoidianos, estrogênios e progestogênios e androgênios, insulina e hipoglicemiantes.
- Fármacos usados em dermatologia e oftalmologia.
É importante conhecer as classes terapêuticas dos diferentes medicamentos
comercializados em uma farmácia.

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3.3 Serviços farmacêuticos

O serviço farmacêutico mais comum e utilizado é a dispensação de medicamentos,


mas a função do farmacêutico não se resume apenas nisso, existem outros serviços que
são oferecidos pela farmácia.
Durante a prestação de serviços farmacêuticos, podem ser realizados diversos
procedimentos, de modo a agregar informações sobre o paciente ou subsidiar a aplicação
de recursos terapêuticos necessários ao processo de cuidado em saúde (BRASIL, 2016).
De acordo com Brasil (2016), os procedimentos farmacêuticos são ações que podem
ser realizadas durante a prestação de serviços farmacêuticos, ou fora deles, objetivando
contribuir para a prevenção de doenças, a promoção e recuperação da saúde, e para o bem-
estar das pessoas. Envolvem, principalmente, o uso de habilidades motoras. A seguir estão
listados alguns desses procedimentos:
- Verificação de parâmetros clínicos (determinação dos níveis capilares de glicose, colesterol
e triglicerídeos; verificação da temperatura corporal; medida da pressão arterial e avaliação
antropométrica)
- Perfuração de lóbulo auricular
- Realização de pequenos curativos
- Administração de medicamentos (Injetáveis e nebulização). Algumas farmácias oferecem
os serviços de vacinação.
- Procedimentos em estética e acupuntura

Atividade: Para concluir o curso e gerar o seu


certificado, vá até a sala virtual e responda ao
Questionário “Avaliação geral”.
Este teste é constituído por 10 perguntas de múltipla
escolha, que se baseiam nos textos e vídeos estudados
no curso. Você terá três tentativas e a nota mínima para
aprovação é de 60%.

Caro estudante, no decorrer do curso, foi possível observar como são importantes e
diversificados os serviços farmacêuticos e as inúmeras possibilidades que o atendente de
farmácia pode estar atuando junto ao farmacêutico. Espero que este curso tenha contribuído
com a sua formação e que os conhecimentos adquiridos abram portas para sua inserção ou
recolocação no mercado de trabalho, e também seja um incentivo para continuarem em
busca de mais conhecimento e novas capacitações.

Parabéns pela conclusão do curso. Foi um prazer tê-lo conosco!


Conheça também os outros cursos da Plataforma +IFMG.

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Referências

Araújo LU, Albuquerque KT, Kato KC, Silveira GS, Maciel NR, Spósito PA, et al.
Medicamentos genéricos no Brasil: panorama histórico e legislação. Rev Panam Salud
Publica. 2010; 28(6):480–92.
BRUNTON, L.L. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12a
ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº. 357, de 20 de abril de 2001.
Aprova o regulamento técnico das boas práticas de farmácia. Diário Oficial da União,
Poder Executivo, Brasília, DF, 27 abr. 2001. Seção 1, p.24-31.
_____. Conselho Federal de Farmácia. Serviços farmacêuticos diretamente destinados ao
paciente, à família e à Comunidade: contextualização e arcabouço conceitual. Brasília.
2016.
_____. Decreto-Lei nº. 85.878, de 07 de abril de 1981. Estabelece normas para execução
da Lei nº. 3820, de 11 de novembro de 1960, sobre o exercício da profissão de
farmacêutico, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília,
DF, 09 abr. 1981. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D85878.htm>. Acesso em: 03 set.
2020.
_____. Lei nº. 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o exercício e a
fiscalização das atividades farmacêuticas. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
Brasília, DF, 19 dez. 1973. Retificado em: 21 dez. 1973. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5991.htm>. Acesso em: 08 set. 2020.
_____. Lei nº. 9.797, de 10 de fevereiro de 1999. Altera a Lei no 6.360, de 23 de setembro
de 1976, que dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece o medicamento genérico,
dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras
providências. Diário Oficial da União. Poder Executivo, Brasília, DF, 11 fev. 1999.
Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9787.htm>. Acesso em: 03 set.
2020.
_____. Lei nº. 13021, de 08 de agosto de 2014. Dispõe sobre o exercício e a fiscalização
das atividades farmacêuticas. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 08
ago. 2014. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2014/Lei/L13021.htm> Acesso em: 21 ago. 2020.
_____Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medicamentos
Fitoterápicos e plantas medicinais. Brasília. 2020. Disponível em:
<https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/fitoterapicos> Acesso em: 01 jul.
2021.
_____Ministério da Saúde. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
no SUS. 2ª ed., Brasília. 2015. Disponível em: <
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_praticas_integrativas_comple
mentares_2ed.pdf> Acesso em: 01 jul. 2021.

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_____Ministério da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medicamentos
Similares. Brasília. 2020b. Disponível em: < https://www.gov.br/anvisa/pt-
br/assuntos/medicamentos/similares > Acesso em: 01 jul 2021.
_____Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Instrução Normativa
nº.11 de 29 de setembro de 2016. Dispõe sobre a lista de medicamentos isentos de
prescrição. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 30 set. 2016. n. 189.
seção 1. p 99. Disponível em:< https://crf-
pr.org.br/uploads/noticia/26405/Instrucao_Normativa_11_2016_isentos_prescricao.pdf>.
Acesso em: 01 jul. 2021.
_____Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medicamentos
genéricos. Brasília, 2020a. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/genericos> Acesso
em: 03 set 2020.
_____Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Vocabulário
Controlado de Formas Farmacêuticas, Vias de Administração e Embalagens de
Medicamentos, 1 ed. Brasília. Brasil. 2011.
_____ Ministério da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº.
471, de 23 de fevereiro de 2021. Dispõe sobre os critérios para a prescrição, dispensação,
controle, embalagem e rotulagem de medicamentos à base de substâncias classificadas
como antimicrobianos de uso sob prescrição, isoladas ou em associação, listadas em
Instrução Normativa específica. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 23
fevereiro. 2021. Disponível em: <https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-471-
de-23-de-fevereiro-de-2021-304923190> Acesso em: 21 jul. 2021.
_____Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº.
26, de 13 de maio de 2014. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o
registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. Diário Oficial da União,
Poder Executivo, Brasília, DF, 08 maio. 2014. Disponível em: <
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf>.
Acesso em: 01 set. 2020.
_____Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº.
44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre boas práticas farmacêuticas para o controle
sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da
prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências.
Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 18 ago. 2009. Disponível em: <
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_44_2009_COMP.pdf/2180ce5f-
64bb-4062-a82f-4d9fa343c06e>. Acesso em: 31 ago. 2020.
_____Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n.º 54,
de 10 de dezembro de 2013. Dispõe sobre a implantação do sistema nacional de controle
de medicamentos e os mecanismos e procedimentos para rastreamento de medicamentos
na cadeia dos produtos farmacêuticos e dá outras providências. Diário Oficial da União.
Poder Executivo, Brasília, DF, 11 dez. 2013. Disponível em: <
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0054_10_12_2013.html>.
Acesso em: 05 set. 2020.

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_____Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº.
275, de 09 de abril de 2019. Dispõe sobre procedimentos para a concessão, alteração e
cancelamento da Autorização de Funcionamento (AFE) e de Autorização Especial (AE) de
farmácias e drogarias. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 10 abr.
2019. ed. 69. Seção 1. p 138. Disponível em: <http://sincofarma-
pe.sicomercio.org.br/noticias/resolucao-rdc-no-275-de-9-de-abril-de-2019>. Acessado em:
20 ago 2020.
_____Ministério da Saúde. Portaria nº. 3.916, de 30 de outubro de 1998. Dispõe sobre a
aprovação da política nacional de medicamentos. Diário Oficial da União, Poder
Executivo, Brasília, DF, 10 nov. 1998. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt3916_30_10_1998.html>. Acesso
em: 18 ago. 2020.
_____Ministério da Saúde. Secretaria de Ciências, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Departamento de Assistência Farmacêutica. Assistência farmacêutica na atenção
básica: instruções técnicas para sua organização. Brasília, 2006.
_____Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Diretrizes para
estruturação de farmácias no âmbito do Sistema Único de Saúde. Brasília. 2009. 44 p.
_____Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Serviços
farmacêuticos na atenção básica à saúde. Brasília, 2014. 108 p. (Cuidado farmacêutico
na atenção básica, caderno 1).
_____Ministério da Saúde; Secretaria de vigilância em saúde. Portaria nº. 344 de 12 de
maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos
a controle especial. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 10 abr. 2019.
ed. 69. Seção 1. p 138. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0344_12_05_1998_rep.html>.
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CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Disponível
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D. GALATO, G. M. ALANO, S. C. TRAUTHMAN, A. C. VIEIRA. A dispensação de
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OLIVEIRA, Naira Villas Boas Vidal de et al. Atuação profissional dos farmacêuticos no
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SÃO PAULO, Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Manual de
orientação ao farmacêutico: aspectos legais da dispensação. São Paulo. 2017.
SÃO PAULO, Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Homeopatia. 3
ed., São Paulo. 2019.

36
Currículo do autor

Myrian Augusta Araujo Neves do Valle é Graduada em Farmacêutica pela


Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM (2006), possui
doutorado (2015) e mestrado (2011) em Biologia Celular e Estrutural, pela Universidade
Federal de Viçosa - UFV. Licenciada em química e biologia pela Universidade de
Franca - UNIFRAN.
Possui experiência como responsável técnica em farmácia/drogaria, professora do
curso de farmácia, e atualmente atua como técnica administrativa no Instituto Federal
de Minas Gerais, campus Ipatinga.

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4072728777790263

Feito por (professor-autor) Data Revisão de layout Data Versão

Myrian Augusta Araujo neves


19/08/2021 Viviane Lima Martins 25/08/2021 1.0
do Valle

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39
40
Glossário de códigos QR (Quick Response)

Mídia digital Dica do professor


Apresentação do
RDC 275 de 9/4/19
curso

Mídia digital Dica do professor


Automedicação,
Dispensação de
velho habito
medicamentos
brasileiro

Mídia digital Dica do


Conceitos professor
importantes em Vocabulário
farmacologia farmacêutico

Mídia digital
Classificação dos
medicamentos

41
42
Plataforma +IFMG
Formação Inicial e Continuada EaD

A Pró-Reitoria de Extensão (Proex), neste ano de


2020 concentrou seus esforços na criação do Programa
+IFMG. Esta iniciativa consiste em uma plataforma de cursos
online, cujo objetivo, além de multiplicar o conhecimento
institucional em Educação à Distância (EaD), é aumentar a
abrangência social do IFMG, incentivando a qualificação
profissional. Assim, o programa contribui para o IFMG cumprir
seu papel na oferta de uma educação pública, de qualidade e
cada vez mais acessível.
Para essa realização, a Proex constituiu uma equipe
multidisciplinar, contando com especialistas em educação,
web design, design instrucional, programação, revisão de
texto, locução, produção e edição de vídeos e muito mais.
Além disso, contamos com o apoio sinérgico de diversos
setores institucionais e também com a imprescindível
contribuição de muitos servidores (professores e técnico-
administrativos) que trabalharam como autores dos materiais
didáticos, compartilhando conhecimento em suas áreas de
atuação.
A fim de assegurar a mais alta qualidade na produção destes cursos, a Proex adquiriu
estúdios de EaD, equipados com câmeras de vídeo, microfones, sistemas de iluminação e
isolação acústica, para todos os 18 campi do IFMG.
Somando à nossa plataforma de cursos online, o Programa +IFMG disponibilizará
também, para toda a comunidade, uma Rádio Web Educativa, um aplicativo móvel para
Android e IOS, um canal no Youtube com a finalidade de promover a divulgação cultural e
científica e cursos preparatórios para nosso processo seletivo, bem como para o Enem,
considerando os saberes contemplados por todos os nossos cursos.
Parafraseando Freire, acreditamos que a educação muda as pessoas e estas, por
sua vez, transformam o mundo. Foi assim que o +IFMG foi criado.

O +IFMG significa um IFMG cada vez mais perto de você!

Professor Carlos Bernardes Rosa Jr.


Pró-Reitor de Extensão do IFMG
Características deste livro:
Formato: A4
Tipologia: Arial e Capriola.
E-book:
1ª. Edição
Formato digital

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