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QUALIDADE DE ALIMENTOS
HIGIENE E CONTROLE DE
QUALIDADE DE ALIMENTOS
Batatais
Claretiano
2018
© Ação Educacional Claretiana, 2018 – Batatais (SP)
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forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição
na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito
do autor e da Ação Educacional Claretiana.
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Higiene e Controle de Qualidade de Alimentos
Versão: dez./2018
Formato: 15x21 cm
Páginas: 145 páginas
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 11
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS............................................................................. 13
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE................................................................ 17
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 17
Conteúdo
A obra Higiene e Controle de Qualidade de Alimentos aborda
os conceitos direcionados aos fundamentos microbiológicos
importantes. De acordo com essa proposição, serão objetos
de estudo: classificação, fontes de contaminação, vias de
transmissão, principais fatores que interferem no metabolismo
e antagonismo bacteriano. No contexto dos cursos da saúde,
apresenta-se como espaço para o estudo das condutas para
prevenção de toxinfecções alimentares: cuidados na preservação
dos alimentos, higiene do ambiente, mãos e alimentos, bem
como para estabelecer a importância do controle higiênico-
sanitário em serviços de alimentação de acordo com a legislação
vigente. Contempla, no âmbito da qualidade total, conceitos do
Sistema APPCC e do Codex Alimentarius, procedimentos para
avaliação de surtos alimentares, Vigilância Sanitária e controle
de qualidade dos alimentos no contexto atual para Educação
Ambiental.
Bibliografia Básica
GERMANO, P. M. L.; GERMANO, M. I. S. Higiene e vigilância sanitária de alimentos. 4
ed. rev. ampl. Barueri: Manole, 2011.
SILVA JUNIOR, E. A. Manual de controle higiênico-sanitário em serviços de alimentação.
6. ed. atual. São Paulo: Varela, 2007.
STANGARLIN, L. et al. Instrumentos de apoio para implantação das boas práticas em
serviços de nutrição e dietética hospitalar. 1. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2013.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Bibliografia Complementar
FORSYTHE, S. J. Microbiologia da segurança alimentar. Porto Alegre: Artmed, 2005.
HAZELWOOD, D. Manual de higiene para manipuladores de alimentos. São Paulo:
Varela, 1998.
JAY, J. M. Microbiologia de alimentos. Tradução de Eduardo Cesar Tondo. 6. ed Porto
Alegre: Artmed, 2005.
LIMA, C. R. Manual prático de controle de qualidade em supermercados. 1. ed. São
Paulo: Varela, 2001.
MANZALLI, P. V. Manual para serviços de alimentação: implementação, boas práticas,
qualidade e saúde. 2. ed. rev. ampl. São Paulo: Metha, 2010.
E-referências
ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Anvisa alerta para perigo
de contaminação cruzada em alimentos. 2015. Disponível em: <http://portal.anvisa.
gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/anvisa-alerta-para-perigo-
de-contaminacao-cruzada-em-alimentos/219201/pop_up?inheritRedirect=false>.
Acesso em: 12 abr. 2018.
______. Home page. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/institucional>.
Acesso em: 12 abr. 2018.
______. Resistência Microbiana – mecanismos e impacto clínico. 2007. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/
opas_web/modulo3/gramp_staphylo.htm>. Acesso em: 12 abr. 2018.
BRASIL. Portaria nº 1428, de 26 de novembro de 1993 prova, na forma dos textos
anexos, o “Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária de Alimentos”, as “Diretrizes
para o Estabelecimento de Boas Práticas de Produção e de Prestação de Serviços na
Área de Alimentos” e o “Regulamento Técnico para o Estabelecimento de Padrão
de Identidade e Qualidade (PIQ’s) para Serviços e Produtos na Área de Alimentos”.
Determina que os estabelecimentos relacionados à área de alimentos adotem, sob
responsabilidade técnica, as suas próprias Boas Práticas de Produção e/ou Prestação de
Serviços, seus Programas de Qualidade, e atendam aos PIQ’s para Produtos e Serviços
na Área de Alimentos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 2
dez. 1993. Disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/388704/
Portaria_MS_n_1428_de_26_de_novembro_de_1993.pdf/6ae6ce0f-82fe-4e28-b0e1-
bf32c9a239e0>. Acesso em: 12 abr. 2018.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 326
de 30 de julho de 1997. Estabelece regulamento técnico de condições higiênico-
Palavras-chave –––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Higiene, Contaminação, Patógenos, Controle de Qualidade, Ferramentas
de Qualidade.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. INTRODUÇÃO
Prezado aluno, seja bem-vindo!
Iniciaremos agora o estudo de Higiene e Controle de
Qualidade de Alimentos, por meio do qual você aprenderá os
elementos de conhecimento necessários para o embasamento
teórico da sua futura profissão e para as atividades que virão.
Iniciamos basicamente observando que, na última década,
houve uma mudança importante nos hábitos alimentares das
famílias, com estas passando a optar por consumir alimentos
fora do lar. Com isso, vieram as preocupações de órgãos públicos,
havendo uma necessidade maior de um controle sanitário de
alimentos (BENEVIDES; LOVATTI, 2004).
O alimento é essencial para a manutenção e o crescimento
dos indivíduos, pois fornece energia e materiais necessários para
construir e reparar tecidos, para realizar o trabalho e manter as
defesas corpóreas contra as doenças. Para indivíduos saudáveis,
uma contaminação é desagradável, mas comumente não é
uma ameaça à vida; porém, para idosos, crianças, gestantes e
enfermos mais susceptíveis, muitas vezes pode acarretar de um
simples desconforto metabólico até o óbito (EVANGELISTA, 2003;
ADAMS; MOTARJEMI, 2002).
Partindo dessa realidade, procuramos elaborar um conteúdo
capaz de proporcionar fundamentos teóricos importantes,
embasados no controle higiênico-sanitário dos alimentos.
Nosso trabalho deverá ter como base a legislação vigente,
que determina critérios para a produção de alimentos seguros
nas Unidades Produtoras de Refeições e, consequentemente,
prevenção das prováveis doenças transmitidas por alimentos.
Antes de iniciar nossos estudos, ressaltamos uma
importante informação a respeito desta obra. O nome atribuído
refere-se ao contexto amplo, atualizado e vigente no que tange
à higiene dos alimentos e ações de controle de qualidade, desde
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O glossário de conceitos norteia uma consulta rápida e
precisa de conceitos importantes em Higiene, possibilitando um
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAMS, M.; MOTARJEMI, Y. Doença de origem alimentar. In: ADAMS, M.; MOTARJEMI,
Y. (Orgs.). Segurança básica dos alimentos para profissionais da saúde. Genebra: Roca,
2002, p. 1-12.
Objetivos
• Conhecer os principais microrganismos relacionados aos alimentos.
• Entender as relações envolvidas com as fontes alimentares e vias de
contaminação.
• Compreender a importância dos microrganismos na biodiversidade das
espécies.
Conteúdos
• Microrganismos importantes nos alimentos.
• Principais fontes de contaminação dos alimentos.
• Via de transmissão de microrganismos para alimentos.
• Fatores de mediação no metabolismo de microrganismos.
• Antagonismo bacteriano nos alimentos: substâncias que interferem na
vida útil dos alimentos.
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UNIDADE 1 – NOÇÕES BÁSICAS SOBRE MICRORGANISMOS
1. INTRODUÇÃO
Nesta primeira unidade, recordaremos alguns conceitos de
Microbiologia que provavelmente foram vistos durante o ensino
médio nas aulas de Biologia: o que são e quais os principais
microrganismos, para depois estudarmos conceitos básicos
dentro da Microbiologia dos Alimentos.
Veremos aqui quais são os microrganismos importantes
nos alimentos, o que fazem, como agem nos alimentos e nos
homens. Sua existência é importante? Como ocorre sua interação
com os alimentos e com os seres vivos? Essas duas questões são
importantes e esclarecedoras para entendermos Higiene e a
qualidade de alimentos e alimentação segura.
Logo depois, iremos conhecer os principais fatores
que interferem no metabolismo dos microrganismos, isto é,
que interferem de forma benéfica ou maléfica na provável
contaminação, sobrevivência e multiplicação destes. E, por
fim, estudaremos o conceito de antagonismo bacteriano nos
alimentos.
Conhecer profundamente os mecanismos de ação e os
fatores de interferências desses microrganismos é o primeiro
passo para trabalhar no controle e na prevenção de situações
indesejadas dentro da Higiene e Controle de Qualidade.
Vamos lá? Bons estudos!
2.2. BACTÉRIAS
2.3. VÍRUS
2.4. FUNGOS
- Pele - Pele
- Secreções - Mucosas
HOMENS E - Fezes - Vias
DIRETA CONSUMIDOR
ANIMAIS - Urina respiratórias
- Gotículas - Via digestiva
respiratórias - Vias urinárias
INDIRETA EDUCAÇÃO
SANITÁRIA
TREINAMENTO
ÁGUA, AR,
SOLO
- Manipulador - Manipulador
- Educação - Higiene
sanitária pessoal
ALIMENTOS
- Medidas do - Vestimenta
Saneamento - Luvas e
Básico e máscaras
Ambiental
Matéria-prima (origem),
tratamento de água,
condições de manipulação,
ambiente, equipamentos,
utensílios, armazenamento,
refrigeração e cocção
Fatores intrínsecos
Fatores intrínsecos são aqueles inerentes ao tecido animal
ou vegetal. Vejamos os principais em detalhe.
Nutrientes
Nutrientes são substâncias existentes na estrutura dos
alimentos e que são importantes para atender às necessidades
metabólicas de todos os seres vivos. São eles: açúcar, gordura,
proteína, vitaminas, sais minerais. As principais fontes de energia
são os açúcares, álcoois e aminoácidos. Dentre os microrganismos,
as necessidades nutricionais são maiores nas bactérias Gram-
positivas, seguidas pelas Gram-negativas, leveduras e bolores
(GERMANO; GERMANO, 2008; SILVA JUNIOR, 2014).
Constituintes antimicrobianos
Alguns alimentos apresentam maior estabilidade frente a
ataques de microrganismos por possuírem substâncias naturais
com atividade antimicrobiana (GERMANO; GERMANO, 2008;
Fatores extrínsecos
Concluído nosso estudo sobre os fatores intrínsecos, pas-
semos a detalhar os fatores extrínsecos.
Temperatura
As faixas de temperatura para a multiplicação microbiana
possuem um valor mínimo e máximo, com um valor ótimo
de temperatura para a multiplicação máxima. É de extrema
importância conhecer o fator temperatura para avaliar os riscos
que os alimentos podem oferecer à saúde.
Clostridium
C. sporogenes, Lactobacillaceae, Estreptococos grupo D
perfringns
Salmonella E. coli, Pseudomonas sp, outros não identificados
Aeromonas, Bacillus sp, Enterobacteraceae, Lactobacillaceae,
Staphylococ-
Pseudomonas, Acinetobacter, Estreptococos, Saprófitas não
cus aureus
identificadas.
Fonte: adaptado de Silva Junior (2014).
Vídeo complementar–––––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar.
• Para assistir ao vídeo, pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Vi-
deoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível
de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e a Disciplina (Hi-
giene e Controle de Qualidade – Complementar 1).
• Para assistir ao vídeo, pelo seu CD, clique no Botão – Vídeos Com-
plementares, e selecione: Vídeo Complementar 1.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
3.1. PARASITAS
3.2. BACTÉRIAS
3.3. VÍRUS
3.4. FUNGOS
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) João consumiu um sanduíche de frango e, algumas horas depois,
começou a sentir fortes dores abdominais e teve diarreia. Qual o tipo de
contaminante estava no alimento?
a) Químico, pois todo frango tem hormônio.
b) Físico, pois algo no sanduíche machucou João.
c) Biológico, pois uma bactéria pode ter provocado a contaminação,
como a salmonela.
d) Radioativo, pois o frango passou por tratamento físico.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) c.
2) d.
3) d.
5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao fim de nossa primeira unidade.
Começamos nossos estudos retomando conceitos estu-
dados ainda no Ensino Médio, os quais nos auxiliaram a com-
preender os demais conceitos relacionados à Microbiologia dos
Alimentos.
Devemos considerar este estudo fundamental para a com-
preensão do que são os microrganismos e qual a sua relação com
os alimentos e, consequentemente, com nossa saúde.
Após aprender esses conceitos importantes, é preciso que
tenham ficado claras quais as fontes de contaminação e as prin-
cipais formas de transmissão dos microrganismos. Por fim, os
fatores que alteram o metabolismo microbiológico e os antago-
nismos bacterianos são conceitos necessários para uma melhor
visualização do que corresponde o controle higiênico sanitário
dos alimentos.
6. E-REFERÊNCIAS
ANVISA. Anvisa alerta para perigo de contaminação cruzada em alimentos.
2009. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/
FXrpx9qY7FbU/content/anvisa-alerta-para-perigo-de-contaminacao-cruzada-em-
alimentos/219201/pop_up?inheritRedirect=false>. Acesso em: 26 mar. 2018.
SANTA CATARINA (Estado). Vigilância Sanitária. Doença Transmitida por Alimento
(DTA). Disponível em: <http://www.vigilanciasanitaria.sc.gov.br/index.php/inspecao-
de-produtos-e-servicos-de-saude/alimentos/91-area-de-atuacao/inspecao-de-
produtos-e-servicos de%20saude/alimentos/415-doenca-transmitida-por-alimento-
dta>. Acesso em: 26 mar. 2018.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSIS, L. Alimentos seguros: ferramentas para gestão e controle da produção e
distribuição. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2011.
FORSYTHE, S. J. Microbiologia da segurança dos alimentos. 2. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2013.
GERMANO, P. M. L.; GERMANO, M. I. S. Higiene e vigilância sanitária de alimentos:
qualidade das matérias-primas, doenças transmitidas por alimentos, treinamentos de
recursos humano. 3. ed. rev. ampl. Barueri: Manole, 2008.
SILVA JUNIOR, E. A. Manual de controle higiênico sanitário em serviços de alimentação.
7. ed. São Paulo: Varela, 2014.
Objetivos
• Compreender conceitos importantes sobre doenças alimentares.
• Conhecer os principais alimentos e agentes etiológicos envolvidos nas
doenças alimentares.
• Compreender as diferenças entre os diversos agentes etiológicos
causadores de doenças (infecciosos e intoxicativos).
Conteúdos
• Conceitos importantes nas DTAs.
• Principais agentes patogênicos.
• Cuidados e condutas na preservação dos alimentos.
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UNIDADE 2 – DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR
1. INTRODUÇÃO
Quando falamos de controle higiênico sanitário dos
alimentos, um tema em especial deve ser sempre lembrado: as
doenças de origem alimentar. Os surtos causados por elas ainda
são alvo de preocupação de órgãos de saúde no Brasil e em todo
o mundo. Apesar dos avanços tecnológicos na área e do acesso
a informações que auxiliam no esclarecimento do assunto,
os números registrados de doenças alimentares continuam
crescendo. Por isso, esse tema é tão relevante e merece ser bem
estudado.
Nesta unidade, aprenderemos o conceito de Doenças de
Origem Alimentar (ou Doenças Transmitidas por Alimentos –
DTA) e as diferenças entre os principais conceitos relacionados a
elas, entre eles, toxinoses, toxinfecção alimentar e intoxicações
químicas e infecções, bem como começaremos a discutir as
possíveis condutas que previnem essas doenças transmitidas por
alimentos.
Na Unidade 1, conhecemos quais são os microrganismos
e como funcionam seu metabolismo. Agora estudaremos
os principais agentes patogênicos causadores de Doenças
Transmitidas por Alimentos e também faremos uma introdução
ao assunto da próxima unidade, que são as condutas para a
preservação dos alimentos.
Bactérias
Como afirmado anteriormente, as bactérias são o
agente causador responsável pelo maior número de doenças
alimentares. Vejamos, então, as bactérias mais destacadas nessa
área.
Bacillus cereus
O agente é um bacilo Gram-positivo, aeróbio facultativo,
flagelado formador de esporos e produtor de uma exo-
enterotoxina (GERMANO; GERMANO, 2008; ASSIS, 2011).
Encontra-se com frequência no solo, água, cereais e grãos,
Campylobacter sp
São duas as espécies causadoras: C. coli e C. jejuni, esta
última sendo responsável por aproximadamente 90% dos casos.
São bacilos Gram-negativos, flagelados, espiralados, não formam
esporos e têm temperatura ótima de proliferação de 42 a 43°C
e não se multiplicam em temperaturas menores que 30°C. São
encontradas no trato gastrointestinal bovino, caprino, suíno e de
aves, sendo o frango a maior fonte (FORSYTHE, 2013; GERMANO;
GERMANO, 2008; ASSIS, 2011). O C. jejuni é o principal causador
de enterocolite no Brasil e sua transmissão se dá por contato
direto com animais contaminados e indiretamente pela ingestão
de água, produtos cárneos e leite cru ou não pasteurizado de
forma suficiente (GERMANO; GERMANO, 2008).
A bactéria adere à mucosa intestinal, onde se multiplica
e produz uma enterotoxina citotóxica (GERMANO; GERMANO,
2008). Seu tempo de incubação é de 2 a 5 dias, podendo chegar
até 10, e seus sintomas são semelhantes aos da gripe, tem
duração de 1 semana, e caracteriza-se por diarreia, náusea,
vômito e febre (FORSYTHE, 2013; GERMANO; GERMANO, 2008).
As medidas de controle incluem: tratamento térmico,
controle de qualidade da água para abastecimento, prevenção
de contaminação cruzada (higienização correta de superfícies,
utensílios e equipamentos), processos higiênicos de abate e
boas práticas de higiene pessoal.
Clostridium botulinum
É um bacilo Gram-positivo, anaeróbio estrito, formador
de esporos ovais. O botulismo é uma intoxicação alimentar
grave, de evolução aguda, causada pela ingestão de neurotoxina
Clostridium perfringens
É um bacilo Gram-positivo, não flagelado, anaeróbico,
eventualmente aerotolerante e formador de esporos. É
agrupado em cinco tipos (de A a E), dependendo do tipo de
exotoxina produzida. Os tipos A, C e D são patogênicos para o
homem (FORSYTHE, 2013; GERMANO; GERMANO, 2008). Está
amplamente distribuído no ambiente (terra e água), no intestino
do homem e em animais, hortaliças e temperos (GERMANO;
GERMANO, 2008; SILVA JUNIOR, 2014).
As enterotoxinas A e C são responsáveis pelo quadro
agudo de diarreia. A cepa tipo A é mais comum e também é
responsável pela gangrena gasosa. O tipo C é responsável pela
enterite necrótica, doença grave que pode ser fatal, porém é mais
rara (GERMANO; GERMANO, 2008). Seu período de incubação
varia entre 8 e 22 horas e seu sintomas mais comuns são dor
abdominal, náusea e diarreia aguda, sem febre (FORSYTHE,
2013; SILVA JUNIOR, 2014). A infecção é causada pela ingestão de
células vegetativas, que sobrevivem ao pH ácido do estômago e
atingem o intestino, onde se desenvolvem, esporulam e liberam
a toxina (FORSYTHE, 2013; GERMANO; GERMANO, 2008).
Escherechia coli
A E. coli é uma bactéria Gram-negativa, não esporulada,
membro da família Enterobacteriaceae, gênero com apenas uma
espécie, e suas cepas são divididas de acordo com os sintomas
clínicos e com os mecanismos de patogenicidade (FORSYTHE,
2013). É encontrada nos intestinos dos animais e do homem, no
solo, água de rios e lagos (GERMANO; GERMANO, 2008; SILVA
JUNIOR, 2014).
Apenas algumas cepas são capazes de provocar doença
nos homens. As principais classes causadoras de gastroenterites
no homem são:
1) Enteropatogênica (Epec): causa diarreia sanguinolenta
em recém-nascidos e lactentes; causa vômitos, febre e
Listeria monocytogenes
É um bacilo Gram-positivo, não forma esporos, aeróbio
facultativo e não possui flagelos. Multiplica-se à temperatura
de refrigeração e congelamento (entre 2,5 e –44°C). São menos
sensíveis ao calor e a pasteurização já é suficiente para destruir
o organismo (FORSYTHE, 2013; GERMANO; GERMANO, 2008).
As listérias são encontradas no ambiente: solo, água, esgoto,
vegetais em putrefação, silagem e ração animal. Acometem
Salmonella sp
As infecções causadas pelas bactérias do gênero Salmonella
são uma importante DTA no mundo todo, com significativa
morbidade, mortalidade e perdas econômicas (FORSYTHE, 2013;
GERMANO; GERMANO, 2008).
São bacilos Gram-negativos, não formadores de esporos,
anaeróbios facultativos, móveis em sua maioria (presença de
flagelos petríquios). Fermenta a glicose, produzindo ácido e gás.
Sua temperatura ótima para multiplicação é de 37°C. Podem
ser destruídas a 60°C, por de 15 a 20 minutos (FORSYTHE, 2013;
GERMANO; GERMANO, 2008).
Seus reservatórios estão, em sua maioria, no trato
gastrointestinal das aves, de mamíferos silvestres e domésticos.
Também são encontradas no intestino humano, em rações
animais, gema de ovos, hortaliças plantadas em ambiente com
esterco animal ou humano (GERMANO; GERMANO, 2008; SILVA
JUNIOR, 2014).
A transmissão se dá pelo ciclo fecal oral, em que o homem
consome alimentos (de origem animal ou vegetal) contaminados
por fezes e água (GERMANO; GERMANO, 2008). A contaminação
se dá pelo cozimento inadequado de alimentos contaminados;
contaminação da gema do ovo pela galinha infectada, além da
contaminação cruzada entre alimentos crus contaminados e
alimentos prontos para o consumo (SILVA JUNIOR, 2014).
Os alimentos mais envolvidos são aqueles com alto teor
de umidade e alta porcentagem de proteína (aves, carnes, ovos,
Shigella sp
São bacilos Gram-negativos, anaeróbios facultativos,
altamente contagiosos e colonizam o trato gastrointestinal. É uma
patologia restrita à espécie humana. A Shigella sp desenvolve-
se normalmente entre 6,1 e 47,1°C e é destruída facilmente em
temperaturas acima de 65°C. Está bem adaptada ao homem,
que é seu principal reservatório na natureza (intestino e mãos).
Também é encontrada em água contaminada por esgoto humano
e em hortaliças contaminadas. A maioria dos casos de shigelose
resulta da ingestão de alimentos ou água contaminados. Saladas,
vegetais crus, leite e produtos lácteos, hambúrguer, galinha,
peixe e frutos do mar, produtos de panificação também são
considerados alimentos potencialmente perigosos (FORSYTHE,
2013; GERMANO; GERMANO, 2008; SILVA JUNIOR, 2014).
A doença instala-se após a bactéria aderir e penetrar nas
células da mucosa do intestino grosso (cólon). A multiplicação
atinge células vizinhas, resultando em lesões ulcerativas, que
acarretam presença de sangue e muco nas fezes da vítima.
Pode haver produção de endotoxina durante a multiplicação
bacteriana, com o desenvolvimento de quadro febril (FORSYTHE,
2013; GERMANO; GERMANO, 2008). O período de incubação
varia entre 12 e 72 horas e o quadro clínico dura de 4 a 7 dias. Após
a remissão da doença, a eliminação do agente nas fezes pode
persistir por até duas semanas (FORSYTHE, 2013; GERMANO;
GERMANO, 2008; SILVA JUNIOR, 2014).
Por ser uma doença restrita ao humano, as medidas de
controle envolvem a prática de higiene (pessoal, na manipulação
dos alimentos e no ambiente) e saneamento básico (GERMANO;
GERMANO, 2008).
Staphylococcus aureus
Bactéria esférica (cocos), Gram-positiva, anaeróbia
facultativa, ocorre em pares, cadeias curtas ou agrupadas
em cachos. Algumas cepas produzem enterotoxinas, que são
divididas em 6 tipos: A, B, C1, C2, D e E, sendo que a maioria dos
surtos ocorre devido às toxinas A e D. São habitantes usuais da
pele, membranas mucosas, trato respiratório superior, cabelo,
nariz, boca, mãos e intestino humano. Por isso manipuladores
são grandes fontes de contaminação, levando a vigilância
sanitária a considerar o S. aureus como um dos mais frequentes
causadores de DTAs, embora os surtos possam ser causados
por contaminação de equipamentos e superfícies. A espécie
S. aureus é responsável por inúmeros casos de infecções no
ambiente hospitalar (FORSYTHE, 2013; GERMANO; GERMANO,
2008; SILVA JUNIOR, 2014).
É a mais resistente bactéria formadora de esporos.
Multiplica-se entre 7 e 48°C, com temperatura ótima de 37°C.
Morre em dois minutos a 65,5°C (GERMANO; GERMANO, 2008;
SILVA JUNIOR, 2014).
As intoxicações humanas são causadas pela ingestão de
enterotoxinas produzidas nos alimentos que foram contaminados
no contato com o manipulador infectado. Os alimentos que
costumam estar relacionados aos surtos incluem carne e frango
cozidos, presunto, ovos, batatas, leite e derivados, tortas e doces
recheados com cremes. De forma geral, todo alimento que
necessita de grande manipulação durante o preparo e não tenha
a temperatura de conservação controlada pode vir a ser um
potencial alimento contaminante (FORSYTHE, 2013; GERMANO;
GERMANO, 2008; SILVA JUNIOR, 2014).
Vibrio cholerae
São bacilos Gram-negativos, curvados ou retos, móveis,
anaeróbios facultativos e sensíveis à temperatura de cocção. São
frequentemente isolados de água de estuário, sendo, portanto,
associados a peixes e frutos do mar (FORSYTHE, 2013; GERMANO;
GERMANO, 2008).
A mais importante espécie é o V. cholerae, agente causador
da cólera. A doença é estritamente humana e está diretamente
associada às más condições de saneamento ambiental. Além
do homem, encontra-se também na água, em hortaliças e
pescados contaminados, principalmente em ostras e mexilhões
(GERMANO; GERMANO, 2008; SILVA JUNIOR, 2014).
O período de incubação varia de 1 a 4 dias, com uma média
de 48 horas. Cresce rapidamente em alimentos alcalinos, úmidos
e em temperatura ambiente. No intestino delgado, a bactéria
adere-se à mucosa e produz uma exotoxina, que causa sintomas
como diarreia líquida, distúrbio eletrolítico, desidratação, cólicas
abdominais e febre, podendo causar vômitos e fezes com muco
e sangue. Os sintomas podem durar até sete dias (FORSYTHE,
2013; GERMANO; GERMANO, 2008; SILVA JUNIOR, 2014).
Yersinia enterocolitica
É um bacilo pequeno e Gram-negativo, anaeróbio
facultativo, sua temperatura ótima de multiplicação varia
entre 30 e 37°C, porém multiplica-se bem em temperaturas
de refrigeração (entre 0 e 10°C). É encontrada no intestino de
diferentes animais, mas principalmente em suínos, leites, frutas
e vegetais, além da água e solo. Resiste a condições adversas de
estocagem, podendo sobreviver em carnes a –16°C por diversos
meses (ASSIS, 2011; GERMANO; GERMANO, 2008; FORSYTHE,
2013).
A infecção ocorre por invasão da mucosa intestinal,
produzindo reação inflamatória no local, causando diarreia,
vômito, dores abdominais e febre. Caso se espalhe para outros
órgãos, pode causar meningite, pneumonia, problemas renais,
ferimentos e articulações. O período médio de incubação é de
24 a 48 horas, com sintomas permanecendo por mais de uma
semana (ASSIS, 2011; GERMANO, 2008; FORSYTHE, 2013).
Melhorias nas práticas de abate, higienização e estocagem
adequadas são algumas das medidas para controle da doença.
Por se desenvolverem bem em temperaturas de refrigeração,
armazenar em baixas temperaturas pode não ser uma boa opção,
a menos que sejam adicionados conservantes aos alimentos. Por
Vírus
As viroses têm incidência pouco conhecida quando falamos
em alimentos. Os vírus intestinais (ou enterovírus), quando em
condições insatisfatórias, podem ser encontrados em alimento,
porém não são capazes de se replicar nesse meio. De forma
geral, a água é uma das mais importantes vias de transmissão de
enterovírus para o homem (GERMANO; GERMANO, 2008). Esse
assunto também fará parte do nosso Conteúdo Digital Integrador
(Tópico 3. 1).
Hepatite A (HAV)
Pertence ao grupo dos enterovírus e sua transmissão
ocorre pelo ciclo fecal-oral (manipulador contamina o alimento
com as mãos sem higienização, uso de água contaminada em
frutas, verduras e legumes), mas também pode ser transmitido
por contágio (pessoa a pessoa). Possui período médio de
incubação de 30 dias, podendo variar de 15 a 45, dependendo
da quantidade de partículas virais ingeridas. Em um primeiro
momento, os sintomas são de mal-estar, fadiga, febre, perda
de apetite e náuseas, e posteriormente evoluem para dor
abdominal, vômitos e fezes com cor mais clara que o normal
e icterícia. Pratos à base de moluscos e saladas mistas com
carnes, aves ou peixes são as principais vias de transmissão, mas
também há risco de transmissão pelo consumo de sanduíches,
frutas e verduras cruas. Apresenta níveis variados de resistência
a desinfetantes (é sensível aos clorados) e ao calor, porém é
Hepatite E (HEV)
Possui características semelhantes ao da HAV (tempo de
incubação e sintomas), exceto pela icterícia. É o principal agente
nas hepatites não A e não B transmitidas pela via intestinal
(ASSIS, 2011; GERMANO; GERMANO, 2008). Ocorre com maior
frequência em áreas menos favorecidas ao redor do mundo
que sofrem com a falta de saneamento básico (GERMANO;
GERMANO, 2008).
Rotavírus
Pertence à família do Reovírus e sua principal via de
transmissão é a fecal-oral. A infecção pode ser disseminada
com facilidade pelas mãos dos manipuladores, por contato com
utensílios e superfícies contaminadas. Os surtos estão, na maioria
das vezes, relacionados à água contaminada; consequentemente,
seu uso em frutas, verduras e legumes é fator de risco para o
consumo desses alimentos quando crus. Alimentos de origem
marinha também podem sofrer contaminação. Seu período de
incubação é de 2 dias e os sintomas mais comuns são vômitos
nos primeiros dias, diarreia aquosa, dores abdominais e febre.
Em casos mais graves de diarreia e alto grau de desidratação,
pode levar ao óbito de crianças (principalmente entre 6 meses
e 2 anos) e idosos. Em adultos, está associada a uma forma
mais branda de infecção que ocorre por elevada quantidade
de inóculos ou por baixa imunidade do indivíduo exposto. São
inativados pela cocção (ASSIS, 2011; GERMANO; GERMANO,
2008; SILVA JUNIOR, 2014).
Norovírus
Pertence à família Caliciviridae e sua transmissão ocorre
pelo ciclo fecal-oral, pelo consumo de vegetais crus e alimentos
marinhos (mariscos e ostras) e, principalmente, pela água. Possui
de 1 a 2 dias de tempo de incubação, provoca manifestações
digestivas como náuseas, vômito, diarreia e gastralgia, que
desaparecem após 3 dias, porém as partículas virais podem ainda
ser expelidas por 2 semanas ou mais. É inativado pela cocção
(ASSIS, 2011; GERMANO; GERMANO, 2008; SILVA JUNIOR, 2014).
Parasitas
Mesmo que em menor parcela, esses organismos também
são responsáveis pelo surgimento de algumas DTAs. Entre os
principais agentes, podemos citar: Giardia lambia, Entamoeba
histolytica, Taenia solium, Taenia saginata, Ascaris lumbricoides.
Esses tópicos serão mais bem abordados no Conteúdo Digital
Integrador desta unidade (Tópico 3. 1).
Vídeo complementar–––––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar.
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de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e a Disciplina
(higiene e controle de qualidade – Complementar 3).
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Complementares, e selecione: Vídeo Complementar 2.
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4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
autoavaliativas propostas:
1) b.
2) c.
3) c.
5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final de mais uma unidade!
Começamos a unidade pontuando alguns conceitos
importantes para o entendimento das Doenças Transmitidas por
Alimentos, as DTAs.
Depois, conhecemos alguns dos principais agentes
patogênicos (quais são, como agem, que alimentos podem ser
suas fontes), com foco principalmente nas bactérias, maiores
causadoras de DTAs.
Por fim, demos início à discussão sobre condutas e cuidados
na conservação dos alimentos, assunto que será retomado na
próxima unidade.
Ao final, é importante que fiquem claros os conceitos
e agentes patogênicos envolvidos nas DTAs, pois só por meio
do conhecimento no assunto é possível estabelecer metas e
estratégias para a prevenção.
6. E-REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Surto de Doenças
Transmitidas por Alimentos no Brasil. Brasília, 2014. Disponível em: <http://
portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/maio/29/Apresentacao-Surtos-
DTA-2014>. Acesso em: 02 jan. 2018.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSIS, L. Alimentos seguros: ferramentas para gestão e controle da produção e
distribuição. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2011.
FORSYTHE, S. J. Microbiologia da segurança dos alimentos. 2. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2013.
GERMANO, P. M. L.; GERMANO, M. I. S. Higiene e vigilância sanitária de alimentos:
qualidade das matérias-primas, doenças transmitidas por alimentos, treinamentos de
recursos humano. 3. ed. rev. ampl. Barueri: Manole, 2008.
SILVA JUNIOR, E. A. Manual de controle higiênico sanitário em serviços de alimentação.
7. ed. São Paulo: Varela, 2014.
Objetivos
• Compreender condutas e procedimentos para prevenção das DTAs em
UPRs (Unidades Produtoras de Refeições).
• Compreender e relacionar critérios de higiene, técnica, tempo e
temperatura nas preparações alimentares.
• Compreender as exigências da legislação vigente na área de alimentação.
Conteúdos
• Principais condutas de Boas Práticas de Manipulação de Alimentos para
prevenção das DTAs em UPRs.
• Legislação pertinente na área de alimentos: RDC – 216/2004; CVS-5/2013;
RDC-275/2004.
• Documentos técnicos obrigatórios na área de alimentos.
81
UNIDADE 3 – IMPORTÂNCIA DO CONTROLE HIGIÊNICO SANITÁRIO EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO DE
ACORDO COM AS LEGISLAÇÕES VIGENTE
1. INTRODUÇÃO
Na unidade anterior, estudamos as doenças de origem
alimentar, sua divisão conceitual e seus principais agentes
patogênicos, ou seja, causadores de doenças transmitidas
por alimentos. Vimos quem são esses agentes, o que podem
causar aos indivíduos infectados, em quais alimentos que eles
conseguem se multiplicar com mais facilidade. A prevenção é
solucionar o problema em sua raiz, para evitarmos que ele ocorra.
Esta é uma estratégia muito importante e, por isso, a legislação
procura a profissionalização das UPRs. O termo UPR (Unidade
Produtora de Refeições) é utilizado para quando há uma refeição
feita fora do lar, podendo ser em locais comerciais (restaurantes,
bares e similares) ou locais coletivos (UAN) (POPULIM, 2010).
Sendo assim, o conhecimento da importância de
procedimentos e processos adequados para uma produção
alimentar a mais inócua possível torna-se uma condição básica
para a evolução na elaboração de preparações para coletividades
sadias ou enfermas.
Nos dias atuais, é possível observar que, em virtude das
intensas mudanças no estilo de vida da população que vêm
ocorrendo nas últimas décadas, tem-se constatado um aumento
grande na alimentação fora do domicílio (LEAL, 2010). Nesta
unidade, trataremos das principais condutas de Boas Práticas de
Manipulação de Alimentos para prevenção das DTAs em UPRs e
sua relação direta com a legislação vigente na área de alimentos,
bem como a documentação técnica que é exigida pelos órgãos
oficiais brasileiro para a produção adequada de uma Unidade
Produtora de Refeição. Bons estudos!
Massagear bem mãos, antebraços, entre os dedos e unhas por, pelo menos, 3
minutos
Enxaguar as mãos e antebraços e secá-los com papel toalha descartável não reci-
clado ou outro procedimento não contaminante, e descartá-lo em coletor de papel
acionado sem contato manual
Seguida por
Imersão em solução
como?
desinfetante por 15 a 30
minutos
Desinfecção
Seguida por
como?
Enxague final Água corrente potável
Vídeo complementar–––––––––––––––––––––––––––––––––
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4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Assinale a alternativa correta segundo a CVS-5/2013:
a) Dessalgue deve ser feito em água sob refrigeração a até 8°C.
b) A guarda de amostra não deve ser realizada somente com o objetivo
de esclarecimento de ocorrência de enfermidades transmitida por
alimentos prontos para o consumo.
c) A área de consumação ou o refeitório não deve ter as mesmas
características das áreas de preparo de alimentos do ponto de vista
higiênico-sanitário.
d) As alternativas a e b estão corretas.
e) As alternativas a e b estão incorretas
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) E.
2) Falsa.
3) Falsa.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao fim desta unidade!
Devemos considerar este estudo fundamental para a
compreensão do que são condutas preventivas para a não
ocorrência das DTAs.
Você deve ter entendido que, para as UPRs terem uma
produção segura, é necessário entendermos que simples ações
de higiene não garantem alimentos seguros e sim várias condutas
que englobam critérios técnicos de tempo e temperatura de
alimentos.
Nesta unidade, também discutimos as legislações que
norteiam os estabelecimentos produtores de alimentos e seus
documentos técnicos exigidos pela fiscalização.
Quando as cozinhas estiverem realizando seus
procedimentos corretamente e dentro da legislação vigente,
ou seja, com manipuladores treinados para uma manipulação
higiênica, higiene ambiental adequada e a higiene dos alimentos
seguindo um fluxograma correto em relação a tempo e
temperatura, dentro dos critérios adequados, será oferecido aos
consumidores um alimento de qualidade, com os profissionais
6. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resistência microbiana –
mecanismos e impacto clínico. 2007. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/
servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo3/gramp_
staphylo.htm>. Acesso em: 05 jun. 2015.
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual Integrado de Vigilância,
Prevenção e Controle de Doenças Transmitidas por Alimentos (http://bvsms.saude.
gov.br/bvs/publicacoes/manual_integrado_vigilancia_doencas_alimentos.pdf).
Acesso em: 3 abr. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Ementa da Resolução RDC 216 de 15 de setembro de
2004. Cartilha sobre Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Disponível em:
<http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/4a3b680040bf8cdd8e5dbf1b01
33649b/RSOLU%C3%87%C3%83ORDC+N+216+DE+15+DE+SETEMBRO+DE+2004.
pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 29 dez. 2017.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Guia Alimentar para a População Brasileira: promovendo a alimentação
saudável. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Disponível em: <http://bvsms.saude.
gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira.pdf>. Acesso em: 4 abr.
2018.
______. Portaria nº 326 de 30 de julho de 1997. Estabelece regulamento técnico de
condições higiênico-sanitárias e de boas práticas de fabricação para estabelecimentos
produtores/industrializadores de alimentos. Diário Oficial [da] República Federativa
do Brasil, Brasília, 1 ago. 1997. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/
connect/cf430b804745808a8c95dc3fbc4c6735/Portaria+SVS-MS+N.+326+de+30+de
+Julho+de+1997.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 7 nov. 2017.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRANCO, C. C. F. C. Avaliação das condições higiênico-sanitárias das lanchonetes
comerciais no mercado municipal de picos. Monografia (Bacharelado em Nutrição) –
Universidade Federal do Piauí, Picos, 2012.
BRASIL. Portaria nº 1428, de 26 de novembro de 1993. Aprova, na forma dos textos
anexos, o “Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária de Alimentos”, as “Diretrizes
para o Estabelecimento de Boas Práticas de Produção e de Prestação de Serviços na
Área de Alimentos” e o “Regulamento Técnico para o Estabelecimento de Padrão
de Identidade e Qualidade (PIQ’s) para Serviços e Produtos na Área de Alimentos”.
Determina que os estabelecimentos relacionados à área de alimentos adotem, sob
responsabilidade técnica, as suas próprias Boas Práticas de Produção e/ou Prestação
de Serviços, seus Programas de Qualidade, e atendam aos PIQ’s para Produtos e
Serviços na Área de Alimentos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Brasília, 2 dez. 1993.
HAZELWOOD, D.; McLEAN, A. C. Higiene pessoal. In: ______. Manual de higiene para
manipuladores de alimentos. 2. ed. São Paulo: Varela, 1998, p.23-32.
LEAL, D. Crescimento da alimentação fora do domicílio. Segurança Alimentar e
Nutricional, Campinas, v. 17, n. 1, p. 123-132, 2010.
MELO, F. F. C. P.; CARVALHO, L. R. Análise qualitativa dos riscos ocupacionais em uma
Unidade Produtora de Refeições. In: CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM
GESTÃO, 8., 2012, Rio de Janeiro. p. 33-38.
NASCIMENTO NETO, F. Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF) em restaurantes.
São Paulo: Senac, 2005.
POPULIM, W. Unidade Produtora de Refeições (UPR) e Unidade de Alimentação e
Nutrição (UAN): definições e semelhanças. São Paulo, 2010. Disponível em: <http://
www.gastronomiabh.com.br/arquivos/AV1Unidade%20Produtora%20de%20
Refeicoes.pdf>. Acesso em: 07 set. 2014.
Objetivos
• Compreender quais são os objetivos da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária – Anvisa.
• Conhecer as principais ferramentas de qualidade na área de produção de
alimentos.
• Compreender o conceito de qualidade na produção de alimentos no
contexto da educação ambiental.
Conteúdos
• Conceito e objetivos do Codex Alimentarius.
• Atuação da Anvisa na área de alimentos.
• Definições das principais ferramentas de qualidade na área de alimentos:
Sistema APPCC e ISO 22000.
• Compreender a avaliação de surtos alimentares.
• Conceito de 5S e sustentabilidade aplicado às UPRs.
103
UNIDADE 4 – CONTROLE NA ÁREA DE ALIMENTOS E SUAS FERRAMENTAS DE QUALIDADE
1. INTRODUÇÃO
Na Unidade 3, tratamos, de maneira sucinta, da importância
do controle higiênico-sanitário em serviços de alimentação, de
algumas das principais legislações e de como estão relacionados
os critérios de higiene, técnica, tempo e temperatura que
norteiam as ações da Vigilância Sanitária para fiscalização das
Unidades Produtoras de Refeições. Você deverá sempre se
atualizar, pois legislações estão em constante mudança. As
legislações estudadas incluíram também a documentação
obrigatória para o funcionamento dos restaurantes.
Nesta unidade, vamos falar de outro importante tema, a
qualidade e as ferramentas utilizadas na produção de alimentos
seguros. Mais especificamente, discutiremos as definições dessas
ferramentas, como os Sistemas APPCC e ISO 22000, que são
específicos para a área de alimentos, e também a ferramenta do
pensamento Lean, que nos auxilia a criar a cultura da disciplina
e ajuda a melhorar as condições pessoais e profissionais das
empresas.
Para finalizar, comentaremos como podemos melhorar os
processos produtivos e deixá-los mais sustentáveis, preocupações
atuais das organizações, não sendo diferente para o setor de
Serviços de Alimentação, que tem como objetivo fornecer
refeições nutritivas, saudáveis e higiênicas.
Bons estudos!
Sistema APPCC
Basicamente, o sistema APPCC é caracterizado por uma
série de etapas em que as características de cada produto
devem ser monitoradas, desde a aquisição da matéria-prima até
a chegada do produto final ao consumidor. Durante todos esses
caminhos, são analisados os perigos físicos, químicos e biológicos
que poderiam afetar o consumidor e também o produto final
(RIBEIRO-FURTINI; ABREU, 2006).
Começaremos pelas definições importantes para
entendermos o Sistema APPCC, segundo Silva Junior (2014, p.
361-362):
Perigo – é uma contaminação de origem biológica, química ou
física em condição potencial de agravo a saúde do consumidor.
Severidade – é a gravidade da doença ou grau de suas
consequências.
Ponto de controle – é um local ou situação a ser corrigida,
porém sem risco imediato à saúde do consumidor.
Ponto crítico – é o local ou situação onde estão presentes os
perigos com riscos à saúde e que devem ser controlados. São
considerados PCCs (pontos críticos de controle): todos pontos
críticos onde procedimentos imediatos de controle podem ser
exercidos para eliminar, prevenir ou reduzir os perigos a níveis
suportáveis e que possam ser monitorados constantemente,
trazendo segurança ao alimento.
Controle dos pontos críticos – são os procedimentos ou medidas
de controle dos pontos críticos que possam ser tomados para
garantir a segurança do processo, objetivando a eliminação,
prevenção ou redução dos perigos até níveis suportáveis.
Limite crítico – é um valor utilizado como critério que traga
segurança no controle dos pontos críticos.
Desvio – falha ou não alcance do limite crítico.
*A porcentagem excede o total de 100, uma vez que os fatores que normalmente
contribuem para a ocorrência de enfermidade de origem alimentar podem ser
múltiplos.
Fonte: Adaptado de World Health Organization (1999 apud FORSYTHE, 2013).
Fonte: Bryan, FL –“Center for Disseases Control 1979 apud Silva Junior, 2005”.
Período de incubação
Horário - 1º sintoma
Duração da doença
Horário - refeição
PACIENTES
Disenteria
Mal estar
Diarreias
Náuseas
Calafrios
Vômitos
Cólicas
Gases
Febre
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
Período de incubação - Média
TOTAL DE SINTOMAS
Frequencia de sintomas - F. S. %
CDL - 1985.
Fonte: Silva Junior, 2017.
Figura 2 Formulário para avaliação das DTAs.
Vídeo complementar–––––––––––––––––––––––––––––––––
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4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) O método APPCC (Análise de Ponto Crítico de Controle) é utilizado como
suporte para melhorar as condições de controle. Leia as alternativas
abaixo e destaque a correta:
I - O método define as reais situações em que o controle deve ser
realizado e possa ser monitorado e controlado.
II - Com o método APPCC, não há necessidade de utilizar o Manual de
Boas Práticas.
III - Para o método APPCC, perigo é definido como a contaminação de
origem biológica, química ou física em condição potencial que possa
causar agravo à saúde.
IV - O perigo químico não apresenta danos a longo prazo, apenas se
manifesta no momento do contato com o contaminante.
V - Fluxograma é a sequência ordenada das etapas integrantes da
preparação dos alimentos, e permite determinar os pontos críticos e
os seus controles.
a) Todas as alternativas estão corretas.
b) Todas as alternativas estão incorretas.
c) Apenas os itens II e IV estão incorretos.
d) Apenas os itens I e III estão incorretos.
e) Apenas o item V está correto.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) c.
2) c.
3) a.
5. CONSIDERAÇÕES
Qualquer estabelecimento produtor de alimentos necessita
das boas práticas de fabricação conforme as legislações vigentes
e o Codex Alimentarius. Cabe a nós, profissionais, demonstrar
a necessidade de implementá-las. É necessário aprender
os critérios utilizados, assim como interpretar os itens das
legislações vigentes, que, em alguns momentos, não foram bem
interpretados e direcionados às realidades da nossa produção
de alimentos. Seu entendimento facilitará a implantação desde
procedimentos básicos de boas práticas até a utilização de
ferramentas de qualidade para alcançar certificação de qualidade
na área de alimentos.
Os conteúdos estudados na Unidade 4 devem ser
reconhecidos pelo profissional nutricionista para que este seja
capaz de identificar falhas, detectar riscos, avaliar processos,
definir procedimentos corretivos e eficazes, além de zelar para
que estes sejam permanentes, visando à garantia de um alimento
em condições higiênico-sanitárias adequadas ao consumo.
Encerramos esta obra desejando a você bons estudos e
lembrando que deverá sempre se manter atualizado nessa área,
uma vez que ela sofre mudanças constantes.
6. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
BRASIL. Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Home page. Disponível em:
<http://portal.anvisa.gov.br/institucional>. Acesso em: 10 abr. 2018.
______. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei
nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços cor-
respondentes e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Bra-
sil, Brasília, 20 set. 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l8080.htm>. Acesso em: 5 abr. 2018.
______. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº
9.782, de 26 de janeiro de 1999. Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras providências. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, Brasília, 27 jan. 1999. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9782.htm>. Acesso em: 5 abr. 2018.
CVS – CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Alimentos. Disponível em: <http://www.cvs.
saude.sp.gov.br/apresentacao.asp?te_codigo=1>. Acesso em: 10 abr. 2018.
FAO – FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION; OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA
SAÚDE. Codex alimentarius. Disponível em: <http://www.fao.org/fao-who-codexali-
mentarius/home/es/>. Acesso em: 5 abr. 2018.
GERMANO, P. M. L.; GERMANO, M. I. S. Higiene e vigilância sanitária de alimentos:
qualidade das matérias-primas, doenças transmitidas por alimentos, treinamen-
tos de recursos humano. 5. ed. rev. ampl. Barueri: Manole, 2015. Capítulo 3, p.
61-106 Disponível em: <http://claretiano.bv3.digitalpages.com.br/users/publica-
tions/9788520437209>. Biblioteca Virtual Pearson. Acesso em: 3 jan. 2018.
PIRES, C. J. M. Aplicação do programa 5S visando à melhoria contínua da qualidade.
Dissertação (Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial) – Departamento de Econo-
mia, Gestão e Engenharia Industrial, Universidade de Aveiro, Aveiro, 2014. Disponível
em: <http://ria.ua.pt/bitstream/10773/14944/1/Tese.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2018.
ROZENFELDS, S. (Org.). Fundamentos da Vigilância Sanitária. Rio de Janeiro: Fiocruz,
2000. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?id=pFNtAwAAQBAJ&print
sec=frontcover&hl=pt-BR#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 5 abr. 2018.
UFCE – UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ; ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGI-
LÂNCIA SANITÁRIA. Curso básico em Vigilância Sanitária. Fortaleza: UFCE, 2015. Dispo-
nível em: <https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/3173?show=full>. Acesso
em: 5 abr. 2018.
WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Home page. Disponível em: <http://www.
who.int/en/>. Acesso em: 10 abr. 2018.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 9001 –
Sistemas de gestão da qualidade. São Paulo: ABNT, 2008.
ARRUDA, G. A. Manual de boas práticas: unidades de alimentação e nutrição.1. ed.
São Paulo: Ponto Crítico, 1998. Vol. 2
ARRUDA, L.; QUELHAS, O. L. G. Sustentabilidade: um longo processo histórico de
reavaliação crítica da relação existente entre a sociedade e o meio ambiente. Boletim
Técnico do Senac, Rio de Janeiro, v. 36, n. 3, 2010.
ASSIS, L. Alimentos seguros: ferramentas para gestão e controle da produção e
distribuição. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2011.
CAPIOTTO, G. M.; LOURENZANI, W. L. Sistema de gestão de qualidade na indústria
de alimentos: caracterização da norma ABNT NBR ISO 22.000:2006. In: CONGRESSO
SOBER, 48., jul. 2010, Campo Grande. Anais... 2010.
CEZARI, D. L., NASCIMENTO, E. R. Manual de análises de perigos e pontos críticos de
controle. Campinas: Profiqua/SBCTA, 1995.
FORSYTHE, S. J. Infecções e intoxicações de origem alimentar. In: ______. Microbiologia
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