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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE BENGUELA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE SAÚDE

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO


DE MEDICAMENTOS NO HOSPITAL

PEDIATRICO DO LOBITO

ESTUDANTES:

MARCELINO AVELAR RICARDO EURICO


VÂNIA ISABEL SAMUEL JORGE

LICENCIATURA: ENFERMAGEM

BENGUELA

2020
MARCELINO AVELAR RICARDO EURICO
VÂNIA ISABEL SAMUEL JORGE

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO


DE MEDICAMENTOS NO HOSPITAL

PEDIATRICO DO LOBITO

Monografia apresentada ao Instituto


Superior Politécnico de Benguela, como
requisito parcial para obtenção do Grau
de Licenciado em Enfermagem.

ORIENTADOR: PROF. TADEU KAPOCO SOMA CHIMBANDA.

BENGUELA

2020
MARCELINO AVELAR RICARDO EURICO
VÂNIA ISABEL SAMUEL JORGE

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO


DE MEDICAMENTOS NO HOSPITAL
PEDIATRICO DO LOBITO

Monografia apresentada ao Instituto


Superior Politécnico de Benguela, como
requisito parcial para obtenção do Grau
do Licenciado em Enfermagem.

Aprovada em___de________________________________de___

BANCA EXAMINADORA

___________________________________

Orientador(a)

__________________________________

Membro da Banca

___________________________________

Membro da Banca

__________________________________

BENGUELA

2020
Dedicamos esta monografia aos nossos
familiares e em particular pais pelo apoio
incondicional na realização deste trabalho e a
nossas queridas irmãs: Marcelina Eurico e
Yolanda Almeida.
Agradecimentos

Á Deus por amparar-nos em momentos difíceis, pôr-nos dar forças para


superar as dificuldades, mostrar-nos o caminho nas horas incertas e suprir todas as
nossas necessidades. Agradecemos ao nosso orientador professor Tadeu
Chimbanda e Dra. Tchanola Olga pela sábia orientação em tornar possível a
realização desta investigação. Sem esquecer aos professores em que colaboraram
com a transmissão de seus conhecimentos.
Aos nossos pais Maurício Eurico e Delfina Ricardo, Carla Isabel e Roque
Chavombe por nos terem dado força e coragem para a realização deste trabalho.

Aos colegas e amigos que, directa ou indirectamente, contribuíram para a


realização do mesmo.

Aos nossos familiares, pela participação e ajuda na formação e na elaboração


deste trabalho.
“A inteligência consiste não apenas no
conhecimento, mas também na habilidade
de aplicar o conhecimento na prática”.

Aristóteles
Resumo
O presente trabalho faz menção sobre um estudo Cuidados de enfermagem
na administração de medicamentos no hospital Pediátrico do Lobito, por meio de
várias formas metodológicas nomeadamente a observação dos cuidados de
administração de medicamentos a serem prestados aos pacientes e como são
manuseados os materiais a serem utilizados. Norteado pela pergunta de
investigação “Quais são os cuidados de Enfermagem na administração de
medicamentos no Hospital Pediátrico do Lobito?” e pelo objectivo geral: Analisar os
cuidados de enfermagem na administração de medicamentos no Hospital Pediátrico
do Lobito, para tal, procedeu-se um estudo na abordagem quanti-qualitativa,
descritiva, observacional, através da recolha de dados feita por meio de
questionários e observação, feitos pela investigação aos utentes/profissionais no
hospital pediátrico do Lobito, onde utilizou-se como um dos instrumentos de recolha
de dados um inquérito a 50 profissionais de saúde da unidade hospitalar
(Enfermeiros e técnicos de enfermagem). Do mesmo modo, realizou-se observação
no local de estudo, num período total de um mês, distribuídos em duas vezes por
semana. A investigação consistiu na descrição do impacto dos Cuidados de
enfermagem na administração de medicamentos no hospital Pediátrico do Lobito, na
identificação das queixas principais dos utentes, bem como na avaliação da
importância dos métodos de administração de medicamentos utilizados naquela
unidade hospitalar. Fez-se comparação dos dados obtidos por diferentes fontes, a
fim de apresentar as várias visões sobre o mesmo tema. Como resultado do estudo,
houve convergência na maioria das informações colhidas, por ambas técnicas, e os
profissionais/utentes expressaram a importância dos cuidados de enfermagem na
administração de medicamentos no ambiente hospitalar, existindo alguns
enfermeiros que não cumprem com algumas recomendações a serem prestados aos
pacientes na administração de medicamentos, assim como: Adoptar lista de
padronização que inclua medicamentos e dispositivos para preparo e administração
de medicamentos adequados em pediatria.
Palavras-chave: cuidados de enfermagem, administração, medicamentos,
vias e pediatria.
Abstract

The present work mentions a study Nursing care in the administration of medicines at
the Pediatric Hospital of Lobito, which aimed to know what they are and what they
should be, through various methodological forms, namely the observation of the
administration of medicines to be administered. provided to patients and how the
materials to be used are handled. Guided by the research question “What are the
nursing care in medication administration at the Pediatric Hospital of Lobito?” and the
general objective: Analyze which nursing care in the administration of medicines at
the Pediatric Hospital of Lobito. To this end, a study was carried out using a
quantitative-qualitative, descriptive, observational approach, through the collection of
data made through questionnaires and observation, carried out by the investigation
of users / professionals at the Pediatric Hospital of Lobito, where it was used as one
of the instruments of reco a survey of 50 health professionals from the hospital unit
(nurses and nursing technicians). Likewise, observation was carried out at the study
site, in a total period of one month, distributed twice a week. The investigation
consisted of describing the impact of nursing care on medication administration at the
Pediatric Hospital of Lobito, identifying the main complaints of users, as well as
assessing the importance of medication administration methods used in that hospital.
The data obtained from different sources were compared in order to present the
various views on the same theme. As a result of the study, there was convergence in
most of the information collected, by both techniques, and the professionals / users
expressed the importance of nursing care in the administration of medications in the
hospital environment, with some nurses who do not comply with some
recommendations to be provided to patients. patients in the administration of
medications, as well as: Adopt a standardization list that includes medications and

devices for preparing and administering appropriate medications in pediatrics .


Keywords: nursing care, administration, medication, routes and pediatrics.
Índice de gráficos

Gráfico 1- Sexo...........................................................................................................25
Gráfico 2- Idade...........................................................................................................26
Gráfico 3- Formação Académica................................................................................27
Gráfico 4- Grau de satisfação com as condições de trabalho....................................28
Gráfico 5- Observância dos cuidados de enfermagem na administração de
medicamentos na pediatria.........................................................................................29
Gráfico 6 - Observância dos cuidados de enfermagem na administração de
medicamentos na pediatria:........................................................................................30
Gráfico 7-Dificuldades durante os cuidados de enfermagem na administração de
medicamento (Falta de conhecimento científico em farmacologia)...........................30
Gráfico 8- Dificuldades durante os cuidados de enfermagem na administração de
medicamento (Falta de conhecimento técnico e habilidade)......................................31
Gráfico 9- Dificuldades durante os cuidados de enfermagem na administração de
medicamento (Dificuldades de relacionamento com os utentes)..............................32
Gráfico 10- Como se realiza os cuidados de enfermagem nas vias de administração.
.....................................................................................................................................34
Gráfico 11- Como se realiza os cuidados de enfermagem nas vias de administração.
.....................................................................................................................................35
Gráfico 12- Os cuidados de Enfermagem tem se observado também nas subvias.. 36
Gráfico 13- O acompanhamento feito pelos profissionais de enfermagem tem sido
segundo orientação.....................................................................................................37
Gráfico 14- Conhece os cuidados de enfermagem para administrar medicamento em
pediatria?.....................................................................................................................38
Gráfico 15- Há concordância entre o guia farmacológico e o modelo usado na sua
instituição ou enfermaria?...........................................................................................38
Gráfico 16- Como se realiza os cuidados de enfermagem nas vias de administração.
.....................................................................................................................................39
Gráfico 17- Usam alguma grelha de avaliação para perceber o grau de cuidados a
prestar na administração de medicamentos em pediatria?........................................40
Lista de abreviaturas

% -Percentagem.

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasileira).

APA - American Psychological Association.

EM - Erros de Medicação.

FHEMIG – Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais.

FIOCRUZ – Fundação Oswaldo Cruz.

FR - Factores de Risco.

ID - Intradérmica ou intracutanea.

IM – Intramuscular.

IV ou EV - Intravenosa ou Endovenosa .

Km2 - Quilometro ao quadrado .

MS - Ministério da Saúde.

NCC - MERP - National Coordinating Council for Medication Error Reporting


and Prevention.

H.P.L- Hospital Pediátrico do Lobito.

SC - Subcutânea ou hipodérmica.

SPSS - Statistical Package for the Social Sciences.


Índice geral
Introdução......................................................................................................................1
CAPÍTULO 1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................6
1.1 - A segurança na prática de administração de medicamentos...............................7
1.2 - Cuidados de Enfermagem....................................................................................8
1.2.1 - Via gastrointestinal ou enteral..........................................................................10
1.2.2 - Via parenteral...................................................................................................10
1.3 - Medidas internacionais de segurança................................................................11
1.3.1 - Os passos dos nove (9) certos para administrar medicamentos....................12
1.3.2 - Identificação dos erros causados pela falta de conhecimento sobre os
cuidados de enfermagem na administração de medicamentos.................................12
1.3.3 - Erros de Medicação.........................................................................................14
CAPÍTULO 2 - METODOLOGIA.................................................................................18
2.1 – Metodologia........................................................................................................19
2.1.2 - Tipo de estudo.................................................................................................19
2.1.3 - Objecto de estudo............................................................................................20
2.1.4 - Campo de Acção..............................................................................................20
2.1.5 - Caracterização do hospital..............................................................................20
2.1.6 - Caracterização dos participantes....................................................................21
2.1.7 - População e amostra.......................................................................................21
2.1.8 - Técnicas e instrumentos de estudo.................................................................21
2.1.9 - Procedimento para processamento dos dados colhidos.................................23
2.1.10 - Procedimentos éticos.....................................................................................23
CAPÍTULO 3 – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.................24
3.1- Análise das informações colhidas por meio do questionário aos utentes...........25
Conclusão....................................................................................................................41
Recomendações..........................................................................................................43
Bibliografia...................................................................................................................44
APÊNDICE/ANEXOS..................................................................................................46
Declaração do Consentimento Informado...................................................................51
GUÍA DE OBSERVAÇÃO...........................................................................................58
Introdução
O preparo e a administração de medicamentos é uma das atribuições da
enfermagem, sendo o seu desempenho de grande relevância, por tratar-se de uma
das maiores responsabilidades da equipe no que se refere aos cuidados prestados
ao paciente. Actualmente, a administração incorrecta de medicamentos constitui um
grave problema nos serviços de saúde, sendo considerado um dos principais efeitos
adversos sofridos por pacientes hospitalizados (Mendes W & Travassos , 2005).

“No nosso quotidiano, as intercorrências decorrentes do uso de


medicamentos tornaram-se um grave problema de saúde ao nível social no nosso
país, revelando-se uma questão inquietante para a população em geral. A
administração de medicamentos é um processo que envolve vários profissionais
entre os quais estão médicos, farmacêuticos, enfermeiros, técnicos de Enfermagem,
entre outros. Na prática da Enfermagem, é uma função terapêutica das mais serias
responsabilidades, que envolve conhecimentos relacionados com a terminologia
medicamentosa, a acção, a dose, os efeitos colaterais, as vias e métodos, além da
segurança no momento da administração evitando riscos para o paciente (Gomes,
Almeida, Santos, Rodrigues, Medeiros; Costa, Theo Eduardo;, 2018)
A segurança do doente relacionado ao uso de medicamentos tem sido
abordada pelas publicações sobre o tema e motivado a elaboração de políticas
públicas em defesa da saúde pública, sendo que este traz consigo aspectos que
direccionam a actuação frente a execução do preparo e da administração dos
medicamentos, proibindo assim aos profissionais administrar medicamentos sem
conhecer indicação, acção da droga, via de administração e potenciais riscos,
respeitados os graus de formação do profissional, bem como executar prescrições e
procedimentos de qualquer natureza que comprometam a segurança da pessoa
(Gomes et al, 2018).
O papel da equipe de Enfermagem no processo de administração de
medicamentos é de grande relevância para a segurança e o restabelecimento da
saúde do doente, nestes casos o enfermeiro tem que ter a habilidade que se
relaciona com aspectos práticos, éticos e legais do exercício profissional. Em termos
legais é um dos cuidados mais arriscados que a equipe realiza, e de alta
complexidade (Gomes et al, 2018).
1
O desenvolvimento científico da área possibilita cada vez mais o emprego de
recursos terapêuticos e tecnológicos que promovam a recuperação da saúde,
destacando-se nesse contexto o uso de medicamentos. Todavia, devido ao amplo
consumo, a terapia medicamentosa pode gerar agravos à saúde, bem como,
eventos adversos e erros de medicação” (Perini & Coimbra, 2007).

A administração de medicamentos, um procedimento rotineiramente realizado


pela enfermagem, exige conhecimento científico e técnico que possibilite o
desenvolvimento de práticas sustentadas por evidências, constantemente
aprimoradas, tendo como objectivo a promoção de benefícios e a segurança do
paciente (Perini & Coimbra, 2007).

Justificativa
O tema justifica-se pelo facto de termos notado algum défice relevante na
administração de medicamentos por parte dos profissionais cujo mesmos utilizavam
procedimentos poucos favoráveis na aplicação dos cuidados e na administração dos
medicamentos aos pacientes. Este facto despertou a nossa curiosidade académica
e científica, no sentido de compreendermos os cuidados de enfermagem na
administração de medicamentos no Hospital Pediátrico do Lobito, de tal maneira
que, procuramos dar resposta á problemática identificada e contribuir para a redução
do índice de erros cometidos pelos profissionais de enfermagem, informando sobre
os cuidados a serem prestados pelos profissionais minimizando assim os riscos que
podem surgir no decorrer destas práticas.

Esta temática tem grande importância na nossa formação no âmbito do


desenvolvimento de mudanças de técnicas pré-estabelecidas, sendo que no
decorrer do tempo os próximos técnicos possam encontrar avanços nos cuidados de
enfermagem na administração de medicamentos, garantindo assim melhorias nos
cuidados a saúde da criança.

Segundo protocolo coordenado pelo Ministério da Saúde e ANVISA em


parceria com FIOCRUZ e FHEMIG que relata no seu anexo número três (protocolo
de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos), diz que diante
da possibilidade dos cuidados na administração de medicamentos, torna-se
relevante identificar a natureza e determinantes dos erros, como forma de dirigir

2
acções para a prevenção. Sendo que as falhas no processo de utilização de
medicamentos são consideradas importantes factores contribuintes para a redução
da segurança do paciente.

Considerando-se os cuidados de enfermagem, deve-se destacar o grupo de


medicamentos chamados de potencialmente perigosos ou de alta vigilância, que
possuem maior potencial de provocar dano no paciente quando existe falta de
cuidados na sua utilização. Erros envolvendo esses medicamentos têm maior
gravidade, sendo necessária a adopção de protocolos específicos para prevenção. A
incorporação de princípios para reduzir erros humanos minimizando os lapsos de
memória, promovendo acesso a informações sobre os medicamentos e
desenvolvendo padrões internos de treinamento reduz a probabilidade de falhas e
aumenta a chance de interceptá-las antes de resultar em prejuízo ao paciente
(SAÚDE, MINISTÉRIO DA, 2001).
Problemática
Actualmente, a administração incorrecta de medicamentos constitui um grave
problema nos serviços de saúde, sendo considerado um dos principais efeitos
adversos sofridos por pacientes hospitalizados. Nesse sentido, as instituições de
saúde bem como os seus profissionais estão constantemente debatendo questões
relacionadas com a busca pela qualidade da assistência e segurança do utente,
almejando assim evitar possíveis complicações.

Tendo em conta esse pressuposto, formulou-se a seguinte questão:


Quais são os cuidados de Enfermagem na administração de medicamentos
no Hospital Pediátrico do Lobito?

 Que procedimentos são utilizados pelos profissionais de enfermagem na


administração de medicamentos no Hospital pediátrico do Lobito?

 Como promover práticas seguras no uso de medicamentos em


estabelecimentos de saúde em função do atendimento e da dinâmica
hospitalar?

Assim, tendo em conta a problemática acima apresentada, formulamos os


seguintes Objectivos, para a presente investigação:

3
Objectivos
Geral:
 Analisar quais os cuidados de enfermagem na administração de
medicamentos no Hospital Pediátrico do Lobito.

Específicos:
 Elaborar uma visão de literatura, identificando os princípios dos cuidados de
enfermagem.

 Identificar os erros causados pela falta de conhecimento sobre os cuidados


de enfermagem na administração de medicamentos.

 Apresentar sugestões que possam garantir melhorias nos cuidados da


administração de medicamentos.

Tendo em conta os Objectivos elaborados, formulou-se as seguintes questões


de investigação:
Perguntas de investigação
 Quais os cuidados de enfermagem na administração de medicamentos?

 Quais são os princípios dos cuidados de enfermagem?

 Quais são os erros causados pela falta de conhecimento sobre os cuidados


de enfermagem na administração de medicamentos?

 Quais são as sugestões que possam garantir melhorias nos cuidados da


administração de medicamentos?

O trabalho apresenta-se estruturado em três capítulos antecedidos de uma


introdução, onde de forma explícita apresentamos as razões que motivaram a
escolha do tema (justificativa), o problema, Objectivos da investigação, e as
perguntas científicas.
Segue-se o primeiro capítulo, denominada fundamentação teórica, através do
qual se fez uma revisão bibliográfica onde procuramos fundamentar com ideias de
autores diferentes que apresentam abordagens sobre os Cuidados de Enfermagem
na Administração de Medicamentos no Hospital Pediátrico do Lobito (H.P.L).
No segundo capitulo, fizemos a apresentação dos pressupostos metodológicos
e científicos utilizados, para além de fazermos a caracterização do contexto em que
4
se desenvolveu a investigação. Apresentamos também os instrumentos de recolha
de dados, bem como a forma de tratamento da informação recolhida, para posterior
análise e interpretação.
O terceiro capítulo está dedicado à apresentação dos resultados obtidos na
investigação, com base na análise das informações colectadas por meio dos
diferentes instrumentos de recolha de dados utilizados.
Após o terceiro capítulo, são apresentadas as conclusões. Para apresentação
da bibliografia consultada para a elaboração do presente trabalho, seguimos as
Normas da APA, 6ª Edição, tendo em conta o previsto no regulamento de trabalhos
de fim de curso do Instituto Superior Politécnico de Benguela.

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CAPÍTULO 1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

6
1.1 - A segurança na prática de administração de medicamentos

A Enfermagem pode ser definida como a ciência do cuidar, em que os


profissionais, utilizando conhecimento técnico-científico, prestam assistência ao
indivíduo, nas suas necessidades biológicas, psicológicas e espirituais, e à
comunidade onde ele esteja inserido. Compete também à Enfermagem a
participação na educação dos pacientes e da comunidade, visando à promoção da
saúde (Cândido, 2004).

Os profissionais de enfermagem podem vivenciar no dia-a-dia, conflitos de


natureza ética, como eutanásia, escolha por tratamentos alternativos, injustiça
social, recusa de tratamento e doação de órgãos, fazendo-os reflectir sobre seus
valores pessoais, que, inúmeras vezes, não correspondem às escolhas dos
pacientes.

Administração de medicamentos: é um procedimento realizado de forma


corriqueira por profissionais de Enfermagem, tornando necessária a capacitação
destes profissionais para esta prática (Ana Paula Miranda Barreto, Fabiano
Rodrigues dos Santos,Madalena Monterisi Nunes,Rodrigo Sala Jeronimo, 2010).

Segundo o (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2001) Definem que a administração de


medicamentos é uma das funções assistenciais exercida, na maioria das vezes, pela
equipe de enfermagem, decorrendo da implementação da terapêutica médica.

Segundo Cheregatti & Jeronimo (2010) conceitua alguns itens que é de muita
relevância para o conhecimento de medicamento no nosso seio hospitalar.

Biodisponibilidade: é definida como a fracção do medicamento administrado


que atinge a circulação sistémica.

Farmacocinética: é o ramo da farmacologia que estuda o movimento do


medicamento dentro do organismo nas fases de absorção, distribuição,
biotransformação e eliminação.

Farmacodinâmica: é o ramo da farmacologia que estuda o local e o


mecanismo de acção, e os efeitos do medicamento no organismo.

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Droga: é qualquer substância que apresenta como característica a
capacidade de alterar a função dos organismos vivos, acarretando mudanças
fisiológicas e/ou comportamentais.
Fármaco: droga com acção benéfica sobre o organismo. Pode-se utilizar
também o termo medicamento. Substância denominada princípio activo de um
medicamento.
O Enfermeiro é o profissional responsável pelo processo de administração de
medicamentos, se constituindo no líder da equipe de enfermagem e assumindo
papel fundamental tanto no cuidado ao paciente que se encontra em terapia
medicamentosa quanto na disseminação do conhecimento acerca desta prática para
a equipe. Entre os cuidados no processo de administração de medicamentos
destacam-se a avaliação da pré-administração e dose, acompanhamento dos efeitos
terapêuticos, identificação e redução de efeitos adversos, prevenção de interacções
medicamentosas e controle da toxicidade. (Ana Paula Miranda Barreto, Fabiano
Rodrigues dos Santos,Madalena Monterisi Nunes,Rodrigo Sala Jeronimo, 2010)

1.2 - Cuidados de Enfermagem

É um conjunto de acções terapêuticas baseados em saberes técnico-


científicos que consideram os aspectos sociais, económicos, culturais, políticos e
religiosos; são organizados de forma pensada e planejada para o alcance dos
resultados desejáveis no tratamento do cliente com a participação da família
(Cândido, 2004).
Todo o profissional envolvido no programa de medicamentos tem a
responsabilidade de trabalhar em conjunto, para minimizar os danos causados aos
pacientes, sendo assim temos algumas classificações de medicamentos que
necessitamos conhece-los quanto a sua forma, apresentação e sua acção. Quanto a
sua forma e apresentação, os medicamentos podem ser classificados em sólidos,
líquidos, semi-sólidos e gasosos. Os medicamentos disponíveis na forma sólida são
divididos em comprimidos, drageias, pós, granulados, cápsulas, pílulas, supositórios
e óvulos. Os medicamentos na forma líquida são as soluções, os xaropes, os
elixires, as suspensões, as emulsões e os injectáveis. Já os medicamentos na forma
gasosa são os aerossóis, e os semi-sólidos são os cremes, as pomadas, os
unguentos, as loções, os géis e as pastas (Cheregatti & Jerónimo, 2010).

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Segundo (Gomes, Almeida, Santos, Rodrigues, Medeiros; Costa, Theo Eduardo;,
2018) Para utilizarem esses medicamentos é necessários ter em conta os seguintes
cuidados gerais:
 Todo medicamento requer prescrição médica;
 O ideal é que a prescrição seja feita por escrito. Prescrições por ordem
verbais somente devem ocorrer em situações de risco de morte;
 Todo medicamento deve ter rótulo,
 Todo medicamento deve estar dentro do prazo de validade;
 Não administrar medicamento preparado por outro profissional;
 Informar-se sobre acção, dose e efeitos colaterais dos medicamentos;
 Em situações duvidosas, não administrar o medicamento;
 Manter os medicamentos em condições especiais para uso, como
refrigeração e fotossensibilidade;
 Os medicamentos devem ser armazenados em locais apropriados;
 Medicamentos controlados devem ser segregados. Para conhecermos os
cuidados gerais destes é necessário conhecermos algumas vias de
administração de medicamentos.
Segundo (Gomes, Almeida, Santos, Rodrigues, Medeiros; Costa, Theo
Eduardo;, 2018, pp. 56-78), Diz que a via de administração de medicamentos
depende entre outros factores: da rapidez com que se deseja a acção do
medicamento da natureza e quantidade do medicamento a ser administrado e das
condições do paciente. A Enfermagem é a arte de cuidar do doente, tendo
participando também na administração de medicamentos por diversas vias
relacionadas abaixo.
Via gastrointestinal: via oral, via sublingual, via sonda nasogastrica e via retal,
Via vaginal, via ocular, via nasal, via auricular ou otológica, Via tópica ou
cutânea
Via parenteral: via intradermica ou intracutanea (ID), via subcutânea ou
hipodermica (SC), via intramuscular (IM), via endovenosa (EV) ou intravenosa (IV).

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1.2.1 - Via gastrointestinal ou enteral

O sistema gastrointestinal permite a absorção de medicamentos através da


via oral, sublingual, por sonda nasogastrica, nasoenteral ou gastrostomia e retal,
descritos a seguir.
A via oral é a administração de medicamentos pela boca, absorvidos
principalmente no estômago e intestino.
A via sublingual é a administração de medicamentos sob a língua.
Via gastrointestinal por sonda nasogastrica, nasoenteral ou gastrostomia
consiste na introdução de medicamentos através de uma sonda nasogastrica ou
nasoenteral.
Via retal é a introdução de medicamentos através do ânus, sob a forma de
supositório, pomada e clister medicamentoso.
Via vaginal é a introdução e absorção de medicamentos (óvulos, pomadas,
geleias, lavagem vaginal) na mucosa vaginal.
Via ocular é a administração de medicamentos na conjuntiva ocular sob
forma de colírio ou pomadas.
Via nasal é a administração de medicamentos na narina.
Via auricular ou via otológica é a introdução de medicamentos no canal
auditivo externo.
Via tópica ou cutânea mucosa é a aplicação de medicamento na pele,
podendo ter acção local ou geral, e absorvida pela camada epidérmica para dentro
da derme.

1.2.2 - Via parenteral

A via parenteral significa administração de medicamentos ou nutrientes nos


tecidos corporais.
Intradérmica ou intracutanea (ID): aplicação de medicamentos sob a derme.
Subcutânea ou hipodérmica (SC): introdução de medicamentos no tecido
subcutâneo.
Intramuscular (IM): introdução de medicamentos em um musculo.
Intravenosa ou endovenosa (IV ou EV): aplicação de medicamentos em um
acesso venoso periférico ou central.

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A administração de medicamentos é um processo multi e interdisciplinar, que
exige conhecimento técnico e prática. Para a administração segura, são necessários
conhecimentos sobre Farmacologia, Anatomia, Fisiologia, Microbiologia e
Bioquímica. A equipe de enfermagem deve seguir tradicionalmente os nove certos
na administração de medicamentos. Desde então diferentes autores propõem o uso
dos certos, sendo que Todo profissional de saúde, ao administrar um medicamento,
deve sempre checar, os nove certos: Paciente certo, Medicamento certo, Via certa,
Hora certa, Dose certa, Documentação certa (Registro certo), Razão, Forma certa e
Resposta certa (Ana Paula Miranda Barreto, Fabiano Rodrigues dos
Santos,Madalena Monterisi Nunes,Rodrigo Sala Jeronimo, 2010).

1.3 - Medidas internacionais de segurança

Florence Nightingale escreveu, em 1863, Primium non nocere, que em


português significa: “Primeiramente, não cause danos”. Essa frase traduz a
preocupação, já naquela época, com a segurança do paciente.

Há séculos, medicamentos são utilizados para o alívio de sintomas e o


tratamento de doenças. Apesar do desenvolvimento tecnológico e científico, erros
envolvendo medicamentos ainda são frequentes. Uma pesquisa desenvolvida por
(Melo e Pedreira, em 2005), demonstrou que 21,1% dos fármacos prescritos
apresentam erros de dosagem ou diluição. Esse estudo foi realizado em um hospital
pediátrico, por meio da observação em prontuários de crianças. As falhas vão desde
o não recebimento do medicamento até lesões e mortes decorrentes da
administração de fármacos.
Vários factores têm colaborado para essa estatística, entre eles:
 Diversidade de medicamentos disponíveis para uso.
 Desconhecimento de posologia.
 Desconhecimento de interacção medicamentosa.
 Desconhecimento de técnicas de administração.
 Ilegibilidade das prescrições médicas.
 Inexperiência dos profissionais de enfermagem.
 Negligência por parte dos profissionais da área da saúde.
 Desactualização de avanços tecnológicos.
 Desconhecimento do manuseio de equipamentos.
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1.3.1 - Os passos dos nove (9) certos para administrar
medicamentos

Paciente certo: Deve-se perguntar ao paciente seu nome completo antes de


administrar o medicamento e utilizar no mínimo dois identificadores para confirmar o
paciente correcto.
Medicamento certo: Conferir se o nome do medicamento que tem em mãos
é o que está prescrito. O nome do medicamento deve ser confirmado com a
prescrição antes de ser administrado.
Via certa: Identificar a via de administração prescrita.
Hora certa: Preparar o medicamento de modo a garantir que a sua
administração seja feita sempre no horário correcto, para garantir adequada
resposta terapêutica.
Dose certa: Conferir atentamente a dose prescrita para o medicamento.
Documentação certa (Registo certo): Registar na prescrição o horário da
administração do medicamento.
Razão: Esclarecer dúvidas sobre a razão da indicação do medicamento, sua
posologia ou outra informação antes de administrá-lo ao paciente junto ao prescritor.
Forma certa: Checar se o medicamento a ser administrado possui a forma
farmacêutica e via administração prescrita.
Resposta certa: Checar se o medicamento a ser administrado possui a forma
farmacêutica e via administração prescrita.

1.3.2 - Identificação dos erros causados pela falta de


conhecimento sobre os cuidados de enfermagem na
administração de medicamentos.

A administração de medicamentos, é uma prática realizada nas instituições


hospitalares sob responsabilidade da equipe de enfermagem, deve ser vista por
todos os profissionais de saúde envolvidos com a terapia medicamentosa sendo,
portanto, apenas uma das etapas do processo de medicação (CRUZ, 2011).

Com a finalidade de promover práticas seguras no cuidado prestado ao


paciente, o Ministério da Saúde (MS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) lançaram em 2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente, cujo
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objectivo consiste em prevenir e reduzir a incidência de eventos adversos -
incidentes que resultam em danos ao paciente, tais como quedas, administração
incorrecta de medicamentos e erros em procedimentos cirúrgicos - nos serviços de
saúde públicos e privados.

Este programa é composto por seis protocolos básicos de segurança do


paciente, dentre os quais destacam-se aqueles que tratam da segurança na
prescrição, uso e administração de medicamentos, a ser aplicado em todos os
estabelecimentos que prestam cuidados à saúde, em todos os níveis de
complexidade, em que medicamentos sejam utilizados para profilaxia, exames
diagnósticos, tratamento e medidas paliativas (Cândido, 2004). Por segurança do
paciente entende-se a prevenção de erros no cuidado dispensado ao cliente, bem
como de danos causados por tais erros.

Dessa forma, os erros cometidos pela equipe de enfermagem, resultante ou


não de uma acção intencional causado por alguma falha ou problema, durante a
assistência ao paciente, bem como preparo e administração de medicamentos,
comprometem a segurança dos pacientes (Galiza, Dayze Djanira Furtado de
Galiza,Orlando Francisco de Moura,Valeria Lima de Barros,Givaneide Oliveira de
Andrade Luz, 2014)

Ademais, a National Coordinating Council for Medication Error Reporting and


Prevention (NCC-MERP, 1998), organização não governamental americana, define
erros de medicação (EM) como qualquer evento que pode causar ou induzir ao uso
inconveniente dos mesmos, gerando danos ao paciente, enquanto a droga está sob
o controle do profissional de saúde, paciente ou consumidor, estando o erro
relacionado a diversos factores (Galiza, Dayze Djanira Furtado de Galiza,Orlando
Francisco de Moura,Valeria Lima de Barros,Givaneide Oliveira de Andrade Luz,
2014).

Essa mesma organização sugere uma classificação para os tipos de erros,


sendo eles: omissão de dose, diluição errada, cálculo de dose errada, técnica
errada, via de administração errada, velocidade errada, monitoramento e duração
errada, horário errado, cliente errado e administração de medicamentos errado ou
deteriorados.

13
A administração e o preparo de medicação, para a enfermagem, é um dos
procedimentos realizados com maior frequência e também uma das áreas de maior
risco para a sua prática. Esses procedimentos demandam conhecimentos
científicos, técnicos, éticos e legais, que fundamentam os profissionais de
enfermagem, levando ao cliente uma assistência livre de danos causados por
negligência, imperícia ou imprudência.

Assim sendo, conhecer os principais factores de risco (FR) que podem levar
ao erro pode colaborar na prevenção dos mesmos. Afinal, fornecer um ambiente
seguro para o preparo e administração de medicamentos envolve um grande
número de recursos, tanto físicos (luminosidade, controle de temperatura, presença
de ruídos, interrupções pessoais ou por telefone) como humanos (aquisição de
conhecimentos e anos de experiência), dentre outros.

1.3.3 - Erros de Medicação

É definido como erro de medicação qualquer evento evitável que possa levar
a um uso inadequado de um medicamento ou que ponha em risco a segurança do
paciente ( Gomes , 2018).

Por estar presente na assistência de enfermagem, a terapia medicamentosa


coloca em risco a segurança do paciente quando se comete erros, podendo trazer
danos à saúde do cliente e prejudicar a instituição na qual o profissional trabalha,
além de comprometer a equipe de enfermagem que fica sob pena da sua
responsabilização perante os conselhos regionais e provinciais de enfermagem,
nomeadamente estabelecidas por lei do Código de Ética dos profissionais de
Enfermagem. Perante a possibilidade de prevenção dos erros de medicação, assim
como do risco de dano em função da sua ocorrência, torna-se relevante identificar
os principais erros cometidos pela equipe de enfermagem, como forma de conduzir
as acções para a prevenção dos mesmos. Afinal, as falhas no processo de utilização
de medicamentos são consideradas importantes factores contribuintes para a
redução da segurança do paciente. Dessa forma, o objectivo desse estudo foi
identificar os principais erros no preparo e administração de medicamentos
cometidos pela equipe de enfermagem de um hospital público pediátrico do
município do lobito situado no bairro da Luz.

14
Na Tabela 1 apresenta-se uma lista de falhas apuradas em um estudo de (Carvalho &
Cassiani, 2000)

Quadro 1- Erros de medicação observados com maior frequência no


hospital pediatrico do Lobito

Categorias Descrição
Escolha incorreta do
Erro de prescrição.
medicamento (erro na indicação,
contraindicação, alergias conhecidas,
dentre outros)
A farmácia deveria ter
dispensado metronidazol, mas
Erro de dispensação
dispensou cloridrato de ciprofloxacino.
As embalagens para proteção da
luminosidade são semelhantes.
Não administração de um
medicamento prescrito para o paciente.
Ex: Paciente estava no banho
Erro de omissão
durante o horário de administração do
medicamento. O profissional de
enfermagem deixou o medicamento na
bandeja e se esqueceu de avisar que
não havia sido administrado o
medicamento das 12 horas para o
profissional do turno seguinte.
Considera-se erro de horário a
administração do medicamento fora do
intervalo de tempo estabelecido pela
instituição, conforme o aprazamento da
Erro de horário
prescrição (geralmente se considera
hora certa se o atraso não ultrapassa
meia hora, para mais ou para menos).
• Paciente encontrava-se no setor
de diagnósticos por imagem no horário
15
de administração de antibiótico. O
medicamento foi administrado após o
retorno do paciente, com mais de 1 hora
de atraso.
Administração de medicamento
não autorizado pelo médico.
Erro de administração não autorizada
de medicamento Ex: Estava prescrito cloridrato de
midazolam 5mg via intravenosa a
critério médico. O paciente estava
agitado e a enfermeira administrou uma
dose sem solicitar a avaliação prévia do
médico.
Administração de uma dose extra
do medicamento.
Erro de dose Ex: O antibiótico foi suspenso na
prescrição médica. O profissional de
enfermagem não foi comunicado e não
conferiu a prescrição antes de
administrar o medicamento. O paciente
recebeu uma dose extra do antibiótico.
Considera-se erro de
Erro de apresentação
apresentação a administração de um
medicamento em apresentação
diferente da prescrita.
Ex: Administração da
apresentação intravenosa de Cloreto de
Potássio 19,1% por via enteral.
Falha na técnica de assepsia.
Ex: Ao preparar o soro de
Erro de preparo
manutenção,
não foi realizada a assepsia das
ampolas de eletrólitos a serem
adicionados na solução.

16
Administração do medicamento
por via diferente da prescrita. Ex:
Erro de administração
O medicamento cloridrato de
prometazina
prescrito por via intramuscular foi
administrado por via intravenosa.
Administração de medicamento
com data de validade expirada.
Erro com medicamentos deteriorados
Ex: penicilina cristalizada com
data de validade expirada estava
armazenada na farmácia e foi
administrada ao paciente.

Fonte: elaboração propria.

17
CAPÍTULO 2 - METODOLOGIA

18
2.1 – Metodologia

Para Fonseca 2002, citado por (Gerhardt & Silveira, 2009), methodos significa
organização, e logos, estudo sistemático, pesquisa, investigação; ou seja,
metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos, para se
realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente,
significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma
pesquisa científica.
Para (Prodanov & Freitas, 2009) Método científico é o conjunto de processos
ou operações mentais que devemos empregar na investigação. É a linha de
raciocínio adoptada no processo de pesquisa.
O método científico se refere a um conjunto de actividades sistemáticas e
racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo –
conhecimentos válidos e verdadeiros – traçando o caminho a ser seguido,
detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. (Lakatos & Marconi, 2003)
Segundo estes autores, o método funciona como um guia para estudar um
problema, permitindo assim o alcance dos objectivos propostos.

2.1.2 - Tipo de estudo

Partindo deste pressuposto o tipo de metodologia utilizada foi estatística


descritiva. Os critérios de estudo que foram utilizados são os seguintes:
 Quanto a Natureza ou Finalidade é Básica:

É aquela em que envolve verdades e interesses universais, procurando gerar


conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência, sem aplicação prática prevista.
Envolve verdades e interesses universais. (Prodanov & Freitas, 2009).
 Quanto ao objectivo de estudo é Exploratória:

‘’Visa a proporcionar maior familiaridade com o problema, tornando-o explícito


ou construindo hipóteses sobre ele’’ (Prodanov & Freitas, 2009, p. 127).
 Quanto a Abordagem é Pesquisa Mista:

Realiza-se a junção da abordagem quantitativa, e qualitativa. Segundo


(Prodanov & Freitas, 2009) na Abordagem Qualitativa o ambiente natural é a fonte
directa para colecta de dados, interpretação de fenómenos e atribuição de
19
significados. Na abordagem Quantitativa requer o uso de recursos e técnicas de
estatística, procurando traduzir em números os conhecimentos gerados pelo
pesquisador.
Na visão de (Creswell, 2007) Esses procedimentos se desenvolveram em
resposta à necessidade de esclarecer o objectivo de reunir dados quantitativos e
qualitativos em um único estudo (ou em um programa de estudo).
Pretendemos com a presente investigação, averiguar a que nível se encontra
os cuidados de enfermagem na administração de medicamentos no hospital
pediátrico do Lobito, e contribuir para uma mudança na atitude dos profissionais de
saúde em relação aos cuidados de enfermagem na administração de medicamentos.
Por este motivo, a nossa investigação enquadra-se no paradigma misto, por recorrer
à utilização de técnicas de investigação quantitativas e qualitativas, através da
recolha de dados feita por meio de questionários e observação, feitos pela
investigadora aos utentes/profissionais no hospital pediátrico do Lobito.

2.1.3 - Objecto de estudo


O objecto de estudo da presente investigação baseia-se nos Cuidados de
Enfermagem na Administração de Medicamentos no Hospital Pediátrico do Lobito.

2.1.4 - Campo de Acção


O presente estudo foi realizado no Hospital Pediátrico do Lobito.
2.1.5 - Caracterização do hospital
O hospital regional do Lobito, foi construído em 1958. Com a proposta de
reabilitação em 2002, foi fechado ao público e parado durante seis (6) anos e
reaberto em 10 de Janeiro de 2008, com a mesma estruturara física, isto é, sem
ampliação nem criação de estruturas novas, apenas sofreu pinturas e mudanças de
loiças sanitárias.
Quanto a estrutura e aspecto físico, olhando para o crescimento populacional
da cidade do lobito a actual estrutura já, não satisfaz o fluxo de pacientes que têm
procurado os serviços de neonatal, encontrando-se debilitada e necessitando de
uma reabilitação geral. Pela sua localização geográfica para além de atender a
população local também são atendidas pacientes provenientes de outras
localidades, como são os casos dos municípios vizinhos do Balombo, Catumbela,
Bocoio, as comunas da canjala e Biópio, bem como de algumas províncias
20
circunvizinhas que permanentemente encaminham seus casos para as unidades
hospitalares principais do município sede do Lobito acima já citadas. Actualmente o
hospital geral agora regional do Lobito é considerado a maior unidade de referência
da região norte de Benguela
Geograficamente está localizado a Norte da província de Benguela, Município
do Lobito, no Bairro da Luz, tem capacidade real de 150 leitos, na realidade só
existem 124 camas.
Localizado a este pela área projectada, a sul pela rua do contente, e a este
pela avenida associada de Geografia e a oeste pelo mar. O Hospital Pediátrico do
Lobito ocupa uma área de 450 km2.
2.1.6 - Caracterização dos participantes

A população submetida ao inquérito por questionário foi composta por


profissionais do hospital pediátrico do Lobito, na qual 28 eram do sexo feminino, 22
do sexo masculino, não havendo algum inquirido que não respondeu a questão
relacionada ao sexo, o que faz um total de 50 inquiridos.

2.1.7 - População e amostra

Para o alcance dos objectivos propostos, amostra de estudo foi composto por
50 pessoas, profissionais de Enfermagem da unidade hospitalar. Não foram
excluídos para o estudo profissional, de modo que só foi inquirido aquele profissional
que se fez presente naquele turno.
O tipo de amostra é Não probabilística, por conveniência, pelo facto de que os
profissionais não são permanentes, e dependerem da ocasião. Foi do fórum
intencional pelo facto de que os profissionais eram escolhidos em função da
capacidade de percepção para o preenchimento do questionário.

2.1.8 - Técnicas e instrumentos de estudo

A palavra técnica vem do grego tékhne e significa arte. Técnica subentende o


modo de proceder em seus menores detalhes, a operacionalização do método
segundo normas padronizadas. (Oliveira, 2011) Para atingir os objectivos propostos
na nossa investigação, recorremos a um conjunto de técnicas, seleccionados de
acordo com os objectivos a que nos propusemos alcançar. Deste modo, para a

21
recolha de dados utilizou-se as seguintes técnicas: O Inquérito por questionário,
observação, e pesquisa bibliográfica.
Questionário - É um instrumento de colecta de dados constituídos por uma
série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo
informante, sem a presença do pesquisador (Gerhardt & Silveira, 2009).
Segundo (Cervo & Bervian, 2002), o questionário “[...] refere-se a um meio de
obter respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante preenche”.
A escolha do questionário, como instrumento de recolha de dados
quantitativos, se deu pelo facto de que o mesmo ajuda a levantar a opiniões, e
situações vivenciadas dos inquiridos, ao mesmo tempo que também permite
economizar tempo e permite atingir grande número de dados. Outro facto que
motivou-nos, foi porque o mesmo oferece aos profissionais maior liberdade nas
respostas, por causa do anonimato.
O tipo de perguntas empregue no nosso questionário foi a de perguntas
fechadas.
 Observação - é aplicar os sentidos, a fim de obter uma determinada
informação sobre algum aspecto da realidade. (Rudio, 1978)
De acordo com o grau de formalização da observação, a nossa observação é
do fórum estruturada. Ou seja é aquela em que se realiza em condições controladas,
para se responder a propósitos, que foram anteriormente definidos (Rudio, 1978).
A observação também é considerada uma colega de dados para conseguir
informações sob determinados aspectos da realidade. Ela ajuda o pesquisador a [...]
identificar e obter provas a respeito de objectivos sobre os quais os indivíduos não
têm consciência, mas que orientam seu comportamento. (Lakatos & Marconi, 2003).
A observação também obriga o pesquisador a ter um contacto mais directo com a
realidade.
 Pesquisa Bibliográfica: (Lakatos & Marconi, 2003) defendem que a
pesquisa bibliográfica consiste no levantamento da bibliografia já publicada, quer
seja em livros, jornais, revistas, publicações avulsas. O seu objectivo é fazer com
que o investigador conheça o material escrito sobre o assunto que pesquisa, sendo
auxiliar na análise de suas pesquisas ou na manipulação de suas informações.
O objectivo da utilização do inquérito e a observação como técnica de recolha
de dados, é de proceder uma triangulação entre o que dizem as literaturas sobre o

22
contexto estudado, as informações fornecidas pelos utentes através do questionário,
e o que de facto foi observado na prática dos profissionais da urgência.
Segundo (Creswell, 2007), a técnica de triangulação pode ser usada para
validar os dados por meio da comparação entre fontes de dados distintas,
examinando-se a evidência dos dados e usando-os para construir uma justificativa
para os temas.
2.1.9 - Procedimento para processamento dos dados colhidos
A análise e tratamento de dados serão feitos através da análise e interpretação
dos dados, bem como estatística descritiva com a apresentação por meio de tabelas
gráficos com o uso do programa Microsoft Excel 2013 e o pacote estatístico SPSS
(Statistical Package for the Social Sciences), Versão 20,0.
2.1.10 - Procedimentos éticos
Ética é a ciência da conduta humana; é o princípio sistemático da conduta
moralmente correcta (Prodanov & Freitas, 2009).
‘’Ética na pesquisa científica indica que o estudo em questão deve ser feito de
modo a procurar sistematicamente o conhecimento, por observação, identificação,
descrição, investigação experimental, produzindo resultados reprodutíveis, realizado
de forma moralmente correcta’’ (Prodanov & Freitas, 2009, pp. 45,46).
Para a realização deste estudo, foi endereçada uma carta a Direcção do
Hospital Geral de Benguela pelo Instituto Superior Politécnico De Benguela, com a
explicação sobre a necessidade e importância da realização desta pesquisa.
Todo o trabalho foi realizado, a luz dos princípios éticos, tendo em conta
essencialmente o consentimento informado, na qual os participantes após terem
sido esclarecidos, fizeram-no de forma voluntária, tendo a oportunidade de terem o
conhecimento sobre qual é o propósito da nossa pesquisa, bem como a
oportunidade que os mesmos dispõem do Princípio Ético da Objecção de
Consciência. Concomitantemente, se teve em conta o direito a garantia do
anonimato, bem como os Princípios básicos da Bioética: Beneficência, Não
Maleficência, Justiça, e a Autonomia. O consentimento livre e esclarecido do
participante é uma exigência e é, sem dúvida, um dos pilares da ética nas pesquisas
científicas.

23
CAPÍTULO 3 – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS

24
3.1- Análise das informações colhidas por meio do
questionário aos utentes.

Neste capítulo, fazemos a apresentação dos resultados obtidos na presente


investigação. Durante o processo de recolha de dados, distribuiu-se questionário aos
profissionais do hospital pediátrico do Lobito. De seguida, apresentamos os
resultados da análise dos Questionários aos profissionais:

No que concerne ao sexo da população inquirida, o resultado do questionário


demonstrou que: 44% era do sexo masculino, e 56% do sexo feminino. Não
havendo algum inquirido que não respondeu a esta opção, sendo considerado nulo.

Sexo
120
100 100
100

80

60 56
50 50
44
40 28
22
20
0 0
0
Masculino Feminino Total
Válido Nulo Total

Frequência Percentagem (%)

Gráfico 1- Sexo.
No que concerne a faixa etária da população inquirida, o resultado do
questionário demonstrou que: 38% esta da faixa dos 19 aos 30, 22% esta na faixa
dos 31 aos 40 anos, da faixa dos 41 aos 50 temos 32% e 8% para mais de 46 anos
como mostra a tabela abaixo.

25
Faixa Etária
120
100 100
100
80
60 50 50
38
40 32
19 22
20 11 16
4 8 0 0
0
Menos de De 31 aos De 41 aos Mais de Total
19 aos 30 40 anos 50 anos 46 anos
anos
Válido Ausente Total

Frequência Percentagem (%)

Gráfico 2- Idade.
O gráfico acima faz menção da faixa etária, na qual 19 dos inquiridos possuía
menos de 19 aos 30 anos, 11 estavam na faixa etária dos 31 aos 40 anos, 16 na
faixa dos 41 aos 50 anos, 4 inquiridos com mais de 46 anos de idade.

26
Gráfico
3-
Formação Académica
120
100 100
100
80
60 54 50 50
46
40 23 27
20
0 0 0
0
Ensino Licenciado Mestre Total
Médio
Válido Ausente Total

Frequência Percentagem (%)


Formação Académica

No que diz respeito a formação académica, participaram do nosso estudo 23


inquiridos com o Ensino Médio, 27 licenciados, Entretanto, todos inquiridos foram
profissionais do hospital pediátrico do Lobito, nos meses de Outubro, Novembro e
Dezembro.
Os gráficos e tabelas supra mencionados, fazem referência a caracterização
dos inquiridos. Segue-se então o resultado das posteriores questões aos
profissionais daquela unidade hospitalar:

27
Grau de satisfação com as condições de
trabalho
120
100 100
100

80

60 50 50
46 42
40
23 21
20 10
1 2 5
0 0
0
Muito Insatisfeito Muito satisfeito Total
insatisfeito satisfeito

Frequência Percentagem (%)

Gráfico 4- Grau de satisfação com as condições de trabalho

O gráfico supra citado, faz menção ao acto dos profissionais de saúde terem os
cuidados de enfermagem na administração de medicamentos na pediatria, bem
como o grau de satisfação com as condições de trabalho naquela unidade
hospitalar. De acordo com o resultado do estudo feito 46% dos inquiridos afirmou
que está insatisfeito, 42% afirmou que está satisfeito, 10% afirmou que está muito
satisfeito, e 2% afirmou que está muito insatisfeito.
Este resultado revela que há de facto um grau de insatisfação muito grande,
tendo em o êxito e a qualidade da actividade profissional depende muito da
disponibilidade de matérias e não, bem como das condições de trabalho
apropriadas. Este dado revela um aspecto não muito positivo no que tange a
observância dos cuidados de enfermagem na administração de medicamentos na
pediatria do Lobito, pois quando tais condições e qualidade de trabalho são
disponibilizadas, faz com que os mesmos se sintam mais engajados.

28
Das condições necessarias para o cuidado na administração
de medicamentos têm observado
120
100 100
100

80

60 50 50
38 36
40
19 18 16
20 10 8
5 0 0
0
Metabolismo Os passos Todas Nenhuma Total
dos 9 certos

Frequência Percentagem (%)

Gráfico 5- Observância dos cuidados de enfermagem na administração


de medicamentos na pediatria.

O gráfico acima faz menção ao acto dos profissionais de saúde terem os


cuidados de enfermagem na administração de medicamentos na pediatria, naquela
unidade hospitalar, no que tange as condições necessárias para o cuidado na
administração de medicamentos têm observado. De acordo com o resultado do
questionário, 38% dos inquiridos afirmou que recorre aos passos dos nove (9) certos
para administrar medicamento, 36% afirmou que todas, 16% afirmaram nenhuma e
10% afirmou que têm sim observado a absorção, distribuição, metabolismo e
excreção da mesma.
O resultado do inquérito revela um aspecto positivo, tendo em conta que na
sua maioria recorre aos passos dos nove certos e muitos dos profissionais observa
todas essas práticas tal como também faz as práticas da mesma.
A maior parte dos estudos de investigação demonstrou claramente que se
obtém resultados positivos, quando de forma simples aplica-se os nove certos, de
modos a ter um controlo rigoroso no que concerne a administração de
medicamentos (Morrison, 2001).

29
Observância dos cuidados de enfermagem na
administração de medicamentos na pediatria:
120
100 100
100

80

60 50 50
46
42
40
23 21
20 10
5
1 2 0 0
0
Grau de Nulo Total
satisfação

Frequência Percentagem (%)

Gráfico 6 - Observância dos cuidados de enfermagem na administração


de medicamentos na pediatria:

Dificuldades durante os cuidados de enfermagem


na administração de medicamentos
120
100
100
80
60 50
40
40 34
17 20
14
20 5 10 7
1 2
0
Nunca Poucas Algumas Sempre
vezes vezes
falta de conhecimento Ausente Total
cientifico em
farmacologia

Frequência Percentagem (%)

Gráfico 7-Dificuldades durante os cuidados de enfermagem na


administração de medicamento (Falta de conhecimento científico em
farmacologia).
A tabela acima faz menção do acto de os enfermeiros mostrarem dificuldades
na administração dos medicamentos, no que concerne a falta de conhecimento
científico em farmacologia. De acordo com o resultado do inquérito, 40% dos
inquiridos afirmou que algumas vezes têm tido dificuldades, 10% responderam que
30
nunca tiveram dificuldades, 34% tiveram dificuldades poucas vezes, 14% têm tido
dificuldades sempre e 2% da população se ausentou.
De acordo o resultado do inquérito aplicado, este dado revela mais um aspecto
positivo, pois dos 50 inquiridos somente 14%, que corresponde a minoria, têm tido
dificuldades sempre, mas não obstante esta percentagem deve-se ter em conta
porque quando se fala da administração de medicamentos em pacientes todo o
cuidado é pouco porque tratamos de vidas humanas.

Dificuldades durante os cuidados de enfermagem na


administração de medicamento:
120
100
100

80

60 50
44
38
40
22 19
20 8 8
4 4 1 2
0
Nunca Poucas Algumas Sempre
vezes vezes

Frequência Percentagem (%)

Gráfico 8- Dificuldades durante os cuidados de enfermagem na administração


de medicamento (Falta de conhecimento técnico e habilidade).
.
A tabela acima faz menção do acto de os enfermeiros mostrarem dificuldades
na administração dos medicamentos, especificamente na falta de conhecimento
técnico e habilidade. De acordo com o resultado do inquérito: 44% dos inquiridos
afirmou que tem tido dificuldades poucas vezes, 38% disse que ter mas somente
algumas vezes apenas, 8% afirmou que nunca teve dificuldades e o mesmo número
afirmou ter tido sempre dificuldades.

31
Dificuldades de relacionamento com os utentes.
120
100
100

80

60 50
38
40 30
16 15 19
20
8 4 8 4 8
0
Nunca Poucas Algumas Sempre
vezes vezes

Frequência Percentagem (%)

Gráfico 9- Dificuldades durante os cuidados de enfermagem na


administração de medicamento (Dificuldades de relacionamento com os
utentes).

O gráfico acima, refere-se ao acto de os profissionais de saúde terem


dificuldades na administração dos medicamentos, especificamente no
relacionamento com seus utentes conforme mencionado na alínea C da terceira
pergunta do questionário. De acordo com o questionário aplicado: 38% afirmou que
sim têm tido algumas vezes, 30% afirmou que apenas algumas vezes, 16% afirmou
que nunca teve e 8% afirmou que sempre teve dificuldades.4 Inquiridos não
responderam a opção concernente a dificuldades de relacionamento com os utentes,
sendo considerado como inválido
Este dado revela-nos que, no que tange ao acto de os profissionais de saúde
terem dificuldades de relacionamento com os utentes ainda precisa-se de ser
melhorada, mas mesmo assim o número do pessoal que tem dito dificuldades
sempre e de apenas 8% que perfaz a minoria, facto que satisfaz a investigação. O
acto de relacionar-se, promove ao utente e a sua família encorajamento e confiança
na equipa de saúde, ajudando assim a reduzir a preocupação.
Para (Jorge, 2004), acalmar, conversar o utente implica uma avaliação sobre o
seu estado emocional e de seus familiares. O profissional de saúde deve saber
escolher as palavras certas, e os momentos oportunos, de maneira a diminuir a
ansiedade infundida desnecessária.

32
Não só os utentes devem ser acalmados quando aflitos, mas também os seus
familiares, pois que o significado que a família dá para o bem-estar e a saúde dos
seus membros, bem como a influência sobre a doença, obriga os enfermeiros a
considerar os cuidados centrados na família como parte integrante da prática de
enfermagem. (Wright&Leahey, 2005).

33
Como se realiza os cuidados de enfermagem nas vias
de administração Grá
fico 120 10-
100
100

80

60 50
36 38
40
24
18 19
20 12
1 2
0
Sim Não Algumas vezes
Da mesma Nulo Total
maneira para
duas vias enteral
e parenteral?

Frequência Percentagem (%)


Como se realiza os cuidados de enfermagem nas vias de administração.

Quando questionados sobre se os profissionais de saúde como se realiza os


cuidados de enfermagem nas vias de administração, da mesma maneira para duas
vias enteral e parenteral, responderam da seguinte forma: 24% dos profissionais
inquiridos disse que sim, 36% disse que não, 38% disse que algumas vezes, e 2%
da população ausentou-se.

34
Como se realiza os cuidados de enfermagem nas vias de
120
administração
100
100

80

60 52 50

40
26 28
18
20 14
9
1 2
0
Sim Não Algumas vezes
Da mesma maneira para Nulo Total
as subvias oral ,
intradermica,subcutania,
topica , intramuscular,
intravenosa, intraretal?

Frequência Percentagem (%)

Gráfico 11- Como se realiza os cuidados de enfermagem nas vias de


administração.
O gráfico supra citado, faz referência a prática de os profissionais de saúde
quando questionados Como se realiza os cuidados de enfermagem nas vias de
administração (Da mesma maneira para as subvias oral, intra-dermica, subcutania,
tópica , intramuscular, intravenosa, intra-retal). De acordo com o resultado do
inquérito aplicado: 52% afirmam que não, do mesmo número18% afirma que sim,
28% afirma que as vezes.

35
Os cuidados de Enfermagem tem se observado também
nas subvias
120
100 100
100

80

60 54
50 50
38
40
27
19
20
8
4
0 0
0
Sim Não Algumas Total
vezes
Válido Nulo Total

Frequência Percentagem (%)

Gráfico 12- Os cuidados de Enfermagem tem se observado também nas


subvias.

Quando questionados aos profissionais de saúde se os cuidados de


Enfermagem tem se observado também nas subvias, 54% afirmou que as vezes,
38% afirmou que sim e somente 8% afirmou que não.

36
O acompanhamento feito pelos profissionais de
enfermagem tem sido segundo orientação:
120 98 100
100
80 72 Gr
49 50
áf 60 36 ic
40 26
o 20 13
0 0 0 0 1 2
- 0 O
Farmacológia

Algumas vezes quando tenho

Sempre que eu achar que o

Total
Horario da instituição

paciente deve receber


medicação
tempo

Frequência Válido
Percentagem (%) Nulo Total
acompanhamento feito pelos profissionais de enfermagem tem sido segundo
orientação.

Posteriormente quando questionado aos profissionais da unidade hospitalar


em questão de como o acompanhamento feito pelos profissionais de enfermagem
tem sido, segundo alguma orientação, 72% afirmou ter orientação
farmacológica,26% depende do horário da Instituição, um (1) dos inquiridos isentou-
se de responder, sendo considerado como nulo, que corresponde a 2% da amostra
analisada nesta questão.

Conhece os cuidados de enfermagem para administrar


medicamento em pediatria?
120 100 100
100
80
60 50 50
40 34
24 20 17 22
20 12 10 11
0 0 0 0
0
Nada Pouco Alguma Bastante Muito Total
coisa
Válido Nulo Total

Frequência Percentagem (%)

Gráfico 14- Conhece os cuidados de enfermagem para administrar


medicamento em pediatria?.

37
Quando perguntamos aos técnicos de saúde se conhece os cuidados de
enfermagem para administrar medicamento em pediatria? Os inquiridos
responderam quando questionados de forma muito satisfatória sendo que de acordo
com o resultado do questionário, dos inquiridos, 34% afirmou conhecer o bastante
os cuidados de enfermagem para administrar os medicamentos, 24% conhece
pouco, 22% conhece muito e 20% conhece apenas alguma coisa.

Há concordância entre o guia farmacológico e o modelo usado na


sua instituição ou enfermaria?
120 100 100
100
80
60 50 50
40 32 32
16 16 22
20 6 12 11
1 2 0 0
0
Não concordo e não descordo
Discordo parcialmente

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Total
Discordo totalmente

Válido Nulo Total


Frequência Percentagem (%)

Gráfico 15- Há concordância entre o guia farmacológico e o modelo


usado na sua instituição ou enfermaria?
O gráfico supra citado, faz referência Há concordância entre o guia
farmacológico e o modelo usado na sua instituição ou enfermaria, quando
questionados os inquiridos responderam da seguinte forma: 22% Concorda
totalmente, 32% concorda parcialmente, Não concorda e não discordo
respectivamente, sendo que 12% discordo parcialmente e somente 2% dos
profissionais discorda totalmente.

38
Como se realiza os cuidados de enfermagem nas vias de
administração Gr
áfi co
120
16 100
-
100
80
60 50
36 38
40
24 19
18
20 12
1 2
0
Sim Não Algumas vezes
Da mesma Nulo Total
maneira para
duas vias enteral
e parenteral?
Frequência Percentagem (%)

Como se realiza os cuidados de enfermagem nas vias de administração.


O gráfico supra citado, faz referência a prática de os profissionais de saúde
quando questionados Como se realiza os cuidados de enfermagem nas vias de
administração (Da mesma maneira para as subvias oral, intradermica, subcutânia,
tópica , intramuscular, intravenosa, intra-retal). De acordo com o resultado do
inquérito aplicado: 52% afirmam que não, do mesmo número18% afirma que sim,
28% afirma que as vezes.

Usam alguma grelha de avaliação para perceber o grau de


cuidados a prestar na administração de medicamentos em
pediatria?
120
100
100

80 74

60 50
37
40

20 16
8 4 8
1 2
0
Sim Algumas vezes Não
Valido Nulo Total

Frequência Percentagem (%)

39
Gráfico 17- Usam alguma grelha de avaliação para perceber o grau de
cuidados a prestar na administração de medicamentos em pediatria?
O gráfico acima aponta os motivos, pelas quais os inquiridos Usam alguma
grelha de avaliação para perceber o grau de cuidados a prestar na administração de
medicamentos em pediatria? De acordo ao resultado o inquérito aplicado, obteve-se
as seguintes respostas: 74% respondeu afirmando que sim, 16% respondeu
algumas vezes, 8% respondeu não e 2% nulo.

40
Conclusão
No que concerne ao estudo realizado, onde pretendemos analisar cuidado de
enfermagem na administração de medicamentos no hospital pediátrico do Lobito
Chegamos as seguintes conclusões:

Este estudo permitiu a identificação de pontos de fragilidade, no que diz


respeito à segurança do paciente, em relação ao preparo e administração de
medicamentos. Segundo as opiniões dos profissionais participantes, os erros de
medicação têm causas multifatoriais. Sendo assim, devem ser analisadas de forma
multidisciplinar, para que medidas preventivas sejam implantadas.

A proposta é que mudanças sejam feitas, devendo as mesmas começar pelos


pequenos obstáculos, englobando todo o processo de medicação e identificando as
mudanças que, provavelmente, resultarão em melhorias. Para que a continuidade de
uma assistência sem interferências, devido a falhas individuais e/ou no sistema, seja
alcançada, alguns cuidados devem ser seguidos, com vistas à prevenção de erros e
danos aos pacientes como, por exemplo, o treinamento constante e a educação
continuada da equipe, permitindo assim a sua actualização, pondo em prática seu
conhecimento técnico-científico. A formação de grupos de discussão entre a
enfermagem, para debates e orientações, aliadas à medidas administrativas,
voltadas não somente para o indivíduo, mas também para o sistema, melhorias do
ambiente físico de trabalho, utilização das prescrições durante o preparo e
administração dos medicamentos, incentivo a notificação dos erros sem punições,
implantação da prescrição computadorizada, pulseiras de identificação nos
pacientes, fornecimento de informações aos pacientes a respeito dos medicamentos
que serão administrados neles e supervisão da equipe pelo enfermeiro, são algumas
estratégias que podem ser utilizadas, com o objectivo de proporcionar uma
assistência com qualidade e segurança aos pacientes.

Um sistema seguro de medicação irá auxiliar os profissionais na prevenção


de inúmeros erros que possam vir a interferir drasticamente no quadro clínico do
paciente. O desenvolvimento de medidas que tragam facilidades para o
desempenho das actividades da enfermagem e dificuldades para as oportunidades

41
de errar é fundamental nesse meio. O enfermeiro, ao detectar erros no seu ambiente
de trabalho, deve exercer o seu papel de educador e interagir com a equipe,
proporcionando a ela a possibilidade de interpretação das ocorrências dentro do
sistema, para que assim melhorias sejam alcançadas. Acredita-se que este estudo
contribua para alertar os profissionais de enfermagem sobre a importância do
conhecimento acerca da ocorrência de erros durante a preparação e administração
de medicamentos, permitindo um aprofundamento do tema e sua influência na
redução desses problemas, possibilitando, assim, uma equipe confiante e a
realização de uma prática humanizada e segura.

Em relação a pergunta geral de partida, concluímos que em termos de


cuidados de enfermagem na administração de medicamentos no hospital pediátrico
do Lobito, no actual momento, nos encontramos em um nível razoável porque na
maioria dos casos as condições hospitalares deixam um pouco a desejar, pois que o
estudo encontrou aspectos positivos, bem como aspectos na qual precisam ser
melhorados.urgentemente

42
Recomendações
Como pode-se observar por meio dessa pesquisa, muitos erros de
medicamentos podem ser evitados, com medidas relativamente simples por parte
dos profissionais envolvidos. Entre elas, estão:

 Prescrição médica legível.


 Aprazamento dos medicamentos não ser tão concentrado em
determinados horários.
 Constante actualização do profissional de enfermagem.
 Alteração de rótulos e nomes semelhantes para medicamentos
distintos.
 Adoptar lista de padronização (que inclua medicamentos e dispositivos
para preparo e administração de medicamentos adequados em
pediatria).
 Realizar treinamentos para promover habilidades de comunicação
entre profissionais de saúde e familiares.
 Educação permanente sobre prescrição, distribuição, preparo,
rotulagem e monitoramento de medicamentos utilizados em pediatria.
 Orientar os familiares, sobre os cuidados a ter em conta ao paciente
após a alta hospitalar.

43
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46
APÊNDICE/ANEXOS

47
Anexo A – Autorização para recolha de dados para
trabalho de pesquisa

48
49
Anexo B – Declaração de consentimento
informado

50
Declaração do Consentimento Informado

Tema: Cuidados de enfermagem na administração de medicamentos no


hospital Pediátrico do Lobito
Eu, ________________________________________________, declaro que
fui informado (a) do objectivo e metodologia da pesquisa intitulado Cuidados de

enfermagem na administração de medicamentos no hospital Pediátrico do Lobito .


Estou consciente que em nenhum momento serei exposto (a) a riscos em virtude da
minha participação nesta investigação, podendo-me retirar do estudo assim que o
entender.
Declaro também que fui informado (a) do anonimato e confidencialidade dos
dados e de que todas as informações por fim fornecidas, serão usadas somente
para fins científicos. Sei que durante o tratamento de dados, estes serão codificados
mantendo assim o anonimato. Sei ainda que poderei consultar o estudo sempre que
o solicitar.

Depois do que foi anteriormente referido, concordo, voluntariamente participar


na investigação.

_________________________

Informante

Data__/__/__

MARCELINO AVELAR RICARDO EURICO


VÂNIA ISABEL SAMUEL JORGE

51
Anexo C – Termo de consentimento livre e
esclarecido.

52
DEPARTAMENTO DE CIENCIAS E TECNOLOGIAS DE SAÚDE.
CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Concorda em participar da pesquisa a ser desenvolvida na secção da


Pediatria do Hospital Geral do Lobito com título: CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO NA PEDIATRIA DO HOSPITAL GERAL
DO LOBITO; realizado por: MARCELINO e VÂNIA.
Uma vez que me foi confirmado que todas as informações obtidas serão
tratadas com o máximo respeito e que se vai preservar o anonimato, garantindo o
sigilo durante todo o processo de colecta dos dados, tratamento, relatório e
divulgação final deste mesmo trabalho:

CONCORDO

NÃO CONCORDO

Benguela, ______, de ________________ de 2019

53
QUESTIONARIO DIRIGIDO AOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DO
HOSPITAL GERAL DO LOBITO /AREA DE PEDIATRIA

1- Caracterização da amostra:
Formação académica
Mestre Licenciado Médio
Idade:
19 à 30 31 à 40 41 à 50 +46
Sexo:
Masculino Feminino

2- Observância dos cuidados de enfermagem na administração de


medicamentos na pediatria:
a)- Grau de satisfação com as condições de trabalho?
Muito insatisfeito
Insatisfeito
Muito satisfeito
Satisfeito

b)- Das condições necessárias para o cuidado, na administração de


medicamento tem observado:
Absorção, distribuição, metabolismo e excreção
Os passos dos nove (9) certos para administrar medicamento?
Todas
Nenhuma

3- Dificuldades durante os cuidados de enfermagem na administração de


medicamento:
a)- Falta de conhecimento científico em farmacologia?
Nunca
Poucas vezes
Algumas vezes

54
Sempre
b)-Falta de conhecimento técnico e habilidade?
Nunca
Poucas vezes
Algumas vezes
Sempre
c)- Dificuldade de relacionamento com os utentes?
Nunca
Poucas vezes
Algumas vezes
Sempre
4- Como se realiza os cuidados de enfermagem nas vias de administração:
a)-Da mesma maneira para as duas vias Enteral e Parenteral?
SIM
NÃO
Algumas vezes
b)- Da mesma maneira para as subvias oral, intradérmica, subcutânea,
tópica, intramuscular, intravenosa, intra-retal?
SIM
NÃO
Algumas vezes

5- Os cuidados de enfermagem tem se observado também nas subvias:


SIM
NÃO
Algumas vezes
6- O acompanhamento feito pelos profissionais de enfermagem tem sido
segundo orientação:
Farmacológica
Horário da Instituição
Algumas vezes quando tenho tempo
Sempre que eu achar que o paciente deve receber medicação

55
7- Conhece os cuidados de enfermagem para administrar medicamento em
pediatria?
Nada
Pouco
Alguma coisa
Bastante
Muito

8- Há concordância entre o guia farmacológico e o modelo usado na sua


instituição ou enfermaria?
Discordo totalmente
Discordo parcialmente
Não concordo e não discordo
Concordo parcialmente
Concordo totalmente

9- Usam alguma grelha de avaliação para perceber o grau de cuidados a


prestar na administração de medicamentos em pediatria?
Sim
Algumas vezes
Não

Obrigada pela disponibilidade

56
Anexo D – Guia de observação

57
GUÍA DE OBSERVAÇÃO.

 Objectivo da observação: observar práticas dos profissionais concernentes


ao atendimento hospitalar aos utentes e familiares.

Quantidade de observadores: 2
 Tempo total e frequência das observações: 1 mês, com uma frequência de
2 vezes por semana., num período de 2 a 4 horas.
 Tipo de observação: De campo, estruturada e participante.
 Aspectos a observar na unidade de investigação: Informação ao paciente,
Explicações sobre a doença e o seu tratamento, Informação ao paciente sobre o seu
estado/informação aos familiares, Atenção aos pacientes e familiares, Interesse em
responder aos questionamentos dos pacientes e familiares, Interacção
profissional/paciente.
Registro das observações por frequência Indicadores a observar:

Categorias Subcategorias Observados Datas

Explicações sobre a doença e


Informação o seu tratamento
ao paciente
Informação ao paciente sobre
o seu estado/informação aos
familiares
Atenção aos Interesse em responder
pacientes e questionamentos dos pacientes e
familiares familiares

Interacção Auto-apresentação dos


profissional - profissionais
Paciente Educação dos profissionais
Tempo para os doentes
Responder aos chamamentos
dentro de um período de tempo

58
considerável
Acalmar os utentes/familiares

59
Anexo E – Tabelas

60
Tabela - 1 - Caracterização dos participantes

Sexo Frequência Percentagem (%)


Masculino 22 44
Válido Feminino 28 56
Total 50 100
Nulo 0 0
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria
Tabela 2 - Faixa Etária.

Faixa Etária Frequência Percentagem (%)


Menos de 19 aos 30
19 38
anos
De 31 aos 40 anos 11 22
Válido
De 41 aos 50 anos 16 32
Mais de 46 anos 4 8
Total 50 100
Ausente 0 0
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria
Tabela 3- Formação Académica.

Formação Académica Frequência Percentagem (%)


Ensino Médio 23 46
Licenciado 27 54
Válido Mestre 0 0
Total 50 100
Ausente 0
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria

61
Tabela 4- Grau de satisfação com as condições de trabalho?

Observância dos cuidados de enfermagem na administração Percentagem


Frequência
de medicamentos na pediatria: (%)
Muito insatisfeito 1 2
Insatisfeito 23 46
Muito satisfeito 5 10
Grau de
Satisfeito 21 42
satisfaçã
o Total 50 100
Nulo 0 0
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria
Tabela 5 - Das condições necessárias para o cuidado na administração de
medicamentos têm observado.

Observância dos cuidados de enfermagem na administração de Percentagem


Frequência
medicamentos na pediatria: (%)
Metabolismo 5 10
Os passos dos (9) certos 19 38
Todas 18 36
Nenhuma 8 16
Condições
necessárias Total 50 100
Nulo 0 0
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria
Tabela 6- Observância dos cuidados de enfermagem na administração de
medicamentos na pediatria.

Observância dos cuidados de enfermagem na


Frequência Percentagem (%)
administração de medicamentos na pediatria:
Muito insatisfeito 1 2
 
  Insatisfeito 23 46
Grau de satisfação Muito satisfeito 5 10
  Satisfeito 21 42
 
Total 50 100
Nulo 0 0
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria

62
Tabela 7- Dificuldades durante os cuidados de enfermagem na administração
de medicamento ( Falta de conhecimento científico em farmacologia ).

Dificuldades durante os cuidados de


Frequência Percentagem (%)
enfermagem na administração de medicamento:
Nunca 5 10
Falta de conhecimento Poucas vezes 17 34
científico em
farmacologia Algumas vezes 20 40
Sempre 7 14
Ausente 1 2
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria
Tabela 8- Dificuldades durante os cuidados de enfermagem na administração
de medicamento (Falta de conhecimento técnico e habilidade).
Dificuldades durante os cuidados de enfermagem
Frequência Percentagem (%)
na administração de medicamento:
Nunca 4 8
 
  Poucas vezes 22 44
Falta de conhecimento
técnico e habilidade Algumas vezes 19 38
 
Sempre 4 8
Ausente 1 2
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria
Tabela 9- Dificuldades durante os cuidados de enfermagem na administração
de medicamento (Dificuldades de relacionamento com os utentes).

Dificuldades durante os cuidados de enfermagem Percentagem


Frequência
na administração de medicamento: (%)
  Nunca 8 16
  Poucas vezes 15 30
Dificuldades de
relacionamento com os Algumas vezes 19 38
utentes
  Sempre 4 8
Ausente 4 8
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria

63
Tabela 10- Como se realiza os cuidados de enfermagem nas vias de
administração.

Como se realiza os cuidados de enfermagem nas vias


Frequência Percentagem (%)
de administração

Sim 12 24
Da mesma maneira para duas vias Não 18 36
enteral e parenteral?
Algumas vezes 19 38

Nulo 1 2
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria
Tabela 11- Como se realiza os cuidados de enfermagem nas vias de
administração.

Como se realiza os cuidados de Frequênci Percentagem


enfermagem nas vias de administração a (%)

  Sim 9 18
Não 26 52
Da mesma maneira para as subvias
oral ,intradermica, subcutania, topica
Algumas vezes 14 28
, intramuscular, intravenosa,
intraretal?
Nulo 1 2
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria
Tabela 12- Os cuidados de Enfermagem tem se observado também nas
subvias.

Os cuidados de Enfermagem tem se Frequênci Percentagem


observado também nas subvias a (%)
  Sim 19 38
  Não 4 8

Válido Algumas vezes 27 54

Total 50 100
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria

64
Tabela 13- O acompanhamento feito pelos profissionais de enfermagem tem
sido segundo orientação.

O acompanhamento feito pelos


Frequênci Percentagem
profissionais de enfermagem tem sido segundo
a (%)
orientação:
  Farmacologia 36 72

  Horário da instituição 13 26

Válido Algumas vezes quando tenho tempo 0 0


Sempre que eu achar que o paciente
  0 0
deve receber medicação
  Total 49 98
Nulo 1 2
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria
Tabela 14- Conhece os cuidados de enfermagem para administrar
medicamento em pediatria?

Conhece os cuidados de enfermagem Percentagem


Frequência
para administrar medicamento em pediatria? (%)
  Nada 0 0

  Pouco 12 24

Válido Alguma coisa 10 20


  Bastante 17 34
  Muito 11 22
  Total 50 100
Nulo 0 0
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria
Tabela 15- Há concordância entre o guia farmacológico e o modelo usado na
sua instituição ou enfermaria.

Há concordância entre o guia


Frequênci Percentagem
farmacológico e o modelo usado na sua instituição
a (%)
ou enfermaria?
Discordo totalmente 1 2
  Discordo parcialmente 6 12
 
Válido Não concordo e não discordo 16 32
 
  Concordo parcialmente 16 32
  Concordo totalmente 11 22
Total 50 100
Nulo 0 0
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria

Tabela 16- Como se realiza os cuidados de enfermagem nas vias de administração.


65
Como se realiza os cuidados de Percentagem
Frequência
enfermagem nas vias de administração (%)

  Sim 12 24
  Não 18 36
Da mesma
maneira para duas vias Algumas vezes 19 38
enteral e parenteral?
Nulo 1 2
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria
Tabela 17- Usam alguma grelha de avaliação para perceber o grau de cuidados
a prestar na administração de medicamentos em pediatria?

Usam alguma grelha de avaliação para perceber o


Frequênci Percentagem
grau de cuidados a prestar na administração de
a (%)
medicamentos em pediatria?

  Sim 37 74
Valido Algumas vezes 8 16
  Não 4 8
Nulo 1 2
Total 50 100
Fonte: Elaboração própria

66

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