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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA SAÚDE

CURSO DE LICENCIATURA EM ANÁLISES CLÍNICAS E SAÚDE


PÚBLICA

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO PROFISSIONAL INTEGRADO

NOME: FERNANDO TCHIVELA DA SILVA

4º Ano

Supervisora

Isabel Catraio

Benguela / 2023
INDÍCE
INTRODUÇÃO ................................................................................... 3

ENQUADRAMENTO NO LOCAL DE ESTÁGIO ............................... 4

2.1- Caracterização Da Unidade Do Estágio................................... 4

2.2- Localização da Instituição ........................................................ 4

2.3- Tipo de Instituição ..................................................................... 4

2.4- Estrutura Organizacional .......................................................... 4

3. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES .............................................. 6

4. OBJECTIVOS DO ESTAGIO ......................................................... 7

5. ESTÁGIO ....................................................................................... 8

5.1- Análises clinicas ....................................................................... 8

5.2- Biossegurança ........................................................................... 9

5.3- Ética .......................................................................................... 10

5.4- Saúde pública .......................................................................... 10

6. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ................................................ 11

7. DISCUSSÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .................. 12

7.1- Malária ...................................................................................... 12

7.1- Diagnóstico .............................................................................. 14

7.2- Tratamento ............................................................................... 16

8. HANSENÍASE OU LEPRA ........................................................... 16

9. SAÚDE AMBIENTAL ................................................................... 17

10. NUTRIÇÃO ................................................................................... 17

11. SAÚDE REPRODUTIVA .............................................................. 18

12. CANCRO ...................................................................................... 18

13. CONCLUSÃO............................................................................... 20

14. REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................... 21


INTRODUÇÃO
O estágio é a prática profissional que realiza um estudante colocar em
prática os seus conhecimentos e as suas competências. A atenção básica é
desenvolvida por meio de um conjunto de ações práticas, que requerem para
sua implementação grande pluralidade de atitudes, habilidades e
conhecimentos técnicos e científicos de relativa baixa complexidade. Pode ser
entendida como o nível de entrada no sistema de saúde, fornecendo atenção
sobre a pessoa para todas as condições, além de coordenar e integrar a
atenção obtida em outro lugar ou por terceiros. Representa a base do trabalho
de todos os outros níveis do sistema de saúde e actua de modo a oferecer
acções de promoção de saúde, prevenção de doenças, tratamento e
reabilitação.

Saúde pública é uma prática social de saúde, que visa intervir nos
problemas sociais de saúde considerados como legítimo por uma certa
sociedade ou época e efectivada através da presença do estado nacional sob a
forma de uma prática técnica comprometida com certa forma de produzir o
cuidado em saúde, tendo como objecto a dimensão colectiva do processo
saúde e doença enquanto uma questão social. (OMS, 1997).

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ENQUADRAMENTO NO LOCAL DE ESTÁGIO
O presente relatório refere-se ao estágio realizado na Direção Municipal
da Saúde de Benguela, no âmbito dos programas de saúde pública.

2.1- Caracterização Da Unidade Do Estágio


A Direcção Municipal de Saúde de Benguela é composta por seguintes
secções: administrativa, recursos humanos e finanças e Saúde pública. A
secção administrativa controla todo pessoal em geral e a saúde pública todos
os programas.

2.2- Localização da Instituição


A DMS está localizada na Rua São Tomé e Príncipe, a este avenida
Governador Moutinho e as instalações da TPA.

2.3- Tipo de Instituição


A DMS é uma instituição pública, tendo como actividade principal
desenvolvida a análise de dados sobre o estado e as tendências da situação
de saúde da população, estimar a magnitude da morbidade e mortalidade
causadas por determinados agravos a saúde.

2.4- Estrutura Organizacional


A DMS de Benguela compreende os seguintes órgãos:

 Directora Municipal
 Uma Secretaria-geral
 Chefe de secção da Saúde Pública

Dentro da secção da Saúde Pública temos diversos programas


nomeadamente:
 Programa de Saúde Reprodutiva;
 Programa de Saúde Infantil;
 Programa de Saúde Mental;
 Programa da Malaria;
 Programa de Nutrição;
 Programa de HIV;
 PAV;

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 PSO;
 Programa de Saúde Aambiental.
 Programa da Tuberculose
 Programa de Higiene e Segurnça no Trabalho

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3. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES
DIREÇÃO MUNICIPAL DE BENGUELA

DATA ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS SETOR


15/03/2023 Apresentação GERAL

22/03/2023 Brigada Móvel Malaria

29/03/2023 Breves considerações sobre as doenças Doenças


negligenciadas Tropicais
negligenciadas
05/04/2023 Prevenção a saúde ambiental. Saúde
ambiental
15/04/2023 Brigada Móvel Nutrição
22/04/2023 Brigada Móvel Nutrição
26/04/2023 Plano de intervenção Escola BG-
1040, 4 De Abril
03/05/2023 Breves considerações sobre a saúde Saúde
reprodutiva reprodutiva
10/05/2023 Breves considerações sobre o cancro Cancro
24/05/2023 Supervisor ausente (Doente) Saúde mental
31/05/2023 Supervisor ausente (em formação) Saúde oral

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4. OBJECTIVOS DO ESTAGIO
 Complementar com a prática os demais conceitos teóricos absorvidos
no decorrer da formação.
 Desenvolver habilidades e melhor relacionamento com o ambiente
laboratorial, saúde pública e os profissionais das respetivas áreas a fim
de estender o nível de experiencias.
 Adquirir conhecimentos e desenvolver a capacidade criativa com vistas
ao crescimento profissional.

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5. ESTÁGIO

Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no


ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de
estudantes, é a prática profissional que realiza um estudante para pôr em
prática os seus conhecimentos e as suas competências. O estágio integra o
itinerário formativo do estudante e faz parte do projeto pedagógico do curso

5.1- Análises clinicas


Os primeiros registos da tecnologia médica foram reportados antes de
100 anos a.c aonde relatam descrições de parasitas intestinais, um exemplo
inicial de parasitologia. Na idade média, doutores hindus executavam urinálise
bruta quando observam que em alguns casos, a urina tinha sabor doce e atraia
formigas. Com a invenção do microscópio no século XVI o estudo de amostras
biológicas progrediu do simples exame visual para exames microscópicos.

Assim o primeiro laboratório clínico surgiu no final do século XIX, nos


EUA com características bastante primitivas comparadas aos padrões atuais.
Era composto apenas por uma mesa e um microscópio, e na altura apenas os
médicos interessados em medicina laboratorial os possuíam em seus
consultórios. Em 1900 apenas 100 técnicos existiam nos EUA e todos do sexo
masculino. Desde então as análises clínicas e a sua interpretação têm
mostrado grande importância no exercício clínico, pois a sua leitura e correta
interpretação permite alcançar o diagnóstico de uma forma rápida e exata.

A ciência do laboratório clínico (tecnologias medicas), é a profissão na


área de saúde envolvida na execução de análises laboratoriais, e as
informações obtidas das análises são usadas para diagnóstico e tratamento de
doenças assim como a manutenção da saúde. Esses profissionais que
trabalham como detetives médicos usam o microscópio para observar
mudanças nas células, testar compatibilidade para transfusão, usam corantes
específicos para identificar microrganismos e analisar células, medem
substâncias como colesterol, glicose no sangue, descobrem e analisam
microrganismos que provocam infecções, operam equipamentos complexos,
usam padrões e controle para aferir a qualidade dos exames.

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5.2- Biossegurança
Biossegurança contempla um conjunto de procedimentos, ações,
técnicas, metodologias, associadas a equipamentos e dispositivos capazes de
eliminar ou minimizar riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção,
ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem
comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a
qualidade dos trabalhos desenvolvidos. O laboratório pode ser considerado um
ambiente complexo, o qual é composto por pessoas, regentes, soluções,
microorganismos, papéis entre outros, favorecendo muitas vezes a ocorrência
de acidentes. Para que funcione de forma adequada e segura, torna-se
necessário: disciplina, ética, adesão às normas e legislação, pois a ausências
desses fatores em um ambiente extremamente hostil, tornam-se vulneráveis
aos riscos que permeiam esse local. Informação e a formação; Equipamentos
de Proteção Individual e coletiva, Higiene no local de trabalho são alguns dos
vários pontos que devem ser levados em consideração para manter a
segurança no laboratório.

Os equipamentos de proteção individual e coletivo (EPI) são barreiras


primárias que protegem a integridades física e fisiológica do profissional quanto
o ambiente de atuação. Citando protector facial, luvas, batas (compridas e
devidamente fechadas), calçados de seguranças e outos de uso coletivo como
chuveiro de emergências, a caixa de areia, a cabine de segurança, o lava-olhos
etc.

As afecções derivadas a um acontecimento imprevisto ocorrido no local


de trabalho, tendo como consequência a lesão física do profissional se
enquadram na classe dos acidentes profissionais que como consequência
podem surgir infecções, traumatismo, queimaduras, choques eléctricos
incêndios ou ainda as doenças profissionais que são maioritariamente fruto de
acções lentas, repetidas e com certa duração, derivadas das condições de
trabalho disponíveis. E os riscos biológicos, químicos e físicos, são apontados
como as principais fontes de acidentes dentro do laboratório.

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5.3- Ética
vem do grego ethos que significa caráter, comportamento. O estudo da
ética é centrado na sociedade e no comportamento humano, as reflexões sobre
esse tema começaram na antiguidade. A ética profissional é um dos critérios
mais valorizados no mercado de trabalho, ter uma boa conduta no ambiente de
trabalho pode ser o passaporte para uma boa carreira de sucesso.

5.4- Saúde pública


É uma das áreas de saúde, que visa dar proteção da saúde a nível
populacional. Neste sentido, procura melhorar as condições de saúde das
comunidades através da promoção de estilo de vida saudável, das campanhas
de sensibilização, da educação e da investigação. O desenvolvimento da
saúde pública depende dos governos, que elaboram diversos programas de
saúde para obedecer aos respetivos objetivos. Das várias funções da saúde
pública, destacam-se:

 A prevenção epidemio-patológica (com vacinações gratuitas)


 A proteção sanitária (controlo do meio ambiente e da contaminação)
 A promoção sanitária (através da educação)
 A restauração sanitária (para recuperar a saúde

A criação do sistema único de saúde (SUS) tem como finalidade


modificar a assistência desigual à saúde da população, sua criação foi
estratégica para implementação de ações nesta área, tornando obrigatório o
atendimento público e gratuito a qualquer cidadão.

Indicadores de saúde

Indicadores, são medidas utilizadas para descrever e analisar uma


situação existente, avaliar o cumprimento dos objectivos, as metas e suas
mudanças ao longo do tempo, além de prever tendências futuras. Podem ser
classificados em:

1. Demográficos (Natalidade, fecundidade, esperança de vida).


2. Socioeconômicos (Renda, familiar, escolaridade, saneamento; etc)
3. Saúde (morbidade, mortalidade, Saúde ambiental, serviços de saúde)

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6. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
15.03.2023. Revisão e apresentação

22.03.2023. Brigada Móvel

29.03.2023. Breves considerações sobre as doenças negligenciadas.

05.04.2023. Prevenção a Saúde Ambiental.

15.04.2023. Brigada Móvel

22.04.2023. Brigada Móvel

26.04.2023. Plano de Intervenção

03.05.2023. Breves considerações sobre a saúde reprodutiva

10.05.2021. Prevenção contra o cancro

24.05.2023. Supervisor ausente.

31.05.2021. Supervisor ausente

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7. DISCUSSÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

7.1- Malária
A Organização Mundial de Saúde, OMS, está preocupada com a
estagnação do número de casos de malária ao nível mundial. Depois de mais
de uma década de progresso na redução significativa do número de casos, em
2017, registaram-se 435 mil mortes provocadas pela doença. O número é
muito semelhante ao do ano anterior.

África

Todos os anos, o número global de novos casos de malária ultrapassa


os 200 milhões, sendo que a cada dois minutos, uma criança morre desta
doença tratável. Todos os anos, o número global de novos casos de malária
ultrapassa os 200 milhões, sendo que a cada dois minutos, uma criança morre
desta doença tratável.

Em 2017 foram registados cerca de 219 milhões de casos de malária em


87 países. África continua a ser a região mais afetada, com 90% dos casos. A
agência destaca um dado que considera “preocupante”: nos 10 países
africanos mais afetados pela malária, estima-se que tenha havido mais 3,5
milhões de casos em 2017 em relação ao ano anterior. Burquina Faso,
Camarões, República Democrática do Congo, Gana, Mali, Moçambique, Níger,
Nigéria, Uganda e Tanzânia são os países onde a incidência é maior.

Por isso, a OMS considera que é necessária “uma ação urgente” e


promove, juntamente com vários parceiros a iniciativa "Zero Malária Começa
Comigo". A campanha visa manter a malária no topo da agenda política,
angariar recursos e capacitar as comunidades para a prevenção da doença.

Todos os anos, o número global de novos casos de malária ultrapassa


os 200 milhões, sendo que a cada dois minutos, uma criança morre desta
doença tratável.

A OMS lembra que os impactos da doença vão muito além da perda de


vidas, com a malária a afetar também os sistemas de saúde, minando a
produtividade e o crescimento económico.

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Em Angola malária é um problema dominante da saúde pública é a
primeira causa de morte, de doença e de absentismo laboral e escolar. Esta
representa cerca de 35% da demanda de cuidados curativos, 20% de
internamentos hospitalares, 40% das mortes perinatais e 25% de mortalidade
materna. Aproximadamente 3,7 milhões de casos de casos de mobilidade por
malária foram estimados em

O paludismo ou malária em Angola ainda é a primeira causa de morte,


de doença e de

Absentismo laboral e escolar. Esta representa cerca de 35% da


demanda de cuidados curativos, 20%. A malária é endémica nas 18 províncias
do País, com a transmissão mais elevada registada nas províncias nortenhas
(Cabinda, Uíge, Malange, Kuanza Norte, Lunda Norte e Lunda Sul). Nas
províncias do sul (Namibe, Cunene, Huíla e Kuando Kubango) ocorrem surtos
epidémicos. Nota-se um aumento de transmissão durante a estação das
chuvas, com um pico entre os meses de Janeiro e Maio. As áreas hiper-
endémicas são áreas onde a transmissão é intensa.

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7.1- Diagnóstico
Diferencial

Como regra geral, todo viajante que retorna de uma área endêmica
dentro de 3 meses do início da febre deve ser considerado como portador de
Malária até que se prove o contrário. Ataques mais tardios podem ocorrer nos
casos de recrudescência devido à presença de hipnozoítos (P. vivax, P. ovale,
falciparum, ovale) dentro de 3 anos da infecção inicial. A Malária deve ser
diferenciada dos quadros virais respiratórios, incluindo a gripe. Febre tifoide e
outras doenças bacterianas também podem ser semelhantes ao paroxismo da
Malária.

Exames Laboratoriais

A anemia é um achado constante na Malária e progride com a evolução


da doença. O leucograma é variado, não sendo característico. Outros exames
tornam-se alterados à medida que aumenta o comprometimento sistêmico e a
intensidade do órgão acometido. Assim, pode ocorrer aumento das
transaminases, dificilmente ultrapassando o valor entre 5 e 10 vezes o limite
superior. O exame de urina pode revelar hemoglobinúria e alterações indiretas
do acometimento renal (cilindros hialinos ou granulosos).

Exames Específicos

O diagnóstico laboratorial da Malária baseia-se no achado do parasita


em amostras de sangue periférico. A gota espessa é o exame direto mais
utilizado nas áreas endêmicas devido à alta sensibilidade, porém, necessita ser
realizado por profissionais treinados. Exames sorológicos não distinguem
infecções atuais de pregressas, podendo ser usados para pacientes que nunca
viajaram anteriormente para área endêmica. O uso da reação em cadeia da
polimerase (PCR) apresenta alta sensibilidade e, conforme a técnica, pode
distinguir a espécie; apresenta alto custo para ser utilizado em larga escala nos
países tropicais, onde a doença é endêmica.

Fitas diagnósticas (testes rápidos) são fáceis de utilizar e dispensam


eletricidade, mas ainda não apresentam alta sensibilidade como o exame
direto, além do custo elevado para ser utilizado em larga escala.

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7.2- Tratamento
O tratamento da Malária depende da origem do paciente. As drogas são
escolhidas conforme a espécie de Plasmodium, a gravidade da doença e a
resistência regional aos antimaláricos. O objetivo primário do tratamento é a
erradicação dos estágios assexuados sanguíneos do parasita. O objetivo
secundário é eliminar os hipnozoítos (P. vivax e P. ovale, malarie, falciparum) e
os gametócitos, interrompendo a transmissão vetorial.

8. HANSENÍASE OU LEPRA
Em 1874, HANSEN publicou a descrição dos bastonetes que ele, desde
1868, vinha observando nas lesões leprosas. A hanseníase também conhecida
como lepra é uma doença tão antiga quanto a história da humanidade.
Caracteriza-se por ser uma doença infectocontagiosa de evolução crônica, com
via de transmissão predominantemente respiratória, sendo o seu agente
etiológico o Mycobacterium leprae (M. leprae), a doença se manifesta,
principalmente, por lesões cutâneas com diminuição da sensibilidade térmica,
dolorosa e tátil.

Apesar da evolução do conhecimento sobre esta doença no que se


refere ao diagnóstico e os avanços na terapia medicamentosa, ela ainda é um
grande problema de saúde pública mundial, principalmente em países em
desenvolvimento.

O diagnóstico e tratamento da hanseníase são ambulatoriais, sendo que


os esquemas de poli quimioterapia (PQT), recomendados pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) que se cumpridos rigorosamente levam a
recuperação. A PQT é constituída pela associação de dapsona, clofazimina e
rifampicina.

Diagnostico

Não há dificuldade em diagnosticar lepra nos casos onde as lesões,


superficialmente desenvolvidas, têm aspectos característicos, máxime, quando
a fisionomia própria do leproso tornou-se patente.

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9. SAÚDE AMBIENTAL
Saúde ambiental são todos aqueles aspectos da saúde humana,
incluindo a qualidade de vida, que estão determinados por fatores físicos,
químicos, biológicos, sociais e psicológicos no meio ambiente. Também se
refere à teoria e prática de valorar, corrigir, controlar e evitar aqueles fatores do
meio ambiente que, potencialmente, possam prejudicar a saúde de gerações
atuais e futuras.

O campo da saúde ambiental compreende a área da saúde pública,


afeita ao conhecimento científico e à formulação de políticas públicas e às
correspondentes intervenções (ações) relacionadas à interação entre a saúde
humana e os fatores do meio ambiente natural e antrópico que a determinam,
condicionam e influenciam, com vistas a melhorar a qualidade de vida do ser
humano sob o ponto de vista da sustentabilidade.

10. NUTRIÇÃO
É a ciência dos alimentos, dos nutrientes, sua ação e interação
relacionadas com saúde e com doença. É o processo pelo qual o organismo
ingere, digere, absorve, transporta, utiliza e elimina as substâncias alimentares.
Além disso, a nutrição relaciona-se com os aspectos sociais, econômicos,
psicológicos e culturais do alimento.

A nutrição como uma área clínica está preocupada basicamente com as


propriedades dos alimentos que constroem corpos saudáveis e promovem a
saúde. Como a boa nutrição é essencial para a boa saúde e para a prevenção
de doença, todos os indivíduos envolvidos na área de saúde precisam ter um
conhecimento completo da nutrição e das necessidades nutricionais do corpo
ao longo da vida. Estudos da nutrição precisam dar ênfase à promoção da
saúde.

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11. SAÚDE REPRODUTIVA
A saúde reprodutiva é um estado de completo bem-estar físico, mental e
social em todas as matérias concernentes ao sistema reprodutivo, suas
funções e processos. A saúde reprodutiva implica, por conseguinte, que a
pessoa possa ter uma vida sexual segura e satisfatória, tendo a capacidade de
reproduzir e a liberdade de decidir sobre quando e quantas vezes deve fazê-lo,
como a Atenção Básica pode proporcionar nesta condição o direito de homens
e mulheres de serem informados e de terem acesso aos métodos eficientes,
seguros, aceitáveis e financeiramente compatíveis de planejamento familiar
bem como o acesso a serviços apropriados de saúde que propiciem às
mulheres as condições de passar com segurança pela gestação e parto.

Desenvolver esse trabalho não é tarefa simples, tendo em vista a alta


complexidade que envolve o cuidado dos indivíduos e famílias inseridos em
contextos diversos, onde é imprescindível realizar abordagens que considerem
os aspectos sociais, econômicos, ambientais, culturais, entre outros, como
condicionantes e/ou determinantes da situação de saúde.

12. CANCRO
Globalmente, o cancro é actualmente uma das causas mais comuns de
morbilidade e mortalidade. É responsável por mais de 10 milhões de novos
casos e mais de 6 milhões de mortes anuais por todo o mundo. Mais de 20
milhões de pessoas por todo o mundo vivem com um diagnóstico de cancro e
mais de metade de todos os casos ocorre em países em desenvolvimento. O
cancro é responsável por cerca de 20% de todas as mortes nos países
industrializados e por 5%-10% nos países em desenvolvimento. Prevê-se que
até 2020 existirão anualmente 15 milhões de novos casos e 10 milhões de
mortes relacionadas com o cancro. Grande parte deste aumento nos números
absolutos é o resultado de mudanças no estilo de vida e do envelhecimento
das populações por todo o mundo. Com base nos dados da OMS, mais de 50%
de todos os cancros ocorrem entre os três quartos da população mundial que
vive em nações em desenvolvimento e que possui apenas 5% dos recursos
globais que são actualmente gastos nos serviços oncológicos.

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O cancro está a tornar-se rapidamente num dos principais problemas de
saúde na Região Africana da OMS e são necessárias intervenções para a sua
prevenção e controlo. A luta contra o cancro entrou numa nova fase, com a
chegada de alguns progressos importantes que podem melhorar radicalmente
os cuidados aos doentes. Muitos casos oncológicos podiam ser prevenidos se
os doentes deixassem de fumar, evitassem certas infecções crónicas ou
melhorassem a sua alimentação e se fossem implementados programas de
rastreio. A OMS contínua fiel ao seu objectivo de assegurar um acesso idêntico
a cuidados de saúde de qualidade para todos os doentes oncológicos e de
prevenir o cancro através da implementação de intervenções de prevenção
primárias

A prevenção e controlo do cancro envolve a acção de saúde pública


concebida para reduzir a incidência e mortalidade do cancro e melhorar a
qualidade de vida dos doentes, através da implementação sistemática de
estratégias com base em evidências para a prevenção, detecção precoce,
diagnóstico, tratamento e cuidados paliativos.

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13. CONCLUSÃO
Até ao momento, tem sido útil a minha passagem pela direção municipal
de saúde de Benguela. Estou adquirindo conhecimentos práticos e não só.
Durante o tempo que me resta, espero produzir mais não só em termos de
conhecimentos, mas também habilidades e familiarização com o ambiente que
nos envolve e os tecnicos das respectivas arias que neles operam.

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14. REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Departamento de saúde pública, (s/d). Saúde Reprodutiva na Atenção Básica
em Saúde.

Organização Mundial da Saúde, Escritório Regional para a África, (2012).


Intervenções essenciais de prevenção e controlo para a redução da
incidência do cancro na região africana da OMS.

Ministério da saúde, instituto nacional de câncer, (2011). Coordenação Geral


de Ações Estratégicas Coordenação de Educação.

Ministério da saúde, (2020). Saúde Ambiental para Redução dos Riscos à


Saúde Humana.

Ministério da saúde, Direcção geral de saúde, (2012). Programa Nacional de


Saúde Reprodutiva

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