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SES-DF (Agente de Vigilância Ambiental
em Saúde - (AVAS) Conhecimentos
Específicos parte I - 2023 (Pós-Edital)
Autor:
André Rocha
11 de Janeiro de 2023
Sumário
1 - Introdução ......................................................................................................................................... 3
Gabarito .................................................................................................................................................... 31
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CONVENÇÃO DE BASILEIA
1 - Introdução
Em grande parte dos ocorridos, os países menos desenvolvidos não sabiam lidar com o manejo
adequado dos resíduos perigosos, gerando depósitos a céu aberto e sem nenhum tipo de controle ou
tratamento preliminar.
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É para eliminar esse tipo de prática que a Convenção de Basileia foi adotada!
Bem, já sabemos que a Convenção da Basileia trata dos movimentos transfronteiriços (entre
fronteiras) de resíduos perigosos e seus depósitos. Então, é fundamental que saibamos o que é um
movimento transfronteiriço, um depósito e um resíduo perigoso.
Depósito: é qualquer das operações especificadas no Anexo IV da Convenção, o qual traz uma lista
relacionando as operações de depósito, tais como: depósito na terra, aterramento especialmente
protegido, descarga num corpo de água, incineração sobre o solo, entre muitos outros.
Agora, o mais importante: a definição de resíduos perigosos. Para fins da Convenção, resíduos
perigosos são os seguintes resíduos que sejam objeto de movimentos transfronteiriços:
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a) Resíduos que se enquadrem em qualquer categoria contida no Anexo I, a menos que não possuam
quaisquer das características descritas no Anexo III; e
b) Resíduos não cobertos pelo parágrafo “a” mas definidos, ou considerados, resíduos perigosos pela
legislação interna da Parte que seja Estado de exportação, de importação ou de trânsito.
O Anexo I da Convenção traz categorias de resíduos perigosos a serem controlados, tais como:
resíduos clínicos oriundos de cuidados médicos em hospitais, amianto, mercúrio, cianetos inorgânicos,
entre muitos outros.
Já o Anexo III traz uma lista de características perigosas dos resíduos, tais como: explosividade,
inflamabilidade, corrosividade, toxicidade, entre outras.
Desse modo, o que o parágrafo “a” supracitado afirma que todos os resíduos previsto no Anexo I são
perigoso, exceto se não possuírem nenhuma característica perigosa prevista no Anexo III!
Já o parágrafo “b” considera como perigosos quaisquer outros resíduos não previstos na condição
trazida pelo parágrafo “b”, mas que sejam considerados perigosos pela legislação interna de um país
membro da Convenção (país Parte).
Nesse caso, como o Brasil em regra proíbe a importação de resíduos perigosos (veremos
isso mais adiante), esse tipo de resíduo não poderia ser enviado para cá, ainda que outros
países da Convenção e a própria Convenção não considerem tais resíduos como perigosos.
Pessoal, embora a Convenção da Basileia trate dos resíduos perigosos, cuidado: os resíduos que, por
serem radioativos, estiverem sujeitos a outros sistemas internacionais de controle, inclusive instrumentos
internacionais que se apliquem especificamente a materiais radioativos, ficam excluídos do âmbito da
Convenção! Lembre-se que isso geralmente ocorre com os resíduos radioativos. Nacionalmente, a Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), por exemplo, não trata de rejeitos radioativos, que são regulados pela
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
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Bom, deu para perceber que a definição interna de resíduo perigoso de cada Parte da Convenção
também deve ser considerada, não é mesmo? Sendo assim, vamos relembrar o que as normas brasileiras
consideram como resíduo perigoso.
A primeira coisa que devemos compreender é o conceito de resíduo perigoso trazido pela Lei nº
12.305/10, que institui a PNRS (art. 13, II, "a"):
Desse modo, um resíduo que possua qualquer das características supracitadas é considerado
perigoso, sendo que ele somente não o será se não apresentar nenhuma dessas características. Veremos
maiores detalhes dessas características quando abordarmos a norma NBR 10.004/04, ainda nesta aula.
Ademais, sempre que solicitado pelos órgãos competentes do SISNAMA e do SNVS, deve
ser assegurado o acesso para inspeção das instalações e dos procedimentos relacionados
à implementação e à operacionalização do plano de gerenciamento de resíduos perigosos.
Nesse contexto, as pessoas jurídicas que operam com resíduos perigosos, em qualquer
fase do seu gerenciamento, são obrigadas a se cadastrar no Cadastro Nacional de
Operadores de Resíduos Perigosos (art. 38).
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Esse cadastro deve ser coordenado pelo órgão federal competente do SISNAMA e
implantado de forma conjunta pelas autoridades federais, estaduais e municipais. Para o
cadastramento, as pessoas jurídicas necessitam contar com responsável técnico pelo
gerenciamento dos resíduos perigosos, de seu próprio quadro de funcionários ou
contratado, devidamente habilitado, cujos dados devem ser mantidos atualizados no
cadastro (art. 38, § 2º).
Frise-se que esse cadastro é parte integrante do Cadastro Técnico Federal de Atividades
Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais (CTF/APP) e do
Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR).
Cumpre destacar também que as pessoas jurídicas que operem com resíduos perigosos
são obrigadas a elaborar um plano de gerenciamento de resíduos perigosos e submetê-
lo ao órgão competente do SISNAMA e, se couber, do SNVS (art. 39).
Embora a NBR 10.004/04 não trate apenas dos resíduos perigosos, ela dá especial atenção a eles e,
por isso, faz sentido apresentá-la neste momento da aula.
A importância da norma NBR 10.004/04 reside no fato de que ela estabelece os critérios de
classificação e os códigos para a identificação dos resíduos de acordo com suas características,
classificando os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para
que possam ser gerenciados adequadamente.
A classificação de resíduos sólidos envolve a identificação do processo ou atividade que lhes deu
origem, de seus constituintes e características, e a comparação destes constituintes com listagens de
resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido.
Assim, a segregação dos resíduos na fonte geradora e a identificação da sua origem são partes
integrantes dos laudos de classificação, nos quais deve ser explicitada a descrição de matérias-primas, de
insumos e do processo no qual o resíduo foi gerado. Desse modo, a identificação dos constituintes a serem
avaliados na caracterização do resíduo deve ser estabelecida de acordo com as matérias-primas, os
insumos e o processo que lhe deu origem (item 0.3).
Deve-se ter em mente que, assim como na Lei nº 12.305/10, os resíduos radioativos não são objeto
da NBR 10.004/04, pois são de competência exclusiva da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
As disposições mais importantes da NBR 10.004/04 dizem respeito à classificação dos resíduos nos
seguintes grupos:
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Então, percebam que os resíduos classe I são os perigosos e os classe II são os não perigosos, podendo
estes ser divididos em não inertes (classe II A) e inertes (classe II B).
Os resíduos inertes são aqueles que, quando amostrados de uma forma representativa e submetidos
a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, não têm
nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de
água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.
Já os resíduos não inertes são aqueles não perigosos que não se enquadrarem nessa característica dos
resíduos inertes, podendo ter propriedades como a biodegradabilidade, a combustibilidade ou a
solubilidade em água.
Por sua vez, os resíduos perigosos são aqueles que apresentam algumas das características a seguir:
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade.
Perigosos Classe I
CLASSIFICAÇÃO
DE RESÍDUOS Não inertes:
Classe II A
Não perigosos
Inertes: Classe II B
Vejamos agora as principais características que um resíduo deve ter para ser enquadrado em cada uma
dessas categorias. Não é algo que tem grande incidência em prova, mas vale a pena ser estudado para que
você tenha uma compreensão mais completa acerca da NBR 10.004/04.
1.1.1.1 - Inflamabilidade
Um resíduo sólido é caracterizado como inflamável se uma amostra representativa dele apresentar
qualquer uma das seguintes propriedades (item 4.2.1.1):
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a) ser líquida e ter ponto de fulgor inferior a 60 °C, excetuando-se as soluções aquosas com menos de
24% de álcool em volume;
b) não ser líquida e ser capaz de, sob condições de temperatura e pressão de 25 °C e 0,1 MPa (1 atm),
produzir fogo por fricção, absorção de umidade ou por alterações químicas espontâneas e, quando
inflamada, queimar vigorosa e persistentemente, dificultando a extinção do fogo;
c) ser um oxidante definido como substância que pode liberar oxigênio e, como resultado, estimular a
combustão e aumentar a intensidade do fogo em outro material;
d) ser um gás comprimido inflamável, conforme a Legislação Federal sobre transporte de produtos
perigosos.
1.1.1.2 - Corrosividade
Um resíduo é caracterizado como corrosivo se uma amostra representativa dele apresentar uma das
seguintes propriedades (item 4.2.1.2):
a) ser aquosa e apresentar pH inferior ou igual a 2, ou, superior ou igual a 12,5, ou sua mistura com
água, na proporção de 1:1 em peso, produzir uma solução que apresente pH inferior a 2 ou superior ou igual
a 12,5;
b) ser líquida ou, quando misturada em peso equivalente de água, produzir um líquido e corroer o aço
a uma razão maior que 6,35 mm ao ano, a uma temperatura de 55 °C.
1.1.1.3 - Reatividade
Um resíduo é caracterizado como reativo se uma amostra representativa dele apresentar uma das
seguintes propriedades (item 4.2.1.3):
d) gerar gases, vapores e fumos tóxicos em quantidades suficientes para provocar danos à saúde
pública ou ao meio ambiente, quando misturados com a água;
e) possuir em sua constituição os íons CN- ou S2- em concentrações que ultrapassem os limites de 250
mg de HCN liberável por quilograma de resíduo ou 500 mg de H2S liberável por quilograma de resíduo;
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f) ser capaz de produzir reação explosiva ou detonante sob a ação de forte estímulo, ação catalítica ou
temperatura em ambientes confinados;
h) ser explosivo, definido como uma substância fabricada para produzir um resultado prático, através
de explosão ou efeito pirotécnico, esteja ou não esta substância contida em dispositivo preparado para este
fim.
1.1.1.4 - Toxicidade
Um resíduo é caracterizado como tóxico se uma amostra representativa dele apresentar uma das
seguintes propriedades (item 4.2.1.4):
a) quando o extrato obtido desta amostra contiver qualquer um dos contaminantes em concentrações
superiores aos valores constantes no anexo F da NBR 10.004/04;
b) possuir uma ou mais substâncias constantes no anexo C da NBR 10.004/04 e apresentar toxicidade.
c) ser constituída por restos de embalagens contaminadas com substâncias constantes nos anexos D
ou E da NBR 10.004/04;
Frise-se que o os códigos de identificação dos resíduos tóxicos variam de D005 a D052, a depender da
característica de toxicidade, conforme ensaio de lixiviação realizado de acordo com ABNT NBR 10.005/04.
1.1.1.5 - Patogenicidade
Frise-se que o código de identificação dos resíduos patogênicos é o D004 e que não devem ser
classificados segundo os critérios de patogenicidade os resíduos gerados nas estações de tratamento de
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Isso porque, se a classificação estabelecida na NBR 10.004/04 fosse seguida à risca, os resíduos das
ETEs e os resíduos sólidos urbanos domiciliares teriam que ser classificados como perigosos, considerando
que as fezes humanas estão neles presentes. Isso exigiria que esses resíduos fossem dispostos em aterros
de resíduos perigosos, por exemplo, inviabilizando sua destinação final ambientalmente adequada1.
A Convenção de Basileia tem como principal objetivo proteger a saúde das pessoas e o meio
ambiente frente aos efeitos prejudiciais dos resíduos perigosos.
Importante destacar que, por meio de instrumentos internacionais de controle desses movimentos de
exportação e o trânsito de resíduos perigosos, a Convenção procura coibir seu tráfico e prevê a
intensificação da cooperação internacional para o gerenciamento ambientalmente adequado desses
resíduos. E essas ações são baseadas no princípio do consentimento prévio e explícito para a importação.
1
SOUTO, Gabriel D’arrigo de Brito; POVINELLI, Jurandyr. Resíduos sólidos. In.: Engenharia Ambiental: conceitos, tecnologia e
gestão. Maria do Carmo Calijuri e Davi Gasparini Fernandes Cunha (orgs.). Elsevier: Rio de Janeiro, 2013.
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Pessoal, esse princípio está explícito no artigo 1º do Decreto no 875/1993, podendo-se dizer que é a
essência da Convenção, pois visa a evitar que países enviem seus resíduos para outros países sem
consentimento prévio e explícito!
Para alcançar os objetivos da Convenção, cada Parte deve tomar medidas adequadas para (art. 4º):
a) Assegurar que a geração de resíduos perigosos e outros resíduos em seu território seja reduzida
a um mínimo, levando em consideração aspectos sociais, tecnológicos e econômicos;
e) Não permitir a exportação de resíduos perigosos e outros resíduos para um Estado ou grupo de
Estados que pertençam a uma organização de integração econômica e/ou política de que sejam
Partes países, particularmente países em desenvolvimento, cuja legislação tenha proibido todas
as importações, ou se tiver razões para crer que os resíduos em questão não serão administrados de
forma ambientalmente saudável, de acordo com critérios a serem decididos pelas Partes em sua
primeira reunião.
f) Exigir que informações sobre qualquer movimento transfronteiriço de resíduos perigosos e outros
resíduos proposto sejam fornecidas aos Estados interessados, no sentido de definir claramente os
efeitos desse movimento sobre a saúde humana e o meio ambiente;
g) Impedir a importação de resíduos perigosos e outros resíduos se tiver razões para crer que os
resíduos em questão não serão administrados de forma ambientalmente saudável;
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→ Proibir todas as pessoas sob sua jurisdição nacional de transportarem ou depositarem resíduos
perigosos ou outros resíduos, a não ser que essas pessoas estejam autorizadas ou tenham permissão para
realizar esse tipo de operações;
e) que resulte num depósito deliberado (por exemplo, “dumping” ) de resíduos perigosos
ou outros resíduos caracterizando violação da Convenção e de princípios gerais do direito
internacional.
Assinando a Convenção da Basileia, as Partes aceitam que não permitirão que resíduos perigosos ou
outros resíduos sejam exportados para um Estado que não seja Parte, ou importados de um Estado que não
seja Parte!
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Partes, desde que esses esquemas ou acordos não derroguem a administração ambientalmente saudável
dos resíduos perigosos e outros resíduos exigida pela Convenção. Assim, esses acordos ou esquemas devem
estabelecer dispositivos que não sejam menos ambientalmente saudáveis que aqueles previstos na
Convenção, particularmente levando-se em consideração os interesses dos países em desenvolvimento.
Além disso, as Partes acordam que não permitirão a exportação de resíduos perigosos e outros
resíduos para depósito dentro da área ao sul dos 60 graus de latitude sul, estejam ou não esses resíduos
sujeitos a movimento transfronteiriço.
Pessoal, as áreas ao sul dos 60º de latitude sul são as áreas mais ao sul do planeta, abrangendo
basicamente a Antártida! Veja o mapa-múndi com a latitude 60º destacada em vermelho:
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Comentário:
Pessoal, partindo do pressuposto que a Convenção de Basileia é baseada no princípio do consentimento
prévio e explícito para a importação, o país exportador não pode deixar de avisar o país importador o tipo
de resíduo que está sendo enviado.
Questão errada.
No Brasil, a Convenção de Basileia foi ratificada e internalizada por meio do Decreto no 875/1993 e do
Decreto nº 4.581/2003, sendo regulamentada também pela Resolução Conama nº 452/2012.
A Convenção prevê que há liberdade do país signatário em definir requisitos para a entrada e para a
destinação, em seu território, de resíduos considerados perigosos em sua legislação nacional. No caso do
Brasil, por exemplo, a lei 12.305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, proibiu a
importação de resíduos perigosos (art. 49):
“Art. 49. É proibida a importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos
sólidos cujas características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade
vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reúso, reutilização ou recuperação.”
(CEBRASPE/ CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014) A respeito das políticas nacionais relativas a recursos
hídricos, mudanças climáticas e gestão dos resíduos sólidos, julgue o seguinte item.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos contribui para a implementação da Convenção de Basileia, pois prevê
que é proibida a importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos sólidos cujas
características causem danos ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade vegetal.
Comentário:
A questão está correta, de acordo com o artigo 49 da Lei nº 12.305/10.
Outro ponto do Decreto no 875/1993 a ser enfatizado diz respeito aos objetivos que a Convenção deve
ajudar a alcançar, quais sejam (art. 1º, 3):
b) minimizar a quantidade e o conteúdo tóxico dos resíduos perigosos gerados e assegurar sua
disposição ambientalmente saudável tão próximo quanto possível do local de produção; e
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Assistir os países em
Minimizar a quantidade e
Reduzir os movimentos desenvolvimento na
o conteúdo tóxico dos
transfronteiriços de gestão ambientalmente
resíduos perigosos
resíduos saudável dos resíduos
gerados
perigosos
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Comentários:
Questão típica e bem tranquila, pois apenas exige saber do que trata a Convenção da Basileia, ou seja, do
Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito.
Logo, a alternativa A está correta e é o nosso gabarito.
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(CETAP/PREF OURÉM – 2017) O governo brasileiro aderiu ao controle de movimentos transfronteiriços
de resíduos perigosos e seu depósito, e, atualmente, estabelece mecanismos de controle desses
movimentos, baseados no princípio do consentimento prévio e explicito para a importação, exportação
e o trânsito de resíduos perigosos. Tal controle visa coibir o tráfico ilegal e prevê a intensificação da
cooperação internacional para a gestão ambientalmente adequada desses resíduos. Vale ressaltar que,
a partir da promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS, Lei n. º12.305/2010, foi
proibida definitivamente a importação de resíduos perigosos. Em qual convenção foi discutido o
controle de movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos e seu depósito?
a) Convenção de Basileia
b) Convenção de Roterdã
c) Convenção de Estocolmo
d) Convenção de Montreal
e) Convenção de Ramsar
Comentários:
Mais uma questão que apenas cobra saber do que trata a Convenção da Basileia, ou seja, do Controle de
Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito.
A alternativa A está correta e é o nosso gabarito.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
(CEBRASPE/CODEVASF – 2021) Considerando a importância internacional das convenções e dos
protocolos que tratam da questão ambiental, julgue o item subsequente.
O controle de movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos e seu depósito é um dos temas contemplados
na Convenção de Basileia.
Comentários:
De fato, o acordo proposto na Convenção de Basiléia realmente trata dos "controle de movimentos
transfronteiriços de resíduos perigosos e seu depósito”. Sendo assim, questão correta.
Vamos aprofundar o assunto um pouco, explicando resumidamente como deve ocorrer o movimento
transfronteiriço de resíduos perigosos, de acordo com a Convenção da Basileia.
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Cada Parte (país) da Convenção deve designar ou estabelecer uma ou mais autoridades
competentes para lidar com as questões da Convenção, como receber a notificação de
movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos. No Brasil, o IBAMA é essa
autoridade.
Então, um Estado que queria exportar os resíduos deve notificar, por escrito, por meio da
autoridade competente do Estado de exportação, a autoridade competente dos Estados
interessados, a respeito de qualquer movimento transfronteiriço de resíduos perigosos ou
outros resíduos proposto. Apenas uma notificação precisa ser enviada para cada um dos
Estados interessados.
Cada Estado de trânsito2 que seja Parte deve acusar prontamente ao notificador o
recebimento da notificação. Subsequentemente, pode dar uma resposta por escrito ao
notificador, em um prazo de 60 dias, permitindo o movimento com ou sem condições,
negando permissão para o movimento ou solicitando informações adicionais.
2
Um “Estado de trânsito” é qualquer Estado que não seja o Estado de exportação ou importação através do qual se planeja fazer
ou se faz um movimento transfronteiriço de resíduos perigosos o outros resíduos. Em outras palavras, é um Estado que não é a
origem ou o destino final dos resíduos, mas pode onde o transporte deles passa.
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Nesse contexto, o Estado de exportação e qualquer Parte de trânsito não deve se opor,
dificultar ou impedir o retorno desses resíduos para o Estado de exportação!
Em outras palavras, se o Brasil não é importador nem exportador, mas apenas um local de
passagem do movimento transfronteiriço (estado de trânsito), ele não mais emite
consentimento prévio, deixando livre o trânsito dos resíduos em seu território.
3 - Decreto nº 4.581/03
O então adotado Anexo VIII traz uma lista (Lista A) de resíduos caracterizados como perigosos, mas
sua inclusão nesse Anexo não impede o uso do Anexo III (já mencionado Anexo que traz a lista de
características perigosas) para demonstrar que um resíduo não é perigoso.
Apenas para exemplificar, alguns resíduos mencionados pela Lista A são: resíduos metálicos e
resíduos que contenham metais (ex.: cádmio, chumbo, mercúrio, selênio etc.); lodo galvânico, resíduos
fluidos a partir da decapagem de metais, cinzas obtidas a partir da incineração de fios de cobre isolados,
entre muitos outros.
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Já o Anexo IX traz uma lista (Lista B) de resíduos que não são considerados os resíduos perigosos
previstos no Anexo I, a menos que contenham elementos do Anexo I em concentração tal que apresentem
características do Anexo III.
Alguns exemplos de resíduos mencionados pela Lista B são: resíduos de metais e resíduos que
contenham metais (ex.: sucata de cobre, níquel, alumínio, zinco, escórias contendo tais elementos, entre
muitos outros). Notem que tais resíduos têm mais relação com ligas e metais não pesados.
(QUADRIX/PREF JATAÍ – 2019) De acordo com o Decreto n.º 4.581/2003 (Convenção de Basileia), que
promulga a Emenda ao Anexo I e a adoção dos Anexos VIII e IX à Convenção de Basileia sobre o controle
do movimento transfronteiriço de resíduos perigosos e seu depósito, assinale a alternativa que
apresenta o elemento que pode estar presente em resíduos metálicos e ligas, caracterizando‐os como
resíduos perigosos.
a) mercúrio
b) fósforo
c) enxofre
d) cálcio
e) carbono
Comentários:
A alternativa A está correta e é o nosso gabarito. O Decreto nº 4.581/03, em seu anexo VIII, traz uma lista
de resíduos perigosos, sendo que na lista A1 são apresentados como perigosos os resíduos metálicos que
contenham metais, como o mercúrio.
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Por meio da Instrução Normativa Ibama n° 12, de julho de 2013, o IBAMA regulamentou
os procedimentos de controle da importação de resíduos e estabeleceu a listagem de
resíduos que estão sujeitos a restrições e ao seu controle.
Regra geral, tal IN proíbe a importação, em todo o território nacional, sob qualquer forma
e para qualquer fim, dos seguintes resíduos:
II - Rejeitos;
IV - Pneumáticos Usados.
A Resolução Conama nº 452/12 reforça a proibição da importação dos Resíduos Perigosos - Classe I
e de rejeitos, em todo o território nacional, sob qualquer forma e para qualquer fim. Além disso, a Resolução
também reforça a proibição da importação de “Outros Resíduos”, ou seja, resíduos coletados de
residências ou os resíduos oriundos de sua incineração, exceto quando houver acordos bilaterais firmados.
Os chamados Resíduos Controlados são aqueles controlados pelo IBAMA e sujeitos à restrição de
importação, podendo ser de Classe IIA ou Classe IIB. Desse modo, nos termos do art. 6º da Res. Conama nº
452/12, não estão sujeitos à restrição de importação os Resíduos Inertes - Classe IIB, desde que não
controlados pelo IBAMA e não combinados com “Outros Resíduos” ou rejeitos, à exceção dos pneumáticos
usados cuja importação é proibida.
Observação: o IBAMA, mediante decisão motivada e exclusiva, pode ampliar a lista de Resíduos
Inertes - Classe IIB sujeitos à restrição de importação, cujas características causem dano ao meio ambiente,
à saúde pública e animal e à sanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reuso, reutilização ou
recuperação (art. 6º, § 1º).
Pessoal, é importante destacar que a importação de Resíduos Controlados só pode ser realizada por
Destinador de Resíduos (pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que exerce atividades de
destinação ambientalmente adequada de resíduos sólidos) para reciclagem, em instalações devidamente
licenciadas para tal fim, após autorização e anuência prévia do IBAMA com o atendimento das seguintes
exigências (art. 7º):
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III - laudo técnico atestando a classificação da carga de resíduos que esteja sendo importada, exceto
nos casos onde houver dispensa fundamentada do IBAMA;
A Res. CONAMA nº 452/12 prevê que, no caso de países não Partes da Convenção da Basileia, a
importação de resíduos não perigosos somente é possível mediante acordos ou arranjos bilaterais,
multilaterais ou regionais, regulamentados pelo Decreto nº 875/93 e outros instrumentos legais
pertinentes.
Por fim, saiba que se os órgãos ambientais estaduais, distrital ou municipais constatarem o
descumprimento das condições estabelecidas pela legislação federal, estadual, distrital ou municipal de
controle ambiental pertinentes à armazenagem, transporte, manipulação, utilização e reciclagem do
resíduo importado, devem comunicar ao IBAMA a ocorrência, para as providências previstas na Convenção
de Basiléia.
(SELECON/SME CUIABÁ - 2018) O Ibama publicou na edição do Diário Oficial da União, de 17 de julho
de 2013, a Instrução Normativa (IN) nº 12, de 16 de julho de 2013. Essa IN regulamenta a Resolução
Conama nº 452/2012 que dispõe sobre os procedimentos de controle da importação de resíduos,
conforme as normas adotadas pela Convenção da Basileia. Diante do quadro acima, NÃO é correto
afirmar:
a) Essa publicação se constitui em mais uma etapa para aperfeiçoar os mecanismos de controle do ingresso
de resíduos no país e possibilitar maior transparência e celeridade nos processos de solicitação de
importação de resíduos.
b) A importação dos resíduos controlados só é permitida se proveniente de país que tenha ratificado a
Convenção de Basileia e esses resíduos deverão ser destinados apenas para reutilização ou reciclagem no
Brasil em instalações devidamente licenciadas e regulares junto ao Cadastro Técnico Federal.
c) O Decreto nº 875, de 19 de julho de 1993, já preconizava que o movimento transfronteiriço de resíduos
perigosos e outros resíduos fosse reduzido ao mínimo compatível com a administração ambientalmente
saudável e eficaz desses resíduos e que seja efetuado de maneira a proteger a saúde humana e o meio
ambiente dos efeitos adversos que possam resultar desse movimento.
d) A Convenção de Basileia não reconhece que qualquer país que seja Parte tenha o direito soberano de
proibir a entrada ou depósito de resíduos perigosos e outros resíduos em seu território
Comentários:
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Pessoal, a alternativa D está claramente errada, sendo o nosso gabarito. A Convenção da Basileia
reconhece que qualquer país que seja parte tem o direito soberano de proibir a entrada ou depósito de
resíduos perigosos e outros resíduos estrangeiros em seu território.
As demais alternativas coadunam-se com as disposições da IN nº 12/2013 do IBAMA.
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(CEBRASPE/IBAMA – 2009) Em 2003, após a intervenção do Greenpeace, o navio MV Sonia, contendo
um carregamento de melaço contaminado com o hormônio de crescimento MPA (acetato de
medroxyprogesterona), retornou para Amsterdã, na Holanda, seu porto de origem. O carregamento
tóxico foi vendido para uma destilaria na Paraíba, que iria utilizar esse melaço para a produção de
álcool. O Greenpeace tão logo tomou conhecimento do problema enviou um comunicado às
autoridades brasileiras e holandesas. O governo holandês, em carta ao governo brasileiro, confirmou a
contaminação do carregamento.
Os responsáveis pelo navio foram informados pelas autoridades brasileiras de que não seriam
==26f57c==
autorizados a descarregar no país, como estava previsto anteriormente. Cuba, que também estava na
rota do navio, foi informada pelo Greenpeace sobre a contaminação e também não permitiu o
descarregamento.
O MPA é um hormônio de crescimento artificial que altera o funcionamento do sistema
endocrinológico, apresentando efeitos colaterais tóxicos. Especialistas acreditam que o MPA pode
causar infertilidade em seres humanos. Para o Greenpeace, qualquer que fosse a concentração de MPA
do carregamento, ele deveria ter sido proibido, pois esse hormônio está proibido desde 1961 na
Holanda, e desde 1989 na Europa.
A respeito das informações apresentadas no texto e à temática relacionada, julgue o seguinte item.
A situação retratada constitui exemplo de conflito que se enquadra nas preocupações gerais da Convenção da
Basiléia.
Comentários:
A Convenção da Basiléia trata sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigos e seu
Depósito, trazendo no seu contexto mecanismos de organização dos movimentos transfronteiriços de
resíduos sólidos e líquidos perigosos e sua disposição final. Desse modo, a situação de fato representa um
objeto de preocupação por parte da Convenção.
Portanto, questão correta.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pessoal, com isso terminamos a parte teórica da aula.
Não há muitas questões sobre esse assunto, então tive de criar algumas questões inéditas.
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QUESTÕES COMENTADAS
O principal objetivo da Convenção é proteger a saúde das pessoas e o meio ambiente frente aos efeitos
prejudiciais de qualquer tipo de resíduo.
Comentário
A questão está errada, porque o foco da Convenção está nos resíduos considerados perigosos, não de
qualquer tipo de resíduo.
Comentário
A questão está correta. Veja o que está estabelecido no artigo 1º do Decreto nº 875/93:
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Comentário
A questão está correta. Além do principal objetivo da convenção, proteger a saúde das pessoas e o
meio ambiente frente aos efeitos prejudiciais dos resíduos perigosos, o artigo 1º do Decreto 875/93 traz
outros objetivos, entre eles o de minimizar a quantidade e o conteúdo tóxico dos resíduos perigosos gerados
e assegurar sua disposição ambientalmente saudável tão próximo quanto possível do local de produção.
Comentários
A alternativa B está errada, porque deve-se assegurar a disposição ambientalmente saudável tão
próximo quanto possível do local de produção.
A alternativa C está correta e é o nosso gabarito. É o que traz a alínea “c” do artigo 1º do Decreto
875/93.
A alternativa D está errada. Erro sutil: deve-se intensificar a gestão adequada, não inadequada!
A Convenção traz em seu escopo que o país signatário do tratado deve seguir de forma estrita as normas
estabelecidas, não prevendo autonomia para estipulação de requisitos próprios em sua legislação
nacional.
Comentário
A questão está errada. Pessoal, a Convenção prevê autonomia do país signatário em definir requisitos
para a entrada e para a destinação, em seu território, de outros resíduos considerados perigosos em sua
legislação nacional.
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O Decreto nº 4.581, de 27 de janeiro de 2003 promulga a adoção Anexo VIII à Convenção da Basileia, o
qual considera alguns resíduos que são classificados como resíduos perigosos, entre os quais os resíduos
metálicos e resíduos que contenham ligas com cádmio e mercúrio.
Comentário
A questão está correta. O Decreto nº 4.581/03 classifica diversos materiais como resíduos perigosos,
sendo que os que contenham liga de cádmio e mercúrio considerados resíduos perigosos.
Os resíduos relacionados no Anexo VIII são caracterizados como perigosos, e sua inclusão nesse Anexo
não impede o uso do Anexo III para demonstrar que um resíduo não é perigoso.
Comentário
A alternativa está correta. Ainda que o resíduo tenha sido enquadrado como perigoso no Anexo VIII,
nada impede que em determinado caso seja demonstrado que não é um resíduo perigoso se não possuir as
características trazidas pelo Anexo III.
Desde que respeitadas as normas ambientais, podem ser importados resíduos perigosos – Classe I e seus
rejeitos.
Comentário
A alternativa está errada. Pessoal, é o contrário, conforme cita o artigo 3º da Resolução, é proibida a
importação dos Resíduos Perigosos - Classe I e de rejeitos, em todo o território nacional, sob qualquer forma
e para qualquer fim.
O que ocorre é que, caso determinado resíduo não possua quaisquer das características descritas no
Anexo III da Convenção da Basileia, poderá ser considerado não perigoso.
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A ampliação da lista de Resíduos Inertes - Classe IIB sujeitos à restrição de importação, cujas
características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade vegetal, deve ser
feita por meio de Decreto, aprovado na câmara legislativa.
Comentário
A alternativa está errada, pois não se exige Decreto aprovado na câmara legislativa, o próprio IBAMA
pode ampliar a lista de Resíduos Inertes - Classe IIB sujeitos à restrição de importação, nos termos do art.
6º, § 1º, da Res. Conama nº 452/12.
10. (INÉDITA/2021) De acordo com a Resolução CONAMA 452/2012, que dispõe sobre os
procedimentos de controle da importação de resíduos, conforme as normas adotadas pela
Convenção da Basiléia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos
e seu Depósito, julgue o item.
O descumprimento das condições estabelecidas pela legislação federal, estadual, distrital ou municipal
de controle ambiental pertinentes à armazenagem, transporte, manipulação, utilização e reciclagem do
resíduo importado sujeitará os infratores, entre outras, às previstas na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro
de 1998.
Comentário
A questão está correta, de acordo com o artigo 13 da Resolução. Naturalmente, os infratores devem
responder segundo a Lei de Crimes Ambientais.
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LISTA DE QUESTÕES
1. (INÉDITA/2021) De acordo com a Convenção de Basileia sobre Controle de Movimentos
Transfronteiriços de Resíduos Perigosos, julgue o item.
O principal objetivo da Convenção é proteger a saúde das pessoas e o meio ambiente frente aos efeitos
prejudiciais de qualquer tipo de resíduo.
A Convenção traz em seu escopo que o país signatário do tratado deve seguir de forma estrita as normas
estabelecidas, não prevendo autonomia para estipulação de requisitos próprios em sua legislação
nacional.
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O Decreto nº 4.581, de 27 de janeiro de 2003 promulga a adoção Anexo VIII à Convenção da Basileia, o
qual considera alguns resíduos que são classificados como resíduos perigosos, entre os quais os resíduos
metálicos e resíduos que contenham ligas com cádmio e mercúrio.
Os resíduos relacionados no Anexo VIII são caracterizados como perigosos, e sua inclusão nesse Anexo
não impede o uso do Anexo III para demonstrar que um resíduo não é perigoso.
Desde que respeitadas as normas ambientais, podem ser importados resíduos perigosos – Classe I e seus
rejeitos.
A ampliação da lista de Resíduos Inertes - Classe IIB sujeitos à restrição de importação, cujas
características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade vegetal, deve ser
feita por meio de Decreto, aprovado na câmara legislativa.
10. (INÉDITA/2021) De acordo com a Resolução CONAMA 452/2012, que dispõe sobre os
procedimentos de controle da importação de resíduos, conforme as normas adotadas pela
Convenção da Basiléia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos
e seu Depósito, julgue o item.
O descumprimento das condições estabelecidas pela legislação federal, estadual, distrital ou municipal
de controle ambiental pertinentes à armazenagem, transporte, manipulação, utilização e reciclagem do
resíduo importado sujeitará os infratores, entre outras, às previstas na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro
de 1998.
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GABARITO
1. ERRADA
2. CORRETA
3. CORRETA
4. C
5. ERRADA
6. CORRETA
7. CORRETA
8. ERRADA
9. ERRADA
10. CORRETA
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