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PORTFÓLIO

ANTONIA DE ANDRADE CARVALHO SOUSA

CURRICULARIZAÇÃO
2023/1
Fundamentação
01
Campanha de Conscientização
02
SUMÁRIO

Resumo da Aprendizagem 03
Conclusão 05
Referências 06
Fundamentação

1- Política nacional de resíduos sólidos

Após mais de vinte anos de discussões no Congresso Nacional, foi aprovada a


Lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010,
regulamentada pelo Decreto n. 7.404, de 23 de dezembro de 2010, considerada um
marco muito importante para a questão ambiental. Em seu art. 6º são apresentados os
Princípios que orientam a PNRS distribuídos em onze incisos, onde se faz necessário, no
exercício da interpretação, uma permanente integração com todo o corpo da Lei.
(MACHADO, 2012, p. 39). Um dos princípios importantes para essa discussão é o
Principio da Prevenção. Machado (2012, p. 40) aponta que “o fim primacial da prevenção
é evitar o dano, na forma mais ampla. Somente quando não for possível a evitação total
do prejuízo ambiental, é que será aceito um comportamento redutor ou mitigador do
dano”. Os instrumentos utilizados para exercer a precaução são os Planos de Resíduos
Sólidos. Segundo Crespo e Costa (2012, p. 284):

O art. 14º da referida Lei considera uma tipologia variada e complementar, de modo a contemplar as
diversas configurações territoriais e arranjos institucionais, caracterizando como planos de resíduos sólidos:
I – O Plano Nacional de Resíduos Sólidos;
II – Os planos estaduais de resíduos sólidos;
III – Os planos microrregionais de resíduos sólidos e os planos de resíduos sólidos de regiões
metropolitanas ou aglomerados urbanos;
IV – Os planos intermunicipais de resíduos sólidos;
V – Os planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos; VI – Os planos de gerenciamento de

resíduos sólidos.

Os Planos de resíduos sólidos terão que apresentar conteúdos mínimos fixados


pela Lei 12.305/2010, como por exemplo, diagnóstico da situação atual dos resíduos e
metas de redução, reutilização e reciclagem, com o objetivo de diminuir significativamente
a quantidade de rejeitos e que os rejeitos sejam encaminhados para disposição final de
forma ambientalmente adequada, entre outros.
Um dos pontos extremamente importante a ser apresentado nos Planos são as
metas para eliminação dos lixões, levando em consideração à inclusão social e a
emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis. De acordo
com a versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (2012, p.34),

“[...] há no Brasil 2.906 lixões, distribuídos em 2.810 municípios, que devem ser erradicados. Em números
absolutos o estado da Bahia é o que apresenta mais municípios com presença de lixões (360), seguido pelo
Piauí (218) e Minas Gerais (217). Outra informação relevante é que 98% dos lixões existentes concentram-
se nos municípios de pequeno porte e 57% estão no nordeste”.

A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, observado o disposto


no § 1º do art. 9º, deverá ser implantada em até 4 (quatro) anos após a data de
publicação desta Lei. (BRASIL. art. 54º, da Lei 12.305/2010).

Até o ano de 2014 os lixões não poderão ser utilizados para deposição dos
resíduos sólidos e, com isso, milhares de trabalhadores ficarão sem trabalho e renda se
não forem construídas alternativas.

Estimativas do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis


(2012, p. 422) “apontam que existam cerca de 800 mil catadores em atividade no Brasil, a
maior parte trabalhando nas ruas e nos lixões”.

Os Planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos deverão ter metas


claras sobre a implantação de coleta seletiva de resíduos secos, e deverão priorizar a
participação de catadores de materiais recicláveis formadas por pessoas de baixa renda,
organizadas em cooperativas ou outras formas de organização, para terem prioridade no
acesso a recursos da União (BRASIL. Lei 12.305/2010, art. 18, § 1º, II).

Os Planos são ferramentas importantíssimas no exercício do principio da


precaução, inclusive para o setor privado que tem como atribuição desenvolver os planos
de gerenciamento de resíduos sólidos.

O plano de gerenciamento de resíduos sólidos tem conteúdo mínimo definido na


Lei 12.305/2010 em seu art. 21º:

I – Descrição do empreendimento ou atividade; II – Diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou


administrados, contendo a origem o volume a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos a eles
relacionados, [...] V – Ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de gerenciamento
incorreto ou acidentes; [...]

Outro princípio que merece destaque é o da responsabilidade compartilhada.

Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é o conjunto de atribuições individualizadas
e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos
titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, para reduzir os impactos
causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos (BRASIL. Lei
n. 12.305/2010 , art. 3º, XVII).

Segundo Machado (2012, p. 44), “o compartilhamento da responsabilidade


previsto na Lei 12.305/2010 entrelaça pessoa física e jurídica de direito privado com
pessoa jurídica de direito público”.

Esse princípio é fundamental para um novo conceito na gestão e


gerenciamentos dos resíduos sólidos, pois é a efetividade da responsabilidade dos
fabricantes, dos importadores, dos distribuidores, dos comerciantes e dos consumidores
(MACHADO, 2012).

O controle social é mais um dos princípios que orientam a PNRS e deve ser
efetivada já na elaboração do Plano, garantido a participação efetiva da sociedade não
apenas no acesso a informação mas também na formulação das políticas públicas.

Na Lei 11.445/2007 controle social é entendido como:

Conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas


e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos

serviços públicos de saneamento básico.(BRASIL. Lei 11.445/2007, inciso IV, do art. 3º)

O controle social é entendido como um direito da sociedade à informação e um


princípio fundamental na prestação de serviços de saneamento.

Na prática, este princípio busca a participação da sociedade nos processos de


formulação, implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos
sólidos (BRASIL. Lei 12.305/2010, art.3º, IV).
2- Descarte de pilhas e bateriais

As pilhas e baterias de uso doméstico apresentam um grande perigo quando


descartadas incorretamente. Na composição dessas pilhas são encontrados metais
pesados como: cádmio, chumbo, mercúrio, que são extremamente perigosos à saúde
humana. Dentre os males provocados pela contaminação com metais pesados está o
câncer e mutações genéticas.

Só para esclarecer, as pilhas e baterias em funcionamento não oferecem riscos,


uma vez que o perigo está contido no interior delas. O problema é quando elas são
descartadas e passam por deformações na cápsula que as envolvem: amassam,
estouram, e deixam vazar o líquido tóxico de seus interiores. Esse líquido se acumula na
natureza, ele representa o lixo não biodegradável, ou seja, não é consumido com o
passar dos anos. A contaminação envolve o solo e lençóis freáticos prejudicando a
agricultura e a hidrografia. Justamente por serem biocumulativas é que surgiu a
necessidade do descarte correto de pilhas e baterias usadas.

Como a própria ilustração já diz, o que não pode ser feito é o descarte desses
materiais no lixo comum. Já existem leis que obrigam os fabricantes a receberem de volta
pilhas e baterias, e desta forma dar a elas o destino adequado. Seria fundamental que
também colocassem advertências na própria embalagem do produto, avisando dos
eventuais perigos oferecidos pelo descarte incorreto do material.

O que você consumidor pode fazer? O ideal é separar o lixo tóxico do restante,
dessa forma você facilita a coleta e posterior armazenagem em aterros especiais. Mas se
optar pelo envio ao fabricante, estará alertando-o de sua preocupação e, quem sabe
dessa forma, ele tome consciência de sua responsabilidade como produtor e dê destino
correto ao seu produto após o uso.

3- Possíveis problemas gerados pelo descarte incorreto de pilhas e bateriais

Dados da Secretaria do Meio Ambiente (SMA) apontam que o Brasil utiliza 1,2
bilhão de unidades de pilha anualmente, sendo 40% deste número vinda da produção
falsificada, ou seja, fora do controle da legislação e contendo nível maiores de metais em
composição. Embora as pilhas tenham um tamanho pequeno e aparentemente não serem
capazes de causar grandes problemas, é justamente em sua composição e o descarte
incorreto que são responsáveis por prejudicar (e muito) a nossa saúde e o meio ambiente.

O perigo está no interior das pilhas, em sua composição. Estes dispositivos


contêm diversos tipos de materiais, sendo os mais perigosos o chumbo, mercúrio e
cádmio, que são chamados de metais pesados. Estes ingredientes têm forte potencial de
contaminação, e, quando descartados de forma incorreta, podem ocasionar sérias
consequências para a saúde humana e a natureza.

O descarte inapropriado faz com que as pilhas fiquem expostas para sofrer
deformações em suas cápsulas, acarretando no vazamento do lixo tóxico composto em
seu interior. O líquido presente no interior dos dispositivos se trata de um produto não
biodegradável e sem decomposição, que ocasiona a contaminação quando é despejado
sob o solo, lençol freático, rios e o percurso d’água. Sendo prejudicial a hidrografia e a
agricultura, o que causa danos irreparáveis no meio ambiente e plantações.

Na saúde humana, a contaminação que o contato com esses metais gera, são
no desenvolvimento de graves e sérias doenças. Dentre elas, estão diversas mutações
genéticas, problemas em todo o sistema nervoso central e, se não for detectado
rapidamente, a contaminação pode levar até o câncer.

Em vista disso, é altamente importante que o descarte de pilhas seja feito de


forma adequada. Os próprios fabricantes têm por lei, a responsabilidade de recolher e
realizar a descontaminação de seus produtos.

Repartições públicas, estabelecimentos que comercializam pilhas, assistências


técnicas autorizadas, faculdades, supermercados e até mesmo farmácias, oferecem
pontos de coleta. Portanto, é indescritível a conscientização e mudança de hábitos ao
realizar a separação das pilhas (assim como outros dispositivos eletrônicos) dos demais
lixos domésticos.

4- Importância do Descarte Consciente desses resíduos

Resíduos quando descartados em lixões, aterros, ruas, oceanos, florestas ou


qualquer outro local que não seja apropriado geram grandes impactos diretos ou indiretos
ao ambiente. Como por exemplo, os dejetos expostos a céu aberto em lixões provocam
um tipo de combustão que libera gases que agravam o efeito estufa. Além disso, o lixo
acumulado nesses lugares liberam toxinas que podem contaminar o solo e os lençóis
freáticos.

Outro problema relacionado ao descarte incorreto dos resíduos nas ruas está na
ocorrência de enchentes nas cidades. Ademais, os resíduos quando depositados nos
oceanos e mares, como por exemplo, os plásticos, trazem riscos aos animais e aves
marinhas que se alimentam desses materiais.

Para que isso não aconteça a reciclagem se torna uma excelente alternativa
para o problema de resíduos sólidos urbanos. Enquanto a compostagem auxilia com os
materiais orgânicos descartados incorretamente no meio ambiente.

Para os resíduos orgânicos, a compostagem caseira é a melhor solução. Pois,


além de contribuir com a diminuição dos impactos ambientais e a emissão de gás metano
na atmosfera, esta técnica ainda permite a geração do húmus, adubo natural que pode
ser utilizado na agricultura, em jardins e plantas, substituindo o uso de produtos químicos
nocivos ao meio ambiente.

Já os materiais sólidos – como papel, plástico, metal e vidro – podem ser


encaminhados para o processo de reciclagem, que consiste em transformar um material
já utilizado em matéria-prima, a fim de que se forme um novo produto com as mesmas
características. Sendo assim, muito importante, pois reduz o impacto sobre o meio
ambiente e traz benefícios para o planeta. Tendo em vista que muitos materiais levam
bastante tempo para se decompor na natureza. Além disso, é responsável pela
diminuição da retirada de matéria-prima do ambiente, gera economia de água e energia,
reduz a disposição inadequada do lixo e conscientiza a população sobre a importância do
descarte consciente.

Para uma reciclagem eficiente é necessário que também haja uma correta
separação de resíduos. Por isso, desenvolveu-se o método de lixeiras de diferentes
cores, cada uma para um tipo de resíduo. A fim de ajudar as pessoas a identificar e
separar corretamente o seu lixo.

Segundo Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), existe uma padronização


internacional de dez cores de lixeiras para cada tipo de resíduo, sendo elas:

Azul: papel/papelão;
Vermelho: plástico;

Verde: vidro;

Amarelo: metal;

Preto: madeira;

Laranja: resíduos perigosos (como pilhas e baterias);

Branco: resíduos de hospitais e serviço de saúde;

Roxo: lixo radioativo;

Marrom: lixo orgânico;

Cinza: lixo não reciclável, contaminado ou cuja separação não é possível.

A TNA Plast contribui com a sociedade e com a natureza. Sendo sustentável em fontes
renováveis, minimizando, desse modo, a utilização de recursos naturais. Todo material
utilizado no processo de injeção é proveniente da reciclagem do plástico que seria
descartado no meio ambiente. Evitando, assim, que sejam depositados no meio ambiente
de maneira incorreta.

5- Impactos positivos e negativos gerados no meio ambiente e na sociedade.

O homem sempre causou uma forte pressão sobre os recursos naturais da


terra, desde o início da sua história. Segundo Goldemberg (2003), essa pressão se
intensificou após a revolução industrial e durante o século XX e consequentemente,
causou um grande impacto sobre a natureza afetando diretamente o próprio ser humano.
Durante esse período da história ocorreu a exploração sem controle dos recursos naturais
e a utilização de tecnologias novas para obter energia e não havia preocupação com as
possíveis consequências dessa exploração, pois, o maior objetivo na época era o
crescimento econômico e tecnológico. Segundo Weber (2010) a questão ambiental
atualmente tem ganhado um grande espaço nas preocupações da sociedade. O impacto
ambiental gerado pela atividade industrial tem sido cada vez mais intenso e notável pela
sociedade, fazendo com que a sociedade manifeste interesse pela redução e minimização
desses impactos.
Valle (1995) define impacto ambiental como: qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer
forma de matéria ou energia e resultante das atividades humanas que direta ou
indiretamente afetem a segurança, saúde, bem-estar, atividades socioeconômicas,
condições estéticas, sanitárias e qualidade dos recursos ambientais.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2000) no Brasil
80% da população habitam ambientem urbanos. O lixo é considerado uma grande
problemática nos centros urbanos, pois quando estes resíduos são tratados e dispostos
de forma inadequada no ambiente podem ocasionar a contaminação da água e do solo, o
assoreamento dos rios, inundações, proliferação de vetores transmissores de doenças,
poluição visual, mau cheiro, entre outros.
Além disso, grande parte das cidades brasileiras possui um serviço de coleta
pouco eficiente no qual não há a separação dos resíduos na fonte. Nestes locais é usual
observar resíduos dispostos de forma inadequada, ou seja, em terrenos baldios, nas
margens das estradas, rios e lagos. Foi Levantado pelo IBGE que no ano de 2000, dos
5.507 municípios existentes no Brasil apenas 1.814 coletaram os resíduos domiciliares
gerados em residências representando 33%, sendo assim considerado um índice pouco
satisfatório (IBGE, 2000).
Segundo Adas (2002) a geração do lixo e sua posterior deposição são
consideradas um problema mundial, principalmente nas metrópoles, pois possuem um
grande número de habitantes em uma área.
A fauna brasileira caracteriza-se como uma das mais ricas do mundo, pois
abriga uma grande biodiversidade de espécies. Diversas espécies da fauna brasileira
encontram-se ameaçadas de extinção devido a pesca predatória, a destruição de
habitats, a introdução de espécies exóticas e ao tráfico de animais silvestres. As espécies
vegetais também sofrem um grande impacto devido ao desmatamento das florestas para
a substituição por pastagens e culturas anuais e também pela pressão do crescimento
demográfico, que por sua vez exige que haja mais território para a ocupação humana.
Além disso, as queimadas degradam o meio ambiente e afetam diretamente as espécies
de fauna e flora que habitam as florestas.
Por outro lado, as atividades industriais geram uma grande diversidade de
impactos no meio ambiente que acarretam enormes problemas para a população das
cidades. O lançamento de efluente nos recursos hídricos sem tratamento prévio pelas
industriais causa a poluição da água dos rios, lagos e lagoas. O artigo escrito por Möller
(2009) descreve a catástrofe ambiental ocorrida no Rio dos Sinos em outubro de 2006.
Segundo o Relatório de Atendimento de Emergência elaborado pela FEPAM, nesse
período houve a mortalidade, por asfixia, de mais de 80 toneladas de peixes devido a
presença de metais pesados como o cádmio, cromo hexavalente e bário que foram
lançados no rio através de efluentes industriais sem tratamento prévio pela indústria da
região. Esse desastre ambiental foi considerado um dos maiores desastres ambientais do
Brasil tendo uma repercussão internacional.
Além disso, a emissão de gases na atmosfera sendo de origem industrial,
automotiva ou queima de combustíveis fósseis, agravam o efeito estufa no planeta bem
como, causam a chuva ácida que altera a composição química do solo e das águas. Além
disso, o gás CFC gerado pelo ar condicionado age diretamente sobre a camada de
ozônio, destruindo-a e prejudicando a sua função que consiste em filtrar os raios
ultravioletas, nocivos a saúde do homem, atingindo assim diretamente a população
humana, podendo então vir a sofrer de câncer de pele, problemas oculares, entre outros.
Outro fator extremamente preocupante é o crescimento populacional desenfreado e sem
controle que interfere na ocupação do solo e que consequentemente, acaba ocorrendo de
forma irregular. O consumismo muito presente na sociedade atual capitalista também tem
uma grande parcela nos impactos ambientais, pois este hábito gera uma quantidade
muito grande de resíduos sólidos, bem como o estímulo ao desperdício.
De qualquer forma todas as atividades produzidas pelo homem geram algum
tipo de dano na natureza, nesse contexto, muitos desses impactos são provenientes da
geração de energia. As hidrelétricas utilizadas para a produção de energia afetam
drasticamente o meio ambiente interferindo em diversos aspectos, como por exemplo: a
hidrologia, clima, erosão e assoreamento, sismologia, flora, fauna e alteração da
paisagem (LEITE, 2005). A implantação de uma hidrelétrica acarreta a construção de
represas que alteram o fluxo e a vazão dos rios, a perda da biodiversidade de espécies da
fauna e flora locais, desmatamento, bem como o assoreamento dos rios devido a erosão
comprometendo assim, os locais de desova de peixes. Além disso, influencia no clima
local, pois altera a temperatura, umidade, evaporação, precipitação e ventos, bem como
pode causar pequenos terremotos.
Outra atividade que gera diversos tipos de impactos ambientais é a de
avicultura. No processo de abate de frangos na empresa Perdigão Agroindustrial S/A -
Unidade Industrial de Serafina Corrêa – RS é produzido uma grande quantidade de
resíduos sem fim comercial e que não servem para o consumo humano. Estes resíduos
provenientes do abate de frangos consistem em carcaças desclassificadas, peles, as
cabeças, as penas, os ossos, as vísceras, as gorduras, a borra do flotador, resíduos de
cama de aviários originados na lavagem de gaiolas, sangue e demais efluentes líquidos.
Cabe a empresa dar o destino adequado a estes resíduos sem gerar poluição e
degradação ambiental de acordo com a legislação vigente que regula o destino final dos
resíduos (PADILHA et al., 2005).
Conforme o trabalho apresentado no XII Simpósio Brasileiro De Sensoriamento
Remoto no ano de 2005, uma das atividades mais importantes no setor da Agroindústria
no Brasil é o cultivo da cana-de-açúcar no qual se obtém o álcool, o açúcar e a energia
elétrica. Porém esta atividade possui um grande potencial de impacto ambiental, pois é
utilizada a queimada antes do corte da cana que consequentemente produz uma grande
quantidade de gases como o monóxido de carbono (CO), metano (CH4), óxidos de
nitrogênio (NOx) e óxido nitroso (N2O). Esses gases além de interferir no aquecimento
global, na formação de ozônio e na acidificação das águas prejudicam diretamente a
saúde humana. Durante a queima da cana ocorre a produção de substâncias
consideradas cancerígenas. Conforme Bosso (2000) foi detectada alta concentrações de
hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) na urina de cortadores de cana
pesquisados.
Além dos impactos citados a atividade de cultivo da cana-de-açúcar impacta o
meio ambiente de diversas maneiras durante a fase agrícola e a fase industrial em seus
diferentes processos. De acordo com Andrade e Diniz (2007) o plantio da cana pode
causar a redução da biodiversidade por desmatamento e a contaminação das águas
superficiais e subterrâneas e do solo, devido a utilização de herbicidas, defensivos
agrícolas e adubação química em excesso. Além disso, esta atividade gera a
compactação do solo por meio de máquinas pesadas utilizadas durante o plantio bem
como o assoreamento de corpos d’água, devido à erosão do solo. Os Danos à flora e
fauna são causados pelos incêndios descontrolados e ainda é notável a condição
subumana que cortador de cana de depara.
A indústria mineral brasileira é considerada um dos setores da economia que
contribui de forma significativa para a sociedade melhorando a qualidade de vida das
presentes e futuras gerações tendo importância fundamental para o desenvolvimento do
país (CGEE, 2002). Por outro lado, a mineração gera efeitos indesejáveis para o meio
ambiente, pois ocasionam desmatamentos e queimadas, alteração dos cursos de água,
queima de mercúrio metálico ao ar livre, erosão do solo, mortalidade de peixes, fuga de
animais silvestres e poluição da água e solo e do ar causada pelo mercúrio. (IPT, 1992).
Os impactos ambientais são descritos por vários autores. Como afirma Dorst (1924 apud
MÖLLER, 2009), “pode-se constatar cada vez mais nitidamente que as atividades
humanas estão prejudicando nossa própria espécie. O Homem intoxica-se envenenando,
no sentido literal do termo, o ar que respira, a água dos rios e o solo de suas culturas.
Práticas agrícolas deploráveis empobrecem a terra de forma por vezes irrecuperável, e
uma exploração excessiva dos mares está reduzindo os recursos que deles poderiam ser
extraídos”.
Campanha de Conscientização

1. Inserir aqui a imagem do folder desenvolvido para campanha de conscientização

2. Realizar a explicação da necessidade da campanha

Essa é uma campanha de educação ambiental com foco na compreensão dos problemas
socioambientais decorrentes do consumo desenfreado e da consequente geração de resíduos
sólidos sem controle e preocupação com o reuso e reciclagem. “É de grande importância a
realização contínua de ações como essa, promovendo a sensibilização e mobilização para o
destino correto dos resíduos sólidos”

3. Inserir resultados e análise de dados da publicação da campanha

A divulgação das ações foi tão importante quanto a sua realização. As pessoas informada
passou a ajudar na gestão desses resíduos, entrando no ciclo de responsabilidade pelo lixo
gerado diariamente. E assim, os cidadãos tiveram o poder de tornarem-se críticos atores sociais
e podem cobrar do poder público, bem como da sociedade civil, ações que contemplem seus
direitos.
Resumo da Aprendizagem

1 - Definição da Curricularização

Buscando potencializar o envolvimento de estudantes em atividades curriculares


institucionais e visando a melhoria do processo de formação do estudante. O
envolvimento dos discentes com a sociedade se dá com a orientação de servidores da
FAVENI focada na interação dialógica com os diversos setores da sociedade. Nesse
sentido, implantar a extensão nos currículos significa afirmar que, em algum momento
da vida acadêmica, o estudante precisa se envolver com atividades de extensão
relacionadas aos componentes curriculares do curso.

2 - Sobre a Curricularização
O objetivo é descrever como o Projeto de descarte correto de resíduos sólidos insere-
se na Extensão Curricular de um curso de graduação da FAVENU, e apresentar a
extensão no currículo do Curso Superior em Educação Física, especificamente na
mudança do PPC. Tendo como modelo o relato de experiência do Projeto de descarte
correto de resíduos sólidos, associado a uma unidade curricular. A ação desenvolvida
era apenas uma atividade extensionista, mas com o avanço e a interação de outros
grupos de pessoas da sociedade, e do aumento do número de voluntários no projeto, o
mesmo tornou-se um projeto de extensão. Acredita-se na importância da extensão
para os interesses pessoais e profissionais dos discentes. A extensão é de suma
importância para a manutenção de vínculo entre a sociedade e a universidade.

3 - Sobre as Aulas

3.1 - Descrição
A Educação Ambiental deve atingir todos os cidadãos através de uma intervenção
pedagógica participativa permanente, procurando incutir no educando uma consciência
crítica sobre a problemática ambiental, na medida em que esta constituíra uma
possibilidade de formar conceitos, atitudes e habilidades novas na relação sadia entre
o homem e o meio ambiente; Se o diagnóstico do ensino da FAVENI apontou para um
quadro de precariedade, reforçamos a ideia de que somente por meio da educação é
que poderemos assegurar e preservar os interesses das futuras gerações. A chave
para o desenvolvimento na Educação Ambiental é a participação, o envolvimento de
todos os interessados, a organização da coletividade e o fortalecimento das pessoas.
Por isso, a Educação Ambiental não deverá apenas contemplar o desenvolvimento
sustentável, os fatores econômicos. É necessário investir nas pessoas, na cultura, na
história e nos sistemas sociais. A Educação Ambiental só é eficaz quando os alunos
são capazes de empregar os conhecimentos adquiridos dentro da sala de aula em
questões que surgirão no seu dia a dia. Sendo a Educação Ambiental um processo
amplo e complexo, faz-se necessário investir nas campanhas de conscientização
ambiental através de atividades com a comunidade, quais sejam: caminhadas,
semanas de meio ambiente, programa de orientação ambiental.
CONCLUSÃO

O currículo passa a ser concebido como um processo não linear e rotineiro


onde as disciplinas deixam de ser verdades acabadas a serem repassadas
e transmitidas e tornam-se um espaço de produção coletiva e de ação
crítica. Os conteúdos das disciplinas não são mais a essência de um curso,
mas referência para novas buscas, novas descobertas, novos
questionamentos, oferecendo aos estudantes um sólido e crítico processo
de formação. Quando a instituição utiliza tais possibilidades, efetiva-se a
flexibilização curricular na perspectiva de um currículo que rompe com a
predominância de disciplinas, tendo a transdisciplinaridade como eixo de
referência
PORTFÓLIO
CURRICULARIZAÇÃO

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