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Quais os elementos dificultadores em nosso pais, para a

efetivação/aplicação das PNRS?

Sua aplicação significa um grande desafio para compreender as diversas contradições


da realidade brasileira e as diferenças entre regiões e cidades. Pode se tornar inviável,
principalmente para cidades pequenas, pobres e remotas.
Atribuir a possibilidade de ter um impacto relativo à pobreza seria reducionista, como
muitas outras leis. É claro que existem muitas cidades com recursos financeiros
adequados que estão indo mal no espaço de resíduos sólidos e vice-versa: municípios
bem administrados e carentes de recursos são um exemplo nacional. O mesmo
acontece com entidades da esfera privada, sejam nacionais ou transnacionais, e
provavelmente em maior escala e intensidade. Empresas internacionais destinam
recursos substanciais para apoiar iniciativas ou doar para terceiros (prefeituras,
escolas, ONGs, etc.) os métodos de investimento nessas ações.
Em muitos casos, para alinhar e obter reconhecimento global e atingir determinados
objetivos ambientais, a questão da imagem da empresa em relação ao tema torna-se
crítica. Citamos os esforços de muitas empresas para cumprir as normas ISO ou
receber selos verdes ou outros tipos de prêmios. Como tal, eles aumentam seu perfil
incluindo dinheiro suficiente em seu orçamento anual para apoiar essas iniciativas
ecológicas.
É difícil imaginar como os governos municipais enfrentarão o desafio de se adequar à
nova lei; são tantos problemas econômicos e sociais a serem superados que é difícil
imaginá-los se adaptando e sendo desrespeitados no prazo em uma população onde a
pobreza é generalizada, o analfabetismo é predominante. Cidades onde não existem
instalações de saneamento básico, com condições precárias de saúde pública e
consciência política e ambiental desconhecida, a implementação da PNRS será um
grande desafio.
Por fim, acreditamos que a maior dificuldade na aplicação da lei da PNRS é que setores
importantes da comunidade – de todas as categorias sociais e de todas as unidades da
federação – ainda não perceberam o significado de suas ações. A responsabilidade
pelo meio ambiente ainda está em sua infância, e se concentra em setores ambientais
mais visíveis e frequentes (por exemplo, vegetação amazônica, atmosfera urbana,
qualidade da água).

A falta de recursos financeiros e técnicos são algumas das principais dificuldades


observadas pela Federação Urbana Nacional. A responsabilidade pela implementação
da PNRS deve ser compartilhada por coalizões, estados, setores empresariais,
sociedades e municípios.
A CNM explicou que a PNRS reúne um conjunto de princípios, metas, ferramentas,
diretrizes, objetivos e ações adotadas pelo governo federal, isoladamente ou em
colaboração com estados, distritos federais, municípios ou indivíduos, para alcançar a
gestão integrada e a boa destinação dos resíduos sólidos ambientais.
Para a CNM, os recursos disponíveis para o governo federal nunca serão suficientes
para apoiar integralmente os 5.568 municípios e ações exclusivas do setor empresarial.
De acordo com o Sistema Nacional de Informação Sanitária (Snis) 2017, no âmbito da
gestão de resíduos, temos os seguintes dados:

• 63,8% do total nacional, ou 3.556 municípios, responderam à pesquisa do SNIS.


• Atualmente, os serviços rotineiros de coleta indiscriminada de resíduos sólidos
domiciliares atendem 98,8% da população urbana e 91,7% da população geral.
• Em relação à coleta seletiva, o diagnóstico mostra que 1.256 ou 22,5% dos
municípios brasileiros prestam serviços e 1.069 municípios prestam serviços porta a
porta, representando 31% da população urbana total do país.
Isso sugere que, na visão da CNM, ainda há muito trabalho a ser feito para os
programas de coleta seletiva, uma vez que a lei determina que a coleta seletiva seja
implementada com a participação de cooperativas ou outras formas de associações de
catadores de materiais recicláveis formados por pessoas físicas de renda. Material:
• Foram identificadas 1.153 organizações catadoras em todo o país, em 813 cidades,
com mais de 28.900 catadores associados a essas entidades (associações ou
cooperativas).

Dessa forma, quase 70% do que está presente na coleta seletiva são resíduos de
embalagens em geral. Isso significa que todo esse desperdício deve ser de
responsabilidade do setor empresarial, o que não é o caso hoje. A Lei nº 12.305/2010
estabelece expressamente que são obrigados a construir e implantar um sistema de
logística reversa, por meio da devolução de produtos após o uso pelos consumidores,
independentes dos serviços públicos, fabricantes, importadores, distribuidores e
comércio de limpeza urbana e gestão de resíduos sólidos o negócio:
I - Inseticidas, II - Baterias; III - Pneus; IV - Lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V
- Lâmpadas fluorescentes, vapor de sódio e mercúrio e lâmpadas misturadoras de luz;
VI - comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro de produtos
eletrônicos e seus componentes e produtos, e outros produtos e embalagens,
priorizando a extensão e extensão da saúde pública e impacto ao meio ambiente dos
resíduos gerados.
A entidade explicou ainda que os acordos setoriais assinados até agora não foram
suficientes e que o setor comercial tem sido bem executado, sobrecarregando o
governo local. Afinal, a descrição das formas e limitações do envolvimento do poder
público local na coleta seletiva e na logística reversa respeita a regulamentação do art.
33. Outras ações relacionadas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do
produto devem estar bem estabelecidas. Isso porque, nove anos após a entrada em
vigor da PNRS - obrigando a programas de gestão e gestão de resíduos sólidos, coleta
seletiva, compostagem, reciclagem e disposição final de rejeitos em aterros sanitários -
nenhum município conseguiu fazer 100% % Afinal, é não apenas uma lei obrigatória
aos municípios, mas também aos governos federal, estadual, empresarial e cidadãos,
que por vezes são atores que ignoram suas respectivas responsabilidades, mas apenas
gestores públicos têm sido responsabilizados.

A CNM reforça a importância da União, Estados, setor empresarial e sociedade


cumprirem com suas obrigações para que os Municípios consigam também cumprir
com as diretrizes da Lei 12.305/2010.
A conclusão é de que, essas dificuldades se devem principalmente à falta de recursos e
de pessoal treinado para realizar as tarefas identificadas pela PNRS. O objetivo deste
artigo é demonstrar as dificuldades dos municípios de pequeno porte na
implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal 12.305/2010),
principalmente devido às suas limitações financeiras e técnicas. Para isso, utilizou-se
uma revisão de literatura, buscando estudos que descrevam o tema e como subsídio
para esta análise. Com base neste estudo, pode-se concluir que pouco tem sido feito
para incorporar a lei na política, mesmo que ela seja reconhecida como uma
ferramenta fundamental e indispensável para conciliar o progresso com a proteção
ambiental e o desenvolvimento sustentável do planeta. necessário entre os entes
federativos Utilizar a gestão compartilhada e ferramentas comuns de gestão, como
consórcios e convênios, para minimizar as restrições encontradas pelos pequenos
municipios na implementação da PNRS.

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