A questão dos resíduos sólidos urbanos é um grande desafio para os
municípios visto que há em nosso país há uma carência de políticas públicas voltadas para o manejo de resíduos, tanto em âmbito federal, estadual e municipal, além da falta de recursos técnicos e financeiros para solucionar o problema. Para que mudanças ocorram em médio e longo prazo faz-se necessário que os municípios, em seu Plano de Gestão, instituam uma política ambiental que estabeleça os objetivos, defina as ações, consolide a legislação ambiental e fiscalize sua aplicabilidade. É relevante que se promova a Educação Ambiental nos espaços escolares e na sociedade como um todo, para que transforme hábitos e amplie a consciência sobre a responsabilidade de todos os indivíduos com o Meio Ambiente, além de consolidar a importância da redução de consumo e da reciclagem. Além disso, é de suma importância que considere os aspectos sociais e ambientais no que se refere aos resíduos sólidos urbanos e deste modo viabilize o trabalho em parceria com catadores de rua, organizados em cooperativas, juntamente a Gestão Pública Municipal, realize a coleta seletiva na cidade e a separação dos materiais recicláveis contidos no lixo coletado, reduzindo, desta forma, o volume dos rejeitos no aterro, e por consequência, ampliará sua vida útil, visto que os aterros sanitários estão com suas capacidades próximas ao esgotamento. Diante desta realidade, há a urgência em busca de soluções quanto ao seu destino, entretanto os dejetos não se restringem somente a estes locais específicos. A NBR-10004, 2004 define resíduos sólidos: resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades da comunidade, de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Os municípios se responsabilizam apenas no que se refere ao gerenciamento destino dos resíduos sólidos que não oferecem periculosidade, outros dejetos e resíduos devem ser destinados corretamente por quem os produz, tais como hospitais, setor da construção civil e indústrias, e os mesmos serão regidos pelas legislações específicas e fiscalizadas pelo poder público, de forma integrada. Ferreira (2000), afirma que a garantia de promoções continuadas no setor de resíduos sólidos, só ocorrerá com a existência de uma política de gestão e compromisso de instituições sociais, solidamente firmadas para mantê-la. Sendo assim, gerenciar os resíduos de forma integrada, é integrar ações normativas e de planejamento, apoiada em critérios sanitários.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004 – Resíduos
sólidos – classificação. Rio de Janeiro, 2004.
FERREIRA, M. L. S. Proposta de um sistema alternativo de coleta seletiva de
residuos sólidos domiciliares, executado por catadores (carrinheiros) na cidade de Cianorte – Paraná. Tese (mestrado). Engenharia de Produção – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Procução. Universidade de Santa Catarina. 2000. Disponível no site: http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/7674/pdf.
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